Comemoração particular escrita por dea_viana


Capítulo 1
Capítulo 1




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Se fiquei esperando meu amor passar.

Já me basta que estava então longe de sereno.

E fiquei tanto tempo duvidando de mim.

Por fazer amor e por fazer sentido.

 

Começo a ficar livre

Espero. Acho que sim.

De olhos fechados não me vejo.

E você sorriu pra mim.”

(Se Fiquei Esperando Meu Amor Passar - Legião Urbana)

 

Alec sequer pensou duas vezes diante da sugestão de Magnus de abandonar a festa. Ele mal acreditava que as coisas entre eles estavam, no momento, resolvidas e que ele tinha a liberdade de novamente beijar o bruxo da forma como bem desejasse. E era isso que ele fazia nesse momento. Beijos ásperos, urgentes e famintos como esses que trocavam agora assim que a porta do loft bateu atrás deles.

Aos poucos, roupas foram arrancadas, formando uma trilha que se espalhava da porta até o pé da cama de Magnus. Não havia sido muitos dias de separação, mas a saudade que Alec sentia de ter as mãos de Magnus trilhando caminhos em seu corpo e a incerteza de que ele estaria novamente ao alcance dessas mãos aumentavam o desejo e o fazia mais exigente do que um dia tinha sido. Quando as pernas de Magnus alcançaram a borda da cama, Alec suavemente o derrubou, pairando sobre o corpo do bruxo e depositando beijos na pele exposta. Os beijos foram descendo pelo pescoço de Magnus, provocando arrepios. A língua de Alec provocava no bruxo respostas físicas que se manifestavam em forma de calafrios e excitações.

De repente, Alec afastou-se para encarar Magnus, colocando uma mão sobre seu rosto, enquanto o bruxo o interrogava com os olhos:

— Eu queria…

— Diga, Alexander… - encorajou Magnus.

— Eu queria ver os seus olhos… - sussurrou Alec.

Com uma risada rouca, Magnus levantou uma sobrancelha e perguntou:

— Como da primeira vez? - Magnus indagou.

Quando Alec assentiu, Magnus deixou o glamour cair, revelando seus olhos de gato e desfrutando do olhar de admiração completa que via  estampado no rosto do shadowhunter

—Você gosta dos meus olhos - o bruxo exclamou.

—Magnus, eu gosto de você por inteiro! - Alec respondeu, plantando então um beijo faminto na boca do namorado para depois voltar a traçar veredas sobre a pele do bruxo, marcando caminhos com lambidas, beijos e dentes. Línguas percorriam peles de formas corajosas e provocantes. Alec mordeu de leve o peito de Magnus  e desceu depositando beijos sobre sua barriga. O bruxo achou que poderia gozar ao sentir-se envolvido pela boca do shadowhunter.  

Ouvir Magnus pronunciando seu nome entre gemidos, fazia Alec lamber com ainda mais desejo o pênis do namorado. Cada gemido despertava  em si uma ousadia que Alec acreditou que nunca teria. Magnus realmente fazia com que ele se surpreendesse com as vontades que encontrava dentro de si. E ao sentir o gozo do namorado enchendo sua boca, ele não podia evitar a sensação de que se libertava de toda a tensão que aquela briga lhe tinha provocado.



Aquele gosto amargo do teu corpo

Ficou na minha boca por mais tempo

De amargo então salgado ficou doce,

Assim que o teu cheiro forte e lento

Fez casa nos meus braços e ainda leve

Forte, cego e tenso fez saber

Que ainda era muito e muito pouco.

(Daniel na Cova dos Leões - Legião Urbana)

 

Magnus puxou Alec pelo cabelo, plantando um beijo na boca do shadowhunter e provando o gosto de si que ainda permanecia na língua do namorado, o que fez com que o desejo acendesse novamente e ele agradecesse por ainda se manter em forma para os seus quase 400 anos e namorar um shadowhunter com uma runa de vigor.  A necessidade de contato crescia à medida que os beijos se aprofundaram, bocas unidas, línguas em diálogo, corpo pressionando corpo e a certeza de que toda aquele fome que os dominava ainda não tinha sido saciada.

Magnus precisava sentir Alec o mais próximo de si possível. A frieza com que ele se obrigou a tratar o shadowhunter em seus últimos encontros ainda despertava nele sensações ruins. Não havia sido fácil fingir desdém diante da pessoa que ele amava e agora ele queria compensar Alexander por todo o tratamento hostil que ele lhe tinha impingido.

Cada vez que ouvia o namorado gemer chamando seu nome, Magnus acelerava o ritmo das carícias, mapeando runas com beijos. O bruxo começou a penetrar Alec com os dedos, preparando-o para recebê-lo por inteiro. Sentindo o pênis de Magnus pressionado sobre seu estômago, não havia mais nenhum músculo do corpo de Alec sobre o qual  ele mantivesse o menor controle. Todos eles respondiam apenas às carícias da língua e dos dedos de Magnus.

Quando enfim o feiticeiro penetrou Alec, os corpos passaram a dançar uma sinfonia própria ao som de gemidos, nomes sussurrados e respirações ofegantes. Sincronizados, ambos moviam-se um de encontro ao outro, desejando uma fusão mais do que completa de seus corpos e, mesmo depois de terem chegado ao orgasmo, permaneceram assim, unidos, abraçados, como se a falta de contato pudesse, de alguma forma, fazer com que um dos dois desaparecesse.

Quando suas almas enfim voltaram a seus corpos, shadowhunter e feiticeiro se encararam expondo em azuis e dourados todo o amor que sentiam um pelo outro. Corpos em paralelo, aconchegaram-se um ao outro e antes de cair no sono com um riso nos lábios, Alec ouviu Magnus exclamar “Alexander, meu Alexander”, enquanto o bruxo depositava beijos lentos em sua runa de bloqueio e, nesse momento, ele agradeceu ao Anjo por tamanha felicidade.



E nossa história

Não estará

Pelo avesso assim

Sem final feliz

Teremos coisas bonitas pra contar

E até lá

Vamos viver

Temos muito ainda por fazer

Não olhe pra trás

Apenas começamos

O mundo começa agora, ahh!

Apenas começamos.

(Metal contra as nuvens- Legião Urbana)

 

 


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Notas finais do capítulo

Há quase 5 anos que eu não escrevia nada. Já tinha me decidido que Malec quebraria esse jejum, mas não planejava que fosse uma lemon. Espero que tenha agradado e prometo uma outra tentativa em breve enfocando a "morning after" dessa noite.



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