Cristais de gelo escrita por J S Dumont


Capítulo 2
Capitulo 2 - Encontro por acaso


Notas iniciais do capítulo

Olá flores lindas!!! Tudo bem?
Aqui é a Lunah, quero dar oi a todas e agradecer quem já está acompanhando a fanfic "Cristais de Gelo", já estamos com 22 acompanhamentos e 11 comentários, agradecemos a todas e como prometido hoje é quarta e estou aqui att. Jajá vou responder os comentários de todas. Ficamos muito felizes com a presença de vocês.
Então temos novidades referente a "Imprevisivel, Inesperado e Improvavel", desistimos da exclusão dela, recebemos algumas MP falando sobre a fic, e conversamos e conseguimos começar a baixar novos caps da novela, então, vamos continuar aonde paramos mesmo, só que ela está no momento em hiatus até a minha parceira J.S Dumont terminar a fanfic "remember me", ela está quase na reta final, quando terminar vamos voltar com a fanfic e finalizar ela. Queremos agradecer o carinho de todas e pedir desculpas por esse transtorno.
E então agora o novo capitulo, esperamos que goste e partir de agora tudo vai começar a ficar mais interessante:



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2. Encontro por acaso

Eu desejava ir para o hotel mais luxuoso da região, porém eu sabia que na situação em que eu me encontrava eu não poderia ficar me dando a esse luxo, acabei me hospedando em um motel barato de beira de estrada mesmo, com certeza esse era o tipo dos motéis que homens nojentos levam prostitutas para fazer sexo por uma noite.

Eu estava com nojo de dormir ali e mais ainda de usar o banheiro, porém eu sabia que o dinheiro acabava. Eu estava com dinheiro suficiente para sobreviver por algumas semanas, mas se eu ficasse gastando por qualquer coisa logo ele acabaria.

Antes de chegar ao motel abandonei o carro em uma estrada a duas quadras dali, eu queria ficar com o carro, mas eu sabia que com ele era mais fácil de Cato me encontrar, era horrível ter que ficar a pé, mas se eu fugi era para não voltar mais. Além do mais, eu sabia que se Cato me encontrasse no mínimo me daria uma surra e me violentaria, e só de me imaginar ele tocando em mim de novo meus pelos se arrepiavam todos. Eu estava com um nojo dele que não dava mais para suportar, estava insuportável conviver com ele, nem sei como suportei por tanto tempo e ainda mais agora com a esperança de me manter longe, eu queria fazer o possível para não ter que voltar mais.

Lá estava eu dentro do quarto do motel, andando para um lado e para o outro, peguei meu celular e pensei em ligar para Finnick. Logo vi que Cato ainda não havia me ligado. Será que ele ainda estaria dentro do quarto? Será que ele já conseguiu arrombar a porta?

Eu já estava discando os primeiros números de Finnick, quando eu desisti. Era melhor eu esperar um pouco, deixar a poeira abaixar. Logo pensei que amanhã também irei trocar o chip do meu celular, não queria que Cato ficasse me ligando, me incomodando.

Olhei em volta daquele quarto barato, tinha apenas uma cama velha, um guarda-roupa, um espelho e eu ainda nem havia olhado o banheiro. Aproximei-me do espelho bem devagar, fiquei meio receosa, mas acabei observando a minha imagem.

Desde que Cato me bateu e deixou meu olho roxo eu evitava me olhar no espelho, era sempre assim quando ele me batia, parecia que doía menos quando eu fingia que nada acontecia.

Agora parecia que eu havia tomado um banho de água fria, parecia que estava sendo mais fácil de enxergar a realidade, e agora estou me sentindo tão estúpida em ter ficado tanto tempo fingindo que tudo estava bem. Tudo bem que eu sabia que era mais fácil, era bem mais fácil do que encarar a realidade, encarar que aquela Katniss Everdeen forte, determinada, decidida estava agora apanhando e sendo humilhada pelo marido, é difícil abrir os olhos e ver a triste realidade da qual eu fui condenada. Fingir que nada estava acontecendo doía bem menos, mas o espelho não me deixava mentir, aquele olho roxo era o balde de água fria que me mostrava que eu não sou tão forte assim, não sou mais nem a sombra da Katniss Everdeen que um dia eu fui.

Coloquei o dedo levemente em cima do olho roxo e gemi ao sentir dor, não era só o olho roxo que estava doendo á dignidade doía bem mais, o meu corpo também ardia, afinal, ele me jogou contra parede e também no chão o que já explica toda aquela dor, eu suspirei e desviei o olhar, decidi tomar banho, porém eu não tinha nem mesmo uma nova roupa para vestir. Terei que comprar algumas amanhã.

