Memórias 2.0 escrita por Vany chan 734


Capítulo 1
Versão do Sasuke


Notas iniciais do capítulo

OLAAAAR,

É, eu sei, devia ter postado antes, mas gente as aulas voltaram e eu ainda to finalizando a KakaSaku, mas eu vim! Haha, inicialmente era pra versão dele ser igual a dela, mas não gosto disso [nem aqui, nem nas fics por aí], então resolvi adaptar um pouquinho!

Bem, espero que gostem e POR FAVOR COMENTEM!



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Sakura gostava de recontar nossa história para Sarada ou para qualquer pessoa que tivesse paciência em ouvi-la. E eu sempre me limitei a refletir sobre o quê de fato vivemos.

A verdade é que Sakura era irritante. É e sempre foi. Essa sempre foi a melhor definição para a menina que era enquanto vivia me seguindo e por isso fazia questão de ignorá-la, o que – na verdade – parecia ter efeito contrário, dando-lhe mais interesse e foco na sua perseguição, buscando incansavelmente o meu reconhecimento.

O dia no mercado foi o cúmulo. É claro que fiquei irritado com a insinuação na voz da senhora Haruno, afinal, Mikoto escutava muito bem e faria questão de colocar a pauta “namorada do Sasuke” no jantar em família daquela noite. Nunca mais consegui sossego perto de Itachi e até mesmo Fugaku sorriu orgulhoso por saber do filho galanteador – ainda que mudasse o assunto para minhas notas da épocaPor isso decidi que me afastaria dela, já que – na minha cabeça estúpida e infantil – Sakura nunca seria minha namorada.

Entretanto, foi quando ela parou de me “stalkear” que senti sua falta. Já estava acostumado com sua presença a tiracolo, com seus olhares apaixonados e seus suspiros nada discretos, mas quando percebi que de fato não era mais o centro da sua vida, seu único foco e ambição, passei a observá-la curioso.  O que havia mudado, afinal?

Naruto me garantia que ela continuava a mesma, que até mesmo sua devoção a mim era mesma – embora negasse veemente – e isso só me fazia refletir sobre o quê havia mudado, porque nunca havia reforçado suas constantes tentativas de aproximação e ainda assim ela continuava, então quando parou de tentar, soube que algo estava errado.  

Os trabalhos em grupo não eram mais entre nós, ela fez questão de mudar de lugar em sala de aula e passou a formar duplas com Ino, ou trios incluindo Hinata. No entanto, o Dobe sabia fazer chantagem emocional e assim conseguia que algumas raras atividades fossem entre nós, a equipe 7, ela o atendia mesmo ficando claramente relutante em aceitar. Eu reparava como ela se continha ao me olhar, como às vezes desviava o olhar ou o mantinha, apesar de unir as mãos em óbvio nervosismo.

Sakura gosta de dizer que eu a tirava do sério, mas ela nunca soube o real poder que exercia sobre mim. Fiquei várias noites insones pensando sobre nós, e pela primeira vez a perspectiva da nossa relação era algo que eu dava importância. A rechaçava sim quando pirralha, porque era simplesmente irritante – gritando escandalosamente e invadindo meu espaço pessoal –, porém nós havíamos crescidos, certos comportamentos infantis foram extinguidos e eu não soube lidar com sua distância, principalmente por seus olhos continuarem denunciando o desejo de estar perto.

Foi então que entendi, o sentimento dela era o mesmo, o que havia mudado era sua submissão aos meus caprichos e à minha ignorância. Sakura não mendigaria meu amor, mas também não ficaria por perto, sentindo tudo que sentia. Os sorrisos que ela julgava serem debochados, na verdade eram excêntricos, pois conseguia lê-la completamente quando seus olhos verdes fixavam-se nos meus e logo em seguida corava.

Era engraçado provoca-la e ver suas reações.

Como no dia em que resolvi dar-lhe uma rosa. Não foi um grande plano, nem algo detalhadamente planejado, eu apenas quis surpreender a dona dos cabelos cor de rosa, mas o surpreendido fui eu quando sua amiga disse “Ela tá doidinha pra te beijar, Sasuke-kun!”. O problema não era ela querer me beijar – isso eu sempre soube – o problema foi perceber que queria beijá-la também. Saí da floricultura com uma batalha interior e após mais noites insones – e uma conversa constrangedora com Itachi – descobri que estava apaixonado pela irritante.

