Eu Amo Te Odiar escrita por Harper Queen


Capítulo 14
Eu te amo.


Notas iniciais do capítulo

Olá genteee!! Olha quem voltou!

Sim galerinha me desculpem por postar somente hoje, eu sei que fiquei em falta
semana passada, mas foi porque meu notebook não estava comigo e eu estou muito enrolada esses tempos. Mas nada que atrapalhará a fic. Prometo que voltaremos aos posts regulares a partir de hoje.


Queria agradecer muito a MoonBett e a Marcia Veloso pelas recomendações MARAVILHOSAS! Obrigada meus amores ♥

Entãaaao vamos enfim a esse capitulo! Nos vemos lá em baixo, boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/740269/chapter/14

Oliver Queen:

 

“Não me interessa se foi para nos proteger, você mentiu! Como teve coragem de viver todos esses anos sabendo da verdade?” falo exasperado colocando as mãos na cabeça.

“Filho acredite, eu queria muitas vezes falar sobre isso, mas eu não podia. Era para o próprio bem de vocês não saber de nada, querido. Eu sinto muito.” ela diz não segurando mais as lágrimas.

“Você viu como eu fiquei nesses cinco anos, mãe! E você fingiu! Fingiu que aquilo foi um acidente! Como teve coragem de olhar para Thea a mim assim sabendo no que vocês estavam.” digo descrente.

“Oliver, por favor, tente entender. Eu não poderia colocar vocês em risco... Eu nunca iria me perdoar se algo acontecesse com vocês. Eles já me tiraram Robert, se eu perdesse você ou Thea eu não sei como iria viver...” diz soluçando em lágrimas.

“Agora me diga, você em algum momento iria me falar isso?” falo.

“Oliver...” ela tenta.

“ME DIGA!” grito.                                              

“NÃO, eu não iria dizer porque vocês são tudo o que eu tenho! Eu não iria arriscar nossa família a isso. Não novamente.” ela diz e eu esfrego as mãos no rosto.

“Quando eu pedi que você investigasse os desvios de dinheiro da empresa, eu achava que se tratava de algo comum, Oliver. Mas então tudo estava ligado e eles estavam de volta às nossas vidas. Eu não queria que isso voltasse a tona. Por isso eu nunca iria te contar. Não assim.” ela diz e eu não contenho mais as lágrimas.

“Ele... ele era o meu pai... e eu zombei dele na última vez que eu o vi... E após me senti como um lixo de lidar com aquele maldito luto, eu ainda tive que me conformar com você olhando dentro dos meus olhos e dizendo que foi um acidente. Então claro que você não queria que eu fosse para a Rússia, qualquer evidencia da sua mentira seria descoberta lá.” falo engolindo seco.

“Querido, me desculpe... eu não queria.” diz vindo na minha direção e eu recuo.

“Não venha com isso. Não agora.” falo indo até a porta.

“Oliver não faça isso vamos conversar.” ela diz chorando abertamente vindo até mim. Me desvencilho de seus braços e saio correndo da mansão até o carro.

“Oliver me escute!!” ela diz enquanto eu entro no carro partindo para qualquer lugar longe daqui.

3 horas antes:

“Ok agora vocês já podem me dizer o porque dessas caras...” Thea diz enquanto eu cerro os punhos olhando para aquele maldito bilhete.

“Meu amor, você se lembra como era esse homem que te entregou isso?” Felicity diz se agachando ficando na mesma altura da Mavi.

“Ele estava de óculos e chapéu, mas eu não lembro dele. Ele só disse que era seu amigo, mamãe.” ela diz.

“Vou pegar meu notebook.” Felicity diz atordoada puxando Mavi com ela para o outro lado da sala.

“Dá pra alguém me explicar aqui?! Qual o problema de um bilhete gente?” Thea diz confusa.

“Thea... isso foi um aviso.” digo entregando o papel a ela.

“Aviso sobre o quê exatamente? Você está me assustando.” ela diz lendo e se virando para mim.

“O acidente de carro que a gente estava... não foi bem um acidente. Tentaram nos dar um aviso ali e agora esse bilhete.” falo e ela ofega desesperada.

“Meu Deus, Ollie!! Mas... mas como? Por que fariam isso? Quem manda matar pessoas só por causa de um desvio de dinheiro?” ela diz em meio a lagrimas.

