Sua escrita por Writer fan, Nailinha Santos


Capítulo 28
Capitulo 27


Notas iniciais do capítulo

Olaaa gente como estao passando? Entao como prometido esta aqui o capitulo, tivemos mais um pouco que 30 reviews e eu fiquei super feliz...espero que vcs gostem desse ok?



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Rapidamente os dois chegam à cobertura, e Edward levou sua Bella para o quarto que ela ocuparia, ele saiu do quarto em busca de remédios para dor, guardaria a arma, não queria correr o risco de assusta-la ainda mais. Edward esperaria por sua submissa e cuidaria dela.
Bella deixou Spok na sua cesta, colocou os pratinhos de comida perto do gato e seguiu para o banho, ficou intrigada com o modo que Edward saiu do quarto, sem nada dizer. Será que ele não estava suportando estar perto dela? Era nojo o que ele tinha? Ele não a queria mais como submissa? Então porque citou sobre ela estar na sala de jogos enquanto falavam de Liam? Tratou de tirar a roupa e finalmente entrar embaixo daquele chuveiro, precisava de outro banho para tentar retirar Mike de seu corpo.
Edward voltou ao quarto com uma bandeja contendo a sopa que Anne havia preparado especialmente para sua menina. Trouxe uma caixa de primeiros socorros, e sentou-se na cama esperando pelo seu cisne.
Ela estava demorando demais no banho, por isso, preocupado, Edward entrou no banheiro encontrando-a encolhida abraçando os joelhos, o chuveiro continuava ligado fazendo-o sentir a quentura da água, a pele de Isabella devia estar queimando com aquela temperatura, mas isso não parecia incomodá-la, ela chorava novamente chegando a soluçar.
Bella estava extravasando através do choro todas as suas magoas e dúvidas, seu peito comprimia-se por tudo o que lhe aconteceu nas ultimas vinte e quatro horas. Não fora fácil ouvir aquelas palavras duras que Edward usou pela manhã para expulsá-la, não era fácil amar alguém que talvez nunca a ame, muito menos competir com várias mulheres bonitas que podem dar a ele tudo o que ele precisa, talvez coisas que ela não possa dar.
Ela ainda considerava-se uma novidade na vida de seu Mestre, talvez o desafio de treiná-la fora o verdadeiro motivo de escolhe-la, mas até quando isso duraria? Estava insegura e com a autoestima e confiança em si muito baixas, depois que olhou-se no espelho e viu como estava com a aparência horrível depois do que Mike fez, se sentira tão suja, usada e com o peso das palavras de Edward sobre ela ser só um corpo sobre suas costas. Fora assim que Mike a tratou, como um corpo qualquer.
— Venha, Isabella. — Ele segurou o felpudo roupão e a convidou para seus braços, Bella o obedeceu imediatamente, fechando o chuveiro e deixando-se ser enrolada pelo roupão, quem sabe assim pudesse se sentir melhor, era somente ao lado daquele homem que queria estar e gostaria que ele não sentisse nojo dela.
— Você está tão vermelha, a sua pele está ainda mais arranhada. — Ele olhou o pescoço vermelho e com arranhões que ele julgou ser da esponja de banho.
— Eu me sinto tão suja,tão imunda, por isso tentei tirar o máximo da minha pele, mas acho que exagerei —ela disse sem humor, estava enfim acalmando-se e parando de chorar. – Eu ainda posso sentir as mãos nojentas dele em minha pele, eu não consigo tirar isso de mim, não consigo parar de pensar do que teria acontecido se você não tivesse chegado a tempo, o que seria de mim sem você? — Ela o olhou intensamente, percebendo o quanto ele aprovava o que ela falava sobre ele. Bella notou que seu Mestre havia trocado de roupa, ainda vestia negro, só que parecia bem mais confortável vestindo moletom e camisa em vez de ternos caros.
— Você está tão limpa e pura como sempre foi. — Ele acariciou os olhos inchados dela, daria qualquer coisa para não vê-la daquela forma. – Tem que superar isso, Isabella, você é forte o bastante para tirar isso da mente, não deixe que essa situação tire o seu orgulho, não deixe que isso a derrube, levante a cabeça e siga em frente, seja uma sobrevivente — ele falou lembrando-se de sua própria experiência.
— Por favor, mostre-me que ainda continuo a mesma para o Senhor, que ainda sou a sua Isabella, beije-me—Ela pediu e o olhou com olhos suplicantes.
