Cronicas de Skyrim- Raed o Redguard. escrita por Jonasdeth Santos Oliveira


Capítulo 3
Bandidos na torre


Notas iniciais do capítulo

Demorei por problemas off, mas prometo continuar a historia.



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A região de Whiterun era uma das mais diversas em clima de toda Skyrim. Havia varias planícies onde as enormes fazendas se fizeram existentes, montanhas que topos gelados e a Garganta do Mundo, a maior montanha de toda Skyrim e de Tamriel, mas também havia partes com florestas fechadas e cortadas pelo rio. Nessa floresta ha algumas horas de Riverwood, começou a chover.


Os dois viajantes encontraram sobre a cobertura de uma formação de terra abrigo, montaram suas tentas em baixo dela e logo trataram de acender a fogueira. Descansaram suas armas e se aqueceram em quanto esperavam o jantar ficar pronto. Não tinha muito que se fazer além de esperar uma vez que a chuva começara já perto do anoitecer.

—Os coelhos estão prontos.

Faendal assara os coelhos com estacas feitas com galhos. Caçaram eles a caminho para comerem no jantar, foi um ótimo achado. Os coelhos estavam gordos com bastante gordura.

—Você estava comentando de que uns homens apareceram em Riverwood. Acho que devem ser os mesmos que vi passando na madrugada. Chovia, não deu pra reparar muito, mas um deles parecia ferido.

—Ralof e Hadvar, além de um Nórdico que nunca tinha visto antes. Bjorn  se não me engano. Conseguiram escapar do massacre em Helgen. E pelo que afirmam, feito por de um dragão. - Respondu Faendal.

—Então aquilo que vi era realmente um dragão.

—Ao que tudo indica sim. O que é difícil de imaginar uma vez que o ultimo dragão foi visto ha séculos atrás. Eles chegaram à noite e se esconderam. Hadvar serve a legião e Ralof entrou para os Stormcloacks. O nórdico ao que parece, estava vindo de outra região e foi pego próximo ao acampamento dos rebeldes. –Faendal mexeu no fogo com um graveto antes de continuar. – Soube que Hadvar se encontrou com Ralof que estava pronto para lutar se necessário. Mas por respeito à infância deles e por Ralof estar ferido ele iria fingir que não sabia do seu paradeiro. Hadvar e o Nórdico partiram hoje, para locais diferentes. Ralof ficou se recuperando.

Raed cutucou as chamas e elas se elevaram jogando mais luz ao rosto dos dois.

—Essa guerra parece que vai ser longa. Pelo que ouvi começou com a morte do alto rei de Skyrim

Tirando os coelhos das chamas e estendendo um graveto para Raed, o elfo esperou esfriar um pouco antes tirar uma parte da carne com os dentes. Faendal ficou quieto mastigando e olhando para escuridão.

—Acho que como toda guerra, vai durar tempo demais e fazer estrago desnecessário. Mas ela começou bem antes disso, e foi tomando rumos, que viver isolado se torna a melhor escolha.

—Todo povo tem seus idiotas, em meio a uma guerra muito maior, resolvem ter uma guerra civil. Ate Hammefell, se uniu quando necessário para expulsar seus invasores, pra só então voltar as suas disputas sem sentido.

—Verdade. Em Skyrim não seria diferente, mas a realidade é que essa guerra é basicamente religiosa, em permissão a adoração ao deus Talos. Problema é o fanatismo que as coisas tomaram. Muitos Nórdicos se tornaram imensamente racistas, mesmo com povos diferentes praticamente dominando e fazendo parte de toda a região.

—Como disse, todo povo tem seus idiotas.

Comeram e beberam hidromel em silencio ate Faendal picarrear.

—Raed. Novamente devo pedir desculpas sobre ha ultima vez. Minha reação foi...exagerada. Eu não tenho nenhuma moral para julgar atitudes dos outros, nos todos fazemos nossas escolhas. Você sempre se mostrou prestativo ao pessoal de Riverwood.

Raed bebeu em silêncio.

—Vocês me acolheram sem fazer perguntas. Foi o mínimo que podia fazer.

Faendal tomou um gole de Hidromel.


