Beautiful and Bizarre escrita por Dark Lieutnight


Capítulo 3
Reasons - Versão Minamisawa - Final Alternativo


Notas iniciais do capítulo

Enfim, o último. Eu notei que enquanto postava teve gente que já favoritou x'D
É que estava tendo uns problemas pra postar, gente por isso a demora e.e
Esse cap aqui pode ser relacionado com o primeiro, mas... Não com o segundo (apenas em algumas partes) não sei ao certo, pode ser que eu tenha feito uma leve confusão :V

Bem, de qualquer forma, acho que dá pra entender direitinho.

Tradução título: Razões

Boa Leitura.



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“Eu só não quero ser aquele que fez seus olhos derramarem lágrimas.” – Minamisawa Atsushi

 

Totalmente encharcado e gelado. Minamisawa estava como um gato molhado. Roupa colada; a franja que ele arrumava com tanta vaidade, pingava água. E ele nem ligava.

— Sou um idiota. — Resmungou para si mesmo.

Caminhava pelas ruas desertas de Inazuma, andando para um lugar sem destino certo. Debaixo da tempestade, não evitava enfrentar as gotas fortes. Estava congelando até a alma de fato, porém o que mais lhe deixava frio, é seu próprio coração. Odiava a pessoa que é. Queria mudar; queria ser alguém que deixasse algo positivo às pessoas à sua volta; queria ser querido.

Porque Minamisawa só sabia destruir as pessoas.

E por isso, decidiu se afastar. Precisava dar um tempo. Não gostaria mais de decepcionar seus amigos. Não queria decepcionar... Ela.

Desde o começo, tudo não passava de um interesse igual a qualquer outro. Mas aos poucos, momentos marcantes vieram; emoções foram sentidas; sentimentos despertaram. Era tudo o que o Atsushi mais temia. E tudo culpa de uma garota como outra. Não...

Ele sabe perfeitamente que não é Claudine e sim ele. Além de que a morena é diferente. Foi o que o incentivou a querer encarar aqueles olhos azuis—petróleo de perto. Não tem nada a ver com beleza, quer dizer, em parte sim. Claudine é como uma joia bruta que por fora mostra sua dureza e quando lapidada, revela sua formosura.

Onde ele foi se meter?

Sabia que as coisas acabariam ruim se acabasse permitindo que seu coração roxo como seu cabelo — melhor dizendo, negro — lhe dominasse.

Minamisawa não queria ver aquilo ocorrer de novo. Por isso teve que se isolar.

Mas estava com muitas saudades.

Mais a frente, avistou um toldo e uma figura feminina se abrigando da chuva. Uma que obrigou seu coração perder alguns compassos. Cabelos negros, longos e úmidos; olhos azuis se destacando.

Claudine.

Seus olhos se encontraram e o deixaram paralisado.

— Minami. — Chama ela surpresa. E ele, saudade de a ver falando seu apelido.

— Cloud. — Se aproxima e se coloca ao lado dela.

— Por que deixou o time? — Indaga a morena. Os olhos brilhando de preocupação. — E por que está sumido?

— Porque... — Minamisawa hesita. Que desculpa ia usar? — Eu só preciso de um tempo. — Admitiu decidindo contar a meia verdade.

— Problemas? — A morena se afligiu. Daria de tudo pelos amigos.

— É só a vida brincando comigo. — Respondeu alisando a franja percebendo que está molhada. Revirou os olhos ao notar. — Não é nada de mais. Era só um momento ruim. Já passou.

— Certeza? Sabe que se tentar esconder, eu descubro. — Avisou Claudine. Séria, mas carinhosa.

— É. Foi só um momento ruim. — Confirmou.

— Então vai voltar a ser o mesmo rude de sempre? — Pergunta a jovem o deixando confuso, mas apaixonado.

— Sim. — Afirma Minamisawa feliz. Se sentia amado. — Afinal, a escola precisa do seu rei pra comandar. — Diz o rapaz com seu clássico sorriso egocêntrico.

Um par de lábios distribui um beijo suave em sua bochecha. E tão logo quanto começou, terminou. Nem deu tempo de raciocinar, apenas de sentir.

— Senti saudades. — Confessou a morena amável.

— É claro que sentiu. Todos gostam de mim. — Brincou jogando uma piscadela para a Crystal.

Não era de seu feitio, ficar encabulado por algo tão simples assim. Apenas Claudine causava essa sensação.

