Galway Girl escrita por Tia Cupcake


Capítulo 2
A Luz de Velas


Notas iniciais do capítulo

EAEEEEEEEEE POVÃO QUE NÃO É POVÃO PQ N TEM NINGUÉM LENDO QUASE HSUAHSUA
Voltei depois de uns dois meses num é mesmo
pois é, nunca fui de atualizar minhas fics muito rápido NYEHEHE
acho que o primeiro capítulo ficou melhor, e se eu fosse um editor, nunca que publicava um livro com um segundo cap desses
mas ta baum né gente
ALGUM DIA EU MELHORO, PROMETO
quis deixar um pouco mais engraçado, acho que caguei um pouco mas, MAAAS a vida segue besos
boa leitura ♥ ♥ ♥



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Antes que eu fosse capaz de entender o bater do meu coração, meu pai interrompeu e nossas mãos se soltaram.

— Precisamos procurar um lugar para ficar, Kiara. Seu tio fica muito longe daqui para irmos a pé, já que os cavalos fugiram. E essa tempestade... essa maldita tempestade! Como farei para explicar ao Príncipe se chegarmos atrasados sem nenhuma explicação? – um sorriso insistiu em surgir no meu rosto. Estava indo dizer que ele teria de encontrar outra noiva, quando Alanna se pronunciou.

— Vocês podem se hospedar em minha casa. – olhei para ela, surpresa por se oferecer. Ela me olhou de volta, séria, com olhos curiosos. Dei uma risada sem graça e olhei pra baixo, a chuva colando meu cabelo à minhas bochechas, agradecendo aos céus turbulentos por esconderem meu rosto.

— Sua casa? – mesmo sem o ver eu podia sentir o seu tom de desprezo. Ele gostaria de dizer “a realeza se misturando a ralé?”, mas é claro que não poderia manchar sua imagem diretamente. Alanna, ao contrário do que eu esperava, retrucou sem nenhum medo, me deixando surpresa e estranhamente empolgada.

— A não ser que o senhor queira dormir aqui fora mesmo, e sujar sua roupa pomposa na lama. – ele se empertigou todo.

— A Senhorita ao menos sabe quem eu sou?

— Quem o senhor é? Nossa, não faço ideia, Vossa Alteza. – seu rosto cheio ficou vermelho que nem um tomate e eu segurei uma risada. Que garota interessante e sem medo de morrer.

— Nos leve logo para sua casinha. – ele trovejou ao pegar as malas. – E não espere qualquer recompensa por ter salvado a vida da Princesa, é sua obrigação pela proteção que o meu reinado lhe proporciona. ­– Alanna permaneceu impassível, enquanto o cocheiro se aproximava mancando, sua perna sangrando. – Ah, finalmente. Se faça útil. – e jogou nossa bagagem no pobre homem que, com uma expressão cansada, as segurou com os braços fracos. Passei as mãos por meu vestido, me sentindo mal, mas sem nada que pudesse fazer.

A garota marchou até ele, afundando os pés na lama, e pegou uma delas lhe sorrindo. Meu pai bufou e eu olhei pro lado.

— Vamos.

                                                                    -*-

O frio me fazia tremer, mas me recusava a pedir ajuda. Olhei para o cabelo curto da garota, me perguntando o que ela fazia fora de casa e perto da estrada para ter nos encontrado. Ela conversava amigavelmente com o cocheiro, coisas que eu não conseguia escutar em meio as trovoadas e o som da minha própria mente. Tentava não pensar que preferiria ter morrido do que casar com aquele metido, sem ter nunca realmente vivido de verdade. Me peguei desejando ser uma camponesa que nem Alanna, com pais trabalhadores comuns e poucos pertences, pois pelo menos teria a liberdade que desejo, mas não consigo ir atrás.

Por ser uma covarde.

— Chegamos! Ou quase, pelo menos. – semicerrei os olhos, enxergando mais a frente uma luz tremeluzente. Andamos mais um pouco, e o formato da pequena casa se tornou mais visível, sendo possível visualizar uma construção maior não muito longe.

Paramos em frente a entrada e ela abriu caminho pra nós.

— Bem-vindos a minha incrível residência. – ela entrou, sumindo em meio a escuridão, e a única iluminação vinha de uma lareira quase apagando. Foi essa luz que vi? Não há nenhum candelabro? Velas?

Como que respondendo a minha pergunta, ela voltou com velas acesas, colocando o pratinho com uma em minha mão.

—  O quarto que vocês ficarão é o primeiro à direita, podem se acomodar. Quanto a você – disse apontando pro cocheiro cujo nome eu não sabia. – você fica aqui na sala, vou tratar do seu ferimento. – e se foi para algum local que eu não soube identificar.

Peguei minha mala com o moço e fui andando receosa até o recinto que ela nos indicara, ficando chocada ao ver dois colchões simples e baixos, com alguns cobertores apoiados em uma cadeira ao lado. Meu pai começou a ralhar.

— Um rei tendo de se rebaixar a tanto! Eu vou matar aquele cocheiro! – esbravejou jogando as botas longe.

