Guerra Fria escrita por Mandy-ama-anime


Capítulo 1
Capítulo 1 - Uma manhã fria


Notas iniciais do capítulo

Essa é a nossa primeira fic em conjunto e estamos gostando bastante de escrevê-la! Mas precisamos das opiniões de vocês para saber se estão gostando também, então deixem reviews, por favor!



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O dia amanheceu nublado na cidade Central, e Edward acordou tremendo. Estava estranhamente frio, e isso não acontecia com freqüência ali. Ele ouviu seu irmão Alphonse chamá-lo muito entusiasmado, e não entendeu o motivo de tanta animação.

 

— Nii-san, rápido! Acorda! Você tem que ver isso! — Disse Al, praticamente arrancando o irmão de debaixo das cobertas.

 

Edward encostou os pés no chão, que parecia estar congelado. O seu pé de carne podia sentir o chão congelante, então ele tenta se apoiar mais no auto-mail, no qual não sentia tanto frio.

 

Al continuou a puxá-lo, e Ed ficou um pouco aborrecido com a pressa do irmão.

 

— Onde você está me levando, Al? — Ele disse, irritado, enquanto esfregava os olhos.

 

— Espere e verá! — Respondeu Al, dando um risinho.

 

Alphonse levou-o até a janela, e Edward esfregou os olhos novamente, incrédulo. Estava nevando.

 

Al então ligou o rádio e uma manchete lhe chamou a atenção.

 

Devemos avisar que durante um período de sete dias irá nevar. Estamos tentando cuidar das ruas para que os veículos não derrapem ou capotem, causando acidentes. Durante esse tempo, todas as atividades escolares serão suspensas e também algumas pessoas poderão ficar em casa. Aconselhamos que fechem as janelas, pois o vento frio pode gripá-los. Crianças, espero que curtam essa deliciosa semana sem aula e com muita neve!

 

Edward olhou para o irmão e sorriu. Os dois começam a comemorar como duas crianças no seu primeiro Natal. Era a primeira vez que eles viam neve, e ficaram longos minutos apreciando a beleza do manto branco brilhante que enchia os telhados das casas e se estendia pela cidade afora. Essa com certeza seria uma semana inesquecível.

 

Mas, de repente, Ed sentiu uma dor horrível nas juntas dos seus auto-mails e se sentou. Al foi ao seu socorro, e notou que ele está gemendo. O frio era prejudicial a um auto-mail normal, afinal.

 

Al pediu para Ed esperar no quarto, enquanto ele ia correndo até a cabine telefônica mais próxima. Teria que falar com Winry para adaptar o auto-mail de Edward para o frio. Enquanto passava pela neve e deixava enormes pegadas, e algumas crianças que estavam brincando viram as pegadas e tentaram pisar nelas, como se seus pequenos pés as tivessem feito. Al riu ao ver que estava sendo seguido por algumas crianças brincalhonas, mas tinha que se concentrar no seu objetivo. Ele foi até a cabine e colocou uma moeda no telefone, digitando aquele número que ele raramente digitava.

 

— Próteses mecânicas Rockbell, posso ajudar? — Disse a voz feminina no outro lado da linha.

 

— Winry, é uma emergência. Sou eu, Alphonse. — Winry sorriu do outro lado da linha.

 

— Al! Que bom que ligou! Será que vai nevar hoje? — Al riu.

 

— Não, Winry, vai nevar por uma semana, por isso preciso da sua ajuda.

 

— Winry não entendeu o que ele queria dizer com isso, então continuou a ouvir.

 

— Nii-san está passando por problemas por causa do auto-mail — Winry gelou.

 

— N-não me diga que o meu auto-maildeu defeito? — Winry estava apreensiva, mas Al acalmou-a.

 

— Não é isso... Não exatamente. É que vai nevar aqui na central por uma semana, e o nii-san precisa de um auto-mail adaptado para a neve — Os olhos de Winry brilharam.

 

— Neve? Sério? Está nevando? Ai, que máximo!! — Winry dava gritinhos de felicidade. Ver neve era o seu maior sonho. Al riu dos gritinhos e do entusiasmo.

