De garoto a Vingador escrita por IdeaLady


Capítulo 8
Imprevistos


Notas iniciais do capítulo

Capítulo cheio de adrenalina!!



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Depois de um tempo ali parado, Peter engolia seco. O pai da garota que ele gostava era o cara que ele perseguia. Era o vilão, o ladrão e acabava de ameaçar a vida dele e daqueles que ele se importava. Peter entrou em conflito de consciência. O que fazer? Deu alguns passos, subiu a escada da entrada da escola, foi em direção aonde o baile acontecia. Passou pela porta viu Ned, que acenou para ele, e Liz que conversava com umas amigas.

—Ei Peter. –Ned falou. –Que foi?

—Ned, o cara... O Abutre...

—De novo isso Peter, achei que tinha deixado isso pra polícia.

—Eu sei quem ele é. –Peter falava em choque ainda.

—Sabe? Como assim? –Ned o puxou para fora do salão.

—Ele é o pai da Liz. –Ned abriu a boca.

—O quê? Como você sabe? Tem certeza disso? –Ned falava com voz baixa.

—Tenho. Eu o vi naquele dia do barco e hoje quando ele abriu a porta... –Peter passava a mão na cabeça nervoso. –Ned, o que eu faço?

Ned também não sabia, se ele contasse para polícia, o pai da garota que ele gostava ia pra prisão. Se ele não fizesse nada, sua consciência o acusaria.

—Peter! Por que você está aqui fora? –Liz se aproximou deles. –Meu pai não deixou você nervoso né? Peter, ele só fala brincando, não leva a sério. Vem você me deve uma dança. –Peter olhou para o Ned com desespero e Ned fez um gesto pra ele ir.

Eles entram no salão e Liz leva Peter até o meio da pista e começam a dançar.

—Você dança bem Peter! –Liz diz com um sorriso no rosto.

—Obrigado, tive uma boa professora.

—Peter, o que você tem? –ela disse percebendo que ele não estava confortável com alguma coisa.

—Eu...desculpe-me Liz, eu tenho que ir. –Ele disse segurando na mão dela, deu alguns passos se afastando dela. Parou. E voltou enlaçando a mão na cintura dela e deu um beijo daqueles.

Peter pensou “Porra, se eu vou morrer hoje ou nunca mais ela falar comigo, pelo menos um beijo meu ela vai ter”. Ned que olhava de longe vibrou de alegria. E os outros que estavam no salão olhavam espantados. Depois que ele a largou, Liz ainda estava com os olhos fechados. Peter a olhou por inteiro, beijou-lhe a mão e foi saindo do salão. Ned foi atrás dele. Peter parou no meu do caminho e olhou para Ned assustado.

—Ned...Senhor Stark.

—O quê Peter?

—A Sra. Potts disse que hoje ele ia fazer uma mudança, um carregamento com armas e outras coisas e o pai da Liz disse que ia pegar um “Avião”. É isso! Ele vai pegar o avião do Senhor Stark. –Ned só o observava.

—Ned, vou precisar da sua ajuda! Lembra, o ajudante atrás da cadeira?

—Fala o que você precisa Peter.

Peter foi indo em direção aos armários, os ergueu e tirou seu antigo uniforme de Homem-Aranha. Procurou pelo seu celular e não achou.

—Você consegue rastrear o meu celular.

—Com certeza! Vou para sala dos computadores.

—Me dá seu celular, você se conecta pelo Skype comigo. –Ned fez sim com a cabeça.

Peter saiu correndo, colocando seu uniforme, mas quando ele abriu a porta dos fundos do colégio, algo lhe acertou em cheio, arremessando o celular e o atirador das suas teias longe.

—Ai... –Peter disse se erguendo.

—Oi Garoto! Bem que o chefe disse que você iria tentar algo. Está pronto pra surra? –o homem disse com um sorriso maligno no rosto.

Peter tentou se levantar e o cara deu outro soco nele com uma arma que fazia com que seu murro fosse muito mais forte. Peter voou contra o ônibus da escola.

