A Pena da Cura escrita por ShiroiChou


Capítulo 48
Capítulo 48 - Verdadeiro poder.


Notas iniciais do capítulo

Galerinha, primeiramente eu quero me desculpar com vocês, acabei me enrolando e postei um capítulo de outra fic aqui... Desculpa, mesmo.

Obrigada para a pessoa que me avisou, você é um doce :3

Agora vamos para o capítulo certo o/
Boa leitura!



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Jones acordou e tudo estava escuro, aquilo não era normal. Com um pouco de dificuldade se livrou da maca, e ficou em pé, se sentia um pouco cansado por estar quase sem magia. Foi andando lentamente com as mãos esticadas, até alcançar máquina. Aquele escuro era diferente, ele tinha certeza, a sensação era de que algo de ruim estava prestes a acontecer.

— Droga, o que está acontecendo? — continuou andando, até encostar em algo com pelos. — LOBISOMEM, SAI DE MIM! — gritou, puxando os tais pelos.

— Sou eu, seu idiota — Gênyro reclamou. — Para de puxar meu cabelo.

— Se isso o que você tem é cabelo, eu sou um leão — riu zombateiro.

— Continua rindo, vou fazer questão de te deixar aqui com esse pequeno demônio.

— Demônio? Conseguiu tirar a magia do garoto?

— Quem dera... Aquela peste tentou fugir, eu o encontrei perto da máquina. Quando coloquei ele de volta na maca, os olhos dele ficaram completamente pretos e isso aconteceu.

— Então a magia dele era forte demais para a máquina... Temos que modificar...

— Ele arrancou vários fios quando estava solto, além do mais, duvido que a gente consiga fazer algo nesse breu.

— E como vamos sair daqui?

— Eu não sei você, mas eu conheço essa sala melhor do que tudo. Boa sorte com aquele pirralho.

— O QUÊ? — gritou assustado, mas Gênyro já não estava mais ao seu lado.

O mordomo sabia exatamente a posição da máquina e, com base nisso, ele andou determinado até a porta de saída da sala, ouvindo os gritos histéricos de Jones se distanciando aos poucos.

Alcançou a porta e a abriu, mas continuou não vendo nada. Meio receoso, Gênyro atravessou a saída logo se deparando com o corredor iluminado. Fechou a porta para o escuro não sair daquela sala, e começou, a andar até a sala de ferramentas. Jones tinha razão, precisavam modificar a máquina.

Virou a direita, mas acabou caindo ao tropeçar em algo, ou melhor, alguém. Quando se levantou, Nico estava parado de costas. Ele não soube o que fazer, ficou na dúvida se corria ou pegava a criança para a levar de volta com ele.

O menino logo se virou em sua direção, o olhando com seus olhos ainda pretos e a cabeça inclinada para a esquerda.

— Seu pirralho atrevido, o que custa ficar lá quieto sem dar trabalho? — reclamou se aproximando.

No momento em que encostou no garoto, sua mão pegou fogo. Começou a mexer a mão desesperado até o fogo se extinguir.

— O que você é? — perguntou dando passos para trás.

— Eu? — Nico riu, sua voz saiu rouca e parecia mais de uma. — Eu sou um demônio — respondeu atrás de Gênyro.

—- // --

— Aquele maldito, podia ter me levado antes e... — Jones parou de falar quando ouviu um grito. — Acho que ficar aqui foi mais seguro...

Sua vontade de sair da sala tinha sumido rapidamente, então apenas se concentrou em tentar arrumar a máquina, o que não foi tão difícil, pois cada fio tinha um tamanho diferente e ele sempre andava com uma fita isolante no bolso.

Com tudo arrumado, se abaixou tateando o chão até encontrar a tomada, a ligando em seguida. A máquina fez um leve barulho, dando a certeza de que estava ligada, mas mesmo assim ele não conseguiu ver seu brilho.

— Esse escuro... Não vou conseguir ver nada, preciso achar aquele pequeno demônio. 

Andou pela sala, tropeçando no que tinha no caminho, quase levando uma maca junto dele. Chegou na porta com dificuldade e logo a abriu, passando por ela o mais rápido possível.

