Eu Amo Te Odiar escrita por Harper Queen


Capítulo 21
Destinados?


Notas iniciais do capítulo

Hellooo!!! Tudo bem com vocês, galerinha? :)

Mais um capítulo postado com sucesso hein. Boa leitura, mores ♥



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Felicity Smoak:

“Acha que pode estar quebrado?” digo tirando brevemente o gelo da mão.

“Não está, isso não é nada.” ele suspira.

“Como não é nada? Isso está horrível! Quantas vezes você bateu nele, Oliver?” digo examinando suavemente os nódulos inchados que já estão tomando uma cor púrpura na mão direita.

“Não o suficiente...” ele suspira frustrado e me inclino no em seu ombro tomando uma respiração longa.

“Eu entendo que você está com raiva. Deus, eu também sei que você está querendo respostas bem mais do que eu. Mas não é assim que vamos resolver as coisas. Não encurralando na primeira oportunidade que tem ou quebrando sua mão de tanto socá-lo...” falo apertando os lábios.

“Uma situação daquela não requer exatamente um comportamento passivo, Felicity. Ele fez aquilo com Tommy, também foi o mesmo cara que entregou aquele bilhete para Mavi. Ele está perto das nossas vidas, ameaçando nossa família e você queria que tivéssemos um aperto de mãos amigável?” ele diz levantando abruptamente me fazendo tropeçar com a falta de contato.

“Eu sei quem ele é e também sei o que ele fez. Principalmente com a minha filha. Ou você acha que meu instinto de mãe não queria ir lá e também bater nele? Pois eu queria, mas eu não estragaria a chance de obtermos respostas. Não assim, Oliver.” digo e me arrependo no mesmo instante ao vê-lo se virar instantaneamente.

“Então está dizendo que eu estraguei tudo? As nossas chances de saber quem está por trás disso foram arruinadas porque eu não pude me controlar ao ver a cara daquele bastardo e a raiva me consumir? Então temos um impasse aqui porque infelizmente eu sou assim, Felicity.” ele diz firme e eu fecho os olhos brevemente.

“Eu não quis dizer assim, Oliver...”  

“Eu sou assim, Felicity. Aqueles anos na Rússia me ensinaram isso e a Argus também. E embora eu seja totalmente diferente do que você vê quando está comigo, em momentos assim não posso controlar, é como se eu voltasse há cinco anos obtendo as malditas respostas pelo o que aconteceu com o meu pai. ” ele diz com os olhos vidrados e me dou um passo em sua direção apenas para ele dar outro para trás.

“Eu... eu acho melhor eu ir embora agora, foi um dia cheio.”

“Oliver...” protesto com os olhos marejados e ele desvia o olhar.

“Nos vemos na empresa amanhã.” diz brevemente antes de sair e fechar a porta do quarto enquanto não contenho mais as lágrimas que insistem em cair e desabo sentando na cama abraçando todo o meu corpo em uma bola.

“Mamãe...?” ouço uma pequena voz na porta e levanto meu rosto para ver Mavi em seus pijamas e em cabelos desgrenhados com cara de sono.

“Oi macaquinha, porque não volta pra cama?” digo fazendo minha melhor voz forte e limpo as lágrimas que restavam.

“Eu não estou conseguindo dormir. Está tudo bem?” ela diz vindo até mim.

“Sim querida, porque não estaria?”

“Porque o Olhos Azuis foi embora e você estava chorando.” ela diz e eu engulo seco.

“Mavi, Oliver também tem um apartamento. Ele não pode dormir todos os dias aqui...”

“Mas vocês estavam discutindo... Ele não vai mais voltar, mamãe?” ela diz com uma pequena voz e meu coração se derrete.

“Sente aqui com a mamãe vem.” faço um gesto no meu colo e ela não hesita em vir até o meu lado e sentar.

“Querida, Oliver e eu discutimos sim, mas só foi um desentendimento ok? Não quer dizer que ele vai embora.” falo firmando isso na minha cabeça mais para mim do que para ela.

