A Pena da Cura escrita por ShiroiChou
Notas iniciais do capítulo
Voltei em plena madrugada o/
Boa leitura!
— Sério, quando ela falou que só alugava casa... Eu esperava encontrar um lugar com dois andares sabe, pelo menos foi isso que eu imaginei quando olhei por fora.
— Parece que fomos ludibriados — Laxus riu.
A casa por fora era branca, com detalhes em madeira escura, além de ser alta e ter janelas quase no teto, dando a impressão de que tinha dois andares.
Quando entraram se surpreenderam. Por dentro a casa era menor do que o esperado. Tinha uma pequena sala com duas poltronas e nenhum sofá, e uma cozinha simples do lado, ambas no mesmo cômodo. Do lado esquerdo tinha duas portas, que descobriram ser o banheiro e o quarto com apenas uma cama de casal e um guarda-roupas.
Lucy não gostou nenhum pouco de ver que não tinha nenhum sofá na casa, pois isso queria dizer que a única alternativa era dividir a cama.
Laxus por outro lado nem se importou... Mentira, ele se importou sim e se importou muito, mas não ia demonstrar. Sem Happy para atrapalhar com sua piadinhas fora de hora ele achava que podia “trabalhar” em paz.
— Então... Por onde começamos as busc... LAXUS!
— Que foi? O que eu fiz?
— Por que raios está ai todo largado nessa poltrona? Temos trabalho à fazer.
— Só faltam três partes, ainda temos três semanas.
— Algo me diz que as três semanas podem não ser o suficiente...
— Não só vai ser o suficiente como vai sobrar tempo, tenho certeza disso — sorriu.
— Como conseguir ser tão confiante?
— Somos uma ótima dupla, passamos por quatro desafios em cinco dias. Nós vamos conseguir! Agora vem — a pegou como um saco de batatas, a levando para o quarto.
— Ei, o que pensa que está fazendo? — corou ao sentir a cama abaixo de si.
— Estou te trazendo para dormir — se aconchegou ao lado dela, puxando o edredom.
— ...
— Prometo que não vou fazer nada... A não ser que você me peça — sorriu maliciosamente enquanto se aproximava devagar.
— SEU PERVETIDO — gritou envergonhada enquanto dava travesseiradas nele.
— Ei, calma. Para — pegou o travesseiro. — Como consegue usar algo tão macio como arma mortífera?
— Culpa sua — se emburrou, fazendo bico.
— Se não parar eu vou morder esse seu bico fofo.
— LAXUS! — se escondeu embaixo da coberta (edredom).
— Você é engraçada, Gnoma — riu com gosto. — Gnoma? — chamou, sem resposta.
Quando puxou a coberta para baixo, Laxus viu que Lucy já dormia tranquilamente, ele não esperava que ela fosse dormir tão rápido. Os desafios estavam realmente desgastando os dois.
Vencido pelo sono, o loiro apenas voltou a cobrir a menor, a puxando para mais perto de si e passando um de seus braços por cima de sua cintura. Depositou um beijo delicado na testa da loira, e logo se entregou ao cansaço.
—- // --
Levantar de uma cama nunca tinha sido tão difícil para Lucy, estava tão bom que ficou alguns minutos aproveitando a sensação antes criar coragem e sentar.
Olhou para os lados, e acima do guarda— roupa viu uma lácrima marcando a hora. Era exatamente oito e meia da noite, considerando que ela e Laxus tinham chegado na casa as onze da manhã, ela tinha dormido a tarde inteira.
Levantou tão rápido que quase caiu, ela tinha perdido uma tarde inteira dormindo e se sentia mal por isso, mas se lembrou do que Laxus disse e se sentiu um pouco melhor.
Fazia seis dias que estavam viajando, em quatro acharam as partes, passaram o dia anterior viajando de trem e agora esse passou dormindo. Três semanas e um dia, esse era o tempo que tinham para encontrar as últimas partes e montar o cajado.
Saiu do quarto para procurar o loiro, e ao olhar pro lado teve uma... Bela visão. Laxus estava vestindo só um shorts e um avental escrito “Beije o Cozinheiro” e cozinhava algo que ainda não sabia o que era, mas que cheirava bem, cheirava.
— Oe, Gnoma. Não sabia que tinha acordado — disse, sem tirar os olhos da panela.
— E eu não sabia que cozinhava, aliás de onde tirou esse avental?
— Depois que a Mira começou a namorar o Freed ela passou a tentar arrumar um par pra mim, então me deu esse avental que de acordo com ela “atrai a mulherada” — explicou rindo. — E como todo plano da Mira, esse também deu errado, felizmente...
— Espera... A Mira e o Freed? Sério? — perguntou surpresa.
— Sim, só não conta pra eles que eu te disse. Quero viver mais uns anos ainda...
— Pode deixar, da minha boca não sai nada!
— Agora vem comer, como pulamos o almoço você deve estar com fome — colocou os pratos na mesa.
— Um pouco — sua barriga roncou. — Então...
— Eu entendi o recado — riu.
Depois que se sentou, Lucy prestou mais atenção na mesa. Em cima dela tinha bolo de cenoura com chocolate, biscoitos de gengibre, pão caseiro e chocolate quente em uma garrafa, era isso que Laxus estava fazendo quando ela chegou na cozinha.
Sua surpresa foi visível, não esperava acordar e ver o loiro cozinhando. Provou um pouco de tudo, estava faminta, e constatou que realmente ele sabia cozinhar, pois tudo estava delicioso.
Enquanto comiam aproveitaram para conversar, não sobre a missão, mas sim sobre assuntos aleatórios e mais descontraídos. Queriam apenas aproveitar a companhia um do outro.
Pouco tempo depois alguém bateu na porta. Laxus se levantou e foi ver quem era, mas quando abriu não tinha ninguém lá. Procurou em todas as direções, até que seus olhos captaram algo: uma caixa completamente branca e sem remetente no “pé” da porta.
Pegou a caixa curioso, e ao mesmo tempo receoso, e levou para dentro, trancando a porta em seguida. Colocou em cima da mesa e usou uma faca para abrir, revelando um cilindro dourado envolto em plástico bolha.
— A quinta parte... Não é possível que tenha sido tão fácil... — Lucy olhava abismada
— E não foi... É fofo como uma almofada — apertou o objeto. — É uma almofada de parte de cajado.
— Será essa a dica?
— Acho que sim...
— Tem mais alguma coisa dentro da caixa?
— Nada... E se eu cortar? Pode ter algo dentro.
— Boa ideia! — se animou.
Laxus pegou a faca de novo e cortou na costura da almofada, revelando nada além de algodão. Virou o tecido no avesso e também nada.
— Droga...
— Bem, pelo menos tentamos... — Lucy colocou o algodão de volta, e no mesmo instante a costura se refez sozinha. — Magia...
— Pelo menos nos poupou o trabalho de costurar de volta — riu.
— Temos que investigar... Depois voltamos e comemos mais! Aliás, já pensou em montar uma padaria ou confeitaria?
— Na verdade esse é um dos meus planos pro futuro — admitiu corado. — Então, já que gostou que tal seguir os conselhos do avental? — perguntou divertido.
— Boa ideia — se aproximou, dando um rápido selinho no loiro. — Te espero lá fora, cozinheiro — colocou suas luvas e sorriu antes de sair da casa com a almofada na mão, deixando o loiro com cara de batata na cozinha.
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Espero que tenham gostado :3
Até mais!