Ele & Ela escrita por sgculture


Capítulo 1
Manoel Vilela & Eu


Notas iniciais do capítulo

Algumas vezes as pessoas que passaram na sua vida são especiais demais para ficarem apenas nas suas lembranças.

Espero que gostem ~



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Era uma vez uma garota que precisava de uma companhia, alguém que a entedesse e compreendesse suas peculiaridades.

Era uma vez um rapaz, curtindo um tempo "ameno", não buscando nada específico a não ser a grande busca do que ainda não se sabe.

Ela era impulsiva. Então ela seguiu e deu o primeiro passo. "Seu convite foi enviado".

Ele era ocupado e desligado com as redes sociais, mas aceitou o convite. Dias depois estavam conversando.

Ele parecia empolgado. Saia falando e falando. Ela extremamente feliz, ele era engraçado e divertido.

Trocaram números de telefone. As mensagens se multiplicaram. Era bom... pelo menos para ela, era.

Os meses passaram e nela cresceu a curiosidade. Até agora ele não tinha um rosto, uma idade, nada... Era apenas alguém que a fazia se sentir bem.

"Você pode mandar uma foto?" "Qual a sua idade?".

Como esquecer aquele dia? Ela se lembra do que fez, do que que sentiu, do clima que o dia estava. Naquele dia eles se conheceram melhor.

Ela era ariana. Ele era capricórnio. Ela era inexperiente amorosamente. Ele tinha histórias para dar e vender. Ele era de exatas. Ela era de humanas. Ele estava na universidade. Ela havia voltado ao cursinho. Eles pareciam tão diferentes, mas ela se encontrou nele.

Ambos eram inteligentes. Ambos eram traumatizados com algo. Ambos tinham receio. Os dois gostavam do mesmo estilo de música. Os dois falavam e falavam. E essas foram as primeiras impressões profundas.

Com o tempo ela abriu o coração e se derramou. Ao longo do tempo ele foi deixando revelar pequenas coisas. E apesar da distancia ambos acreditavam poder interpretar um ao outro facilmente.

Ela se apaixonou. Ele, ali, jamais poderia. Aos poucos a paixão se tornou forte demais, não poderia ser contida. Foi a primeira vez que ela pensou em desistir.

Ele tentou persuadir a moça, mas era tarde demais... Só havia ele no coração dela. Apesar de abalados seguiram a amizade.

Ele sofria muito. Ela sofria ao vê-lo sofrer além das próprias tristezas. Ele se afastava. Ela corria atrás. Ele cedia as vezes. E então ela tentava mais.

Ela se sentia insegura, frustrada, com medo. Ele se sentia cobrado, responsável, pressionado a dar o que ele não poderia. Então eles brigaram.

Dias de discussões. Três dias de ápice. Ele a agrediu. Ela não recuou. Ela o compreendeu. Ele cedeu, mais uma vez.

Ela sentiu que estavam mais íntimos, que o laço se tornou mais forte. De alguma forma ele parecia mais solto, mais bruto e sincero. Pareciam bem um com outro e assim seguiram.

Talvez ela devesse ter dado um  basta. Talvez ele devesse ter a cortado antes. Algumas vezes chegaram a estremecer. Pareciam que estavam cometendo os mesmo erros. Talvez não se entendessem assim tão bem.

De alguma forma, mesmo com passos incertos eles ficaram. Ela tentando não pressionar com sua paixão. Ele tentando ser mais sincero com relação a ela.

"Dia 1 eu vou a sua cidade, vai querer me ver?" "Mas é claro!".


Ela começou os preparativos para vê-lo. Ele estava ocupado com a viagem à trabalho que faria. E mesmo contra todas as fichas dos outros, eles se encontraram.

Para ela o clima estava ameno. E seu corpo relaxado. Ela tremeu em alguns momentos, e teve um instante que o coração bateu desenfreado. De toda forma foi mágico. Tão mágico quanto os segundos em que os olhos se encontraram e ela sentiu parar o tempo.

Ele parecia bem. Alguns momentos atrapalhado. Mas na maioria sério. Ele estava feliz? Foi difícil saber. Depois, ela soube, foi marcante pra ele e isso foi o suficiente para deixá-la feliz.

Ao terminar ela se sentiu mais próxima dele. E isso a cegou completamente e quando ela pôde ver ele não estava mais lá. E ela sofreu. Talvez ele tenha sofrido também. Uma perda é uma perda, afinal. Pequena ou grande, continua sendo uma perda.

Para ela foi gigantesca. Ela morreu. E renasceu em uma forma estranha. Foram tempos turbulentos. De alguma forma ela sabia que pra ele também estava sendo. Os motivos poderiam diferir, mais ambos estavam tristes e sofrendo.

Um ano passou e não há mais ele e ela. Só há ela.

Ela parece estável, mas a saudade a acompanha como uma nuvem. As vezes ensolarada outras fazendo chover torrencialmente sobre ela.

Ela ouviu que ele está estudando. Em uma nova faculdade, em uma outra cidade. Talvez esteja namorando, talvez só esteja criando novos códigos.  Ela não pode mais ter certeza.

A única certeza que ela carrega é que ela o ama. E mesmo que ele pareça ainda mais inalcançável ela sonha em um dia buscá-lo.

Ela não pode afirmar que seu plano dará certo. Por enquanto ela anda lutando contra a agonia da dor, se fortalecendo e juntando os pedaços da vida, para quando chegar a hora, ela  poder encontrá-lo.

E mesmo que a hora pareça não chegar, desesperadamente ela tem certeza de que o amará eternamente.


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Notas finais do capítulo

Não há final do sentimento que é eterno.

Espero que tenham gostado, é apenas um meio de eu falar algumas coisas que ficam dentro de mim.

Mandem mensagens se se identificarem! Beijos ~



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