“Mas ele nem foi no meu quarto me dar o beijinho de boa noite. Ele está com raiva de mim?” diz com o lábio inferior tremendo e as lágrimas ameaçando cair.

“Oh meu anjinho, não fique assim.” a aperto em meus braços beijando sua têmpora. “É que hoje o dia foi muito cheio para mim e para ele e estávamos estressados. Mas ele nunca, e me escute bem, ele nunca poderia ficar com raiva de você... Você é a princesinha dele lembra?” falo suavemente limpando suas lágrimas e ela assente com mais firmeza.

“Então vamos ter que dormir sozinhas hoje?” ela diz.

“Sim, mas não é tão ruim dormir só com a mamãe, certo?” falo tentando um sorriso e ela ri.

“Eu gosto de dormir com a mamãe.”

“Que bom porque eu amo dormir com o meu bebê.” falo tirando as cobertas e nos ajustando na cama.

“Eu não sou mais um bebê mamãe.” Mavi protesta se aconchegando ao meu lado.

“Claro que não.” falo rindo a abraçando e suspiro a encaixando em meus braços fazendo um carinho em seus cabelos claros.

“Boa noite, meu anjinho.” murmuro deixando um beijo.

“Boa noite, mamãe.” ela diz já adormecendo enquanto meu cérebro está a todo vapor relembrando de tudo o que aconteceu. Fecho os olhos tentando segurar minhas emoções falhando miseravelmente quando a primeira lágrima rola e meu peito se aperta.

“Espero que possamos conversar amanhã...” sussurro para o vento antes de pousar minha cabeça no travesseiro e deixar o sono me levar.

(...)

Me mexo na cama pela centésima vez naquela noite apenas para bufar e abrir os olhos em frustração. Vai ser uma longa noite.

NÃO ME CULPE POR ISSO EXATAMENTE, OK? EU ACOSTUMEI A DORMIR COM MEU TRAVESSEIRO/AQUECEDOR PARTICULAR DE OLHOS AZUIS.

Suspiro em desânimo e olho para o pequeno pacote desgrenhado agarrado a mim e beijo o topo de sua cabeça suavemente para ela se mover para o outro lado falando algo inaudível. Rio baixinho pelo seu resmungo apenas para morrer instantaneamente quando escuto um barulho alto lá embaixo.

Será que Oliver também não conseguiu dormir e voltou pra cá? Afasto as cobertas rapidamente, mas com cuidado para não acordar Mavi e saio do quarto. Paro hesitante assim que fecho a porta pensando em quem poderia estar aqui agora.

Cait está de plantão hoje então não volta para casa tão cedo. E se for alguém tentando entrar aqui? O meu estômago se afunda e o pânico começa a se instaurar. Respire 3, 2, 1...

Puxo imediatamente o celular e deixo de prontidão o número da polícia esperando apenas um clique para efetuar a ligação enquanto busco algo para me armar. Vislumbro um grande taco de beisebol perto do armário dos casacos e o agarro firmemente descendo a escada trêmula.

VOCÊ CONSEGUE, FELICITY. RESPIRE.

Termino de descer a escada examinando a sala com algum sinal de arrombamento, mas tudo continuar na mais perfeita ordem e aperto mais o taco em minhas mãos ouvindo um ranger de panelas caindo no chão e começo a correr até o local.

Cozinha.

“Mãos aonde eu possa ver, eu estou com uma arma e está carregada!” digo o mais firme possível e entro no recinto ouvindo um grito agudo.

“Felicity! Quer me matar de susto!” Cait diz ofegante com uma mão no peito.

“Caitlin? O que você está fazendo aqui? Achei que era algum sequestrador!” falo largando o taco no chão respirando corretamente pela primeira vez.

“Por que um sequestrador viria aqui?” diz franzindo o cenho.

“Nada. Paranoia minha.”

 “Um taco de beisebol? Mesmo Felicity?” diz tomando café.

“Foi a primeira coisa que eu vi para me proteger...”

