Raízes Italianas escrita por Dama de Vermelho


Capítulo 1
Os Castellani


Notas iniciais do capítulo

Plágio é crime
Espero que gostem!



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Garibaldi, Rio Grande do Sul

O ano era 1887. Em uma pequena vinícula em Garibaldi, no Rio Grande do Sul, vivia uma família unida, honesta e com fortes vínculos italianos. Os pais, italianos, imigraram para a pequena cidade ainda  recém casados. Filippo e Carlota, de famílias tradicionais de Positano no sul da Itália, ao saberem da forte imigração que estava ocorrendo na região, resolveram se aventurar no então aclamado "novo mundo". Juntaram todas as economias e com muito trabalho, os Castellani conquistaram uma boa estabilidade econômica. Carlota e Filippo tiveram três lindas filhas mulheres. A mais velha, era Giorgia, moça de personalidade forte e de beleza exótica. A segunda filha era Mia, rebelde, bela e esperta. Esta, além do nome, também carregava a personalidade de sua avó materna. Quando Mia ouvia as histórias de sua mãe sobre ela, sentia seu coração extremecer. Nunca a conhecera. A filha caçula era tudo o que uma "boa moça" deveria ser: doce, gentil, inocente e bela. Uma moça recatada. Do tipo que nunca dera trabalho.

—Mamma, você não pode permitir que eu seja mandada para um convento. Por Deus! Que mal fiz para merecer tal castigo?
Carlota não aguentava mais a persistência da filha para ficar. Já era a hora de receber uma boa educação e em breve, um bom marido. Sempre dizia orgulhosa: "mia figlie, marido há de
trovare!"
Mia era como um burro: inteligente,  mas teimosa. Ragazza com um coração indomável.
—Já chega, Mia! Tu recebeste uma ordem de teu pai, Filippo. Vocês nos devem respeito! Achas que esqueci que andas saindo com aquele maledetto rapaz?
Mia seria mandada para um convento na capital do Estado, Porto Alegre, em duas semanas.
—Eu o amo, mamma! - tinha lágrimas em seus olhos. Pouco a pouco, elas iam dançando sobre seu rosto.
—ARRIVA, MIA!
A garota sentiu seu rosto arder com o tapa que sua mãe lhe dera. Leva sua mão ao rosto, tentando inutilmente minimizar a dor. Mais lágrimas se acumulam e então, escorra até o chão, tendo como apoio a parede seu quarto. A saia de seu vestido se empilhou.
—Me digas que tu não se deitou com este homem- Carlota, em sussurro.
—Mamma...
—Mia, tu sabes o que isso significaria para nós? Desonrar o teu pai! A mim! A sua família. Mia ragazza no casaria de branco. O que as pessoas vão pensar, Mia?
—E as minhas irmãs? Por que elas são tratadas de forma diferente, MAMMA?
—Giorgia está noiva! Se casará em maio, Mia! Com um bom homem. Ela sim me escuta. Isabel nunca me dera trabalho. Sempre fora uma boa moça. Mas tu, Mia... sempre fora mimada. Teu pai sempre tolerou tudo o que você fez. Mas eu... eu não permito...
—EU IREI! Mas quero que saibas que quando eu sair, perderá uma filha. Jamais vou lhe perdoar. Jamais!
—Te arrume para o jantar. Teu pai chegaste.

Com a mão sobre o seu peito, Mia respirou ofegante, ao tentar se acalmar.

Ela estava sozinha.

Ela... e um segredo.

—Deus há de me ajuda!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Abraço!



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