Peguei uma toalha dentro do guarda-roupa velho que havia no quarto, por sorte o motel oferecia se não eu não conseguiria nem tomar banho, quando entrei no banheiro notei que ele estava um pouco sujo, só que bem menos do que eu imaginaria que estaria, tirei a roupa com um pouco de dificuldade devido ás dores e liguei o chuveiro na água fria, eu odiava tomar banho na água fria, mas naquele momento era o melhor, água fria sempre ajudava a retirar as dores.

Fechei os olhos e fiquei com a cabeça abaixada, deixando aquela água fria cair em meu corpo, ainda doía tudo e logo meu corpo começou a tremer devido o frio, porém eu agüentei e segurei-me no boxe, fechei os meus olhos e fiquei ainda embaixo da água por mais alguns minutos, depois coloquei na água quente e ensaboei-me. Ao sair do chuveiro eu estava me sentindo um pouco melhor.

Depois de me secar fui obrigada a vestir a mesma roupa, ao pegar novamente o celular vi que já havia três ligações perdidas de Cato, fiquei irritada e acabei desligando o celular. Provavelmente o idiota já deveria ter saído do quarto, deve ter sentido falta do teu carro e quem sabe até mesmo do dinheiro.

Tentei não pensar mais nele, sentei-me na cama e comecei a olhar a minha volta, eu estava me sentindo perdida e sem saber muito que fazer, simplesmente eu agi por impulso e fugi, mas agora meu cérebro me questionava, fazendo-me perguntas: O que você fará agora Katniss Everdeen?

“Você não sabe fazer nada, o dinheiro uma hora vai acabar, você nunca trabalhou e dificilmente arrumará algum emprego, uma hora você terá que no mínimo ou procurar os seus pais ou o Finnick”.

É... Essa era a dura e cruel realidade, provavelmente será isso que irá acontecer. Mas eu não iria me desesperar, o melhor a se fazer é esperar a poeira abaixar e esperar o dinheiro acabar. Vamos ver no que dá.

Enquanto eu ficava atormentada com tantas perguntas, eu senti minha barriga roncar, é a fome já estava aparecendo, mas eu não sabia se seria bom eu sair para comer algo, queria gastar menos possível, mas também eu não iria conseguir dormir se eu não comesse nada.

Fiquei algum tempo com essa duvida em minha mente até que o desejo de comer foi maior e sai, levei a bolsa comigo que era apenas os poucos pertences que eu tinha: meus documentos, o dinheiro e o celular.

Eu estava bem distante da minha casa, na verdade eu não sabia direito nem onde eu estava, eu não sabia onde teria algum restaurante, ou algum lugar para comer. Acabei encontrando um restaurante barato, duas esquinas após o motel, já estava escuro e eu tinha que comer logo, se não ficaria perigoso para voltar.

Embora tivesse de noite eu tive que colocar os óculos escuros, era um tanto estranho, mas seria mais estranho ainda se eu ficasse andando por ai com o olho roxo, sentei o mais próximo da janela o possível e eu pedi a comida mais barata que tinha no cardápio e de bebida um suco de laranja, enquanto eu comia, eu olhava pela janela, realmente eu estava em um lugar não muito agradável, também não havia muito movimento, o restaurante estava quase vazio.

Assim que terminei de comer pensei em voltar para o motel, mas enquanto caminhava acabei avistando um pub, acabei sendo tentada a beber alguma bebida alcoólica. Realmente depois de tudo que aconteceu eu estava precisando, precisando muito mesmo. Então eu entrei e fui até o bar, pedi uma dose de whisky e me sentei, ali estava bem mais movimentado que o restaurante, olhei a minha volta e já notei alguns olhares voltados a mim. Todos de homens, todos eram olhares interessados.

Eu suspirei e pensei em ficar ali o menor tempo possível, a ultima coisa que eu queria era um homem idiota dando em cima de mim, eu tinha um imã que sempre chamava homens idiotas. O meu marido era a maior prova disso.

Porém assim que o garçom me trouxe uma dose de whisky, um homem se aproximou, ele era alto, brancos de cabelos pretos e de olhos azuis, e infelizmente sua aparência me lembrou Gale, e a ultima coisa que eu queria era me lembrar de Gale naquele momento.

— Olá, você está sozinha? – ele perguntou.