“E não passou pela sua cabeça que pudesse ser eu? Eu também vivo aqui.” diz como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

“Eu achei que você estivesse no hospital.” falo e ela se encolhe. “Espera... era pra você estar no hospital.” digo pegando a xícara de café dela.

“O que? Não eu... quero dizer eu sei que havia falado isso, mas...”

“Não minta para mim.” falo e ela suspira vencida.

“Eu menti. Falei que ia estar de plantão apenas para não perguntarem onde eu estava. Desculpe.” diz com a cara de cachorrinho abandonado.

“Então onde você estava?” arqueio uma sobrancelha para ela.

“Err...” murmura desviando o olhar e eu limpo a garganta em insistência.“... eu estava com Thomas, no loft dele.” diz e eu arregalo os olhos.

“Estava com Tommy até às duas da manhã? No apartamento dele? Sozinhos?” digo abrindo a boca ligeiramente.

“É complicado... Nós concordamos com isso, tipo sexo casual.” diz.

“Ah, isso eu sei.” falo e me arrependo no mesmo instante ao ver que falei demais.

“Espera, como assim você sabe?”

“Nós meio que ouvimos quando escutamos atrás da porta do quarto do Tommy...” digo suavemente e ela arregala os olhos.

“O quê? Quem exatamente se inclui nesse ‘nós’, Felicity?”

“Thea, Roy e Oliver.” falo mordendo o lábio inferior e ela abre a boca descrente.

“O que diabos deu em vocês para fazerem isso! Um dos motivos de se ter uma porta é pra manter em algo particular.”diz cruzando os braços.

“Eu sei que estou errada, mas vamos lá. Vocês se recusavam a falar disso para qualquer pessoa e eu estava me matando pra sabe o que aconteceu, e bem... vocês estavam falando disso quando íamos entrar e acabei não resistindo.” digo encolhendo os ombros.

“Isso não justifica. O que acharia se eu entrasse no seu quarto e ouvisse uma conversa quente com o Oliver?”

“Ele precisaria estar aqui primeiro...” falo desviando o olhar.

“Espera, o que aconteceu?” ela diz tocando suavemente meu braço.

“Tivemos nossa primeira briga e ele foi embora. E eu sei que posso estar fazendo drama, mas não achei que fosse ser tão difícil. Quero dizer, eu sei que já discutimos antes e muita das vezes eu usei minha voz alta, principalmente quando ele me pedia para pegar café, mas agora foi diferente. Estamos realmente nisso juntos e eu quero muito que isso dê certo, mas eu não queria que ele tivesse saído daquele jeito... eu sou uma idiota por estar sofrendo assim.” digo suspirando.

“Ei, só eu posso te xingar, então não se chame de idiota.” ela diz e dou um pequeno sorriso. “Agora, já que estamos acordadas, eu sei exatamente o que precisamos.” ela diz e vai correndo até a geladeira e volta com um grande pote de sorvete e duas colheres.

“Você me conhece tão bem, Snow.” digo e ela sorri indo até o sofá grande e a sigo.

“Agora que estamos instaladas você pode me contar desde o início o que aconteceu. O motivo, no caso.”

“Bem... é complicado. Envolvem outras coisas que é melhor você não saber. Em outras palavras é perigoso.” digo e ela assente.

“Olha Lis, eu não tenho muita experiência com isso, mas eu posso ver que você e o Oliver se amam. Seja lá o motivo que você não pode me contar, vocês vão se acertar. Foi só uma discussão, tenho certeza que ele deve estar tão ruim como você.” Cait diz levando a colher cheia de sorvete para a boca.

“Você realmente acha?” falo engolindo uma porção inteira.

“Claro, Felicity. Esse homem te ama mais do que qualquer coisa no mundo. Não acho que ele aguentaria ficar muito longe de você. Amanhã na empresa vocês irão conversar melhor, de cabeça fria e em um lugar particular porque pelo o que eu ouvi, o sexo de reconciliação é o melhor!” diz sorrindo e eu reviro os olhos corando.