—Mas agora eu que estou perguntando. O que lhe trouxe aqui? Calma, antes de ser invasivo deixe falar de mim. – Ele jogou um dos ossos da lebre que estava terminando de comer nas chamas e voltou-se ao Redguard.- Eu sou um pouco mais velho do que você, então acabei vendo um pouco da guerra mais do que esperava, e assim como você mesmo falou, também aprendi a sobreviver. Apenas me cansei de tudo e fugi como muitos outros da nossa região. Encontrei esse vilarejo, e eles me acolheram. Ganhei uma casa e construí uma boa relação e hoje sou bem vindo lá e não pretendo ter uma morte gloriosa, mas sim uma sem graça em minha cama. Essa é uma versão muito resumida da minha historia. Mas e você o que te trouxe a essa região bem diferente da quente Hammerfell?

Raed acariciou suas mãos suspirando.

—Eu cresci no deserto. Nosso pai nos criou com ajuda de mulheres da ‘vida’. Ele não ficava em casa, sempre sumia dias em suas ‘missões’ mas sempre nos trazia lembranças e nos ensinava a lutar e cobrava treinamento em sua ausência. Aprendemos a furtar, matar e outras habilidades necessárias. Não entenda mal, praticamente todos devem aprender se quiser sobreviver no deserto. Isso e ser picado por uma cobra é basicamente rito de passagem de todo cidadão do deserto. – Parou para beber um pouco antes de retornar ao relato – Nos tornamos jovens e logo começamos ganhar nosso dinheiro fazendo pequenos serviços, pouco tempo depois viramos mercenários, pode se chamar assim. ‘Os irmãos’, sempre se referiam assim quando queriam nosso serviço. Vivíamos nos movendo de local a local do grande deserto e chegamos a ser perseguidos, principalmente depois de meu irmão se envolver com uma nobre. Mas isso é passado. Enfim nosso pai sumiu depois disso, e conseguimos entrar para um grupo de Alik’r, estavam buscando pessoas dispostas a viajarem pelo continente caçando inimigos de guerra. Skyrim foi uma consequência de sermos despachados atrás de alguns ‘traidores’, mas ao chegar aqui fomos divididos, eu fui pra região de Markath e meu irmão para essa.

—Me lembro do seu irmão  - Interrompeu Faendal.- Bem mais entusiasmado que você.  – Mas estava acompanhado de um Nórdico de Rorikstead. –Aguardou uns dias antes de viajarem a Riften para se juntarem a Dawnstar. Aquele nórdico tinha muita esperança de aprender a ser um guerreiro.

O suspiro de Raed foi mais longo que o normal.

—Ele acha que estou morto, ou deve achar. Não aparecemos no tempo combinado e de fato eu quase morri, fomos emboscados por renegados, demos de cara com um pequeno povoado deles e sobrevivi por milagre.

—Realmente. Foi um milagre. Dizem que são quase imortais. Que tiram seu coração e revivem por magia negra.

—Realmente alguns deles só morreram após arrancar a cabeça. Uma enorme dificuldade em meio a flechas e magia atiradas contra você.

—Mas como sobreviveu? –perguntou o elfo curioso.

—Cai de uma cachoeira.

A chama estalou em quanto Raed olhava a escuridão. Ouviam-se grilos e algum animal correu na chuva que se mantinha constante, mas não forte demais.

—Por que esperou quase um ano para decidir ir atrás do seu irmão?

Raed não respondeu de imediato, ficou refletindo. ‘por quê? Por que demorei tanto?’

—Eu acho que...que, pela primeira vez quis deixar ele viver sua vida sozinho. Desde pequeno ele praticamente só teve a mim. Estamos em outra região, outra cultura e jeito de se viver. Pensei que ele poderia viver sem mim. Mas acho que não conseguiria viver sem mostrar a ele que estou vivo, ou pelo menos saber que ele esta bem.

—Isso é compreensível, ele é seu irmão afinal de contas.

—Isso é verdade. – Raed deu um pequeno sorriso, suspirando em seguida.

—Acho melhor dormirmos, amanha teremos uma longa caminhada, e depois de pegar os bandidos. Espero que sobrevivamos. Temos que ir ate Whiterun.

Raed concordou e se levantaram. Não apagaram a fogueira por esta frio devido a chuva, mas se recolheram para suas barracas e se cobriram com suas peles.

