Cristais de gelo escrita por J S Dumont


Capítulo 14
Capitulo 14 - Trabalho


Notas iniciais do capítulo

olá gente, aqui é j.s dumont to postando mais um capitulo de "Cristais de gelo", dei uma passada de quarta-feira devido as minhas provas finais, mas eu já acabei elas *-* e agora estou de ferias, tanto eu como lunah e vamos aproveitar para dedicarmos mais a fanfic, que alias, entrará em uma nova fase depois desse capitulo, será uma fase com mais emoções nós garantimos, e achamos que todos vocês vão adorar, mas enquanto isso, espero que gostem desse ultimo capitulo dessa fase *_* bgs bgs e comentem, recomendem e favoritem!



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14. Trabalho

— A nossa mãe sabe que você está me ligando? – eu perguntei a Prim, enquanto sorria e sentava em minha cama, os meus olhos pararam no chão, eu gostava de ouvir a voz de Prim, pelo menos matava um pouco da saudade que eu estava sentindo dela, mas eu sabia que ela estava ligando escondido, e seria muito perigoso caso nosso pai flagrasse.

— Não, e também se soubesse qual é o problema? Você fala com ela no telefone! – ela disse.

— Mas com nosso pai não, se ele ver você falando comigo... – eu comecei.

— Ah qual é Katniss? Você não vai poder ficar assim a vida inteira, já faz semanas que você está sumida, logo vai fazer meses, eu sei que é muito excitante essa de fugir com outro homem e viver um amor e tal, mas o Cato, ele está louco, ele tá vindo aqui todo dia, ele está maluco atrás de você, nosso pai já tá super irritado com essa situação, você vai ter que encará-los! – ela falou e então soltei um longo suspiro.

— Esse é outro motivo para nós não estarmos falando no telefone... – eu disse a ela.

— Quando você vai aparecer e vai pedir o divorcio para aquele ogro? – Prim perguntou, fazendo-me rir, ela nem sabe o que Cato fez para mim e já o considera ogro, imagina se ela soubesse.

— Em breve Prim, em breve, espere mais um tempinho... – eu disse. – Agora eu vou desligar!

— Mas Katniss... – ela começou.

— Tchau maninha, nos falamos depois! – e então eu desliguei o celular, soltei um suspiro, e levantei-me da cama e fui em direção ao espelho, joguei o cabelo para o lado e reparei em minha roupa, eu estava usando um vestido azul claro, meus cabelos estavam soltos e eu usava uma maquiagem discreta, eu acho que estava bom, afinal, que eu saiba Peeta e eu só iriamos a cidade hoje.

Antes de sair cheguei também a receber uma ligação de Finnick, ele estava louco para descobrir o que Annie estava achando dele, mas eu tive que acabar com a expectativa dele saber por mim o que ela acha, tive que contar que ela havia ido embora da fazenda, antes de eu poder fazer qualquer tipo de pergunta.

Em seguida, sai do meu quarto, passei pelo corredor e desci as escadas, não encontrei Peeta e as crianças na mesa, logo imaginei que acordei muito tarde e perdi muito tempo no telefone, e por isso eles já devem ter tomado café ou, também tem a possibilidade deles que acordaram muito cedo.

Eu fui até a sala de estar para procura-los, e realmente encontrei Alex e Logan brincando com espadas de brinquedo, eles simulavam uma batalha um contra o outro, enquanto Peeta estava sentado no sofá e assistia tudo.

— Olha só pai, eu vou vencer! – disse Alex, batendo sua espada contra a espada de Logan.

— Que nada, você é fraquinho ainda, é muito novo! – Logan falou, batendo de repente com força na espada de Alex, a fazendo voar de sua mão e cair no chão.

— Você é chato, eu não quero mais brincar com você! – Alex reclamou e mostrou a língua para Logan que devolveu mostrando a língua para ele, e então eu não pude evitar rir, logo os três olharam para mim.

— Tia Katniss você já acordou! – Alex falou, vindo correndo em minha direção, ele me deu um abraço, depois foi á vez de Logan.

