Eu Amo Te Odiar escrita por Harper Queen


Capítulo 19
Qualquer negócio


Notas iniciais do capítulo

Oiiii pessoas que amam Olicity, tudo bom com vocês? Eu ainda estou soltando fogos aqui em casa depois de ver o episodio de ontem dos NOSSOS PAIS CASADÍSSIMOS ♥ Esse é o nosso momento, galera vamos gritar muito porque foram seis anos de espera então AAAAAAAAAAAAAAAAH

Agora sim, voltando ao capítulo, espero que gostem, meus amores. Nos vemos nas notas finais :)



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Felicity Smoak:

Existem determinados momentos da vida é de extrema importância à arte de adquirir virtudes para si. Ao exemplo disso um monge, os atos viver fora de uma sociedade e se dedicar totalmente a uma religião são surpreendentes, afinal, ao se isolar do mundo exterior, eles conseguem canalizar energias em torno de si usá-las e desenvolver virtudes ou mesmo para transformar e sentimentos e emoções em algo favorável a quem o pratica.

Sempre fui fascinada por esse tipo de vida. Sem perturbações, um ambiente sereno e pessoal, tempo suficiente para se conectar com o eu interior e buscar a paz em seu corpo como forma de controlá-lo em diversas situações em prol de um bem maior. É a mesma sensação quando estou no meu trabalho, ou como costumo chamar, meus bebês. Sinto uma indescritível paz e ao mesmo tempo uma incrível realização pessoal, como se naquele momento nada pudesse me irritar, tirar o foco e muito menos arrancar qualquer qualidade ou valor que solidificavam meu crescimento pessoal e profissional. Mas sendo honesta, embora tenhamos alguns pontos em comum, somos completamente diferentes. Não pelo fato de ter que viver uma vida sem qualquer tipo de tecnologia ao meu redor, ou nenhum dispositivo eletrônico, como um mero despertador. E sim porque um monge teria a serenidade e plenitude de se controlar e por em prática o que vem fazendo ao longo de sua vida em situações que exigissem isso.

A diferença é que eu não sou um monge.

E os monges não têm uma Isabel Rochev para conviver. Tornando tudo mais fácil para eles.

Então nada me impede de ir lá em sua sala e arrancar aquele aplique mal feito do seu couro cabeludo após alguns tapas naquele rosto enrugado como estou pretendendo fazer agora.

“Você sabe, não achei que fosse uma pessoa de oração...” John diz encostado no batente da porta.

“Eu não estou orando, estou meditando. Preciso estar serena com Isabel aqui. Posso até ouvir a sua respiração vilãnesca.” falo.

“Ela está a duas salas de distância.” ele diz.

“É por isso que estou meditando. Ao mesmo tempo em que dá vontade de ir lá enchê-la de tapas, não posso arriscar irritar uma lunática/ psicopata. E só para constar não estou nenhum um pouco receosa de trabalhar com ela todos os dias a partir de agora. Quero dizer, o que mais ela poderia aprontar em uma empresa cheia de pessoas, a luz do dia... eu- eu consigo pensar em muitas muitas coisas, John...” falo abrindo os olhos arregalados.

“Ei, fique calma. Isabel é calculista, ela sabe que se tentar algo aqui na empresa nos primeiros dias da admissão ficará tudo muito suspeito e recairá sobre ela. Acredite em mim quando digo que você estará mais segura com ela aqui, do que quando ela estava na Rússia.” diz.

“Mas... isso não faz sentido.” digo.

“Só pense que será mais fácil vigiar seus passos. Embora eu desconheça o motivo pelo qual Moira a colocou nessa posição. Mas não se preocupe, estamos de olho, é por isso que estou aqui nesta função.” ele diz.

“E quando você diz, estamos, está falando da Argus.” não é uma pergunta, mas ele assente.

