Narração Terceira Pessoa

— Foi fantástico, Yangmi! – Freddie elogiou a perfomance de sua única cliente coreana – E o número com as facas? Pensei que fosse apresentar também hoje –

Yangmi Lee Choi era descedente e de família tradicional coreana. Por conta de serem tão rígidos ela fugiu das tradições e responsabilidades de assumir a empresa de advogacia do pai e agarrou-se ao que gostava de fazer e acreditava.

Yangmi era cuspidora de fogo muito semelhantes as que tem em circos.

 A única diferença era que ela não queria e nem fazia parte de um circo, até porque tem fobia de palhaços. Que ironia, não é?

— Você acha mesmo, Freddie? – Perguntou indecisa – Julguei que faltava mais alguns ajustes e prática para o número com as facas. Até porque ninguém quer se cortar aqui, não é? – Sorriu.

— Não seria nada apropriado – Concordou Freddie – Tudo pronto? – Indagou.

— Vamos nessa – Colocou a alça da bolsa em seu braço.

Freddie deu carona para a coreana deixando-a em sua casa e logo em seguindo indo em direção da sua.

Assim que estava pronto para ir dormir escutou o toque do seu celular de quando recebia chamada.

Ainda estranhando que o ligaria nesse horário acendeu a luz do abajur iluminando assim o quarto e atendeu o número desconhecido:

— Alô – Atendeu – Agente e caça-telento Fredward Benson falando.

— Não acredito que atende uma chamada assim – Quem fosse a pessoa dava pra perceber a ironia de longe e tentando esconder uma risada ao qual não conseguiu ou fez esforço para tal fato.

— Olha só se for um engano, trote ou o que foi saiba que sou um trabalhador e tem muitas pessoas que dependem do meu serviço que ele seja bem feito, como sempre, mas a questão é que para isso preciso dormir – Falou fazendo uma contagem mental: 5...4...3...2...1 para desligar encerrando assim a chamada.

— Ei! Calma aí! Também sou trabalhadora e preciso dormir – Respondeu interrompendo assim a contagem mental de Freddie – Quer dizer mais a segunda parte, já que a primeira estamos em ‘construção’ – Respirou fundo fora do celular deixando a linha muda. Quando Freddie estava se preparando para desligar já que pensava que a outra pessoa da linha fez o mesmo escutou novamente – Você estava falando sério mesmo quando dizia toda a baboseira que poderia me fazer uma cantora famosa e cheia da grana pra comprar todo o tipo de presunto e de marca? Ou era pra se auto-promover? –

Freddie automaticamente reconheceu a dona da voz. Era a mulher vestida de presunto que tinha uma voz que facilmente seria aprovada no The Voice USA, mas se tivesse reconhecimento de sua voz, dom o que não fazia ideia.

— Tudo o que falei foi mais do que verídico e sincero de minha parte  – Esclareci de antemão  – De forma nenhuma mentiria de forma tão suja e deseonesta somente para me auto-promover. Além de não ser assim que ajo! Como lhe disse minha maior especialidade é reconhecer um talento quando me deparo com um e com você não foi diferente  – Falou enquanto sentava-se na cama já totalmente acordado  – E eu diria que com o preparo adequado atingirá a perfeição e todas as portas para o seu talento se abrirá como as cadeiras viraram para o Jordan Smith na sua primeira apresentação cantando Chandelier no The Voice  – Comparou com o programa de TV americano em busca de cantores sejam amadores ou profissionais que queiram mostrar seu talento.

— E o que é preciso para embarcar de vez nessa missão: ‘Fazer Sam Puckett uma estrela’ ou ‘Sam Puckett a próxima American Idol’  – Ironizou.

— Podemos nos encontrar amanhã? – Perguntou  – Que local seria melhor? – Preferiu deixar a escolha nas mãos de Sam Puckett que agora descobriu o nome dela. O que era melhor do chamar a loira vestida de presunto.

Sabia que ela era loira pois enquanto conversava com ela no Park viu uma mecha loira de seu cabelo escapar da fantasia.

— E precisa mesmo perguntar? Presuntaria da Avenida West com a Charpm  – Escolheu fazendo sinal de óbvio. E contente que ele deixou ela escolhe descartando assim ter um encontro com ele num lugar careta ou nerd em público.

— Como quiser  – Concordou  – Ás 19h está bom para você?

— Até  – Finalizou a ligação sem aviso e dispensado as despedidas.

Narração de Sam

Assim que desliguei o celular terminando a ligação não pude deixar de me arrepender mais rápido que julgara antes.

Quando aquele cara metido a nerd caça talentos apareceu dizendo o quão boa era minha voz meu primeiro pensamento foi que ele tinha fumado umas ou estaria chapado tirando com a minha cara.

E na mesma hora soltei uma risada irônica e deixei-o ali com o seu pensamento estranho não pensando mais nisso. Afinal era bola fora pra mim.

Mas foi uma proposta e sugestão que Carls lembrou-me que poderia recorrer já que agora entrei para a lista dos desempregados e não poderia continuar assim já que ainda tinha que pagar o aluguel mensalmente e alimentar-me regulamente.

E é como dizem quem não tem cão caça com gato.

No meu caso seria com um nerd metido a agente que obviamente era novato no ramo, mas só esperava que ele estivesse mesmo certo de que eu poderia vim a ser uma estrela.

Quer dizer pelo menos não desafinar já seria bom o suficiente.