Era complicado vê-la sem roupa e não deseja-la, era inevitável para ele querê-la em sua sala de jogos ou até mesmo em sua cama, mesmo vendo-a toda machucada, ele não conseguia tirar os olhos de toda a beleza de sua doce, Isabella. Edward tinha medo de machuca-la com seus arroubos de desejo, mas sabia bem como ela devia estar sentindo-se mal com tudo o que ocorreu, sua Bella estava insegura e estava sentindo-se suja, ela queria limpar-se com ele, curar-se com ele, nada poderia agrada-lo mais do que ajudá-la a superar seus traumas, mas não faria isso agora, no momento ela precisava de seus cuidados.
— Sente-se aqui, Isabella, primeiro vou cuidar de seus ferimentos, depois poderemos conversar sobre estas suas vontades – Edward disse se posicionando em frente a ela e abrindo seu roupão para poder ver seus ferimentos, e quando viu a extensão deles sentiu a raiva voltar, queria ter matado aquele verme que fez isso com seu lindo cisne.
Ele conseguiu controlar-se, não queria que Isabella ficasse com mais medo, e começou a limpar seus ferimentos, a cada corte que ele cuidava sentia que sua alma estava sendo cortada, ele preferiria mil vezes ter passado por isso do que deixar seu lindo cisne daquela forma. Isabella aguentava tudo sem deixar escapar nenhum gemido de dor e aquela força que sua Isabella demonstrava o fazia admirá-la mais. Terminou de cuidar dos ferimentos dela e se aproximou vagarosamente juntando os lábios, dando a ela um beijo calmo, quente e intenso, ele jamais havia beijado outra mulher como a beijava agora, na verdade tudo em Isabella era diferente e especial.
Para Bella, estar sendo beijada daquela maneira tão serena e gostosa, era como estar no paraíso depois de ter estado no inferno, aquela sensação de enfim se sentir protegida e adorada era como estar finalmente aquecida pela luz do sol depois de uma forte tempestade, ela estava em casa agora.
Ela tinha certeza agora de que nada abalaria seu relacionamento com Edward, ele não tinha nojo dela, ele ainda a desejava, podia ver nos olhos verdes o desejo ao vê-la sem roupa alguma, não era pena, era bem mais que isso, talvez alguns males venham realmente para um bem maior.
— Por quantas vezes escovou os dentes? — ele perguntou depois que parou o beijo.
— Acho que quatro ou cinco vezes ela respondeu ainda de olhos fechados, estava procurando saborear ao máximo o beijo de seu Edward.
— Isabella, você ainda continua a mesma, acredite, nada mudou, você continua linda, meu pequeno cisne— ele falou, e Bella abriu os olhos cheios de emoção, ela estava certa ao achar que ele ainda a achava bonita, ela realmente não fora contaminada por Mike. – Eu só não consigo acreditar que a deixei sem um segurança, isso foi irresponsável de minha parte, eu sequer poderia imaginar que aquele moleque iria fazer algo assim. — Ele começou a ficar sombrio e irritado.
— Está tudo bem, Edward, você não tem culpa do que me aconteceu, eu também não esperava essa atitude de Mike, mas o que importa é que você novamente me salvou, eu estou onde queria estar, eu me sinto segura quando estou com você.— Ela queria que ele a abraçasse agora, o calor dele é tudo o que necessitava.
— Vamos para o quarto. — Ele estendeu a mão e Bella sentiu seu estomago encher de borboletas pela expectativa, será que ele a tomaria esta noite? Ela se entregaria a ele sem nenhuma dúvida, sem nenhum medo. – Você precisa comer, Isabella. — A ansiedade acabou no momento que ela o escutou, não queria ter que comer ou cuidar, ela só o queria.
— Não estou com fome— ela disse enquanto estava sendo arrastada para o quarto.
— Mas você irá comer, Isabella, nem que para isso eu tenha que força-la. — Ele soltou a mão da garota apenas para ajeitar os travesseiros, ele a fez sentar-se na cama e recostar-se nos travesseiros, deixando-a confortável, em seguida Edward lhe colocou uma bandeja no colo, contendo um prato de sopa que cheirava muito bem.
Bella fez uma careta de desaprovação ao ver a sopa a sua frente, estava de fato cheirosa, porem seu estomago ainda estava enjoado, ainda sentia náuseas pelo que Mike lhe causou.