“Não é só o desvio de dinheiro, Thea. Felicity e eu descobrimos que isso só é a ponta do iceberg. Muitas coisas estão ligadas a isso.” falo.

“Como o quê?” ela diz fungando.

“A morte do papai...” falo e ela se debruça em lágrimas e eu a puxo para meus braços esfregando padrões na sua costa tentando acalmá-la. Sempre foi difícil a morte do nosso pai para ela.

“Fe-Feli-city descul-pe, eu não sabia que aquele bilhete era... a Mavi...” Thea diz soluçando se afastando do meu pescoço e a encarando. Felicity vem na nossa direção e abraça ela.

“Você não tinha como saber... Está tudo bem, Thea. Vamos ficar mais atentos a partir de agora.” Felicity diz limpando as lágrimas de Thea assentindo as palavras se acalmando.

“Mamãe agora eu já posso brincar?” Mavi diz vindo até nós alheia a tudo o que estava acontecendo.

“Claro meu amor.” Felicity diz e Thea se aproxima apagando os últimos vestígios de choro.

“Agora eu é que vou brincar com você, Macaquinha. Soube que até a Caitlin e o Tommy foram arrastados por você. Como ousa brincar com eles e esquecer de mim?” Thea diz e Mavi pula de felicidade arrastando ela para o andar de cima. Observo com um pequeno sorriso a cena. Parece que a integrante mais nova da família Smoak já conquistou a todos mesmo. Desvio o olhar delas  para Felicity que está com uma expressão abatida no rosto e me aproximo dela colocando ambas as mãos no seu rosto fazendo seu olhar voltar para mim.

“Vamos descobrir tudo, isso vai acabar.” digo fixando meu olhar com a sua íris azul oceano e ela assente hesitante, mas logo absorve as minhas palavras e muda a postura deixando um beijo persistente nos meus lábios. Me surpreendo com a iniciativa e logo correspondo deixando minha mão ao longo de sua bochecha rosada.

“Vamos descobrir.” ela diz confiante e eu assinto. Ela se desvencilha dos meus braços e vai até o notebook que estava no sofá e logo se acomoda me chamando para perto.

“Certo, como vai fazer isso?” pergunto olhando para os milhares de cliques que ressoavam no apartamento.

“Vou tentar rackear uma das câmeras de segurança por perto do parque. Se lembra de algum estabelecimento ali por perto da parte dos brinquedos que tenha?” pergunta.

“Tem aquele restaurante mexicano em frente ao lago da rua principal, devem ter câmeras lá.” falo olhando para o mapa complicado que ela clicou.

“Claro! Como eu pude ter esquecido, eu detesto a comida de lá. Uma vez um cara me levou lá em um jantar e eu só faltei morar no banheiro depois do primeiro prato. Você sabe que é bem apimentado, certo? E o cretino nem me avisou que pedir ‘comida quente’ era pedir comida com o triplo de pimenta. Não deu muito certo, ele tinha um hálito terrível, e não falo isso só pela pimenta ou que eu tenha criado um trauma com pimentas depois disso... então eu vou me calar em 3, 2 , 1...” ela diz fechando os olhos momentaneamente e eu reúno todas as forças da minha alma para não começar a rir igual a uma hiena e apenas mostro um pequeno sorriso.

“Certo, as câmeras estão funcionando. Então basta alguns cliques aqui e... perfeito, eu estou dentro.” ela diz e aparece na tela três imagens de mais cedo.

“O alcance chega?” pergunto olhando para o vídeo acelerado.

“Acho que sim. O horário foi por volta de 5h da tarde, então acho que foi aqui.” ela diz desacelerando o vídeo enquanto observamos ao fundo o grande sorvete da Mavi e sua cara de felicidade ao comê-lo. Essa pequena não tem jeito mesmo.

“Agora eu só preciso ampliá-lo.” ela fala e logo vemos na tela Mavi conversando com um homem com óculos escuros e um boné que cobrira toda a cara. Ele tenta um sorriso forçado para Mavi e ela franze as sobrancelhas incrivelmente igual a sua mãe. Ele murmura algo e entrega o pequeno bilhete para ela enquanto passa a mão na sua bochecha suja de sorvete tentando limpá-la e eu cerro os punhos quase arrancando sangue da minha mão ao ver o perigo tão perto dela.

