Desafio do ABC - Histórias de Hiatus escrita por Queen Jeller


Capítulo 11
Dia K - Sunshine


Notas iniciais do capítulo

Dia K é sobre Kurt, e logicamente escrevi sobre a cena que faltou do casamento de Jeller para mim: Jeller com Bethany. Espero que gostem tanto quanto eu!



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Bastou alguns passos longe de Jane para que eu a perdesse de vista. Era nosso casamento, e eu estava o mais grudado possível nela, ainda estasiado com todo aquele momento, mas bastou um momento com nossos amigos para que eu a perdesse de vista. 

 

Não demorou muito para que eu notasse isso, e então meu olhar correu por todo o jardim. Allie estava de costas conversando com Dra. Hirst, Stuart estava vendo algo no celular do Reade e Patterson ria descontroladamente de algo enquanto mexia nos cabelos de Sawyer. 

 

Pensei que provavelmente Jane estava aturando Tasha em algum lugar fora de minha visão, juntamente com Sarah e Roman, que agora se viam como irmãos do mesmo modo que eu e Jane víamos a eles.

 

Aproveitei o momento de distração de todos e adentrei na casa que havia ao lado do jardim onde estavam ocorrendo as comemorações, em busca de um momento à sós. A maioria do lugar ainda estava com aquele clima romântico, mas eu estava buscando um lugar isolado. 

 

Eu passara tanto tempo não pensando no amor e preocupado com todos ao meu redor, que nunca achei que fosse um dia encontrar o amor. Mas hoje, ali depois de receber o sim da mulher da minha vida, eu sabia que havia encontrado para sempre. 

 

Era engraçado pensar que eu havia encontrado-a nos momentos de mais preocupação da minha vida. Ela foi o furacão da minha vida, mas também foi o lar de paz que eu jamais pensei que um dia fosse experimentar. Ela tirou todas as minhas dúvidas e confirmou todas as minhas certezas. Ela silenciosamente questionou quem eu era, e com isso me transformou em um homem ainda melhor. Isso era ser o amor da minha vida.

 

Meus pensamentos foram interrompidos quando lentamente escutei uma voz suave cantarolar algo quase inaudível. O som vinha da sala vizinha e eu então lentamente atravessei os compartimentos.

 

"You are my sunshine, my only sunshine. You make me happy when skies are gray." A minha voz favorita cantava desafinadamente. Era Jane cantando com Bethany nos braços, uma cena de tirar meu fôlego e jogar no fundo do poço qualquer pedra do muro do meu coração.

 

"You'll never know dear, how much I love you", eu continuei, o que a assustou rapidamente e fez com que ela me olhasse, mas logo depois ela sorriu e voltou os olhos para a bebê. 

 

"Please don't take my sunshine away", Jane finalizou. Bethany, tão pequenina, não entendia nada do que Jane cantava na canção de Johny Cash, mas ela sorria de um modo que me lembrava quando Allie dizia que ela chutava sempre que me escutava cantar aquela mesma música. 

Eu a abracei por trás então ficamos nós três ali, dançando e cantarolando essa música, até que Bethany começou a se espernear, sinalizando que seu momento de calma havia acabado. Eu e Jane rimos e ela então tirou a criança do seu colo e colocou na altura do ombro, o que me deu uma visão melhor dela.

 

"Então você estava aqui aprontando com mama Jane, uh?" Eu disse olhando pra minha pequena e ela e Jane riram.

 

"Eu havia dançado com quase todo mundo, mas não com ela então achei apropriado vir para cá fazer isso.", Jane disse.

 

"Esqueceu de me chamar?", Eu disse com um ar de desprezo e ela então me olhou de um modo provocativo.

 

"Não posso mais ter um momento a sós com sua filha, homem?"

 

"Claro que pode.", eu disse e então a beijei, o que fez Bethany soltar uma risada deliciosa.

 

"Aparentemente até ela gosta que eu te beije." Rebati e peguei Bethany em meus braços, fazendo carinho em suas costas e cheirando seu cheiro de neném. Ela já estava com a mãozinha na boca e me olhava fixamente. Não tinha como não se apaixonar por um ser tão pequeno e tão bonito e observando-a assim, ao lado de Jane, eu senti até meu coração sorrir naquele momento. Levantei minha cabeça com um sorriso para olhar para minha esposa e logo ela voltou a me provocar, me beijando mais uma vez.

 

"Então eu acho que você devia fazer isso mais vezes."

 

Eu assim o fiz, e então ela e Bethany voltaram a sorrir. A bebê, tão louca por Jane quanto eu, estendeu o braço desocupado para minha amada quando nos aproximamos e ela a pegou novamente com um cuidado e um carinho natos de quem a amava muito. Eu beijei a testa das duas e olhei pra elas e lá no fundo sentir algo que nunca tinha sentido antes: eu tinha uma família, uma família minha e não só uma da qual eu pertencia. 


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Notas finais do capítulo

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