Entrar nessa jornada nunca dependeu somente de você, sempre houve algo a mais, uma coisa, um sentimento que te impulsionava até aquela porta.

      Com o tempo, depois de semanas após ouvir aquela proposta ousada daquele senhor eremita, você começa a ver a porta em todos os lugares. Hora na casa do vizinho, outra em uma loja qualquer no centro de Portland. Apenas depois do que aconteceu na rua das Oliveiras, na casa verde abandonada da esquina no fim da rua, foi que você se deu conta de que não tinha outra opção a não ser atravessa-la.

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“Um moletom de camurça cinza, uma blusa preta que ela amava, uma calça jeans escura e seu all star dourado queimado de anos atrás, era tudo o que ela vestia. No pescoço, um colar com uma chave velha na ponta. Poucos mantimentos, vinte reais e algumas coisas inúteis, tudo em sua mochila. Ela estava pronta para partir, para ir até a porta”.