“Eu tenho vontade de torcer a mão dele por tocá-la.” Felicity diz exalando raiva.

“Quando encontrarmos esse desgraçado, eu mesmo faço isso. Ninguém toca na minha pequena.” falo quase inconsciente de ter dito em voz alta. Felicity se vira para mim e um sorriso vai surgindo em seus lábios.

“O que?” pergunto.

“Você disse ‘minha pequena’...” ela diz com um pitada de emoção.

“Ehh... quero dizer, sua pequena.” digo rapidamente e ela morde o lábio inferior contento o sorriso.

“Sabe, não tem problema você chamar de ‘minha pequena’ às vezes. Eu não me importaria...” ela diz receosa.

“Então ela... ela é nossa... pequena. Nossa pequena.” falo testando como isso soa e se torna totalmente familiar esse som.

Casa.

Família.

Amor.

Olho para ela que está com um lindo sorriso no rosto e toma minha mão na sua deixando um beijo persistente na costa da minha. Repito o gesto e deixo um beijo persistente na sua fazendo ela ri.

Voltamos nossa atenção para o notebook e logo o som dos constantes cliques voltam e ela pausa a gravação e foca uma análise no rosto dele.

“Você não está pensando em descobrir o rosto dele né? Ele está disfarçado.” digo e ela me lança um olhar incrédulo.

“Eu tenho um programa de reconhecimento facial, Oliver. É moleza.” ela diz e eu solto uma risada.

“Você é notável.” falo e ela cora violentamente.

“Mais alguns segundos e... é isso.” ela diz e na mesma hora aparece um rosto masculino com uma cicatriz no meio da face e eu franzo o cenho para a imagem.

“Eu não conheço, você faz?” ela pergunta.

“Eu já vi esse rosto em algum lugar, mas não consigo lembrar de onde.” falo e ela minimiza a imagem procurando algo. Ela abre um banco de dados incrivelmente gigante e aparece o resultado.

“Ele não tem ficha criminal aparentemente. Mas ele tem um distintivo, ou tinha. Ele era policial. Se afastou da corporação há 7 anos.” ela diz franzindo o cenho.

“Qual o nome dele?” pergunto.

“Alex Kievz, 36 anos, atualmente mora fora do país. Mas ele estava aqui, então foi uma encomenda por um motivo. Será que foi de Isabel Rochev?” ela diz suspirando no mesmo momento em que Thea desce as escadas.

“Hey pessoas, eu já estou indo, Roy está me esperando.” ela diz vindo até nós e abraça Felicity e depois a mim franzindo o cenho para o rosto no computador.

“Thea, você conhece esse homem?” pergunto olhando para ela.

“É claro que sim, ele é o policial que foi lá em casa após a morte do papai.” ela diz e é como se uma luz invadisse meus pensamentos.

“Claro, é ele.” falo e Felicity olha para gente confusa.

“Dá pra alguém me situar aqui?” ela diz.

“Ele é o policial que foi na mansão falar com a minha mãe no dia que meu pai morreu. Ele não estava responsável pela investigação, mas ele ajudava na corporação.” falo.

“Mas isso não ajuda, porque ele sairia da polícia e sairia fazendo serviços sujos por aí? Como ele iria se sustentar?” ela diz.

“A menos que ele recebesse uma grande quantia, suficiente para viver sem precisar trabalhar na polícia.” falo.

“O que vocês pensam que estão fazendo?” Thea nos dá um olhar reprovador.

“Thea agora não...” falo e ela suspira em rendição.

“Certo, só não sejam presos. Porque não vou tirar ninguém da cadeia.” ela diz e nós rimos.

“Certo, boa noite Speedy.” falo e ela bufa.

“Eu odeio esse apelido.” ela cantarola indo até a porta.

“Tchau Speedy.” Felicity diz e ela sai nos xingando passando pela porta.

“Ok então onde estava nossa linha de raciocínio?” ela pergunta se concentrando no notebook.

“Na grande quantia que ele pode ter recebido para sair da polícia.” digo e ela assente.

“Certo então só preciso entrar na conta bancária dele e verificar os últimos depósitos.” diz.

“Ele não vai notar que você está online na conta dele?” pergunto.