“Ok, agora é a sua vez de me contar.” incentivo.

“Você já ouviu tudo atrás da porta, Felicity. Não tem o que falar mais.”

“Não essa parte, e sim o momento em que você foge às duas da manhã da cama do Tommy e se entope de sorvete e café assim que chega em casa.”

“Eu não fugi. Foi só que... você sabe que concordamos que seria sem compromisso igual ele tem todas as noites, e bem... eu até preferia assim. Mas eu tenho sentido coisas estranhas quando estou perto dele. Na maioria das vezes eu ainda quero sufocar com um saco plástico aquela cara sínica dele, mas ultimamente eu sinto como se estivesse cada vez mais... atraída. E eu sei que falei para ele que não me importo de ser só por uma noite,  mas...”

“... você está se apegando. Por isso foi embora.” digo e ela assente lentamente.

“Olha Cait, você sabe que eu mais do que ninguém gostaria que vocês se entendessem, afinal vocês são meus amigos. Mas fugir igual você estava fazendo dele antes e como voltou a fazer hoje, não vai ajudar a resolver isso.” digo.

“Eu sei que não vai, mas ele vai perguntar o porquê e fazer aquelas piadinhas e não sei se estou pronta pra me abrir assim. Ainda mais para ele que na maioria das vezes parece ser uma criança de seis anos. Olha onde fui me meter...” diz puxando todo o pote de sorvete para ela e comendo rapidamente.

“Negativo, não vai afundar suas mágoas comendo todo o sorvete. Você vai mandar uma mensagem para o Tommy dizendo que saiu no meio da noite para ele não se preocupar, e que vocês vão falar amanhã.” falo e ela nega imediatamente.

“Não vou fazer isso.” diz cruzando os braços.

“Agora é você que parece uma criança de seis anos de idade. Vai ver vocês tem mais em comum do que imaginavam.” digo e ela bufa. “Agora pegue esse celular e faça o que eu disse, antes que eu pegue uma algema e prenda vocês. E não me teste, Caitlin Snow que você sabe que eu faço isso.” falo firmemente e ela se rende puxando o celular apenas para sua expressão mudar para surpresa me mostrando que o querido Merlyn já havia mandado mensagens antes.

02:07- Thomas: Onde você está? Eu acordei e você não estava.

02:07-Thomas: Aconteceu alguma coisa? Você foi pra casa, doutora?

02:09- Thomas: Me avise quando chegar, por favor.

02:31- Thomas: Ok agora estou preocupado. Vou ligar para a Felicity.

02:38- Thomas: Ela também não está atendendo e nem o Ollie. O que há de errado com os celulares de vocês? Estou seriamente acreditando que está todo mundo no loft e está rolando sexo a três aí e ninguém me chamou.

02:41- Thomas: Estou ligando para a polícia.

“Meu Deus, esse idiota vai chamar a polícia.” Cait diz desesperada.

“Então mande algo para ele, eu não duvidaria que o SWAT entrasse aqui. E se um de vocês acordarem a Mavi terão que fazê-la dormir de volta!” falo e ela responde algo e esconde debaixo da almofada antes que eu possa ver.

“Me prometa que vai falar com ele.” digo e ela assente suspirando. A puxo para um abraço e tiro suavemente a almofada para ver as mensagens sem ela ver.

02: 43- Caitlin: Eu estou em casa, estava longe do celular, eu sinto muito. Mas obrigada... por se preocupar.

02:43- Caitlin: Prometo que amanhã conversamos. Boa noite, Thomas.

Sorrio suavemente e puxo para trás apenas para vê-la bocejando.

“Parece que toda essa conversa deu um sono e tanto. É melhor irmos dormir.” falo e ela assente esfregando os olhos.

“Boa noite, Felicity.”

“Noite, Cait.” falo sorrindo indo me juntar a minha pequena adormecida no quarto e pedir que amanhã seja melhor.

(...)

“Bom dia, Diggle.” falo saindo do elevador.

