Guerra Fria escrita por Mandy-ama-anime


Capítulo 3
Capítulo 3 - O começo de uma guerra


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, desculpem pela demora, mas saiu, não saiu? xD Esperamos que gostem de qualquer maneira.



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Winry analisou o auto-mail e começou a fazer as adaptações necessárias com cuidado, para aliviar a dor de Ed assim que possível. O garoto suspirou aliviado, observando o trabalho de sua amiga mecânica.

 

– Você é mesmo dedicada ao que faz, Winry. – Ed comentou depois de algum tempo. – Está tão concentrada que nem parece ser a maníaca por auto-mails que nós conhecemos, não é, Al?

 

– Nii-san... Eu não diria isso se fosse você... – Respondeu Al, timidamente.

 

Winry apertou a chave inglesa na mão, se controlando para não atirá-la na cabeça de Ed como de costume. Fechou os olhos e respirou fundo, soltando o ar com um suspiro para controlar a raiva. Ainda de olhos fechados, sorriu levemente e respondeu:

 

– Eu deveria te acertar com a chave inglesa, mas vindo do maníaco por alquimia isso até soa como um elogio, então deixa pra lá. – Winry abriu os olhos, e olhou diretamente para Ed. – Pelo menos você não destruiu, nem quebrou, nem danificou a minha obra-prima dessa vez! – Continuou, com entusiasmo. Ed podia ver um brilho diferente nos olhos azuis de Winry. Ela sempre ficava daquele jeito quando começava a falar sobre auto-mails.

 

Depois de mais algum tempo, Ed conseguiu perceber que Winry suspirou novamente. Antes que ele pudesse perguntar, ela logo falou:

 

– Ed, está na hora de conectar os nervos.

 

Edward podia ver pelo rosto de sua amiga que ela estava apreensiva. Ele fechou os olhos e respirou fundo, e então acenou positivamente com a cabeça, dando um sinal para Winry. A dor logo invadiu seu corpo, mas ele agüentou firme, como sempre.

 

– Ed, tá tudo bem? – Perguntou Winry, preocupada, assim que terminou.

 

– Cla... Claro! – Gaguejou Ed, mexendo o braço levemente. Ele realmente adorava aquele tipo de auto-mail.

 

– Bom, agora tenho que trabalhar na sua perna. – Sorriu Winry. – Ainda tá doendo muito? Nas juntas? – Perguntou, apreensiva.

 

– Um pouco, mas isso não é nada perto do que eu acabei de sentir aqui... – Ed também sorriu, colocando a mão esquerda, de carne, sobre o ombro de metal.

 

– Agüenta só mais um pouquinho, tá?

 

Ed acenou com a cabeça mais uma vez, e Winry voltou ao trabalho. Mesmo não utilizando um auto-mail, ela já tinha os estudado o suficiente para conhecer a dor que Ed estava sentindo e queria poder fazê-la parar logo. A mecânica adaptou o auto-mail da perna de Ed com o máximo de cuidado possível, avisando-o mais uma vez antes de conectar os nervos.

 

– Pronto, acabou! – Comemorou Winry. – Tá doendo ainda, Ed?

 

– Não é nada demais, já vai passar. – Ele respondeu com um sorriso forçado no rosto. Não queria deixá-la mais preocupada, afinal, já estava acostumado a agüentar aquela dor e sabia que não ia demorar para que se sentisse bem outra vez.

 

Ed levantou levemente, mexendo os membros e alongando os braços. O auto-mail parecia funcionar perfeitamente, o que fez Winry sorrir com entusiasmo.

 

– E então, nii-san? Se sente melhor? – Perguntou Al.

 

– Muito melhor! Esse auto-mail adaptado para o frio é o melhor que existe! – Ed virou-se para Winry e, coçando a cabeça timidamente, continuou. – Muito obrigada por vir até aqui, Winry!

 

– Ora, você agir assim é novidade, ainda mais depois de todas as vezes que vocês dois simplesmente sumiram sem dar notícias... – Winry suspirou. – Mas fico feliz que tenham me procurado, mais ainda por poder ajudar a aliviar a dor do Ed!

 

Edward sorriu pra ela. Seu braço já estava melhor, e aí Winry, assim que terminou, quase teve um piripaque e foi correndo pra janela, quase passando por cima de Edward, assustando-o.

 

— O que foi, criatura?

 

— Neve! Muita neve! Tudo branquinho, cheio de neve! Mal posso acreditar! É mesmo NEVE!! — Os olhos de Winry brilhavam como nunca e ela estava radiante e super feliz.

 

Edward se assustou um pouco com a mudança repentina de humor de Winry, mas logo se juntou a ela na janela, contemplando a maravilhosa paisagem.

 

— Olha só, Al! — Ele chamou o irmão e ficaram os três olhando a vista da janela.

 

— Ah, não aguento mais! Tenho que ir ver isso de perto! — Disse Winry, correndo até o cabideiro para pegar o seu casaco sépia felpudo na gola. Vestiu-o e seguiu até a porta.

 

— Espere por mim! — Disse Edward correndo até a porta. Winry e Al riram.

 

— O que foi?