—Não se meta com os nossos negócios, moleque. –Peter tentava se erguer do chão, quando o cara já estava pronto para dar outro murro nele. Surpreendentemente Ned aparece e acerta uma teia no braço do cara, o puxando.

—Belo tiro Ned. –Peter se levanta numa agilidade só dele, dá um soco no cara, pegando o atirador de teia e prendendo o cara contra o ônibus. –Valew, ajudante! –Ned sorriu para ele e vai pra dentro da escola.

—Ned? Tá aí?

—Tô, pronto! Vamos lá! –Ned diz animado. –Rastreando seu celular.

—Preciso de um carro. –Nessa hora passa o cara da escola que mais infernizava Peter. Peter aterrissa sobre o capô do carro dele e fala. –Sai fora, preciso desse carro. –O rapaz faz sim com a cabeça e sai do carro correndo.

—Ned! Como acendo os faróis do carro do Flash?

—Você pegou o carro dele? Legal!! –Ned ria. –Pera que vou procurar aqui. Achei seu celular, está naquela antiga fábrica abandonada, estou te mandando o endereço.

—Ned, faróis!! Ahhh... –Peter desviou de um carro. –Deus! Eu nunca dirigi antes. Ned avise o Happy ou a Sra. Potts. Pega a agenda do meu celular.

—Ok, fazendo. –Ned estava usando três computadores de uma vez. –Peter, faróis, botão a sua esquerda, do lado do volante.

—Valeu Ned. Faróis acessos.

Ned puxou a agenda de Peter e ligava para o Happy.

—Alô? Alô? Quem é você? –Happy olhou estranhando Ned.

—Senhor Hogan, eu sou amigo do Peter, preciso falar muito com o Sr. Stark. –Happy olhou enfezado para a tela.

—Ei garoto, vai passar trote em outra pessoa, tá bem. –desligou a chamada de Ned.

—Droga.

—Ned, falou com o Happy?

—Não Peter, ele desligou.

—Liga pra Pepper. –Ned fez sim com a cabeça

—Peter falta duas quadras pra você chegar. Vire a direita na segunda rua.

Ned disse muito em cima da hora e Peter teve que lançar uma teia no poste, fazendo com que o carro tombasse lateralmente, deslizando sobre a rua em direção à calçada.

—Jesus... –Peter disse se segurando na lateral do carro. Peter parou praticamente em frente à fábrica, avistou o carro do pai de Liz do lado de fora. –Ned, tá aí? –Ned não respondia.

Ned fazia a ligação para Pepper, quando a professora entrou na sala dos computadores.

—O que você está fazendo aqui? –Ned teve que desligar a ligação. –Por que não está no baile?

—Er...eu...estou vendo pornô. –A professora fez uma cara feia para ele, o retirando da sala.

 

(...)

 

—Pepper, dá pra você sossegar. –Tony dizia irritado com ela.

—Não dá Tony, estou com aquela sensação.

—De novo com o garoto? Ele vai se sair bem, é dos meus. –Pepper nem o repreendeu.

—Não é isso, Tony, eu estou com uma sensação ruim. Que algo vai acontecer.

—Com quem?

—Eu não sei... Você tem certeza que é seguro o transporte das armas sem escolta?

—A gente já falou sobre isso. O avião ficará em modo furtivo. Ninguém vai achá-lo. Happy está lá cuidando do carregamento.

Pepper andava de um lado para outro da sala. Tony já não sabia mais o que fazer para acalmá-la. Ele foi até o balcão de bebidas, pegou um copo de uísque, sentou num dos bancos e ficou a observando.

—Quer uma bebida pra você relaxar? –ele disse tentando distraí-la, ou iria ficar brava ou aceitaria.

—Ai... Hoje eu quero. –Tony sorriu para ela.

—O que vai querer madame? –ele fingiu ser um garçom.