— Está vendo alguém do meu lado por acaso? – perguntei em um tom grosseiro, quanto mais grossa eu fosse, mais rápido ele sumiria.

— Nossa, por que está tão nervosa gatinha? – ele perguntou.

Gatinha? Eca.

Engoli rapidamente a dose de whisky e tirei uma nota de dinheiro da bolsa para pagar. Mas logo o homem segurou a minha mão.

— Não linda, deixa que eu pago... – ele disse e então eu sorri.

— Ótimo, muito obrigada, ele vai pagar tá bom! – eu disse para o garçom, depois me levantei e sai rapidamente do bar, ouvi ele me chamar, porém eu não voltei.

Eu sabia que ele iria vir atrás de mim, afinal, pagou uma dose de whisky acreditando que eu continuaria no pub, ele deve estar irritado por eu ter fugido, então, continuei andando o mais rápido que pude para quando ele pagasse o garçom e saísse do pub não me encontrasse mais. Só comecei a andar normalmente quando estava numa distancia razoável, mexi na minha bolsa, liguei meu celular e logo comecei a receber umas mensagens dizendo que eu tinha mensagem de voz. Meu coração disparou ao pensar que deveria ser Cato fazendo um monte de ameaças, até de morte.

Já estava bem escuro e quando eu passei próximo a um beco, vi dois homens estranhos, eles olharam para mim e chegaram a mexer comigo:

— Iai princesa, quer companhia?

Aumentei os meus passos me lembrando do valor de dinheiro que havia em minha bolsa, eles poderiam querer me roubar, ou até mesmo fazer coisas piores. Guardei meu celular dentro da bolsa, a fechei e olhei para trás, e então eu vi que os dois homens estavam me seguindo.

— Espera ai gatinha, vamos conversar! – ouvi um deles falar em um tom zombador.

Aumentei mais ainda os meus passos, agora eu estava quase correndo, porém parecia que eles haviam aumentado os passos também, meu coração começou a disparar acelerado, olhei a minha volta e vi como eu estava vulnerável. Eu estava em uma rua deserta, com dois homens me perseguindo e ainda eu estava longe do motel.

Pensei em atravessar a rua, assim seria mais difícil deles continuarem me seguindo, eu sairia do caminho do motel, mas agora o mais importante é eles pararem de me seguir, mas assim que parei por alguns segundos apenas para atravessar um dos homens me alcançou e segurou o meu braço.

Eu o olhei com uma expressão de nojo, notei que ele tinha em torno de trinta anos, era barbudo e fedia a álcool. Ele estava um pouco sujo e tentei puxar desesperadamente meu braço da mão dele.

— Me solta! – eu pedi.

— Espera, vem, vamos conversar, não é por que estamos nessa situação não temos dinheiro, podemos entrar num acordo... – ele falou. Olhei para o lado dele e vi que o outro homem também estava próximo. Era tão barbudo, sujo e fedido como o outro. Com certeza os dois estavam bêbados.

— Do que você está falando? – perguntei.

— Quanto que você cobra? – ele perguntou, novamente fiquei com nojo.

— Você tá falando que sou prostituta? – eu disse com raiva e também ofendida. Eu o empurrei, para assim conseguir me soltar das garras dele, mas logo ele veio para cima de mim de novo.

— Vai me dizer que não é? Nós conhecemos prostituta de longe, você deve ser aquelas de luxo, que só quer aqueles homens de terno, gravata, todo cheiroso, bom, você é bem gostosa isso não podemos negar... – ele dizia, e o outro deu risada. Eu discordei com a cabeça inconformada.

Eu decidi não responder nada, só queria atravessar a rua e fugir daqueles dois homens nojentos, mas novamente ele me segurou.

— Eu não sou prostituta, me deixa em paz! – eu gritei com ele, e acabei acertando um tapa em seu rosto. Logo ele me olhou com uma expressão de raiva e aquilo me assustou.

— Sua vadia! – ele me xingou e em seguida começou a me chacoalhar, eu gritei e me debati, até que de repente ele me empurrou.

Parecia que foi tudo planejado, ele me deixou para me empurrar num momento em que vinha um automóvel, ele me jogou praticamente para cima do carro, ouvi um barulho de freio, o farol do automóvel quase me cegou e apenas senti o meu corpo sendo atingido pelo carro e depois a minha cabeça batendo no chão.

O impacto não tinha sido tão forte devido o carro não estar em tanta alta velocidade, porém foi o suficiente para minha cabeça bater fortemente e minha visão ficar escura.