 

— Isso mesmo que você ouviu, senhorita, acha que está bem o suficiente para essa missão? — Al perguntou. Winry bateu continência do outro lado da linha.

 

— Sim, senhor!

 

— É assim que se fala, soldado! Quero você aqui o mais cedo possível, tá bom?

 

— Certo, já estou indo arrumar as minhas coisas.

 

— Vejo você mais tarde, na estação! Avise quando souber o horário em que o seu trem sai!

 

— Certo! Até depois! — Winry riu, e desligou o telefone.

 

Alphonse desligou o telefone e correu de volta até o irmão, que ainda estava gemendo um pouco.

 

— Nii-san, aguente firme. A Winry vai chega daqui a pouco.

 

Al tentava confortar a dor do seu irmão, que com certeza era horrível. As juntas do braço de Ed latejavam, enquanto ele tentava repousar a cabeça no travesseiro e se cobrir com o edredon, numa tentativa de diminuir a dor, e parecia funcionar... um pouco, pelo menos.

 

 

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Roy abriu uma pequena fresta da janela do seu quarto e olhou para a rua. O vento frio bateu no seu rosto e sacolejou seus cabelos negros brilhantes. Com frio, ele bocejou e se espreguiçou. "Hoje vai ser um dia looongo de trabalho...", pensou enquanto ia até seu guarda-roupa pegar a sua farda militar. Roy vestiu-a rapidamente, tentando fazer com que seu corpo ficasse o mínimo de tempo possível exposto ao frio cortante. O chão estava congelando e, por isso, ele calçou as suas pantufas de tigre que ficavam ao lado da cama para não andar descalço enquanto procurava por suas botas. Assim que as encontrou, retirou as pantufas e calçou as botas. Como adorava a farda do exército nesse momento, por ser revestida o bastante para mantê-lo aquecido naquele frio dia de neve!

 

Roy tomou coragem para encarar o frio e saiu de sua casa, começando a andar em direção ao quartel.  Durante a caminhada, viu a linda paisagem coberta por aquele manto branco e brilhante. Ele podia sentir a umidade no ar quando aspirava o ar puro. "Mas que linda manhã", pensou, soltando o ar em um leve suspiro. Enquanto caminhava, observava as crianças brincarem na neve e alguns tomando uma sopa ou ingerindo pratos quentes para combater o frio.

 

Ao entrar no quartel, Roy deu bom dia para seus subordinados. Eles responderam prontamente, mas o Coronel logo percebeu que alguém estava ausente.

 

— Onde está o tenente Fuery?

 

— Pegou um resfriado e não veio. Está com febre alta. — Disse Riza, entregando uma papelada para o Coronel.

 

— Aquele maldito sortudo — Disse Roy, pegando os papéis da mão da primeira-tenente e suspirando. — Que saco... Por que eu também não fiquei resfriado?

 

— Não fale besteiras, Coronel. Se você ficasse doente, só teria mais trabalho acumulado pra fazer — Disse Riza, e Roy voltou a olhar os papéis em sua mesa com desinteresse.

 

— Parece até uma criança que tem que fazer o dever de casa antes de sair para brincar — disse Breda, rindo. — Papai e mamãe não vão te liberar mais cedo, Coronel.

 

Breda riu, e Roy fitou-o, irritado.

 

— Há, há. Muito engraçado. Olha eu aqui, me acabando de rir. — Disse o coronel, em um tom sarcástico, voltando a assinar os papéis que estavam sobre sua mesa.

 

Breda e Falman riram, e Black Hayate entrou na sala, indo até Roy e colocando a cabeça sobre o seu joelho, lhe pedindo carinho. Mustang afagou a cabeça do cachorro, e suspirou, sorrindo.

 

— Sortudo mesmo é você, Black Hayate. Não precisa trabalhar, tem comida e casa de graça... Como eu queria ser você, às vezes.

 

Riza olhou para Roy e disse, sorrindo de canto.

 

— Coronel, pare de falar com o cachorro e volte ao trabalho, sim?

 

 Roy olhou pra ela e suspirou.

 

— Certo, certo...


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Notas finais do capítulo

Reviews? Please? *carinha de Black Hayate pidão*



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