“Bom dia, eu acho. Pelo menos alguém está de bom humor.” diz apontando para frente onde Oliver já está lendo alguns papéis concentrado.

“Ele chegou faz muito tempo?” falo tirando o casaco.

“Acho que ele madrugou, eu cheguei aqui bem mais cedo do que o habitual e ele já estava aqui.” diz e eu suspiro.

“Aconteceu alguma coisa entre vocês, Felicity?” ele diz com uma sobrancelha arqueada.

“Tivemos uma discussão ontem.” falo e olho brevemente para Oliver.

“Oh, então está explicado o mau humor. Olha, não querendo dar uma de terapeuta de casal, mas acho que devia conversar com ele. Eu sou casado e isso é normal, mas a conversa realmente ajuda.” diz e assinto lentamente tomando uma respiração profunda.

“Certo, vou falar com ele.” digo e franzo o cenho para o silêncio que se instaura no corredor.

“Está tudo tão calmo, Isabel ainda não chegou?” falo me inclinando ligeiramente para ver sua sala vazia.

“Ela não virá hoje. Também estranhei quando cheguei e fui perguntar para sua secretária e ela disse que Isabel tinha umas coisas para resolver e que não viria hoje.” esclarece.

“Sabe de alguma coisa sobre isso? Quer dizer, ela poderia estar trabalhando nas coisas vilãnesca dela.” argumento.

“Eu liguei para dois agentes da Argus seguirem ela, mas aparentemente ela sumiu. Não deixou rastros.”

“Ela não pode se mover sem deixar rastros, deixe isso comigo. Vou descobrir onde ela foi. Vou falar com Oliver e resolver isso.” digo e saio em passos firmes tomando a última coragem e abrindo a porta da sala dele chamando sua atenção.

“Oi.” ele diz um tanto surpreso e posso ver os círculos escuros em baixo dos seus olhos e deduzo que ele também não teve uma boa noite de sono.

ATÉ PORQUE EU TAMBÉM NÃO TIVE UMA BOA NOITE, MAS NADA QUE A MAQUIAGEM NÃO RESOLVA.

“Oi.” sussurro fracamente e limpo a garganta falando mais firmemente e ele vem até mim

“Eu queria pedir desculpas...” falamos ao mesmo tempo e não consigo segurar o sorriso.

“Você primeiro?” ele diz com um pequeno sorriso tomando minha mão na sua.

“Certo, eu sinto muito por ontem à noite. Eu acabei falando o que não queria e você saiu e...”

“Você não tem o que se desculpar, eu fui o imprudente. Você está certa, eu não devia ter feito aquilo e preciso tomar mais cuidado, pela Thea, pela Mavi, por você.” ele diz com um olhar doce.

“Não, eu entendo porque você agiu daquele jeito. Você é assim e eu amo todas as partes de você, independente do que sejam. Eu entendi que esse é o seu jeito de nos proteger, e é por isso que eu te amo...” digo com a voz embargada e ele se aproxima ainda mais de mim acariciando minha bochecha.

“Eu também te amo, meu anjo.” ele diz suavemente encostando nossos narizes em um carinho reconfortante.

“Eu só agi assim porque eu estava com medo, Oliver. Desculpe mas não posso te perder. Não posso.” ele limpa uma lágrima que eu nem havia notado que tinha escorrido.

“Você não vai me perder... Estamos destinados a ficar juntos, desde o início.” diz e eu sorrio lembrando do que Cait falou.

“O que?” diz com uma leve expressão confusa.

“Nada, é só que a Cait me falou a mesma coisa. Sobre estarmos destinados.”

“Mesmo?” diz enlaçando os braços em minha cintura.

“Sim.”

“Oh, ela é uma mulher esperta.” diz me encarando com um sorriso de canto.

“Oliver?”

“Humm?”

“Que horas você vai me beijar?” falo com uma das mãos em sua gravata.

“Achei que não podíamos nos beijar na QC...” fala fingindo inocência.