— Caíram da cama é? – perguntei para eles, passando a mão na cabelereira loira dos dois.

— É mais ou menos isso hein, eles acordaram cedo e eu fiquei aqui esperando você acordar para gente tomar café! – disse Peeta, levantando-se do sofá e aproximando-se de mim, ele parou na minha frente e deu um demorado beijo em minha testa, foi o suficiente para meu coração disparar acelerado.

— Nossa, não precisava esperar, você deve estar com muita fome! – eu disse.

— Eu prefiro esperar e ter sua companhia... Vem! – ele falou, e então puxou-me pelo braço em direção a sala de jantar.

Então, tomamos café da manhã não somente nós quatro, mas Molly também nos acompanhou, Peeta não tinha me falado ainda sobre a ideia que ele tinha tido, mas prometeu que ia me contar a caminho da cidade, assim que terminamos o café, nós nos despedimos das crianças, Logan ainda pediu para ir conosco, mas Peeta disse que dessa vez ele iria resolver coisa de adultos e da próxima vez o levava, mas ele disse que iria trazer doce para os dois, quando eles ouviram a palavra doce já ficaram animados e acabaram não chorando, o que foi bom porque pudemos ir para cidade mais sossegados.

A surpresa já teve inicio assim que seguimos em direção ao carro de Peeta, assim que eu ia entrar Peeta já foi perguntando se eu sabia dirigir, quando eu disse que sim, ele pediu para que eu dirigisse no lugar dele, eu estranhei, mas acabei concordando, afinal, já fazia um tempo que eu não dirigia e eu nem gostava de me lembrar de quando foi a ultima vez. – foi no carro de Cato – mas era bom poder estar dirigindo de novo.

Durante o caminho ele começou a falar:

— Bom eu acho que você vai gostar da minha ideia, pensei em você trabalhar por um tempo na livraria ajudando Tara, acho que assim você ia se sentir mais dependente e ocuparia o seu tempo, ganharia dinheiro e poderia usá-lo como quiser! – Peeta disse, e eu o olhei com as sobrancelhas franzidas.

— Você não poderia pagar um salário para mim, eu me sentiria mal, afinal, eu já como de graça e vivo de graça na sua casa! – eu disse.

Peeta pareceu ter ficado incomodado com meu comentário.

— Eu não gosto que você fale assim, para mim a fazenda é como se fosse sua também, eu só estou oferecendo o trabalho, para você se sentir mais segura, já que vejo que você se sente tão inferior ás outras pessoas, o trabalho melhora a autoestima! – Peeta disse.

Eu sorri de leve para ele.

— Eu até iria gostar mesmo de fazer algo durante o dia, mas como eu disse não vou me sentir bem se você me pagar um salário! – eu falei.

— Mas é claro que eu vou te pagar um salário, eu não quero que você fique trabalhando de graça para mim... – ele insistiu.

— É uma troca, eu trabalho para você e moro na fazenda... – eu falei.

— Não quero cobrar a sua estadia, afinal, como eu disse eu gosto que você more lá, me deixa feliz! – ele falou, e meu sorriso se alargou. – Você vai receber um salário e não teime comigo! – ele disse e então eu suspirei.

Eu decidi não insistir, eu era teimosa, mas Peeta conseguia me vencer pelo cansaço, continuei dirigindo até a cidade e estacionei o carro no mesmo lugar que Peeta estaciona sempre, descemos do carro, e logo Peeta aproximou-se de mim enquanto olhava a sua volta.

— Vem, vamos á livraria! – ele disse, eu não sei porque, mas ao ouvir isso o meu coração disparou.

Lá encontramos novamente Tara que foi simpática como da primeira vez, ela realmente pareceu ficar bem feliz em saber que eu trabalharia lá, ela disse para mim que era fácil e iria me ensinar tudo, e ao conversar com ela eu até achei que seria legal mesmo, pelo menos eu teria algo para fazer durante o dia e também alguém diferente para conversar, depois de conversarmos por um tempo, Peeta disse que eu poderia começar amanhã mesmo e eu concordei, sentindo-me uma idiota por ficar tão ansiosa por causa disso.