“Claro que não, não vou tirar nada de lá, apenas verificar. E meu trabalho não é de amador né.” ela diz e logo aparece um painel com os últimos saldos.

“Então, por onde começamos?Tem centenas de depósitos. ” ela pergunta.

“Eu não sei, os bancos não emitem um aviso quando a quantia é extremamente alta para a pessoa que vai receber? Talvez deva seguir um rastro de envio de alguma carta para ele. Deve diminuir as possibilidades.” digo encolhendo os ombros enquanto ela me dá um olhar discrente.

“Coisa de bilionário.” falo fazendo careta.

“Muito bom, Sherlock.” ela diz com um sorriso.

“Para a nossa sorte ou não, só tem um desses emails aqui. Então só pode ser esse.” ela diz clicando no pequeno ícone ampliando as informações da transferência.

“8 milhões?! Quem transfere isso para uma pessoa?” Felicity diz com os olhos arregalados enquanto eu olho para todos os detalhes e ofego quando percebo a data.

“Felicity...” falo com em choque.

“O que foi? Você está pálido!” ela diz me balançando.

“A data da transferência... foi um dia após a morte do meu pai. 24 de maio de 2012.

“Santo Google...” ela diz com os olhos arregalados.

“Quem enviou isso? Quem transferiu?” falo com os dentes cerrados.

“Oliver, calma...” ela diz e eu só sinto a raiva me consumir.

“Quem enviou isso, Felicity?” digo e ela parece já ter uma noção porque hesita um momento antes de clicar e aparecer um nome que eu já conheço bastante e sinto a decepção mistura com a raiva me consumir e levanto apressadamente do sofá em direção a porta.

“Oliver espera...” ela tenta puxar meu braço, mas continuo meu caminho. Ela sai de trás de mim e vem para minha frente colocando seus braços no meu peito tentando me parar.

“Felicity saia, não quero te machucar.” falo e ela permanece puxando meu rosto para suas mãos.

“Me escuta, seu cabeça dura, não faça nada de cabeça quente. Por favor, fica aqui.” ela diz lagrimando e eu balanço a cabeça em negativa.

“Ela fez isso, minha própria mãe! Eu preciso saber da verdade.” digo saindo perto dela antes que eu mude de ideia e passo pela porta em fúria.

—------

“Cadê ela, Raisa?” digo entrando na mansão as pressas procurando em todos os cantos.

“Senhor Oliver, aconteceu algo?” ela diz preocupada vindo até mim.

“Só me diga onde minha mãe está, por favor.” falo e ela suspira.

“Está no escritório.” ela diz e eu saio correndo até lá. Chego na porta e a abro com todas as forças possíveis quase a quebrando ganhando um olhar de confusão da minha mãe.

“Meu filho, que modos são esses?” ela diz se levantando da cadeira.

“Modos? Você quer falar de modos? Por que não começa a falar sobre uns 8 milhões transferidos 5 anos atrás? Alex Kievz é familiar para você?” falo e ela me encara com horror.

“Querido, o que você... o que você está falando?” ela diz com os olhos arregalados.

“Me diga a verdade, por que você depositou essa quantia na conta do policial que estava envolvido na investigação da morte do meu pai um dia depois dele ter morrido?” falo e ela balança a cabeça descrente.

“Isso não pode estar acontecendo...” ela diz levando ambas as mãos ao rosto.

“ME DIGA!!!” grito.

“Me diga por que diabos você pagou um policial e logo depois eles deram por encerrado as buscas! Me diga alguma coisa senão eu vou acreditar que você... você mandou matá-lo...” falo e ela balança a cabeça descrente.

“Não! Isso nunca! Eu amava seu pai, nós éramos uma família. Eles nos tiraram o Robert, não eu. Eles me obrigaram a isso.” ela diz em meio a lágrimas e eu franzo o cenho dando chance para ela se explicar.