.

O amanhecer estava cinzento, molhado, cheirando a chuva noturna e neblina matinal. Seguiram a pé pela floresta, desviando de troncos caídos e raízes traiçoeiras. As mochilas as costas, nas costas de Raed ainda havia um escudo de Madeira com bordas de metal. Presente de Faendal. Houve uma pequena subida e então a floresta se abriu dando visão a planícies ate onde olhos alcançavam.

—Aquela é Whiterun. – Apontou Faendal.

A cidade parecia imponente no meio daquelas planícies. Sua posição elevada com muros de pedra e madeira fazia que ela parecesse facilmente defensável. Ele podia ver dali apenas alguns telhados de casas. Carroças podiam ser vista ao longe como formigas chegando aos seus portões. Mas o mais impressionante era o enorme castelo de madeira. Ele estava elevado sobre toda a cidade, como se desejasse ser visto e admirado, uma beleza encantadora que transbordava tradição.

Tomara um caminho de campos que levavam ate as montanhas, caminharam subindo uma grande colina ate conseguirem ver a estrada novamente. Na estrada que se seguia ate sumir entre as montanhas, estava uma velha torre. Ela era alta e possuía uma ponte de pedra que ligava ele as rochas atravessando o rio. Alguém vigiava a ponte, e possuía alguém do outro lado do rio, provavelmente de vigia. Havia uma fogueira apagada devido ao sol alto no céu. Não tinha como saber quantos estavam dentro da torre.

— Eu vou sozinho.

—Eu vim com você ate aqui e...

Raed o interrompeu.

—Não. Você fez sua parte, me guiou ate aqui. Eu vou à noite, terei mais chance assim. Se seguir esse caminho, devo conseguir me esconder de quem vigia a ponte. Vou conseguir me aproximar e estudar a torre devido a lua estar escura no céu essa noite. Se estivesse chovendo seria ainda melhor para me camuflar. Se eu não voltar ate o amanhecer, pode ir sem mim.

—Sabe que meu arco poderia ser útil.

—Eu terei o meu. - Ele deu um sorriso que encerrava o assunto. – Vamos encontrar um local para acampar e esperar anoitecer.

.

Logo ao anoitecer começou sua caminhada em direção torre. A lua não estava cheia, o que o ocultava parcialmente. Em pouco tempo estava observando oculto pela escuridão de arbustos a rotina da torre. Ele viu pelo menos cinco bandidos jantarem e apenas um ficar em frente a fogueira. Viu subirem com comida então devia haver mais la em cima, ele estipulou haver pelo menos seis ou sete deles.

Seu arco estava em sua mão. Havia adagas em sua cintura. A espada estava na bainha e o escudo a suas costas. Era hora de agir. Controlou a respiração, sua adrenalina aumentou seus sentidos, mas ele manteve a calma que aprendeu ao longo dos anos. “Use adrenalina a seu favor, não se deleite com isso.” Mirou bem, e então a flecha saiu dos seus dedos.

Atingiu o bandido no peito e ele tombou para frente caindo sobre a panela no fogo. ‘Merda’. Correu da sua posição travessando os metros que o separavam do seu local a torre. O segundo bandido apareceu despreocupado para ver o que era. Viu Raed, mas esse deslizava no chão e soltava a corda do arco fazendo a flecha atravessar sua garganta e caiu se engasgando em seu próprio sangue. “quantos havia na torre”? ’

Jogou seu arco no chão, sacou a espada e o escudo e entrou. Havia uma pequena salinha, com uma mesa e uma escada, avançou em direção a escada. A flecha veio com um zumbido em direção ao seu rosto e ele bloqueou com um movimento de reflexo. Ao topo um dos bandidos estava com o arco. Ele subiu as escadas defendendo outra flecha. O atirador fez menção de soltar arco e pegar a uma arma na cintura. Lento demais. Raed o empurrou contra a parede com o escudo e enterrou a espada em sua barriga, girando. Não teve tempo de puxar a espada um ataque veio da sua lateral, havia outro adversário na sala. Ele desviou com um passo para trás, deu uma pirueta na direção dele e acertou lateral ao escudo em sua nuca. Segurou escudo com as duas mãos e atacou sua cabeça ate ouvir o barulho do crânio se rachando e seu corpo ficar imóvel.