Fiquei algum tempo caída no chão até sentir a aproximação de uma pessoa, uma mão gelada e ao mesmo tempo macia tocou o meu braço, ao sentir o toque dele em minha pele tentei me desvencilhar, mas tudo estava doendo demais para que eu pudesse sequer me mexer.

A pessoa depois tocou o meu rosto, e os meus óculos naquela altura já deveria ter ido parar longe.

— Meu Deus, eu sabia que te conhecia! – ouvi uma voz conhecida falar para mim, mas estava confusa demais para reconhecer quem era. – Everdeen, você está bem?

“Everdeen” falou com formalidade, provavelmente não éramos amigos. Aquela voz era para eu reconhecer, ela era muito familiar, abri os olhos, mas não conseguia enxergar direito, parecia que havia um borrão preto nos meus olhos.

— Eu vou te levar para o hospital... Não, é melhor não mexer em você, eu vou chamar a ambulância... – o homem falava num tom de preocupação, quando ele falou aquilo eu me desesperei.

— Não, não chama, não, por favor, eu imploro, não me leva para o hospital, não, não! – eu dizia levantando o meu braço, até conseguir segurar ele, segurei o seu braço e apertei-o.

Se ele me levasse para o hospital, lá entrariam em contato com Cato, ele me encontraria.

— Tudo bem, então, vem, eu te levo para sua casa, vem! – ele disse, e então começou a me ajudar a me levantar. Ele me segurou pela cintura e eu coloquei o meu braço em volta do pescoço dele, ele me carregou até o carro. E enquanto eu caminhava eu senti uma forte dor na cabeça, porém agora aquele borrão estava começando a desaparecer e a visão estava voltando ao normal.

A pessoa abriu a porta do carro e me colocou com cuidado lá dentro, entregando-me a minha bolsa, eu levantei o rosto com dificuldade, assim que me sentei no banco, e então eu consegui ver seu rosto, mas foi muito rápido, eu pisquei algumas vezes quando tive a impressão de ter visto o rosto de Peeta.

Enquanto ele dava a volta para entrar no seu carro comecei a me lembrar da voz, realmente a voz era parecida com a de Peeta e quando ele entrou no carro e então eu o vi e tive a certeza, quase abri a porta para sair, quando eu estava tentando abrir ele segurou-me pelo braço.

— Espere... Aonde você vai? – ele perguntou.

— Eu não preciso da sua ajuda! – eu respondi, com raiva. Tantas pessoas para me atropelarem tinha que ser logo ele?

— Por favor, né, você acabou de ser atropelada... – ele me disse e então ligou o carro.

Eu quase abri a porta, mas gemi ao sentir minha cabeça latejar, comecei então a sentir sono, meus olhos começaram a pesar, encostei a cabeça novamente no banco.

— Onde você mora? – ele perguntou. Agora o carro estava em movimento.

— Estou em um motel... – eu respondi. A minha voz estava fraca e meus olhos quase fechando. – Não me leva para o hospital, eu não posso ir para lá, se não ele vai me encontrar... – eu falei e as palavras acabaram sendo soltas sem querer.

— Quem vai te encontrar? – escutei ele perguntar, mas meus olhos estavam quase fechando. – Katniss? Katniss?

Tudo então escureceu.

+++

Quando abri os olhos vi que não estava mais no carro de Peeta, a minha visão não estava escura, mas sim clara, era como se uma enorme lanterna estivesse sendo apontada em direção ao meu olho, minha cabeça não doía mais tanto, mas mesmo assim eu gemi, comecei a piscar varias vezes os olhos na tentativa de conseguir enxergar melhor.

Uma hora a minha visão começou a melhorar, e então notei que eu estava deitada em alguma cama, consegui então ver um teto branco e fui descendo o olhar lentamente até encontrar Peeta, ele estava sentado na cama, ao meu lado.

— Você está melhor? – ele perguntou para mim.

Eu não o respondi, comecei a olhar em minha volta e vi que estava em um quarto grande, chique, os moveis eram todos de madeira e de belíssimo gosto. Havia um enorme guarda-roupa, uma escrivaninha, uma estante e ainda uma janela coberta por uma cortina branca.

— Onde eu estou? – perguntei para ele.

— Você está na minha casa... – Peeta respondeu sorrindo levemente para mim, meu estomago no mesmo minuto revirou-se.

Continua...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem!!! Ah e quem quiser conhecer a minha outra fanfic Amor por acaso: https://fanfiction.com.br/historia/737596/Amor_por_acaso/ vão lá e comentem também ;) beijos beijos!!!