— Quer mesmo que eu a force a comer? — Eleperguntou autoritário, depois que viu o tamanho da careta de sua gatinha brava.
— Não será necessário, eu comerei. Seria vergonhoso dar uma de criança birrenta.
— Ótimo, vou fazer algumas ligações e já volto— Edward avisou, mas antes que saísse do quarto,foi segurado por Isabella, que o olhava assustada.
— Seria demais pedir que não me deixasse sozinha? — Ela sentiu as lágrimas voltarem a seus olhos, assim como as lembranças apavorantes de Mike lhe atacando. – Eu posso colocar as mãos nos ouvidos, eu juro que não escutarei nada, mas não me deixa sozinha.
— Do que tem medo, Isabella? — ele perguntou, mas sabia o que ela sentia, já sentiu isso na pele, mas ao contrário dela não tinha ninguém para ficar ao seu lado quando precisou.
— Das lembranças, elas sempre voltam quando estou longe de você— ela falou sentindo as lagrimas encharcarem seus olhos.
— Sabe que está segura agora, não é, Isabella? Ninguém fará mal a você aqui. — Ele só queria passar a segurança da qual ela necessitava.
— Sei que sempre me protegerá— ela disse e continuou. – Mas não consigo tirar do pensamento todos aqueles toques, aquelas palavras, e a agonia ao imaginar que você não chegaria e que ele conseguiria me violentar por diversas vezes, ele poderia ter me matado com aquela faca. — Ela começou, a chorar só que dessa vez um pouco mais controlada.
— Ei ,Isabella, não recomece a chorar, ninguém vai encostar nenhum dedo em você. —Ele sentou-se perto dela e a fez olhar para ele. – Você nunca mais passará por situação parecida, eu prometo, agora pare de chorar e coma, eu ficarei aqui— ele disse e Bella assentiu , limpando as lágrimas que caiam por seu rosto. Edward afastou-se apenas para discar o número de seu detetive particular.
— Jenks, consiga um dossiê de Mike Newton, quero o mais sujo sobre este garoto, quero esse moleque apodrecendo na cadeia. — Edward olhou para Isabella, que começava a comer. - Passe os documentos para meus advogados até amanhã de manhã. — Edward andava de um lado para outro no quarto, como um leão enjaulado, ele estava cheio de fúria, Bella o acompanhava com olhos atentos e felizes em saber que Mike teria sim, uma longa pena, Edward estava mesmo disposto a não deixar que ele saísse da prisão.
— E,Jenks, peça ao Sanders para retirar da mídia qualquer coisa relacionada a mim ou Isabella, não quero alardes estúpidos desses repórteres, faça o que ordenei imediatamente, isso é só,Jenks. — Ele desligou o telefone sem mais nada dizer e olhou para seu cisne que comia devagar.
— A sopa está muito boa, tenho que agradecer a Anne— ela comentou ainda comendo.
— Você pode perguntar o que deseja saber Isabella. — Edward sabia que ela queria perguntar algo, podia ver os olhos dela brilhando de curiosidade.
— Como sempre sabe o que penso? — ela perguntou curiosa
— Eu aprendi a ler a suas expressões, agora pergunte. — Ele sentou-se perto dela.
— Sempre faz isso? Digo, tira da mídia algo sobre você que não gosta de compartilhar? — Ela continuou a comer, e Edward não entendeu o porquê da pergunta, mas tratou de respondê-la.
— Não gosto de aparecimentos desnecessários, mas diga-me o porquê de estar curiosa com isso? — Ele tentava, quem sabe, fazer com que os pensamentos ruins saíssem da cabeça dela.
— Então aparecer com loiras diferentes em eventos fazem parte do aceitável? Você também levava as outras a eventos como pretende me levar? — Ela jogou a pergunta.
— Elas eram parte do que meu agente acha necessário em eventos sociais, mas você é diferente, Isabella, gosto da sua companhia. — Bella sentiu o estomago ficar cheio de borboletas.
— Eu também gosto da sua companhia— ela respondeu e sorriu a ele. Bella esperava por mais explicações,mas percebeu que ele não falaria, por isso perguntaria mais.
— Então gosta de loiras? Todas eram loiras, não? — ela perguntou, querendo mesmo saber sobre as preferências dele.
— Você é tão absurda, Isabella. — Ele começou a rir e continuou – Num minuto está chorando por medo, e no outro que falar de submissas que passaram por mim. — Ele continuou rindo.