A partir de então eu comecei a persegui-la – claro, de forma bem sutil – e conforme reconquistava meu lugar na sua vida, tive certeza que gostaria de mais da sua atenção. Por isso o pedido de namoro foi simplório. Novamente, nada havia sido planejado e confesso ter ficado preocupado quando ela desmaiou sussurrando “socorro”. O pior foi leva-la no colo até a entrada da sua casa e explicar o porquê dela estar adormecida, Mebuki ficou tão preocupada com seu estado que ignorou momentaneamente minha futura entrada na família. Oh, sim, eu sabia que Sakura iria aceitar meu pedido, e quando acordou a certeza veio explícita com um sorriso abobalhado.

Enquanto saímos juntos, eu notava seu sinais. Sua peculiaridade ao querer um contato corporal maior e surpreendentemente, eu também. Beijei-a, novamente sem planejar, na verdade, estava cansado de mais um dos seus monólogos sobre o dia caloroso e a silenciei com um “cala a boca”. Quando me afastei, seu queixo tremia como se fizesse 0ºC e temendo perde-la para mais um desmaio, voltei a selar nossos lábios.

Seus beijos são o único vício que assumo ter. E por culpa deles quase fomos pegos uma vez no quarto por Itachi. Maldito. O mesmo cara que zombava de mim quando criança por ter uma “namoradinha” ficou emburrado quando eu de fato consegui uma, algo como “já vai casar?”. Era uma imbecilidade justificada como brincadeira, mas em um dia comum, refleti que em algum momento isso seria um passo importante em minha vida e eu já tinha a esposa pretendida. E em uma conversa sem jeito, estipulamos que queríamos estar formados antes disso.

A faculdade foi um caos. Se não bastasse meu próprio temperamento, havia ainda o intempestivo de Sakura. Céus, às vezes eu queria xingá-la por brigas infundadas – aos meus olhos – mas sempre que a via chorar por minha culpa, sentia como se não fosse merecedor daquilo. Cogitei muitas vezes terminar, mas sempre que olhava para seus olhos magoados, sabia que não podia fazer aquilo com ela. E pela primeira vez na vida, aprendi a ceder, a deixar de ser egoísta e orgulhoso, assim como ela, que tentou entender o meu lado das coisas.

Foi a nossa pior e melhor fase. Surtávamos praticamente todos os fins de semana e ainda assim nos mantínhamos unidos. Quando conseguíamos sair juntos e resolver as questões inacabadas íamos ao céu e voltávamos várias vezes no mesmo dia, até finalmente a distância deixar de existir. No dia seguinte após pegar meu diploma, aluguei um apartamento e a intimei a morar comigo, um convite claro e suavizado do que realmente queria dizer.

Morar juntos nos ensinou muitas coisas, principalmente rotinas e hábitos – tanto agradáveis quanto desagradáveis. Presto muita atenção em tudo que Sakura faz, e percebi o sintomas da gravidez antes mesmo dela, afinal, não era normal tantos enjoos consecutivos após alguns meses de atividades impróprias.

Senti falta do seu cabelo rosa durante a gestação. Por mais que as cabeleireiras falassem que certas tintas não tinham toxidade, Sakura decidiu não expor nosso bebê a qualquer risco e eu a apoiava em sua decisão. Realmente gostava do rosado destacando seus verdes cintilantes, todavia, nada fazia seu olhar brilhar mais do que os chutes que Sarada dava. Falar e sentir nossa filha era algo tão sublime que ficávamos constantemente boquiabertos.

E quando ela nasceu, chorei como uma criança. Da mesma forma que Sakura havia chorado quando seu sorvete havia ido ao chão. Eu tinha em meus braços o melhor de mim combinado com o melhor dela, ainda que sua aparência fosse digna de um Uchiha.

E em todo esse tempo junto da minha esposa, só posso dizer uma coisa:

— Obrigado.


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Notas finais do capítulo

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