“Eu ainda não acredito que o Oliver realmente te colocou como guarda costas, John. Quero dizer, você é um super espião ultrassecreto que trabalha para uma organização mais secreta ainda. Não é muito banal você largar isso e servir de guarda costas pra gente? Não desrespeitando a profissão, mas... hum... você sabe o que eu quero dizer...” ele interrompe meu balbucio com a sua risada.

“Felicity eu era um guarda costas antes de entrar pra Argus. Não é um sacrifício fazer esse trabalho agora. Então encare essa função como um disfarce em uma missão super secreta.” diz e meus olhos se iluminam.

“Eu sempre quis fazer parte de uma missão secreta! Quero dizer, tenho certeza que é bem melhor que nos filmes, mas...” falo para ser logo interrompida.

“Srt. Smoak!” ouço aquele maldito sotaque russo e controlo todos os arrepios que passam pelo meu corpo ao sentir sua presença se aproximando.

“O que deseja, Srt. Rochev.” falo segurando com força a borda da mesa.

“Eu estou lhe chamando há mais de cinco minutos. Preciso que organize os documentos na minha sala. Agora.” diz encarando meu rosto e olhando de canto para Diggle enquanto tomo uma respiração profunda tentando controlar meus nervos.

“Srt. Rochev, como eu disse mais cedo, eu sou assistente do Sr. Queen, não a sua.” me surpreendo com a calma que pronunciei as palavras.

“Como é?” ela diz se inclinando colocando ambas as mãos na mesa me fazendo gelar.

“Err... que eu tenho muito trabalho já aqui. Tenho certeza que pode chamar outra pessoa para o serviço.” falo e ela estreita os olhos para mim.

“Tenho certeza que ela pode, certo Isabel?” Oliver diz com uma voz firme parado atrás dela.

“Claro que posso... só queria saber se a sua garota estava ocupada para me ajudar no primeiro dia. Só isso.” ela diz se virando para ele dando um sorriso falso.

“É tudo tão complexo aqui em Starling, preciso me adaptar corretamente antes começar a por em prática o que eu quero.” diz nos encarando e reflito no duplo sentido que suas palavras soaram.

“Fique a vontade para sair, se não conseguir se adaptar.” Oliver diz e ela solta uma risada rouca.

“Somente nos seus sonhos, querido.” diz deixando sala em passos firmes e no mesmo instante sinto a tensão desaparecer em um passe de mágica.

“É bom te ver, John.” Oliver diz apertando sua mão com um leve aceno.

“Como foi a reunião?” digo acariciando sua mão suavemente.

“Boa. Acho que era por que Isabel não estava.” ele diz soltando um pequeno suspiro e dou uma risada.

“E com você, tudo bem?” ele diz pegando minha mão e beijando meus nódulos.

“Na medida do possível, sim.” falo.

“Oh, eu já havia ouvido os rumores, mas não sabia que era oficial...” Digg diz cruzando os braços em um olhar divertido para minhas bochechas corarem.

“Bem, é oficial...” Oliver diz me surpreendendo ao roubar um beijo dos meus lábios e bato em seu peito ganhando uma risada sufocada sua.

“Sem beijos na QC, senhor!” falo saindo de perto dele.

“E principalmente na minha frente, por favor!” Digg diz em protesto.

“Não posso prometer nada...” ele diz malicioso e eu limpo a garganta.

“Vamos começar a assinar os documentos, Sr. Queen.” falo jogando uma montanha de papéis na sua mesa.

“Tudo isso?” ele diz com os olhos arregalados.

“Exato. E a culpa é sua.” digo.

“Como tudo isso pode ser minha culpa?”

“Eu já havia comentado uma vez que a QC gasta muito papel em todos os documentos que nem são duráveis. Você deveria sugerir uma remodelação nas autorizações. Seria mais fácil escrever seu nome uma vez do que... cinquenta e duas vezes.” falo conferindo brevemente a quantidade de folhas.

“Concordo. Mas isso não abriria portas para fraudarem minha assinatura?” ele diz e eu bufo.

“Eu vou fingir que você não insultou minhas habilidades quando fui eu que construi o sistema da empresa.” falo e ele cruza os braços em olhar divertido.