— Eu... eu já volto. – sussurrei, mas ele nem escutou, imerso no próprio ódio.

Saí de fininho, andando às cegas até parar em frente a uma porta que eu achava ser o quarto dela. Fingi estar refletindo no quão antiga a madeira era, ou como o local era pequeno e simples, mas eu sabia que estava nervosa ao revirar nas mãos a camisola que peguei.

— Que diabos estou fazendo? – pousei a cabeça molhada na parede gelada e fechei os olhos, então sentindo dor nas pernas por ter andado tanto. Lembrei-me do rosto de Alanna quando nos cumprimentamos, havia algo nele que me intrigava. Na verdade, havia algo nela que me despertava um sentimento diferente, que eu não saberia decifrar nem com os sábios mais estudados. Mordi o lábio, pensando se tinha certeza do que estava fazendo, cogitando desistir, quando sinto uma mão em meu ombro.

— Está confortável aí? – me virei rapidamente, ficando ereta e tentando deixar meu cabelo apresentável. Mesmo na escuridão, podia perceber sua expressão brincalhona.

— Eu quero uma coisa de você. – ela cruzou os braços e sorriu levantando as sombrancelhas, o que me fez corar. – Quer dizer, preciso da sua ajuda. – ela apenas abriu mais o sorriso. – Não, não é bem assim que deveria ter soado... ahn, eu quero dizer que eu... – a garota riu baixinho.

— Entra aí, Princesa. – abriu a porta, e eu a segui para um pequeno quarto iluminado por uma lâmpada antiquada, cheio de bugigangas brilhantes e coloridas penduradas por todo o canto, com quadros vívidos e intrigantes. Um sentimento esquisito tomou conta de mim, ao me lembrar de meu enorme quarto, vazio e solitário. Alanna se sentou na cama, me observando. Tomei coragem e pigarreei.

— A Senhorita teria um espelho? – ela só me olhou, então voltando a rir.

— Desculpe Princesa, mas não são todos que tem o luxo de ter um espelho. – Franzi o cenho enquanto ela respirava, tentando parar de rir. Espelhos são caros?

— É que eu precisava de ajuda para... enxergar algo que não consigo sozinha. Mas tudo bem, muito obrigada. – me virei, um pouco irritada com a ironia.

— Eu ajudo, Kiara. – ela tinha acabado de me chamar pelo primeiro nome? Nunca alguém tinha me tratado de maneira tão informal, nem mesmo minhas serventes que estavam comigo desde bebê. Isso me dava um sentimento estranho na barriga. Fiquei a encarando, pensando em como sua voz soava bonita. – Qual é o problema? – disse, me trazendo de volta pra realidade.

— Bom, é que eu... eu, bem... – respirei fundo. – Eu não sei tirar o espartilho sozinha.

E então silêncio.

Me recusava a olha-la, envergonhada da minha incapacidade. Balancei a cabeça pros lados.

Que ideia foi essa?

Suspirei e continuei meu caminho para sair dali, até sentir sua mão em meus ombros. Sua voz, baixa e instigante, susurrou perto do meu pescoço.

— Eu ajudo. – e pegou a camisola da minha mão, colocando em cima de uma mesa.

— Obrigada... – falei, ou acho que falei, pois não conseguia escutar nada além do meu nervosismo e o vento raivoso batendo na janela fechada.

Minha respiração pareceu parar ao suas mãos geladas descerem as mangas de meu vestido, que se esparramou pelo chão. Colocou meus longos cabelos por cima de meu ombro, parando a mão sobre minha pele nua por um segundo, logo a descendo para o laço. Suspirei aliviada quando ela o afrouxou, e foi desfazendo as amarras pouco a pouco.

Olhei de relance pra trás quando ela o abriu por completo, a respiração um pouco acelerada. Apesar das serventes sempre fazerem isso por mim, normalmente eu seria envergonhada com uma desconhecida me desnudando, mas ao contrário de vergonha, eu me sentia instigada de um jeito bom. Seu olhar encontrou o meu, e respiramos descompassadamente juntas, mas ela logo desviou o olhar.

— Bem, é... pronto Senhorita. Eu vou-me indo. Indo pra... fora.

— Pra chuva?

— Não, não! Quis dizer fora deste local, não fora fora. E nem é bem fora mesmo, é mais pra... cozinha. Isso, vou pra cozinha! Preciso preparar algo para vocês, não é mesmo Alteza? – abriu a porta e a fechou em um baque, me deixando sozinha com o espartilho na mão, ouvindo seus passos apressados e meu próprio coração agitado.

 


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Notas finais do capítulo

MAS OIA SÓ
TO SENTINDO UMA ATRAÇÃO CHAMEGOSA
gente to viciada na música do Louis, sabe aquele da One Direction? se chama Back to You. Fiquei ouvindo num looping eterno enquanto escrevia esse cap que demorou mais pra ficar pronto do que eu esperava. EU TAVA ANSIOSA PRA POSTAR mas eu sou perfeccionista
fazer o que
até daqui mais uns mil anos
bejocas



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