[Liberdade]

No final daquela jornada sanguinolenta, tortuosa e excruciante – um dos membros remanescentes do clã Uzumaki e ex-integrante do time Taka, Uzumaki Karin – elevou a bandeirinha esbranquiçada da trégua ao céu azulado, livremente e orgulhosamente.

Uchiha Sasuke seguira um rumo excêntrico e particular como patriarca de uma família tradicional e shinobi famigerado para além das Grandes Nações, trilhando um caminho longínquo do dela.

O destino e os miocárdios turbulentos – e antigamente banhados na escuridão – de ambos os shinobis jamais se entrelaçaram na realidade como nos devaneios deturpados e antigos da belíssima ruiva.

E então, Uzumaki Karin, superou o passado doloroso e traumatizante dosando bastante autopreservação e amor-próprio na receita.

Sozinha, no entanto, independente e plena pela primeira vez em sua existência, Uzumaki Karin seguiu em frente, rumando os sonhos extraordinários e ambições pequeninas que nutria em seu âmago, rumando para um lugar onde os limites eram suas próprias convicções e não as de outrem.

Os anos seguintes haviam desempenhado com louvor sua missão curativa e o miocárdio turbulento de Karin havia sido restaurado como a paz que se alastrava pelo universo shinobi.

Olhando para o céu ensolarado daquela manhã tranquila, Uzumaki Karin se permitiu lançar um sorriso amável e resplandecente ao azulado-celeste com variáveis e brancas nuvenzinhas de algodão.

Havia encontrado o seu espaço no mundo, seu lugarzinho livre de subordinações. 

Seu verdadeiro lar.

Sua libertação após tempos enclausurada em ideias errôneos.

As esperanças renovadas e a incandescência solar daquele amanhecer se ascendiam serena e encantadoramente para ela. E se ascenderiam para Uzumaki Karin até os últimos suspiros da belíssima ruiva.