“Por que você mesma não sugere isso na próxima reunião, Srt. Smoak?”

“Porque eu sou sua assistente e não o CEO, Sr.Queen.” falo dando uma piscadela.

“Você daria um ótimo CEO.” ele diz e eu reviro os olhos.

“Somente porque você não gosta disso. Agora me diga uma coisa, essa história de guarda costas é sério mesmo ou você só trouxe Diggle por uma manhã para me acalmar?” falo.

“Estou falando sério. Quero ele em todos os lugares a partir de agora. Onde você e Mavi estiverem.” diz.

“E você?” falo.

“Eu sei me cuidar.” diz.

“Oliver...” protesto.

“Eu não preciso. E eu estou sempre com você ou Thea. Vou conversar com ela hoje sobre ter um guarda costas andando com ela.” ele diz e eu assinto hesitante.

“Você vai falar com a sua mãe?” digo e ele assente.

“Preciso resolver isso hoje. Queria que fosse comigo...” diz com a cara de um cachorro abandonado.

“Preciso ir lá, já conversamos sobre isso. Além de que combinei que iria buscá-la após o almoço. O que me lembra de estar atrasada...” falo.

“Tome cuidado e leve John com você.” ele diz e vou até ele deixar um beijo na bochecha. Ele vira o rosto na mesma hora fazendo nossos lábios colidirem e deixar um beijo persistente.

“Você não vai respeitar essa regra mesmo né?” falo com um sorriso e ele ri balançando a cabeça em negativa.

“Te vejo a noite.” diz e dou um último aceno saindo dali.

(...)

“Olá finalmente Srt. Snow...” digo.

“Qual é Felicity. Você veio me caçar até no telefone?” diz.

“Claro que não. Só queria saber como você tá...” digo inocentemente.

“Tem certeza que é só isso mesmo?”

“Sim, Caitlin. Desculpe se apenas queria falar com a minha melhor amiga.”

“Desculpa... tenho muito trabalho para fazer e muita coisa na cabeça.”

“O que você vai fazer mais tarde? Podemos fazer uma noite só de meninas...” falo e ouço ela considerar com ruídos.

“... sabe, aí você poderia me contar os detalhes de ontem à noite...” falo mordendo o lábio inferior.

“EU SABIA! VOCÊ NÃO ME LIGARIA ASSIM SE NÃO FOSSE PARA AGUÇAR A SUA CURIOSIDADE, SMOAK!!”

“Vamos, Cait. Só me diga os detalhes...” ouço ela bufar.

“Preciso ir agora, tenho plantão. Tchau...”

“Não deslig...” minhas palavras morrerem na boca ao ver que ela realmente desligou e suspiro frustrada.

“É desumano deixar as pessoas na curiosidade.” falo para mim mesma vendo que Digg arranjar uma vaga para estacionar e logo saio do carro indo em direção a minha pequena que já me esperava ansiosamente.

“Mamãe!!” grita correndo até mim.

“Olá meu lindo monstrinho. Como foi na escola?” falo a pegando no colo e enchendo de beijos.

“Muito legal, a professora disse que eu fui a única a ler todo o poema.” diz.

“Uau! Que maravilha querida. Você lembra o que mamãe falou de manhã certo? Precisamos fazer aquela visita agora.” digo e ela assente.

“Podemos comprar flores no caminho?” pergunta e não deixo de sorrir.

“Claro.” digo indo dando pulinhos com ela no colo arrancando gargalhadas contagiantes até o carro dando um aceno para Diggle que já poderíamos ir.

Não muito distante dali:

“Que coincidência ver você aqui, minha pequena Laura.” Laurel sussurra fascinada observando a cena das duas mulheres loiras entrando no carro.

“Você tão bonita... parece tanto comigo e com Ollie...” diz melancólica.

“Laurel? Onde você está?” Sara diz não a vendo em lugar nenhum.

“Eu estou aqui.” ela diz indo até a irmã.

