Ao entardecer, Hermione Granger-Weasley estacionou o carro em frente ao grande chafariz e deu uma longa olhada na fachada ostensiva da casa luminosa à sua frente antes de descer do veículo. Não se parecia em nada com o que ela lembrava.
Logo adiante, Astoria a esperava no arco de entrada. Seus ombros estavam relaxados, mas as mãos juntas indicavam um leve traço de apreensão. Hermione não podia julgá-la. Ela se sentia do mesmo modo.
— Astoria. – Cumprimentou, decidindo que depois de anos de convivência entre os filhos de ambas e o iminente resultado do contato dos mesmos, não fazia sentido manterem a formalidade dos sobrenomes.
— Hermione. – Ela retribuiu o tratamento com um sorriso gentil. – Entre, por favor.
— Eu nunca pensei que pisaria aqui de novo. – Hermione murmurou, mais para si do que para a outra.
— É a sua primeira vez. – Astoria se apressou em informar, ao que Hermione devolveu com um breve olhar de confusão. – As propriedades são as mesmas, mas estamos há alguns hectares de distância da casa principal. O lugar onde você esteve... – pigarreou, ansiosa – é o local onde meus sogros moram. Longe o suficiente. – ela acrescentou, por necessidade.
— Oh. – Hermione compreendeu. – Isso é um alivio.
— Para todos nós. – Astoria concordou e elas compartilharam um riso rápido e solidário.
Hermione acompanhou Astoria por longos corredores com pilastras de mármore. Era tudo muito suntuoso, mas também de muito bom gosto. A sala de jantar, o destino final daquele pequeno tour, era onde as duas esperavam conversar em paz. O cômodo, assim como todos os outros pelos quais Hermione havia passado rapidamente, parecia saído do catálogo de um arquiteto muito caro.