— Eu só gostaria de entendê-lo, de conhecê-lo e, quem sabe, esquecer o que me aconteceu— ela disse e sorriu com o modo sereno dele, gostava de vê-lo assim.
— As fotos serviam apenas para mostrar que não sou tão antissocial, algo para aumentar a minha fama de mulherengo, ou para provar que não sou gay. — Ele sentou-se à vontade ao lado de Isabella para lhe contar isso.
— Você nunca me pareceu gay, pegador é bem mais a sua cara. — Foi a vez dela de sorrir ao imaginar quem, em sã consciência, diria que aquele homem que exala masculinidade poderia ser gay. – Mas diga-me o porquê de todas serem loiras. — Ela insistiu no assunto, já que ela não era loira.
— Na verdade prefiro as morenas, elas são bem mais quentes— ele falou enquanto tocava os cabelos dela, fazendo-a enrubescer.
— Você já terminou de comer? — ele perguntou divertido.
— Sim, já estou satisfeita— ela respondeu ainda com vergonha, mas estava feliz por saber de sua preferência por morenas.
— Ótimo, agora tire o roupão e coloque uma camisola. — Ele pegou a bandeja e colocou sobre o criado-mudo.
Bella desamarrou o nó do roupão e o abriu, vagarosamente, pois seu corpo estava dolorido devido as pancadas que levou de Mike, havia sido prensada com muita força no chão. Procurou esquecer estas imagens e concentrar-se apenas em Edward.
Ela pode sentir o olhar dele em seu corpo, por isso arriscou a olhar para seu Mestre, percebendo que os olhos dele novamente escurecerem de desejo, ela também o desejava, ela o queria ali naquela cama e queria agora.
— Quer falar sobre as marcas? — Ele sentou-se perto dela e tentou concentrar-se em outra coisa que não fosse o corpo delicioso de sua submissa, tentou lembrar-se de que ela estava machucada, e concentrar-se no idiota que fizera aquelas marcas nela.
— Ele as fez quando me neguei a cooperar —ela falou e logo sentiu as mãos de Edward acariciarem seu corpo.
Era inevitável não ficar excitada com aquelas grandes mãos ou gemer de prazer como fazia agora, toda a sua pele estava arrepiada, seus mamilos já estavam eriçados e desejosos por mais carinho, seu centro já pulsava, ela podia sentir a umidade aumentando em sua intimidade, Edward Cullenera capaz de enlouquecê-la até em momentos improváveis.
— Conte-me porquê ele fez esta aqui. — Ele podia sentir o cheiro da excitação de sua Isabella e isso o deixava feliz, ela ainda o queria, ainda pensava em sexo, ele não havia perdido, enfim.
— Ele disse que me amava e eu disse que não correspondia a este sentimento, eu disse que não o amava— ela respondeu em um sussurro, escondendo de Edward a parte em que disse que o amava.
— Desgraçado filho da mãe — Edward disse com muita raiva em sua voz, não gostava dessa palavra amor, não vinda de outro homem e muito menos direcionada a sua Isabella. – Se ele tivesse a machucado ainda mais, eu o teria matado na frente daqueles policiais.
— Está tudo bem, Edward, eu nunca corresponderia a tal sentimento. — Ela tocou o rosto de seu Mestre, mesmo que corresse o risco dele repeli-la. – É ao Senhor a quem pertenço.
— Sim, é a mim que pertence. — Ele a puxou urgente para um beijo, ninguém poderia tirá-la dele, não a sua cura.
Bella aproveitou para agarrar-se nos cabelos de seu Mestre, beijando-o da mesma forma urgente como ele a beijava. Rapidamente ela estava sendo deitada na macia cama, com o corpo de Edward em cima do seu, uma das mãos dele lhe segurava um dos braços enquanto a outra acariciava seu corpo de uma maneira selvagem e urgente, deixando-a ainda mais excitada. Seu corpo já se movimentava como se estivesse sendo penetrado por Edward, ela podia sentir toda a masculinidade de seu Mestre, e as sensações só aumentaram quando ele lhe puxou uma das pernas, fazendo-a rodeá-lo na cintura. Edward também começou a movimentar-se como se estivesse a penetrando, fazendo-a sentir toda a potência do membro excitado dele mesmo ainda por cima da calça, Bella esfrega-se querendo, como sempre, mais atrito, queria o formigamento em suas pernas quando chegasse ao seu ápice, assim como os gemidos dele, quando ela conseguisse trazer o dele.