“Onde estava? Procurei por aqui e não te encontrei.” pergunta.

“Eu só estava pensando... distraída.” diz indo com a irmã pelo caminho oposto.

“Ultimamente você está muito distraída...” Sara diz.

“É só que... eu acho que quero mudar um pouco a minha vida daqui pra frente. Uma nova perspectiva... Acho que me faria bem.” diz.

“É isso que eu gosto de ouvir, irmã! Você tem que seguir em frente com a sua vida, sua carreira...” diz.

“É... seguir em frente.” diz com um sorriso encarando um ponto fixo no chão.

“Eu acho que vou adotar uma criança.” ela diz e Sara se surpreende a observando com grande expectativa entrando no carro meio abobalhada.

 “Uma criança minha e do Ollie...” diz sussurrando a última parte enquanto um sorriso crescia no seu rosto e ela entrava no carro.

(...)

“Olá papai... espero que goste das flores amarelas... eu que escolhi. Eu amo flores amarelas e então achei que fosse gostar também... O que mais eu falo para ele, mamãe?” Mavi diz desviando olhar da lápide para mim.

“Diga a ele como sente. Conte o que quiser contar, tenho certeza que onde quer que ele esteja, ele vai te ouvir.” falo com um pequeno sorriso e ela assente hesitante sentando no chão.

“Então papai, eu já tinha vindo aqui no ano passado, mas como eu ainda era um bebê eu não disse nada de legal pra você. Mas não se preocupe que agora eu já estou crescida e posso conversar com você...” ela diz e sorrio suavemente para suas palavras.

“... eu tenho cinco anos e meio agora e estou no segundo ano na escola. Eu sei eu sei, estou adiantada. Mamãe diz que é porque sou um pequeno gênio. Ela disse que você era um gênio também, que mexia com ciência, isso é muito legal. Será se você já explodiu um laboratório como nos filmes, papai?” ela diz fazendo uma cara de pensativa.

“Eu também tenho tios, sabia? Tem a tia Cait, ela é uma médica muito legal, ela mora com a gente lá em Starling. Também tem o tio Tommy, ele é muito engraçado e acho que ele está apaixonado pela minha tia Cait, mas os adultos são muito complicados. Ah, tem também minha tia Thea, ela é louca, mas é muito muito legal, eu também tenho o tio Roy, ele é namorado dela e prometeu me ensinar par... parko... é parkour! Eles são muito legais, mamãe diz que não são meus tios de verdade, mas  eu tenho que amá-los muito porque eles também me amam...” diz e eu sorrio satisfeita olhando para minha pequena com lágrimas nos olhos.

“Ahh, tem também o Olhos Azuis! Eu conheci esse ano, ele é o chefe da mamãe e também o namorado. Ainda bem... porque eu gosto muito dele e ele gosta muito de mim e da mamãe. Ele é muito legal comigo, me dá até sorvete escondido. Ele me disse uma vez sobre a fada do dente quando eu perdi meu dentinho... você conhece a fada do dente, papai? Se ela estiver por aí, diga que eu mandei ela cuidar do meu dente com muito carinho, por favor.” ela diz e não contenho a risada.

“... errr eu queria te perguntar uma coisa também... mas prometa de dedinho não ficar chateado?” ela diz e faz uma pequena pausa concentrada em um ponto no chão.

“... você acha que eu não vou ter mais um pai? Agora que você está no céu?” ela diz e meu coração vai ao chão no mesmo instante. Luto com todas as forças do meu corpo para não derramar nenhuma lágrima, mas o breve esforço é perdido quando a primeira se solta.

Eu sempre achei que eu fosse o bastante para Mavi. Mesmo sabendo o quanto uma presença de um pai tornaria as coisas muito mais simples, eu consegui criá-la, com muito esforço. Mas vê-la falar assim, quebra meu coração de milhões de maneiras ao ver que era eu, um pouco mais velha nessa posição anos atrás. Sobre não ter um pai por perto.