—Uma cerveja, pra começar. –Tony a olhou assustado. Pepper quase nunca bebia, e quando bebia era vinho.

—Cerveja? Tem certeza? –ela fez sim com a cabeça. Quando ela não brigava com ele, algo realmente a incomodava.

Tony pegou a cerveja, abriu e levou para ela, que olhava fixamente para a cidade de Nova York. Como ele tinha vendido o prédio, estavam em outro apartamento que ele tinha comprado. Pepper pegou a garrafa e deu um belo gole. Tony fez cara de assombro.

—Devagar Pepper. –ela nada disse. –Pep, para de se preocupar, por favor, você tá começando a me deixar nervoso também. –pela primeira vez ela riu do que ele falou. –Ah, finalmente um riso. Vem, vamos ver um filme vai, antes que você abra um buraco aqui nesse chão.

Com muita insistência, ele conseguiu levá-la até a sala de TV, onde colocou um filme para eles verem. No começo ela ainda ficou apreensiva com aquela sensação, mas com a bebida e Tony a distraindo, ela foi esquecendo, mas pensava em Peter.

 

(...)

 

Peter entrou furtivamente dentro da fábrica e de longe avistou o traje que o abutre usava e o pai de Liz. Peter foi se aproximando e Adrian falou:

—Senhor Parker! Eu disse para você não se intrometer.

—Eu sei o que você vai fazer. Isso não é legal! O que a Liz diria se soubesse? –o homem deu uma risada.

—Ei, você largou uma dama no baile? Isso não é delicado, Pedro. Quanto ao que eu vou fazer e o que faço é para ela, por ela. –Peter o observava. –Sabe, Peter, o Senhor Stark, os Vingadores, os federais, eles não estão nem aí pra gente. Eles não ligam se você está desempregado ou tem família pra sustentar. Pensam apenas no mundinho deles.

—Mas você está dando essas armas para bandidos e pessoas podem se machucar.

—Prefiro machucar os outros e manter a minha família intacta. Eu te avisei para não se meter comigo, nem com os meus negócios. Agora, eu tenho que pegar um avião. –dizendo isso o traje dele levantou voou e foi para cima de Peter.

Peter desviou do traje e esse batia nas colunas do prédio. Peter desviou mais algumas vezes e o traje voltou ao lado do seu dono.

—Acho que você está ruim de mira, não me acertou nenhuma vez. –o homem riu.

—Não era pra te acertar Peter. Adeus.

Um barulho de coisas rachando no lugar e Peter só deu o tempo de olhar para cima, toda a estrutura caiu sobre ele, o esmagando. O homem pegou o celular e falou:

—Como estamos?

—Tudo certo chefe, estamos no horário.

—Ótimo estou indo. –ele entrou no traje e voou em direção a Torre Stark.

 

(...)

 

Do nada Pepper se levantou do sofá, com a mão no coração. Tony se assustou.

—O que foi Pep? Quer me matar do coração?

—Tony, liga pro Happy, veja se está tudo bem. –Tony virou os olhos para ela.

—Eu achei que tinha conseguido te distrair, devia ter dado vinho pra você. –ele disse pegando o celular e ligando para o Happy.

—E aí chefe? Tudo certo? –Tony fez uma cara de mais ou menos.

—Happy fala aqui pra dona desconfiada que tá tudo certo aí?

—Oi Pepper, tá tudo certo aqui. Todas as coisas já estão no avião que partirá às 22h.

—Falou Happy. –Tony desligou o celular. –Pronto! Ainda com aquela sensação? Eu nunca te vi assim, estou começando a ficar preocupado. –Tony disse sério pra ela.

—Eu tive essa sensação apenas uma vez até hoje... –ela o olhou abaixando a cabeça em seguida. Tony sabia que ela se referia ao dia em que ele fora sequestrado. -Estou... Eu vou ao banheiro. –Pepper saiu e pegou seu celular sem que Tony visse. Ligou para Peter, que não atendeu. –Meu Deus, aconteceu alguma coisa, eu sei.


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