A volta do Atsushi deixou o time mais radiante. E tudo pareceu voltar como antes. Apesar da mente de Minamisawa estar estabilizada, seu coração estava bagunçado. Ele e Kurama começaram a se falar novamente por obrigação de Claudine. O clima pesado foi embora. Portanto, Minamisawa, Hamano, Hayami, Kirino, Kurama e Claudine saíram todos juntos para curtirem uma noite no Karaokê. Aproveitando a oportunidade pra verem a morena cantar de novo.

Hamano exibiu sua voz de taquara rachada, na verdade, quase quebrou todos os vidros. Sua empolgação foi tanta que ele se recusava a parar. Tiveram que arrancar seu microfone à força porque estavam quase ficando surdos. Hayami nem se atreveu a tentar, tamanha timidez. Kirino cantou bem causando surpresa em todos, além de Claudine, parecia que outras pessoas demonstravam seu talento escondido. Quando chegou a vez de Kurama, o Atsushi veio lhe provocar como de costume.

— É agora que tudo quebra e os ouvidos sangram. — Gargalhadas divertidas ecoaram na salinha privada do local.

Kurama, que tinha uma veia saltada, apenas mostrou o dedo do meio para o Atsushi, assustando a morena que não o via fazer essas coisas, mas riu da cena. Um pouco desafinado, porém suportável, Kurama ficou meio tímido. Isso não o impediu de continuar.

— Você foi... Bem. — Elogiou Claudine orgulhosa, mas com receio de dizer a verdade e magoar o amigo.

— Obrigado, Cloud. Pelo menos alguém me apoia. — Kurama agradece jogando uma direta aos amigos de brincadeira.

— Notaram que ela fez uma pausa? — O Atsushi cutuca o moreno.

— Faz melhor então! — Exalta Kurama voltando a sentar.

— É verdade, acho que só faltou o franjinha e a Crystal. — Ressaltou Hamano.

— Não, eu passo. — Recusa Minamisawa. Cantar não era seu forte também. O que ele tinha de beleza, não tinha de talento musical.

— O senhor Narciso fala de mim, mas tem medinho de palco. — Kurama tira sarro.

— Não sou obrigado. — Avisa ele, sabendo o que iria acontecer e não gostando muito.

— Vem Minami. Eu não cantei pra escola toda? — Relembrou a morena o incentivando.

— É, mas a diferença é que você é uma deusa cantando. — Elogia o de cabelos roxos corando ao perceber o que disse por impulso. Claudine também se ruborizou.

— Hum... — Murmura Hamano indicando malícia.

— Vamos cantar? — Incitou Claudine querendo desviar o assunto.

— Não, Cloud. Cantar não é pra mim. — Recua o Atsushi preocupado com o desfecho daquilo.

Claudine puxou sua mão apesar dele continuar negando. A morena sorriu e escolheu um dueto, Minamisawa estava desconfortável. Não só por ser horrível. Claudine estava do seu lado e ambos cantavam como um casal. Minamisawa mandou muito mal. Desistiu no meio do caminho. Mesmo assim, foi aplaudido pelos amigos.

— Eu sei que eu sou ruim, podem vaiar. — Diz Minamisawa desanimado e envergonhado.

— Sua anta, é pra se divertir. — Ofende Kurama e Cloud concorda.

A noite acabou bem. Na verdade, bem demais. Ou não. Se ver pelo ponto de vista do Atsushi, que acompanhava a amiga na volta. Convenhamos, ele já adivinhava que algo ia acontecer. A conversa começou pelo de madeixas roxas pensar em ir para outra escola, tudo por causa dos pais. Também tinha sido uma das razões para ele querer se afastar. Não queria que Cloud sofresse por sua culpa. Porém ele se focou tanto nas emoções que simplesmente esqueceu o assunto. E acabou o deixar escapar nessa conversa de amigos. Claudine parecia decepcionada.

— Então vai mesmo embora? — Perguntou a jovem o encarando tristonha.

— Não sei. — Respondeu ele no mesmo tom. — Meus pais acham que a Raimon é uma escola fraca pra mim.

Minamisawa não queria responder essas perguntas, não queria pensar no que vai acontecer.