“... sabe eu quero muito ter um papai. E eu sei que se você virou um anjinho, então pode conseguir um para mim logo logo. Mas não fique chateado papai,  eu amo muito você. E todo ano eu venho trazer presente para você aqui, ok?” ela diz se esticando para pegar a flor que havia se desfeito do buquê no chão e colocando perto do nome dele.

 

Bartholomew Henry Allen

(1989-2012)

Para sempre em nossos corações...

“Ei querida...” digo indo até ela que está um pouco corada e sento no chão ao seu lado a puxando para meus braços.

“Eu estou muito orgulhosa de você, meu pequeno anjinho...” digo acariciando seu rosto.

“Você acha que o papai vai atender meu desejo?” ela diz e minha garganta fica seca.

RESPIRA FELICITY! NÃO VAI QUEBRAR O CORAÇÃOZINHO DE UMA CRIANÇA DE CINCO ANOS.

“Eu-eu espero que sim, querida. No tempo certo, quem sabe.” falo e ela assente.

“Por que você não pede pro tio Digg aquele sanduiche grandão que o Oliver fez para você mais cedo, enquanto eu termino de conversar com o papai?” falo e ela se ilumina indo correndo de volta ao carro feito o Flash. Volto a minha atenção à lápide na minha frente e tomo uma respiração profunda ao encará-la.

“Eu sei que deveria vir mais vezes, mas é que tanta coisa vem acontecendo ultimamente que... fica um pouco difícil.” solto uma risada seca.

“Já faz cinco anos e ao mesmo tempo que fico triste com tudo o que aconteceu, eu tenho um motivo para me alegrar todas as manhãs quando olho para ela. É a melhor parte do meu dia, ficar a admirando e agradecendo pelo o que você pôde me dar antes de...” faço uma pequena pausa. “... antes de morrer...”

“Sinto sua falta, amigo. Eu sei que já faz anos, mas eu sinto sua falta. Queria que tivesse tido a chance de pelo menos saber que eu estava grávida, ou pelo menos acompanhar uma ida ao médico para saber como estava a pulsação do coraçãozinho dela ou qual o sexo do bebê...” digo e sinto um nó na garganta.

“Você sabe... acho que essa é a primeira vez que consigo falar com você abertamente. Acho que ver a Mavi fazer isso tão bem me deu um tipo extra de força...” falo rindo suavemente.

“Mavi já falou que temos agora muitas pessoas na nossa vida... E sei que é cedo para chamar de família, mas eu já os considero. Eu amo muito cada um deles e eu não podia ter escolhido influência melhor para Mavi. E bem... eu finalmente estou namorando. Depois de muito tempo eu enfim sinto que estou completamente apaixonada por ele. E sabe, é uma sensação maravilhosa. Ele ama tanto a Mavi que acho que foi um dos pontos que me fez cair igual uma boba por ele. Uma das melhores cenas é ver nós três no fim do dia. Com ele cozinhando, é claro, esses cinco anos não tornou melhor minhas habilidades culinárias. Mas quando fazemos isso, eu me sinto completamente realizada... uma verdadeira família. E eu sei que só estamos oficialmente juntos por um mês, mas... para mim é como se já fosse uma vida inteira...” falo sorrindo em meio a lágrimas e toco suavemente na lápide.

“Mais saiba que mesmo ela não te conhecendo, ela te ama muito. Você sempre será o pai dela. E para o bem dela, meu e seu, eu sugiro que conceda o seu pedido.” falo rindo.

“Eu realmente sinto sua falta...” falo por fim me levantando olhando novamente para a grande pedra cinza em contraste com a paisagem florida e as imensas árvores nos rodeando.

“Feliz aniversário...” murmuro limpando as lágrimas voltando em passos lentos para o carro que nos aguardava. Vejo Diggle apoiado na frente do carro conversando com a pequena em um papo animado.

“Tudo certo?” ele pergunta e eu limpo as lágrimas restantes que ainda insistiam em cair.