Edward parou de beija-la, mas Bella se recusou a deixá-lo sair de cima de seu corpo sem antes possuí-la, por isso tentou, novamente, beijá-lo.
— Pare, Isabella —ele ordenou depois que lhe soltou a boca, ele havia perdido o controle quando a viu tão excitada, desejava aquela mulher mais do que qualquer coisa, mas não queria machuca-la.
— Por favor, Edward Cullen, tenha-me. — Ela se retorceu embaixo do seu corpo, quase fazendo com que seu controle se esvaísse de uma vez, e ele a tomasse ali mesmo.
— Ao seu lado tem um Advil, tome-o e durma. — Ele levantou-se e passou as mãos no cabelo, enquanto Bella continuava com a respiração rápida, deitada naquela cama totalmente aberta e receptiva para ele.
Bella não entendeu o porquê de terem parado, ele estava tão excitado, tanto quanto ela estava. Os dois necessitavam disso, mas parecia que havia se enganado ao imaginar que ele não teria nenhum tipo de reação quanto a ela ter sido tocada por outro, fora por isso que ele parou? Será que Edward só a tocaria quando não se lembrasse mais do ocorrido? Saindo de seu torpor pela excitação, Bella percebeu que ele estava saindo de seu quarto, ele ia deixa-la sozinha ali.
— Por favor, não vá— ela pediu enquanto fechava o roupão. Edward parou no meio do quarto, mas não se virou para olhá-la.
— Eu prometo ficar quieta, eu posso dormir naquele sofá se assim desejar, mas, por favor, não me deixa sozinha aqui. — Ela tentava convencê-lo a ficar
— Vista algo, tome o remédio e deite-se na cama— ele ordenou e voltou para a cama, sentando-se ao lado de Bella.
Bella olhou o enigmático homem a seu lado, teve vontade de questioná-lo sobre o que aconteceu, mas preferiu calar-se e vestir-se, como ele havia solicitado.Escolheu uma das camisolas mais curtas, tentando chamar a atenção dele para si, porem Edward sequer a olhou. Não vendo alternativa, ela tomou o remédio e deitou-se do lado de Edward, que permaneceu sentado.
— Você vai ficar pela noite inteira, não é? — ela perguntou amedrontada pela possibilidade de ficar sozinha durante a madrugada.
— Eu ficarei, Isabella, agora deite-se e tente dormir —ele ordenou, e ela obedeceu imediatamente, mesmo não estando com sono ela fechou os olhos, virou-se de um lado para outro, sem sucesso,abriu os olhos fitando o seu salvador.
Ele era tão belo e tão confuso, o homem que amava era mesmo uma caixa de surpresas, num minuto estavam prestes a se entregarem ao prazer e, em outro momento, ele queria sair de seu quarto, deixando-a ali sem nada dizer a respeito, o que se passava na cabeça dele agora? Ele não iria dormir?
— Não consegue dormir? — ele perguntou olhando-a sem nenhum humor, ele não parecia chateado e não parecia feliz.
— Na verdade não ela disse e continuou. – Eu quero me desculpar, eu não devia tê-lo atacado daquela forma, eu só o desejo demais.
— Você teve uma noite agitada, Isabella, falaremos sobre sexo depois. — Ele a surpreendeu puxando pelos braços fazendo-a colocar a cabeça em seu peito, enquanto ele lhe acaricia os cabelos, cantando uma canção que ela não conhecia. Ela fechou os olhos sorrindo enquanto aproveitava a voz rouca e baixa lhe cantando aquela música, ela agora tinha ainda mais fé que Edward a amaria algum dia.
“Estava novamente na casa onde morava em Forks, era madrugada e sua mãe não havia chegado, a garotinha de cabelos castanhos andava descalça no chão frio, segurando apenas sua boneca de pano, quando escutou vozes na cozinha e, curiosamente,ficou ao pé da porta para escutar.
— Eu não vou mais voltar, Helena, vou procurar algo melhor, eu tenho que encontrar outro emprego. — Renne estava sentada numa das poucas cadeiras que dispunha na humilde casa, enquanto a única amiga que fez no prostibulo estava tentando convencê-la a voltar à casa de prostituição.