— E... O time? — Se afligiu a morena. Olhos azuis esboçando melancolia. — Como vai ficar sem você apoiando a gente contra o Fifth Sector? Vamos te ver? E a nossa amizade? Não iremos mais sair pra se divertir como hoje? Você... Vai sentir falta de mim? — Minamisawa parou com essa pergunta a fazendo parar também. — Você... Não gosta de mim?

Um selinho silenciou as palavras. Minamisawa finalmente teve sua chance de provar dos lábios que queria desde o começo, quando viu a garota sentada ignorando o mundo à sua volta; se divertido ao celular.

— Esse foi o único jeito de fechar sua boca. — Se explica o Atsushi. Os efeitos do mero selinho, ainda o atordoando.

E simplesmente foi para sua casa meio apressado. Claudine estava perto de sua residência. A morena estava confusa. Talvez o tenha irritado com sua mania de fazer um turbilhão de perguntas em um segundo. Mas também seus sentimentos estavam em desordem.

Porém, ela decidiu correr atrás dele ao invés de entrar em casa. Agarrou seu pulso com firmeza.

— Eu não vou te deixar ir embora. Por que quer se afastar de mim? — Voltou ela a questionar.  Minamisawa se assustou. Como ela percebeu? — É porque vejo espíritos?

— Não. — Ele nega nervoso.

— Por causa da minha estranheza?

— Não.

— Por que sou fria?

Minamisawa a calou selando seus lábios.

De novo.

— Tinha uma garota... — Começou a confessar melancolicamente. — Era minha namorada, ela me amava. Mas eu nunca dei valor pra ela, e... A traí. — Admite desviando seu olhar da moça. — E ela... Se matou.

Veio o choque para a morena, suicídio é algo forte, pesado e triste.

— E só depois, eu percebi que minha vida mudou. Mas já era tarde demais. — Mexeu na franja para descontrair e se acalmar. Nunca contou isso pra ninguém. Esboçou um riso sarcástico. — Os pais dela me odeiam até hoje. — Por isso, não quero te ver decepcionada. Eu só destruo os sentimentos daqueles que se importam comigo.

— Isso não é verdade. — Discordou Crystal para ele. — Se você não tivesse falado comigo aquele dia, eu não conheceria ninguém. Não teria visto essas cores que o mundo sempre me mostrou. — Argumentou Claudine se sentindo emocionada ao se lembrar de tudo o que passaram juntos. — Não teria sorrido. Não teria amigos.

Minamisawa estava extasiado pelas emoções. Nunca imaginou seriamente que a jovem pensava assim de alguém tão idiota como ele.

— Então, Minami... — Completou sorrindo divinamente. — Não diga que destrói as pessoas, porque você nunca vai me destruir. Até agora você só me fez sorrir. — Ele ficou quieto apenas a ouvindo. — Portanto, não me deixe.

Claudine abraçou o rapaz escondendo sua cabeça em seu peitoral, ouvindo seus batimentos cardíacos. Ele retribuiu o gesto, apertando aquele corpo menor contra o seu com carinho. Depois, a fez interrompeu o ato, mirando seu rosto delicado e aqueles olhos lindos.

A beijou com paixão; com desespero.

Ele queria aquilo há muito tempo. Diferente do habitual, decidiu ser amável pois para ele, se tratava de uma boneca de porcelana.

Ele se afasta, acariciando seu rosto.

— Então Cloud, promete não me deixar também? — Indaga Minamisawa apaixonado.

— Prometo. — Confirma ela, sorrindo de felicidade.

Para todos os momentos, bons e ruins, Claudine lhe segurou. E ele não se arrependia de ter apenas virado o rosto naquele dia como qualquer outro, e conhecido a existência daqueles olhos de cristal.

 


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Notas finais do capítulo

Acabei, ufa! Me sinto realizada o/
Nat, eu espero que tenha gostado, pois fiz tudo com carinho e amor, do fundo do meu kokoro (que gay x'D). Se vc não gostou, me fala que eu faço outro :3
(espero não estar esquecendo nada kkk) (voltando pra reeditar porque eu esqueci sim, de uma coisa)
Natacha, Obrigada por ser uma amiga incrível, estar sempre comentando e favoritando minhas histórias, até mesmo as que não são de IE. Vc é sim importante para muitas pessoas :3

Link para os Perfis dela - Spirit: https://spiritfanfics.com/perfil/azusamukami23

Nyah: https://fanfiction.com.br/u/576907/

Beijos e Abraços da Dark - See Ya!



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