“Sim, vamos para casa.” falo com um sorriso suave pegando minha pequena no colo e seguindo de volta para Starling.

(...)

“Como foi em Central City?” Oliver diz massageando minhas costas deixando um pequeno beijo perto da orelha.

“Foi bom. Eu realmente precisava daquilo. Mesmo, até Mavi falou algumas coisas... Acho que foi a primeira vez que consegui falar com ele sem remorso... ” falo de costas encostando minha cabeça em seu peito enquanto suas mãos rodeavam minha cintura me aproximando ainda mais.

“E como foi com a sua mãe? Conversou com ela?” digo virando a cabeça levemente para encarar seu rosto.

“Bem... é pior que eu pensei.” diz.

“O que aconteceu?” digo.

 “Minha mãe não fez aquilo porque por querer vigiar Isabel mais de perto ou muito menos por acreditar no potencial dela.” diz.

“Então por que?” digo confusa.

“Aparentemente ela vem sendo chantagiada...” ele diz e meu queixo vai diretamente ao chão.

“O quê?? Por que??” falo com os olhos arregalados me virando completamente para ele.

“Isabel tem registros do pagamento que minha mãe fez para aquele policial russo e estava disposta a entregar a policia. E bem, isso foi há cinco anos, meu pai tinha acabado de morrer e Thea ainda era menor de idade. Se minha mãe realmente fosse presa, possivelmente Thea iria para um abrigo, ou seja, só iria piorar as coisas. Aí ela resolveu ceder à Isabel. No começo eram só pequenas coisas, dinheiro aqui, contatos... até pedir a liderança de uma das filiais da QC.” diz...

“A da Rússia...” concluo e ele assente.

“Era tudo o que ela queria, e mesmo relutante, minha mãe permitiu. Ela disse que Isabel passou um longo tempo sem fazer exigências. Achou até que tinha esquecido dessa chantagem estúpida. Até ela vir para Starling e querer a vice presidência da QC daqui.” ele diz pesadamente.

“Eu já havia falado para minha mãe sobre o que aconteceu na Rússia e sobre o acidente de carro, sobre os indícios de ser a Isabel. Então ela não pensou duas vezes em fazer o que ela pediu.” Diz.

“Por medo de acontecer algo com você ou Thea com Isabel estando por perto...” digo engolindo seco.

“O que eu não entendo é por que agora querer a empresa se ela teve cinco anos pra isso?” ele diz suspirando.

“O mais curioso é ela pedir a vice presidência. Quero dizer, o mais lógico seria pedir a posição mais alta, certo?” falo.

“Ela... me disse algo na festa da minha mãe. Algo sobre ser misericordiosa o bastante e me deixar na posição que estou. E disse que estavam se instalando... aos poucos mais estavam.” ele diz.

“Será que ela se refere ao Alpha?” murmuro.

“Eu não sei, mas após saber disso não podemos mais parar. Amanhã cedo começamos a organizar tudo o que a gente tem. Eu quero ver essa vadia apodrecer na prisão...” ele diz e eu assinto sentando no seu colo e o abraçando fortemente enterrando meu rosto no seu pescoço.

“Vamos conseguir. Juntos.” murmuro deixando um beijo em seus lábios. Ficamos assim por um longo tempo até os ânimos se acalmarem e ele falar.

“Eu... tenho algo para você. Não saia daí.” ele diz saindo da cama e indo até o terno buscando uma pequena caixa.

“O que é isso?” falo vendo voltar a sentar do meu lado na cama.

“Eu sei que estamos há pouco tempo juntos, mas eu realmente quero aproveitar todas as fases, mesmo que seja de um mês de namoro. E bem... eu estava indo para a casa da minha mãe e vi isso, e na hora eu pensei como ficaria lindo em você...” ele diz com as suas bochechas ganhando um tom rosado mostrando a caixa de cor vinho.

“Oliver... você não precisava...” falo olhando para ele.

