— Você não o conhece! - suspirou sabendo que Augusto iria matar os dois.

— Eu não tenho medo e você também não deveria ter! - tocou o rosto dela. - Alias, eu preciso te perguntar uma coisa que quero saber a um bom tempo... - a encarou e ela sentiu o corpo tremer mais esperou a pergunta. - Foi ele quem quebrou seu braço? - e Ana apenas o encarou naquele momento.

Como dizer a ele que sim o marido era um maldito desgraçado que a maltratava desde sempre? Como dizer ao homem que estava ali dando a ela um novo começo que seu casamento nunca foi por querer e sim por obrigação? Ana não sabia o que dizer e apenas suspirou abaixando a cabeça era mais que uma confirmação para ele de que sim o marido a maltratava.

— Não precisa me dizer nada agora eu já entendi! - beijou o pescoço dela. - Mas eu não vou desistir, eu quero você ao meu lado e não vou abrir mão. - sorriu sentindo ela ainda ali encaixada em seu membro.

— Pedro, você esta movendo o meu mundo de um jeito que eu nunca imaginei que fosse capaz! - confessou e o olhou nos olhos. - Eu nunca me senti assim!

Ele sorriu e a beijou novamente.

— Vamos com calma senhorita, Ana Flor.

Ana gargalhou e o beijou novamente tinha tantos sentimentos encontrados com ele e Pedro voltou a tocá-la e voltaram a fazer amor ali onde somente o canto dos pássaros e o barulho da água caindo era testemunha do amor que nascia entre os dois. Estavam entregues e namoraram o quanto foi possível e logo se despediram e cada um foi para sua casa.

Quando Pedro chegou a casa deu de cara com sua mãe e sorriu lindamente para ela e a abraçou muito beijando seu rosto e até ariscou dançar junto a ela que sorriu muito dando leves tapinhas no ombro dele.

— O que aconteceu para que sorria desse modo? - ele a soltou mais antes a beijou de novo.

— Eu estou feliz, mamãe. - falou sorrindo amava ver o modo como ele voltava a sorrir depois de dias.

— Eu estou apaixonado, mamãe! - se jogou no sofá.

Madalena naquele momento sentiu algo tão estranho que sentou ao lado dele e o olhou firme queria saber se suas suspeitas estavam certas e ele sentou melhor sorrindo e a olhou respondendo ao olhar dela.

— Ana Flor Vasconcelos. - falou logo e a viu arregalar os olhos.

— Você só pode estar ficando louco! - negou com a cabeça no mesmo segundo. - Não pode se apaixonar logo por uma mulher casada!

Pedro sorriu não estava nem ligando para aquele título não.

— Mamãe, ela não o ama, ela ama a mim e eu a ela acabo de vir de um banho de cachoeira maravilhoso, a senhora tinha que ver... - parou e a olhou. - Não tinha que ver não, mamãe. - soltou uma gargalhada.

— Meu filho, essa mulher não é para você! - falou com o coração acelerado. - Aquele homem não presta e é capaz de matar vocês dois!

Pedro naquele momento viu medo nos olhos da mãe assim como viu nos de Ana e respirou fundo o que aquele maldito era? Quem era Augusto Vasconcelos? Sentiu uma coisa tão ruim que segurou a mão da mãe e perguntou temendo a verdade.

— Mamãe, me conte quem é esse homem agora! Porque o mesmo medo que vejo em seus olhos eu vi no de Ana e não quero nenhuma mulher minha com medo daquele babaca vagabundo. - falou cheio de raiva. - E não adianta negar que não sabe porque eu vejo em seus olhos que sabe mais do que conta!

Madalena respirou fundo e disse.

— Tudo indica que foi ele quem matou seu pai! - encheu os olhos de lágrimas.

Pedro no mesmo momento ficou de pé e a encarou que maldita verdade era aquela? Não podia acreditar que a mãe sabia que semelhante barbaridade e nunca tinha contado a ele.

— Meu filho, não temos certeza de nada por isso nunca te disse, portanto não pode fazer nada aquele homem é um maldito e Ana não deveria se quer estar ao lado dele, mas tudo que Augusto quer Augusto tem! - falou com ódio daquele homem desgraçado.

Pedro passou as mãos no cabelo tentando ficar calmo diante daquela verdade mais era quase impossível que aquilo acontecesse e ele sentou ao lado de sua mãe e segurou em suas mãos beijando cheio de amor por ela.

— A senhora sabe como se deu esse casamento? - queria entender algumas coisas.

— Acho que você nem se lembra, mas um pouco antes de você sair do país para estudar o casamento aconteceu, mas todo mundo via nos olhos dela que não era aquilo que ela queria afinal nenhuma jovem quer se casar com um velho, mas todo mundo sabe que ele a comprou.

— A comprou? - sentiu o coração desesperar.

— Sim e é justamente por isso que te quero longe dela! - apertou as mãos dele. - Ana já sofreu demais nas mãos dele e você adora uma "carne nova" e essa mulher não é pra se brincar como você gosta! - falou logo o filho não era flor que se cheire.

Pedro sorriu e disse com toda verdade de seu coração.

— Eu a amo mamãe e não vou magoá-la! - era uma promessa que fazia ali. - Eu quero fazer Ana feliz e vou tirar ela daquela casa!

Madalena negou com a cabeça aquilo seria uma guerra e tanto para ambas as partes e ele ficou ali colhendo mais informações sobre aquela família.

[...]

LONGE DALI...

Ana entrou em casa quase que correndo quando ouviu os gritos de Augusto e Maria Flor, Ana se assustou nunca se ouviam gritos deles dois era somente amor e sorrisos e agora eles estavam ali aos berros e ao ver Ana entrar Augusto sorriu sem alegria e disse.

— Ai está ela! - disse com desdém. - Eu achei que você seria diferente dela, mas me enganei você é uma vagabunda como sua mãe! - mostrou quem de fato era.

Maria olhou para sua mãe com os olhos cheios de lágrimas e depois olhou para o pai.

— Não fale assim com minha mãe, ela não tem nada a ver com isso!

Ana se aproximou de sua filha e a segurou em seus braços.

— O que está acontecendo aqui? - estava atordoada com aquela gritaria.

— Conte a ela o que fez! Conte! - gritou sentindo tanto ódio.

Ana virou sua filha para ela e tocou seu rosto passando confiança ela.

— Eu estou grávida!

— Grávida?