Um vento repentino começou a entrar pela porta da torre que levava ao lado de fora na parte em que estava. Ele tentou agir rápido, desceu os corpos para a base da torre e recolheu os de fora. Separou armas, pertences e escondeu em um canto que algum ladrão não encontraria em quanto ele tentava finalizar o serviço. Demorou quase uma hora isso. Teve sorte de ninguém descer ou vir verificar, e os barulhos foram abafados ainda mais ao começar uma chuva forte e não prevista.

O líder devia estar acima. Ele só precisava da sua cabeça e nada mais. Subiu as escadas e atravessou a porta para fora da torre que levava aos lances de escada ao seu topo. Viu a ponte de pedra que levava ao outro lado atravessando o rio ate o topo da colina, mas não havia ninguém nela ou do outro lado, apesar de existir uma cadeira e mesa que indicava que alguém geralmente ficava de vigia ali. ‘deve ter se abrigado. Quem seria louco de ficar nessa chuva. ’ Pensou.

Ele estava certo sobre se abrigar, mas não imaginou que o vigia teria se abrigado daquele lado da ponte, e não na torre como seria a logica. Ao dar alguns passos pode sentir ouvir uma flecha se chocando contra a parede ao seu lado. O vento desviou a trajetória.

Ergueu o escudo procurando visualizar o atirador. O encontrou atrás de uma rocha atirando novamente uma flecha. A ponte era longa e o vento forte, a flecha se desviou no meio do caminho nem chegando perto da Raed. Ele aproveitou e correu para o topo da torre. Teria que ser rápido em eliminar as ameaças e correr, para derrotar o arqueiro.

O  topo da torre era semicoberto. Nela havia alguns sacos armazenados, uma mesa em um canto e cadeiras. O topo não estava vazio. Sentado em uma mesa protegido pela cobertura que só ia ate metade da área, estava um nórdico com roupa de peles. Perto a parede estava outro nórdico, mas este vestia uma armadura de ferro. Com seu machado duplo no colo era inconfundível qual dos dois era o líder.

O chão de madeira rangeu quando o nórdico que estava comendo afastou a cadeira e pegou o machado de uma mão. O vestido de armadura de ferro sequer se mexeu e o motivo Raed percebeu. Muitos já deviam ter tentado ganhar aquela recompensa, mas ninguém tinha conseguido chegar ao topo. Ele não iria se mover ate ser necessário. Por isso Raed quis ser exibir.

O bandido ergueu seu machado e atacou. Alto demais desajeitado demais. Funcionaria com um aldeão qualquer, mas não contra alguém que conhece as armas. Raed nem tentou levantar o escudo, apenas deu um passo para o lado e se esquivo, realizando uma meia pirueta e girou a espada junto com o corpo no pescoço descoberto. Sangue jorrou quando a ponta rasgou o lado do pescoço do bandido, pele, musculo tudo. Ele caiu no canto segurando seu pescoço rasgado e se engasgando em sangue. Só então o líder se ergueu.

O chão rangeu ao seus passos. Raed se preparou. O nórdico era bem mais alto que ele, parecia ter uns 2 metros, e largo como uma porta cheia de músculos. Ele posicionou o machado de duas mãos no ombro e o avaliou por baixo da barba enorme.

O líder dos bandidos deu o primeiro movimento. Desceu o Machado com força. Aquele golpe se pegasse sem duvida alguma teria cortado uma pessoa ao meio. Raed saltou para o lado ouvindo a madeira se rachando ao ser atingido pela lamina. Tentou avançar, mas não conseguiria dar uma estocada nele, sua lamina de ferro era curta comparada a outras espadas de aço. O nórdico desprendeu o machado e girando baixo tentou acertar as pernas de seu adversário. Raed saltou evitando ser atingido e avançou.

O seu adversário girou o machado sobre a cabeça e desceu contra Raed. Dessa vez ele defendeu, recebeu descendo o braço e forçando a lamina descer junto com o escudo para o chão e então estocou. O nórdico foi esperto e ergueu o peito,  fazendo a lamina de ferro deslizar pelo metal da armadura saindo faísca. Raed girou e se ergue, andando em círculos junto com o Nórdico antes voltarem a se atacar.