“Oliver Jonas Queen, se você não me beijar eu vou cortar fora seu...” ele me interrompe com os seus macios e sedosos lábios e não perco tempo e já peço passagem com a língua, que ele aceita de bom grado. Minhas mãos percorrem seu corpo já indo até a nuca e puxando os pequenos fios do couro cabeludo em excitação enquanto a outra vagava até o seu pescoço provocando arrepios em seu corpo. Ele morde o meu lábio inferior em resposta e puxa todo o meu corpo mais perto dele e o gemido quando suas mãos apertam a minha bunda é imediato.

“Você não está usando calcinha?” ele diz com os olhos arregalados e corto suas palavras com a minha boca na sua e ando em passos instáveis com ele até a sala do arquivo fechando a porta e o prensando na parede com os meus lábios esmagando os seus enquanto que minhas mãos travavam uma guerra para abrir sua camisa.

“Alguém está sedenta aqui...” ele diz sorrindo malicioso chupando o lóbulo da minha orelha e não resisto em provocá-lo quando aperto suavemente seu comprimento já o sentindo duro.

“Felicity...” ele geme alto.

“Quem aqui é que está sedento?” devolvo sorrindo maliciosa e ele nos troca de posição abruptamente me prendendo entre ele e a porta e um gemido de surpresa escapa antes de detê-lo.

“Está me provocando?” ele diz puxando o meu vestido e pelo seu olhar percebo que me encontrou em um dos mais bonito sutiã de renda verde apenas para tirá-los lentamente e chupar a pele, os lábios, o queixo, descendo pela garganta apenas parando na curvatura dos seios para atacar um com a boca enquanto tomava o outro nas mãos. Fecho os olhos ofegante sentindo minhas pernas bambas e enraízo minhas unhas nas suas costas o arranhando e provocando com que ele sugue ainda mais arrancando um gemido estrangulado de mim.

“Oliver...” ele se inclina na posição normal e tomo a dica para tomar um impulso e enrolar minhas pernas ao redor da sua cintura enquanto ele nos dirigia para a única mesa da sala e me colocava gentilmente sobre ela ficando entre as minhas pernas. Trabalho rapidamente para desfazer o cinto enquanto ele terminava de tirar meu vestido e subo no seu colo acariciando sua ereção longa e dura. Ele ofega gemendo meu nome e sorrio mordendo o lábio inferior enquanto ele rosna de prazer nos virando novamente ficando por cima de mim com o meu calor já se espalhando entre as pernas.

“Se você fizer isso eu não vou durar. Preciso de você.” ele diz atacando meu pescoço mordendo levemente a carne ao mesmo tempo em que guiava seu membro para dentro de mim. Mordo o lábio segurando um gemido alto enquanto a respiração já se encontrava esfarrapada com todos os beijos que Oliver insistia em deixar por todo o corpo em um movimento desajeitado, mostrando o mais insaciável desejo, incrivelmente sexy.

Grito de prazer quando o ritmo rápido de seu quadril se instala apenas para ele cobrir meus gemidos com a sua boca e tornar o movimento mais rápido e me fazer ofegar quando o ápice chegava para nós e fazia experimentar o ligeiro tremor nas pernas e me fazer não sentir nenhum músculo se quer no corpo.

“Bem que a Cait disse que o sexo de reconciliação é o melhor. Você foi brilhante.” falo ainda tomando fôlego.

“Nós fomos.” ele diz colapsando sobre mim e sorrindo descansando a testa contra a minha.

“Mas ainda quebramos a regra.” ele bufa.

“Você que me seduziu e me agarrou, o que eu poderia fazer?” diz com um olhar fingido e bato em seu peito nu em diversão.

“Oliver você percebe que fizemos isso na empresa a luz do dia? Diggle poderia entrar aqui, Isabel, ou qualquer outro funcionário do arquivo. Percebe isso?”

“Na primeira vez pode ser chocante, mas depois você se acostuma.” fala e bato novamente em seu peito com mais força.

“Ow! O que?”

“Agora não tenho mais moral para te repreender por ter tido sexo na empresa.” falo bufando.