O corredor estava tão escuro quanto a sala, não conseguia ver nada. Aquela parte do esconderijo ainda não era totalmente conhecida para ele, Gênyro foi quem ficou responsável pela construção.

O único caminho que conhecia, era o mais fácil: seguir em frente. E foi exatamente o que fez. Andou em passos apressados, não achava uma boa ideia ficar muito tempo ali, se sentia observado.

Segundos depois ele ouviu um barulho perto do seu ouvido, deu um pulo para trás de susto e se abanou achando que era algum bicho.

—Humanos são engraçados — uma voz rouca disse em deboche.

— Quem está ai? Gênyro, é você? Isso não tem graça, para de palhaçada, precisamos prossegui com o plano.

— Gênyro? Eu não sou ele, mas sei onde ele está...

— Como... Você... Quem é você?

— Eu sou o começo dos seus tormentos, o início de sua nova vida... Vida essa que você vai aproveitar muito, apodrecendo... Preso com seu amiguinho.

O escuro sumiu, e Jones finalmente pôde olhar quem o ameaçava. Era Nico com a roupa, braços, mãos e rosto manchados de um líquido vermelho, além de um sorriso psicopata.

— O quê... — arregalou os olhos. — O que você fez com Gênyro? Você não o matou, não é?

— O quê? — o menino se olhou. — Está achando que isso é sangue? Você é engraçado — riu com gosto. — Você estava demorando muito para vir, fui na cozinha fazer uma boquinha. Um saco de farinha caiu em cima de um saco de molho de tomate e deu nisso, mas isso não importa.

— Menos mal — suspirou aliviado. — Agora que tal ser um bom garoto e voltar comigo?

— Nunca.

— Ora, seu... — foi interrompido pelo menino que o prendeu com algumas cordas. — Como fez isso?

— Acho que o certo seria você perguntar o que ainda vou fazer — o pegou como se não pesasse mais que um travesseiro, e saiu andando até a sala das macas, que agora não estava mais escura, o tacando no chão ao lado de um Gênyro desmaiado.

— O que vai fazer agora, seu demoniozinho?

— Vou fazer o mesmo que fiz com seu amigo: mostrar minha forma original e aplicar o devido castigo.

Em poucos segundos, Nico foi envolto por uma névoa preta. Asas negras e chifres apareceram primeiro, depois sua altura dobrou, e por fim, dentes afiados cresceram em sua boca.

Jones ficou desesperado, nunca imaginou que uma criança aparentemente inocente pudesse se transformar em um verdadeiro demônio, bem em sua frente. Tentou fugir, mas as cordas estavam bem presas.

Nico se aproximou, mantendo seus olhos negros fixos nos de Jones. Aos poucos seus olhos foram mudando de cor, ficando vermelhos. A magia usada consistia em fazer o oponente viver seus piores medos no seu inconsciente, isso em poucos segundos.

Para a pessoa afetada, seus medos aconteciam repetidamente e de forma muito lenta. Quase como uma prisão eterna. Jones só teve tempo de gritar uma única vez, antes de desmaiar.

— Um a menos, agora só preciso arrumar toda essa bagunça — comentou para si mesmo, voltando para a forma de criança.

Utilizando de toda sua forca sobre-humana, o garoto levou todos, um por um, de volta para a prefeitura e os deixou em um lugar seguro. Pegou os dois que estavam amarrados e o colocou na frente da porta de entrada.

As chaves a loira foram colocadas junto dela, e felizmente estavam intactas. Com todos em seus devidos lugares, Nico quebrou o tanque da máquina, liberando a magia de todos seus aliados, a de Jones ele fez questão de absorver.

Ligou para o Conselho Mágico, através de uma lácrima de comunicação da própria prefeitura, avisando sobre os dois criminosos. Eles logo chegariam.

Com o que ainda restava de suas energias, foi até onde os magos estavam desmaiados e os libertou da magia de sono, que o mesmo tinha colocado neles para evitar que acordassem antes da hora, e deitou ao lado de sua irmã, logo se entregando ao cansaço.


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Notas finais do capítulo

Até :3



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