Depois de falarmos com Tara, Peeta e eu passamos rapidinho numa loja de doces e compramos chocolate para as crianças, na volta para casa, Peeta dirigiu e enquanto dirigia continuava falando sobre o meu novo trabalho:

— Bom você pode vir com o meu carro, não tem problema nenhum, isso quando eu não puder te trazer, quando eu puder, eu te trago e te busco... – ele falou e eu olhei para ele com um sorriso no rosto.

— Obrigada, ás vezes eu sinto como se você fosse um anjo na minha vida, sabe? – eu disse para ele, ele sorriu para mim, pareceu ficar sem graça com o meu comentário, mas era impossível não falar nada, era impossível, mesmo se eu quisesse eu não conseguiria ignorar todas as coisas boas que ele estava fazendo por mim.

— Que isso, eu só quero que você se sinta bem, sinta que é útil para alguma coisa, quero que você veja que você pode sim ir longe, como qualquer outra pessoa, você é inteligente Katniss, e pode ser o que você quiser... – ele falou, e eu continuei sorrindo para ele. Eu gostava de ver o quanto ele acreditava em mim.

Pelo menos trabalhar em alguma coisa, mesmo que seja um trabalho simples, já era um bom começo.

+++

Nos próximos dias eu dediquei-me ao meu trabalho, a minha jornada era das nove as seis, de segunda a sexta, Tara trabalhava de segunda a sábado, mas Peeta disse que não era necessário eu ir aos sábados, que eu tinha que começar um pouco mais devagar e também ver se eu ia gostar do trabalho, já que eu nunca tinha trabalhado antes.

Eu também achei isso muito bom, pois assim eu teria tempo para outras coisas, pois eu sabia que trabalhando eu iria sentir saudades das crianças e também de Peeta, mesmo que eu quisesse não poderia negar, logo nos primeiros dias eu já comecei a sentir a falta deles.

Porém o trabalho não era ruim, logo Tara e eu ficamos bastante amigas, ela me mostrou alguns livros bem interessantes que acabei aproveitando enquanto os clientes não apareciam na loja para pegar para ler, e logo isso acabou se tornando um vicio.

Depois de três dias Peeta começou aparecer durante as tardes na loja, ele ficava um tempo lá conversando com a gente e ás vezes levava as crianças, logo que eles me via, vinham correndo em minha direção e dava um forte abraço, eu gostava de sentir o carinho delas e ver que pouco a pouco estávamos nos aproximando cada vez mais.

No terceiro dia quando Peeta saiu da loja dizendo que iria comprar ração para os cachorros, Tara me olhou com um sorriso malicioso nos lábios.

— Eu acho que ele gosta de você! – ela falou, eu olhei para ela com as sobrancelhas franzidas.

— Por que está dizendo isso? – perguntei.

— Não está obvio? Ele nunca vinha aqui, agora que você está trabalhando aqui, ele inventa desculpas para aparecer toda hora, eu acho que ele sente sua falta... – ela disse e o sorriso malicioso nos lábios dela ficou mais visível. – Além do mais, os olhinhos dele o entrega, até brilham quando está olhando para você, acho que você deveria dar uma chance para ele, ele é uma ótima pessoa!

— Eu não sei não Tara, ele ainda está se divorciando, e sabe, ele está passando por um monte de problemas, lembra que eu te falei que a esposa dele está sumida? Ela não apareceu até agora, nem a policia está conseguindo encontra-la! – eu falei, Peeta e a família Mellark já estavam bastante preocupados com o sumiço dela.

— Ela é alcoólatra, pode ter acontecido um monte de coisas com ela, mas o mais provável é que ela tenha arrumado outro homem, vai saber, ela é bonita e nunca se importou com os filhos, como viu que Peeta não ia querer mais ela mesmo, provavelmente ela arrumou outro homem, um que pudesse bancar o vicio dela! – disse Tara, dando de ombros, é isso eu tinha que concordar com ela, existia essa possibilidade.

