Boas Novas escrita por Typewriter


Capítulo 1
Boas Novas - Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura e feliz dia dos pais, pessoal



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Hannah suspirou enquanto as palavras da medbruxa ecoavam em sua mente.

Choque. Ansiedade. Felicidade. Medo. Todas essas emoções se misturavam dentro de si e a mesma não sabia como reagir, permanecendo estática na cadeira do consultório e encarando a profissional que lhe dera a confirmação de uma suspeita que mudaria o rumo de sua vida para sempre. Não só a dela, a de Neville também.

Já fazia cinco anos que eles namoravam. Dividiam-se entre Hogsmeade, onde a garota tinha um café, e Hogwarts, onde o rapaz lecionava.

Iam bem, mas a lufana não se sentia pronta por conta do medo dos pesadelos que ainda tinha devido à segunda guerra bruxa. Os medbruxos e os médicos trouxas chamavam aquilo de Síndrome do Estresse Pós-Traumático e ela não sabia como contar a novidade pra ele.

Ele sabia que Hannah tinha pesadelos perturbadores e apresentava os demais sintomas de tal síndrome; assim como sabia bem que este era o motivo para que ela se levantasse durante noite e fosse para o sofá quando o rapaz dormia em sua casa. Aquilo o entristecia, mas Neville aprendera a não forçar, pois sempre que os pesadelos acabavam, ela o abraçava para adormecer.

Uma característica que Longbottom vira florescer em si durante a segunda guerra era coragem, um tipo que ele estava mais do que disposto a mostrar para a namorada. Queria superar tais quaisquer questões com a garota, pois apaixonou-se por ela irremediavelmente. Hannah Abbot era doce, apesar de toda a dor que ela sofrera e ele gostaria de ser capaz de fazer todos os seus dementadores irem embora.

O mais jovem professor de Hogwarts estava planejando há quase dois anos o pedido de casamento e seu plano finalmente estava completo. Naquele final de semana tal esquema seria posto em prática, pois era dia dos pais e Hogwarts adotara, desde de o final da Segunda Guerra Bruxa, o costume de liberar os alunos a fim de que eles passassem datas comemorativas com seus entes queridos. O Diretor da Grifinória estava muito mais do que disposto a ter o primeiro dia dos pais feliz em sua vida, já que ele estava bastante confiante de que seu pedido de casamento seria aceito por sua namorada.

Enquanto a semana do professor de Herbologia parecia se arrastar a semana de Hannah parecia não ter horas o suficiente para que a dona do Caldeirão Furado conseguisse dar conta de todas as encomendas de bolos e doces para o dia dos pais que o estabelecimento recebeu naquele ano. Era bom tanto para os negócios quanto para manter a mente da jovem longe das preocupações pessoais, ou melhor, de uma preocupação específica que sua a última visita à medbruxa, quase um mês atrás, lhe trouxera.

Neville estava mais do que feliz por Luna Scamander, sua melhor amiga, ter lhe ajudado a escolher o anel de noivado perfeito, assim como tê-lo ajudado com as palavras, pois ele próprio sabia o quão atrapalhado conseguia ser e realmente não queria estragar o pedido. Por isso, demorara tanto tempo para conceber o pedido e a ajuda de Luna num detalhe tão importante e delicado quanto o anel. Pegar-se pensando sobre isso durante as aulas que lecionava o fazia sorrir e desejar que o final de semana chegasse o mais rápido possível, enquanto a flor que ele estava cultivando para Hannah tinha um lento desabrochar.

Na tarde de sexta-feira às quatro horas da tarde o belo professor de Herbologia entrou, assim como os alunos na escola, em uma das carruagens puxadas por testrálios que se dirigia para Hogsmeade.

   Os olhares de soslaio e os suspiros que as alunas que entraram consigo na mesma carruagem soltavam o incomodava um pouco, pois sabia que ele era um dos objetos de fantasia para aquelas adolescentes. Por sorte a viagem não era longa e o docente pode pular para fora e seguir rumo ao Caldeirão Furando.

O relógio da cozinha do comércio de Hannah marcava exatamente dezoito horas e vinte minutos e ela estava toda suja de farinha, chocolate e suspiro. Todos doces que foram encomendados tinham sido entregues e todos os clientes e empregados tinham ido embora há quinze minutos.