“Eu sei... mas eu quis. Agora abra.” ele diz e mordo o lábio inferior deslizando a tampa da caixa para ofegar ao ver um lindo colar com um pingente em forma de coração em cor verde esmeralda incrustado de pedras que pareciam diamantes. E conhecendo Oliver, diria que realmente é uma esmeralda e diamantes de verdade.

“Oliver é... lindo.” falo fascinada o tirando da caixa e o segurando em minhas mãos observando os mais minuciosos detalhes.

“No momento que eu vi, sabia na hora a quem devia pertencer.” ele diz e eu o encaro ainda abobalhada.

“É lindo... e eu amo isso. Quero dizer não a parte da joia, não que eu não goste de joia, pelo contrario eu amo joias, mas o meu ponto é que eu amo você ter pensado em mim olhando para isto. E não me importo se você pagou duzentos mil ou 2 dólares, eu iria amar da mesma forma...” falo e ele me dá um sorriso caloroso.

“Deixe-me colocá-lo em você.” ele diz e viro de costas enquanto suavemente ele engata o fecho e deixa um beijo no meu ombro.

“Ficou perfeito! Eu nunca vou tirar isso.” falo e ele solta uma gargalhada.

“A intenção é essa. Eu estou dando meu coração para você, precisa cuidar dele.” ele diz e eu me inclino suavemente até seus lábios entreabertos e deixo um beijo apaixonado.

“Não se preocupe, seu coração está a salvo comigo.” murmuro entre seus lábios deixando um pequeno beijo antes de me afastar.

“Eu queria aproveitar mais essa noite com você mais eu estou exausto.” ele diz tímido e eu gargalho aliviada ao ver que estamos na mesma página.

“Eu estou cansada também. Por que não apenas dormimos? Bem juntinhos?” falo e ele concorda.

“Será que nossa vida sexual já virou pacata e repetitiva e enjoamos um do outro?” ele diz rindo deitando na cama.

“Oliver você me deu mais de seis orgasmos na noite passada e três pela manhã. O dia que a nossa vida sexual se tornar pacata, o Tommy vira padre.” falo me encaixando no seu peito e suspirando em contentamento ao ouvir as batidas constantes do seu coração.

“Eu te amo, meu anjo.” ele diz beijando o topo da minha cabeça.

“Te amo mais.” digo me aconchegando nele até adormecer inundada pelo seu cheiro e rastreando os contornos do colar, ou como eu estava chamando na minha cabeça, o coração dele.

Algumas horas mais tarde...

“Mamãe...” ouço uma pequena voz chamando baixinho e murmuro alguns ruídos ao me mexer na cama e abrir os olhos para ver Mavi em seu pijama de panda com o senhor canguru enrolado em torno de si.

“O que houve, docinho?” falo com a voz rouca ligando o abajur ao meu lado. Oliver se mexe na cama e também senta na cama abrindo os olhos.

“O que aconteceu, pequena?” ele diz.

“Eu tive um pesadelo. Foi muito ruim...” diz e antes que eu pudesse pensar em falar, Oliver diz.

“Por que não entra aqui com a gente?” ele diz fazendo o gesto e ela não pensa duas vezes em engatinhar na cama até o meio e se ajustar entre nós.

“Melhor?” pergunto para ela que assente. A cama é grande então cabemos perfeitamente os três. Me aconchego nela e enterro meu rosto no seu cabelo. Vejo Oliver fazer o mesmo para logo voltarmos a cair em um sono profundo e o cheiro de morangos de seu cabelo exalando no quarto.

(...)

“... então você fez xixi no carro de um policial?” ouço uma pequena voz rir suavemente e me desperto lentamente ao ver minhas duas pessoas favoritas conversando na cama.

“Não ria pequena, eu estava bêbado...” ele diz e me controlo para não esboçar nenhuma risada ainda com os olhos fechados.

“Então o tio Tommy filmou e colocou na internet?” ela diz.

“Sim, mas eu me vinguei depois. Eu coloquei pó de mico nas roupas dele e filmei. Mas o plano deu errado e ele me abraçou logo em seguida. Aí ficamos ambos com pó de mico nas roupas. Minha mãe me fez ficar três dias em uma banheira.” Oliver diz para divertimento da menor que se debruçava em gargalhadas.