Soltei um longo suspiro.

— é, eu sei, mas ainda não sabemos se foi isso mesmo que aconteceu, Peeta e eu decidimos ir devagar, se for para acontecer algo entre a gente, será naturalmente... – respondi, dando de ombros.

Em uma semana de trabalho, só houve um dia que eu fui dirigindo para a fazenda, os outros Peeta fez questão de me levar, e quando ele ia me buscar, ele levava as crianças com ele, eu adorava o momento da saída do trabalho, pois era lindo ver o rostinho dos três, todos com um largo sorriso no rosto enquanto entravam na loja e as crianças vinham corriam em minha direção, para me abraçar e dizer: “tia Katniss, eu estava com saudades!” já Peeta ficava parado, me olhando com aqueles olhinhos brilhantes dele. Era um momento mágico.

— Como foi o seu dia de trabalho? – ele me perguntou, como todos os dias ele fazia.

— Foi ótimo, já sou tão boa vendedora quanto a Tara não é Tara? – perguntei olhando para ela.

— Sim e como ela vende bem, principalmente para os homens, na realidade aumentou bastante os nossos clientes do sexo masculino depois que ela começou a trabalhar aqui... – disse Tara  e eu a olhei com os lábios entreabertos.

— Tara! – eu reclamei.

— Ah é verdade? – ele perguntou olhando para mim com as sobrancelhas arqueadas. – Eles por acaso estão dando em cima de você? – ele perguntou e então eu ri.

— Claro que não Peeta! – eu disse, dando um tapa de leve no braço dele.

— Hum sei... – ele fez meio desconfiado, depois soltou um longo suspiro. – Vem vamos embora, prometi as crianças que iriamos em uma sorveteria! – ele disse.

— Ééé sorvete! – as crianças disseram toda animada, e enquanto isso eu pegava minha bolsa para ir embora.

— Olha só vamos chupar sorvete, eu vou pedir um bem grandão de chocolate! – eu disse aos dois, pegando a mão de cada um deles, e nós três fomos saindo da livraria, sendo seguido pelo Peeta. – Tchau Tara, até amanhã! – despedi-me dela, ela me deu tchau, e então nós quatro saímos da livraria.

+++

Fomos então á sorveteria, eu sorria enquanto observava as crianças se melarem toda com o sorvete, assim que terminei meu sorvete de chocolate eu ajudei Alex com o sorvete dele de baunilha, Logan havia pedido sorvete de morango, ele tinha o mesmo gosto de Peeta.

— É muito gelado né! – disse Alex, fazendo uma careta, enquanto eu colocava a colher com um pouco de sorvete na boca dele.

— É sim, mas isso que é bom é por ser gelado! – eu disse, e então olhei para Peeta, que olhava para nós dois com um sorriso no rosto.

— Eu acho tão bonito ver você cuidando deles, como se fossem seus filhos, Glimmer mesmo sendo a mãe deles foram poucas as vezes que a vi fazendo isso, tratando eles com carinho... – Peeta comentou, ele estava bastante pensativo, eu sorri levemente para ele.

— Eu aprendi a amá-los! – eu falei, dando um beijo na cabecinha de Alex, depois olhei para ele com um sorriso no rosto.

— Ela parece um anjinho não é pai? – Logan comentou enquanto puxava o seu sorvete.

— Não é anjo, ela é fada! – Alex disse, e então eu dei uma risada.

— Eu não sou nem anjo, e nem sou fada, eu sou um ser humano! – eu os corrigi, enquanto pegava um papel toalha e limpava a boca melada de Alex.

Depois olhei para Peeta, que ainda olhava para mim com um sorriso no rosto, para mim se tinha algum anjo sentado naquela mesa, com certeza esse anjo não era eu, mas sim ele.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: Bom essa primeira parte da fic foi a aproximação de kat com peeta e com as crianças, vemos que eles já são como uma familia né? vamos ver agora nessa nova fase se a relação de peeta e katniss evolui, está precisando né? calma que esse grande momento já está chegando ;) comentem, recomendem e favoritem!



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