— Quem vai querer uma puta,Renne? Você já está conhecida na cidade, ninguém vai querer lhe dar um emprego sabendo que foi ou é uma puta — Helena falou enquanto dava uma mordida na maça,Rennesabia que a amiga está certa, ninguém daria um emprego a ela, aquela era sua sina, ser uma prostituta barata.
— Eu não posso voltar àquela calçada e ser espancada novamente, não posso ser só um corpo para me foderem e depois me baterem, não aguento mais me drogar para satisfazer aqueles nojentos. — Rennecomeçou a chorar pela vida que levava para poder dar a sua filha o que lhe negaram.
— Mas é isso o que você é querida—Helena falou e percebeu que a garotinha de cabelos castanhos prestava atenção a toda conversa. – Não espere por um príncipe,Renne, esta é a nossa realidade e nunca seremos como Julia Roberts, não haverá ninguém que queira uma vadia, que ofereça casamento e uma família feliz.
— Renne, a sua Bella acordou — Helena comentou sorrindo para a pequena menina, Bella viu a mãe aproximar-se dela e coloca-la no colo abraçando-a fortemente.
Bella sabia que estava sonhando com uma cena de seu passado, por isso agarrou-se a mãe, que sentia tantas saudades, sentindo novamente o cheiro que só ela tinha, não o de vadia, mas o cheiro bom de mãe.
— Meu amor, vá para a cama, está tarde e você precisa ir para o colégio amanhã. —Rennecolocou sua menina no chão e acariciou os cabelos castanhos como o de Charlie.
— Senti saudade,s mamãe, vem dormir comigo. — Ela se viu pedindo.
— Eu já irei, meu amor, agora que tal você esperar a mamãe na cama? Escolha um livro, nós iremos ler juntas. — Bella assentiu e foi em direção ao quarto, mas parou quando escutou sua mãe começar novamente o assunto com a amiga Helena.
Aquela era uma cena de sua infância onde Renne estava falando de sua vida de prostituição, a pobre mulher que aguentou tantos tapas, drogas e tantos homens diferentes, apenas para sustentar a filha.
Bella sentiu o peito comprimir-se pela dor de sua mãe, tentou aproximar-se novamente dela e quem sabe matar um pouco da saudade que sentia, mas era impedida por mãos masculinas que a fizeram ir para outra cena, onde ela podia ouvir os gritos de sua mãe. Bella tentou abrir a porta e salvá-la mas não conseguiu, Renne gritava cada vez mais alto, enquanto homens lhe estupravam, e novamente a mão masculina lhe impediu de agir e salvá-la, levando-a à outra cena.
Tudo estava escuro agora, ela parecia estar na sala de jogos de seu Mestre, mas não conseguia senti-lo, tampouco ouvia barulhos na sala até que, de repente, ela conseguiu sentir a presença de pessoas ao seu redor, o medo fez com que ela quisesse gritar por Edward, mas sua boca estava amordaçada, ela tentou correr e percebeu que estava amarrada pelos pés e mãos.
— Fique quietinha, docinho. — Ela não conseguiu identificar a voz do homem, que agora lhe tocava o corpo.
Bella tentou esquivar-se, mas outras mãos lhe prendiam, algumas passeavam pelo seu corpo, outras apenas lhe apertavam fortemente, eles riam e pareciam divertir-se com seu desespero.
— Nós vamos entrar e sair desse corpo por muitas vezes, minha Bella. — Aquela voz ela conhecia, era Mike, ele havia conseguido pegá-la, mas o que fizeram com Edward? Onde o seu salvador estava?
— Você é igual a sua mãe, Isabella, é apenas um objeto para ser usado por homens sujos, você é uma vagabunda como a sua mãe. — Era uma voz feminina que ela havia escutado apenas uma vez, era a sua avó ali, mas o que ela fazia lá? Ela não iria ajudá-la?
— Tirem a mordaça dela, quero ouvir a vadia gritar quando nos enfiarmos de uma vez só nela — Mikefalou e todos começaam novamente a rir”.
Bella, então,gritou alto pelo nome Edward, acordando com olhos verdes assustados fitando-a, era ele, o homem que ama estava ali, e ela ainda estava com ele no quarto, ela estava salva nos braços dele.
— Edward, você está aqui —ela disse tremula pelo choro desesperado e o abraçou aplacando a angustia em seu peito. – Era tão real, eram tantos homens, Mike estava lá, ele ia me estuprar.