“Mas não faça isso... é muito errado, mocinha. Assim como ficar escutando as conversas dos outros, certo Felicity?” Oliver diz e mordo meu lábio inferior em resmungo ao ser pega. Abro um olho para ver ambos olhando para mim com um olhar acusatório.

“Bom dia...” falo com uma voz inocente.

“Nada de bom dia, como eu te ensinei princesa! Ao ataque de cócegas.” ele diz e eu arregalo os olhos ao ver eles em cima de mim atacando minha barriga e não consigo controlar as gargalhadas.

“Não... para... para... prometo não fazer mais... para...” falo entre risos já tirando lágrimas dos olhos me contorcendo nos lençóis. Sinto o alívio vir e ver que eles recuaram e recupero o fôlego novamente.

“Vocês dois ainda serão minha morte.” murmuro ofegante.

“Bom dia mamãe. Vamos tomar café, o Olhos Azuis disse que vai fazer panquecas!” minha pequena diz me puxando para fora da cama.

“Vamos mamãe...” Oliver imita o mesmo tom de voz dela e suspiro em derrota deixando eles me levarem. Ouço o celular começar a tocar e busco meus óculos limpando minha visão para ver Cait ligando.

Será que enfim vai abrir o jogo sobre o que aconteceu na outra noite?

“Bom dia minha doutora favorita.” falo apenas para ouvir uma respiração rápida.

“Felicity preciso que venha ao Hospital Geral de Starling. É o Thomas...” ela diz rapidamente e o pânico se instala em mim.

“O que aconteceu com Tommy?” digo saindo da cama ganhando a atenção dos dois.

“Eu não sei muita coisa. Roy estava com ele na Verdant e deu entrada no hospital agora a pouco. Eu não olhei o prontuário, mas vou ver quem está responsável pelo caso e pedir se posso tomar a frente. Parece que ele estava inconsciente... eu preciso que venha pra cá.” ela diz e posso ouvir que ela está correndo.

“Ok... estamos indo pra ir. Me dê notícias.” falo desligando rapidamente e nem notar que Oliver já na minha frente.

“O que aconteceu com Tommy?” ele diz tenso.

“Cait disse que Roy levou ele da Verdant pro hospital, mas ela não sabe muita coisa. Precisamos ir.” falo e ele acena rapidamente.

“Aconteceu alguma coisa ruim com o tio Tommy?” Mavi diz ainda sentada na cama.

“Não docinho... é só que temos ir ao hospital ver como o tio Tommy está.” falo e ela assente hesitante.

“Espera, se vamos para lá quem fica com ela?” Oliver diz e eu franzo o cenho. Thea já deve está indo para lá se juntar com Roy. Cait está de plantão, Tommy inconsciente e Oliver aqui.

“Eu não sei... eu posso chamar a babá, mas vai demorar muito até ela chegar aqui...” falo buscando os casacos.

“Eu sei que não faz nenhuma lógica, mas podemos deixá-la na mansão. Ela pode tomar café da manhã lá, tem uma piscina enorme, além de um grande parquinho. Entediada é que ela não vai ficar.” Oliver diz.

“Com a sua mãe? Quero dizer, eu sei que ela é a sua mãe, mas Moira Queen não parece gostar de virar babá...” falo.

“Eu converso com ela no caminho. Agora precisamos ir.” ele diz e coloco um casaco nela por cima de seus pijamas e logo saímos em disparada de casa torcendo para tudo estar bem.


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Notas finais do capítulo

Eita o que será que aconteceu com o nosso xodozinho Tommy?

Não se preocupem que no próximo vai ser explicado mais daquela noite SnowMerlyn. Quero deixar vocês curiosas hehe

Me digam o que acharam galera. É muito importante ouvir o que vocês tem a dizer ♥
Beijos e até a próxima sexta :)



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