“Relaxe, ninguém vai entrar aqui...”

“Ollie?” ouvimos uma voz conhecida chamar alto e o empurro na mesma hora de cima de mim.

“Droga, Tommy tem o pior timing de todos.” ele diz procurando as calças enquanto coloco sutiã e logo atrás o vestido.

“Você pode sair também, Felicity!” Tommy grita da sala e eu arregalo os olhos.

MERDA TOMMY SABE.

Oliver termina de desabotoar a camisa e logo põe o terno me puxando com ele, percebendo que não consigo dar nem se quer passo.

“Você sabe que está berrando para empresa toda, certo?” Oliver diz saindo da sala e Tommy nos dirigindo um olhar aquecido.

“Déjà vu?” ele diz rindo.

“O que? Não, da outra vez não fizemos sexo.” falo apenas para arregalar os olhos em seguida percebendo que falei demais.

“E só para o registro, eu não sugeri que fizemos sexo agora... Então eu vou para minha sala e rackear a Isabicht.” falo saindo em passos firmes ignorando meu comentário anterior.

“Oh Felicity?” Tommy diz.

“Humm?”

“Seu sutiã está torto.” fala rindo e minhas mãos imediatamente para o local o cobrindo rapidamente e correndo desajeitada passando pelo olhar convencido de Diggle.

“Pelo visto a conversa foi boa.” fala rindo e eu suspiro indo direto para o banheiro querendo enterrar minha cabeça no vaso.

(...)

“Hey.” Oliver diz saindo da sala quase no fim do expediente.

“Hey.” devolvo olhando atentamente a tela.

“Alguma sorte?” Oliver diz tocando suavemente meu ombro.

“Mais ou menos. Hackeei o localizador do celular dela e descobri onde Isabel foi, mas não podemos ir atrás dela. Pelo menos não hoje, as coordenadas são complicadas e pelo o que eu entendi ela deu algumas voltas antes de ir para onde planejava, dificultando quem quisesse segui-la.” digo tirando o olhar da tela e o encarando.

“Então não podemos ir até onde ela foi a menos que ela volte. Isso é frustante.” ele conclui e eu assinto.

“É aí que a nossa sorte melhora, aparentemente ela planeja voltar. Isso se as mensagens que ela recebeu estiverem corretas.”

“Quando?”

“Amanhã. Logo pela manhã.” falo sorrindo vitoriosa e ele acena que sim olhando em volta do lugar.

“Pronta para ir? Temos que chamar Diggle.” ele diz oferecendo uma mão para mim e eu aceito de bom grado me ajudando a levantar. Ele aproveita a oportunidade e me puxa para seus braços onde serpenteiam na minha cintura enquanto envolvo as mãos no seu pescoço o deixando um pequeno peck nos lábios.

“Pronta para uma repetição de mais cedo?” ele diz descendo os beijos pelo meu pescoço e sorrio.

“Você é insaciável, Sr. Queen.”

“Só quando se trata de você.” ele diz e logo ouvimos o click do elevador no andar e nos separamos relutantemente. Rio ouvindo o seu resmungo nada agradável.

“Pessoal...” ouço a voz de Diggle de fundo um tanto alta e me viro rapidamente para vê-lo sustentando com um braço nas costas e um e um no pescoço uma mulher morena coberta de sangue no rosto e ofego em desespero.

“Meu deus! Quem... O que aconteceu?” falo incapaz de pronunciar algo coerente com os olhos examinando a mulher que me parecia familiar.

“Helena?” Oliver diz com os olhos arregalados em confusão dando um passo a frente.

“Me ajudem...” ela diz fracamente apenas para desmaiar logo em seguida e cair no chão.


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Notas finais do capítulo

Woww! Helena is back! Já quero teorias para saber o que aconteceu :)

E para as meninas que estão se roendo de curiosidade sobre quem é o tal vilão, terão que aguentar mais um pouquinho! Sou má mesmo :)

Nos vemos nos comentários, hein! Até a próxima sexta ♥



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