O doce preferido de Neville estava assando no forno e seu cheiro foi a primeira coisa que Neville reparou ao entrar no Caldeirão Furado.  Caminhou até a cozinha, escondendo a flor para não estragar a surpresa, para encontrar sua doce namorada toda suja.

— O cheiro está delicioso, meu amor. — O rapaz elogiou enquanto sentia sua boca encher de água ao pensar no doce delicioso que teria e sobremesa para depois do jantar.

— Acabei de pôr  seu doce preferido na geladeira: torta de maçã. — A confeiteira disse ao erguer a cabeça para encarar sorridente o recém-chegado.

Ao ouvir que o sabor do bolo que seria servido era o seu favorito, Neville caminhou até ela, abraçando a garota enquanto esmagava os lábios nos lábios femininos com delicadeza.

— Neville! — A loira que disse tentando ralhar com ele, mas ria da atitude de seu parceiro.

— Sei que seu dia foi longo, pois esse final de semana será o dia dos pais e mesmo assim fez meu bolo preferido. Por isso, farei jantar enquanto a senhorita toma um banho relaxante e merecido, depois coloca a mesa enquanto eu tomo banho.

 

Hannah simplesmente lhe brindou com um sorriso agradecido e subiu as escadas para seu apartamento sendo seguida de perto por Longbotton, que lhe seguia de perto. Dividiram seus caminhos quando ela foi para o banheiro e ele, para a cozinha, que era vermelha em sua homenagem, só a mesa era de madeira.

Cerca de meia hora depois, a loira saiu pela porta do banheiro com um vestido florido amarelo e sapatilhas pretas, o cabelo preso, leve maquilhagem e um batom rosa envelhecido, também com o cabelo preso em um coque. Neville a achou linda quando a viu entrar na cozinha toda produzida, adiantou-se em direção a garota lhe dando um beijo apaixonado nos lábios antes de ir tomar banho.

Enquanto o rapaz tomava um banho rápido, Hannah colocou a mesa e desceu para pegar o bolo e colocar na geladeira da cozinha. Para ela foi impossível conter um suspiro de admiração ao ver o namorado sair do banheiro com calça jeans, uma camisa do time de quadribol da Grifinória e um par de tênis. Achou que ele ficava maravilhoso usando qualquer coisa.

O casal se sentou à mesa quando o relógio de madeira marcava exatamente sete horas da noite e enquanto as respectivas badaladas ecoavam pelo cômodo Neville colocava nos dois pratos um generoso pedaço de lasanha e ela enchia as taças com suco de uva.

O jantar correu maravilhosamente bem, entre beijos, sorrisos e palavras doces.

— Hannah Abbot, você é a mulher da minha vida e eu sou o cara mais sortudo do mundo por ser aquele que te faz feliz. Eu gostaria de saber se você aceitaria se casar comigo?  —  Neville tinha a voz impregnada por todo amor que sentia pela mulher sentada à sua frente.

— Isso é o que eu mais quero, meu amor.  —  Ela respondeu com a face marcada pela emoção, transformando felicidade ao mesmo tempo em que ele fazia o anel deslizar pelo dedo anelar da mão direita de sua companheira. Tal aliança tinha uma pedra onix lapidada no formato da mesma flor que surgiu no centro da mesa.

Neville se levantou dando a volta na mesa antes de a tomar nos braços e a abraçar, beijando-lhe os lábios. Quando os dois finalmente se soltaram e o professor abriu a geladeira para pegar a torta, lágrimas de alegria escorreram por seu rosto, pois no doce estava escrito: Você será papai, parabéns.

A emoção foi tanta que o bolo caiu no chão da cozinha instantes antes de Longbottom se ajoelhar ao lado da cadeira da moça e acariciar o abdômen feminino, que ainda não denunciava a gravidez.  Fizeram promessas, que cuidariam da criança, começando pela saúde da mãe e, na segunda-feira, eles buscariam ajuda profissional para Hannah.

Naquele final de semana nenhum dos dois esperava que duas boas novas mudariam suas vida para sempre e que isso seria a melhor coisa que os aconteceria.

Neville chorou agachado em frente à sua amada, com a cabeça em seu colo e o coração batendo em descompasso, pois não só Hannah seria sua esposa, como também lhe daria um filho ou uma filha e aquela sempre seria o primeiro dia dos pais em que Neville Longbottom teria motivos para celebrar.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que vocês acharam da minha primeira estória com o meu OTP



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