Se atacaram, desviaram e Raed defendeu alguns golpes que fizeram lascas do escudo voarem devido a força de seu inimigo. Sua espada não ser tão longa dificultava, e ainda havia o medo de levar uma flecha a qualquer momento, caso o arqueiro tivesse atravessado a ponte. Ele teria que terminar aquilo rápido e então avançou abusando da sua velocidade.

Conseguiu passar a barreira do inimigo desviando de um machado na horizontal e defendendo outro ataque a meio caminho do movimento o surpreendendo, conseguiu cortar o musculo do braço e fazer soltar o machado, mas ao tentar o gole rápido no peito ele protegeu com peitoral. ‘esperto. esperto demais’. Raed deu um passo para tras, mas pisou onde o machado tinha rachado a madeira e se desequilibrou. O nórdico foi mais esperto ainda, não tentou pegar o machado caído, ao invés disso deu um soco no peito de Raed que sentindo ar escapar dos pulmões apesar da armadura cambaleou para trás. O líder dos bandidos abusou do seu tamanho e força e agarrando Raed pelo pescoço o jogou contra a parede e deu uma cabeçada. Raed viu estrelas antes de abrir os olhos e perceber o movimento do corpo do inimigo e proteger a virilha com o escudo. O nórdico irritado deu outra cabeçada e dessa vez Raed quase apagou, e se preparou para outro chute. O impacto veio, mas ele o soltou gritando de dor  e dando dois passos para trás.

Raed percebendo o que viria sacou a adaga e colocou a frente do corpo, sabia que os golpes era para atordoa-lo e por isso tentou agir rápido. O nórdico segurou a adaga que estava enfiada ate o cabo em sua coxa direita e a puxou, em sua fúria não viu a espada vir em direção a sua garganta em uma estocada que a atravessou e so foi barrada pelo guarda mão da espada de ferro. Ele tombou tentando tirar a espada e se engasgando em seu próprio sangue.

Apoiando em seu joelho e massageando a garganta ele tentou recuperar o folego. A porta surgiu o arqueiro que tentara o acertar em meio a chuva, olhou para os dois mortos e então esticou o arco. Ele se moveu para o escudo mesmo sabendo que não daria tempo. Então o bandido tombou com uma flecha na cabeça e caiu para o lado, uma queda enorme ate o rio que corria abaixo. Da porta surgiu Faendal com arco em mãos e Raed suspirando aliviado caiu de joelhos aliviado.


—Você demorou. Achei que precisasse de ajuda.

‘Eu fui amador’, pensou. Eu fui amador e precipitado, subestimei meu inimigo e não avaliei o ambiente como sempre meu pai ensinou. Podia ter morrido. Levantou-se com dificuldade e levou mão ao nariz. Sangrava, e a chuva fazia escorrer pelo seu peito coberto pela armadura de couro.


—Obrigado. Eu acho que subestimei esse ano de calmaria.


Caminhou meio cambaleante ao machado do inimigo morto e o pegou arrastando pela madeira encharcada ate parar perto dele.

—Parece ter sido uma boa luta. – Faendal guardou o arco em seu ombro e procurou se abrigar na parte coberta.


—Longa demais. Fui descuidado.

Ele tirou a espada e jogou para o lado fazendo barulho na madeira e sendo abafado pela chuva. Ergueu o machado e decapitou o líder. Faendal virou o rosto.

—Droga. Isso é mesmo necessário?


—Preciso de uma prova. Se não terei dinheiro.

Caminhou ate a mesa e pegou um saco derramando seu conteúdo. Maças, batatas e enfiou a cabeça la, então caiu em sua cadeira e encostou a cabeça nos braços se recuperando ainda das pancadas na cabeça.

—O que faremos agora? – Perguntou Faendal assumindo a cadeira onde anteriormente o líder estava sentado.

—Vamos descansar um pouco, pegar as coisas dos mortos e levar a fazenda de Liv como combinado. Depois te pagarei, comprarei meu cavalo e irei a Riften.

—Parece um bom plano. Ficarei de guarda.


Mas Raed não ouviu essa parte, tinha apagado por exaustão.


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Notas finais do capítulo

para quem veio até aqui. Muito obrigado. Irei continuar.



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