 

— Nii-san — Al disse rindo, e Winry também ria alto. — Você vai... Assim?

 

Só aí Edward percebeu que estava com a sua cueca samba-canção azul, já que foi preciso retirar as suas roupas para fazer as adaptações. Ele ficou vermelho e sorriu sem graça, correndo pro quarto.

 

— Ops, He He he, que descuido o meu. Poderiam esperar só mais um pouquinho?

 

Al e Winry riam alto enquanto assentiram com a cabeça, confirmando que iriam esperar. Ed trocou de roupa, colocando sua calça preta, as botas e sua camisa preta, e transmutou o seu casaco com uma fronha, para revesti-lo e deixá-lo mais quente e pronto para enfrentar o frio, deixando a gola felpuda. Ed ficava bem com ele, e assim que saiu e Winry o viu, ela apontou pra ele e disse:

 

— Aaaah, seu plagiador! — Ela apontou para o casaco dele. Ele olhou para o casaco dela e uma gota desceu de sua cabeça.

 

— Ai, não faz isso... Me deu um susto, pensei que ia falar algo sério...

 

— Deixa de enrolação! Quem chegar por último é a mulher do sapo! — Winry correu até a porta.

 

— Do sapo?! Por que do sapo? — Disse Al, correndo.

 

— Porque ninguém gostaria de se casar com um sapo! — Winry disse, rindo enquanto corria, Al estava logo atrás, pelas escadas.

 

— Ah não, veeelho... — Ed disse rindo, enquanto corria, um pouco atrás de Al.

 

Winry foi a primeira a chegar, e Al chegou logo depois, e adivinhem quem virou a mulher do sapo? Ed. Ele acabou chegando por último, já que Al era enorme e ele não conseguira ultrapassá-lo nas escadas, sendo que o espaço era pouco. Winry chegou e olhou pra trás, e assim que viu que foi Edward quem chegou por último, não pôde deixar de abusá-lo.

 

— Dois sapos se casando, num brejo fedorento, quem sabe algum deles me convide pro casamentooo! — Ela cantava, para abusá-lo. Al riu da musiquinha, e Ed suspirou.

 

— Que infantilidade... — Ele falou baixinho, mas ela conseguiu escutar, e ficou triste, porque só estava brincando com ele.

 

Ela suspirou e se virou, indo até o banco, que estava com um pouco de neve, e retirou a neve de cima dele, sentando em seguida. Ed não entendeu direito e olhou pra Al, que balançou a cabeça negativamente.

 

— Mas o que foi que eu disse? — Ed disse, Al suspirou.

 

— Nii-san, Winry ficou longe da gente por muito tempo, lembra? Ela só estava brincando com você, precisava falar assim?

 

— Mas o que eu não entendi é o que eu falei de errado!

 

— Você falou com desgosto que ela era infantil, nem considerando que ela passou muito tempo longe de nós, que é a primeira vez que ela vê neve e mais ainda, nem considerando que ela fica muito tempo sozinha, sem ter com quem conversar ou brincar além da vovó. — Ed suspirou, coçando a cabeça timidamente. Só agora ele tinha parado para pensar na besteira que tinha dito.

 

Ele suspirou e foi andando até o banco onde estava Winry. Ela parecia meio triste, e ele olhou pra ela, sem graça.

 

— Desculpa.

 

Ela não se virou e continuou a olhar pro horizonte. Ele tentou mais uma vez.

 

— Sério, Winry, não foi por querer... Você... Não vai chorar, né?

 

— Claro que eu não vou chorar, seu idiota! — Ela disse, se virando bruscamente, em um tom choroso, e depois virou o rosto novamente.

 

— Ah, qual é! Não vai ficar brava comigo só por causa disso, vai? Eu já pedi desculpas! — Ela pegou um pouco de neve que estava no banco, ao lado dela, e colocou no colo. Edward não compreendeu.

 

— Sabe, você sabe ser um grande bobão às vezes. — Ela disse, suspirando.

 

— É, eu sei... Me desculpa?

 

— Bem... — Ela disse, sorrindo de canto e deixando Edward na expectativa.

 

Então, ela subitamente pegou uma bola de neve que tinha formado com a neve do banco e jogou na cara dele, que o acertou em cheio.

 

— Agora eu te desculpo! — Ela disse rindo, enquanto ele se recuperava da surpresa e tirava a neve do rosto.

 

— Ora, sua... — Ele disse rindo e pegou neve do chão, formou uma bola e atirou nela, atingindo-a nas costas. Ela soltou um gritinho rindo.

 

Alphonse, ao ver que os dois já haviam feito as pazes, riu enquanto eles jogavam bolas de neve um no outro e corriam, rindo e brincando. Aí uma ideia lhe veio à cabeça. “Por que não aumentar essa guerra?” Ele pensou, e foi até a cabine telefônica. Iria ligar para alguém que adoraria participar dela. Com certeza ele iria aceitar, afinal, arrumava qualquer desculpa para sair do trabalho.


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Notas finais do capítulo

Desculpas se esse capítulo ficou pequeno, pessoas, mas isso não quer dizer que não ficou bom. Reviews, por gentileza.



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