— Bella, eu estou aqui, foi apenas um pesadelo, está tudo bem, cisne, fique calma, foi só um pesadelo. — Edward beijou os cabelos de sua menina, e a abraçou fortemente, ele havia acordado assustado pelos gritos de Bella, ela estava gritando por ele. – Ninguém vai tocar em você enquanto eu viver.
— Sim, você está aqui. —Ela abraçou-se a ele, sentindo-se segura enfim.
— Eu estava com minha mãe, ela estava conversando com uma amiga sobre sair da vida que levava, agora eu me lembro disso, eu devia ter cinco anos quando ela foi estuprada na porta da casa onde morávamos— ela contou e começou a chorar, lembrando-se de como havia se desesperado sem saber o que acontecia a sua mãe.
— Eram muitos homens, eu podia ouvir cada palavra, mas na época não entendia o que se passava, eu tentei abrir a porta e salvá-la, mas eu não consegui. — Bella limpou as lágrimas e continua a falar. – Ela era uma prostituta, por isso não tinha alternativa, ela fazia tudo aquilo apenas por mim, e Deus, eu daria qualquer coisa para não tê-la deixado sair aquele dia, minha mãe teve uma overdose por culpa daqueles homens sujos que a usaram
— Você era apenas uma garotinha Isabella, não se culpe pelo que aconteceu com sua mãe.— Edward lhe deu um pequeno beijo nos lábios. – Venha comigo. — Ele levantou-se da cama e estendeu a mão a sua menina, sendo atendido por ela.
Os dois seguiam de mãos dadas pelos corredores, até chegarem à sala, onde o piano ficava, havia mais alguns instrumentos lá e entre eles um violão, que Edward começou a dedilhar. Ele então começou a tocar a mesma canção que havia cantarolado para ela.
— Eu compus esta canção depois da primeira vez que ficamos juntos, eu quero que você a escute, Bella, porque esta é a sua canção de ninar. Eu sei que sua mãe não está mais com você, mas sempre que lembrar-se dela, pense nesta canção e lembre-se de sua mãe não como uma prostituta, mas como alguém que a amou muito.
Isabella ouviu atentamente toda a canção e sentiu-se diferente, sentiu-se adorada por Edward, ela sabia que ele ainda não a amava, mas nutria um sentimento por ela ou nunca faria uma canção tão bonita como aquela que estava tocando.
— Obrigada, Edward, é uma linda canção. — Bella limpou as lágrimas e beijou a boca de Edward. – Obrigada por ter ficado ao meu lado.
— Pesadelos não são fáceis, Isabella, mas lidar com a realidade é bem pior, posso imaginar o quanto sofreu com a perda de sua mãe.
— Você também perdeu seus pais quando era uma criança, sinto muito por isso. — Bella se lembrou da foto de Edward com seus pais, ele também sofrera muito com perda. Ele permaneceu calado apenas encarando o piano, então Bella continuou a falar.
— Você também tem pesadelos sobre seu passado? — ela perguntou apesar de achar que ele não a responderia
— Sim, quase todos os dias — ele responde ainda encarando o piano.
— E como você lida com eles?
— Antes de você eu não costumava dormir mais do que duas horas à noite, só para evita-los. — E ele levantou a cabeça, encarando-a, desejava falar com ela sobre seu passado, mas não podia correr o risco de afasta-la.
— Então quando não havia mulheres aqui você trabalhava a noite inteira? — ela perguntou curiosa
— Ou me exercitava. — Bella sorriu contente por ele estar conversando com ela. Mas Edward estava resolvido a mudar o foco daquela conversa.
— O seu sorriso a deixa ainda mais bonita. — Bella se aproximou tocando o rosto do homem que ama.
— E você, Edward Cullen, é o homem mais bonito que já vi em toda minha vida. — E assim ela o beijou e deixou que a ele a tomasse ali, em cima do piano, só assim sentia-se verdadeiramente completa.


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Notas finais do capítulo

Gente por favor tenham paciencia com o Edward ta? Pois foram muitas as coisas que ele passou, ainda vamos surpreender muito a vcs com o passado dele, e assim a fic ainda nao esta nem na metade acho que vai ser uma saga kkkkkk entao vamos dizer o que acharam? Quem sabe ate uma recomendação, lembrem-se que e por voces que a historia sobrevive, entao vamos la please...ah e ja vou responder os comentarios de quem ainda nao respondi ok? Bjs a todas e uma otima semana