“Eu e seu pai estávamos em uma crise na empresa naquela época. Procurávamos investidores, patrocinadores, acionistas e ninguém se oferecia para ajudar... mas aí entraram essas pessoas, Oliver. Eles estavam interessados em investir na QC de tal forma, mas tinham algumas condições que tínhamos que seguir senão eles desfaziam o acordo. Eu fiquei encabulada com isso, eles tinham outros investimentos e eu achava tudo muito estranho. Até uma vez, nós acabamos descobrimos o que eles realmente queriam que era desfalcar ainda mais a empresa para investir nesses projetos ilegais. Robert fez a coisa mais estúpida da vida dele, Oliver. Ele ameaçou denunciá-los à policia. Tudo para defender a empresa dele, mas foi muito estranho porque eles recuaram, não víamos eles em local nenhum na cidade, achamos até que eles ficaram com medo da ameaça. Mas aí veio a maldita viagem da Rússia, ele já sabia que poderiam tentar algo, ele ficou muito receoso no dia, não por medo de morrer, mas por se preocupar com a nossa família. Você era um jovem inconsequente que vivia por aí sem limites. Thea ainda era uma criança... Ele tinha medo do que poderia acontecer. E aconteceu...” ela diz soluçando e eu olho para ela com descrença.

“Eles o mataram derrubando aquele avião...” ela diz desolada.

“Esse policial veio até mim dizendo que era um deles, que ele estava infiltrado na polícia e que eles estavam dispostos a oferecerem um acordo. Que se eu desse a quantia exigida, nada aconteceria com a nossa família, eles iriam encerrar a investigação e dizer que foi tudo um maldito acidente. E que assim eles poderiam sumir do mapa. Eu só fiz o que qualquer mãe faria, eu só queria proteger vocês, querido.” ela diz limpando as lágrimas.

Continuação no ínicio (...)

Suspiro lembrando da discussão com ela e estaciono perto da cabana. Saio do carro me arrastando até a areia da praia e sento na areia tentando assimilar tudo o que eu presenciei hoje. Por que ela não me disse? Por que eles fizeram isso? Como o meu pai pôde me deixar? Me levanto abruptamente e grito o mais alto possível.

“Eu não fui o melhor filho para você! Eu estava bêbado quando você foi se despedir! Eu era um moleque mimado que tinha tudo na mão e não aproveitava o que tinha. Eu zombei de você e essa foi a última vez que te vi! Você ouviu isso, pai? A ULTIMA VEZ QUE EU TE VI EU ESTAVA BÊBADO!” grito olhando para o céu sentindo as lágrimas inundarem meu rosto com a brisa gelada da noite da praia no meu rosto.

“Eu só queria ter me despedido...” falo quase inaudível caindo de volta na areia.

“Foi horrível saber que você morreu assim, eu só queria ter tido mais tempo com você...” digo afundando minha cabeça em minhas mãos e chorando compulsoriamente por um tempo até ouvir passos se aproximando e logo após uma série de resmungos.

“Ai que droga!!! Estava demorando eu cair aqui! Eu sou uma burra mesmo, quem disse que salto alto combina com areia? Como eu não pensei que eles iriam afundar aqui?” escuto um resmungo de uma pessoa bem conhecida e o sorriso é inevitável.

“Claro Felicity, seu QI de 170 caiu agora para 32 depois dessa. Eu vou me enterrar aqui mesmo.” ela balbucia para si mesma e eu escuto sua voz bem mais perto e logo ela entra na minha visão e me dá um sorriso pequeno um tanto corada.

“Hey...” ela diz sentando ao meu lado.

“Hey...” falo e ela me dá um olhar emocionado.

“Como me achou?” pergunto olhando para ela.

“Bem você me mostrou esse lugar e disse que esse era um dos seus lugares favoritos então não foi difícil. Além de que eu segui o sinal do seu carro, então...” ela diz e eu assinto. Ficamos olhando a paisagem por um longo tempo antes dela falar novamente.

“Sinto muito, Oliver. Seja o que a sua mãe fez ou não, ela teve um motivo forte. Apesar de achar os métodos dela um tanto sinistro, mas ela ama muito vocês.” ela diz e eu suspiro.

“Meu pai sabia que iria morrer, ele sabia e tentou nos proteger mesmo assim.” falo e ela toca meu braço fazendo um carinho reconfortante.

“Eu li algumas coisas no email, ele mandou uma espécie de contrato explicando para tudo a ela. Vi assim que você saiu.” ela diz e eu lembro como fui insensato mais cedo.

“Desculpe... eu...” tento dizer mas ela me interrompe.

“Você não precisa se desculpar comigo, eu entendo como se sentiu. Você tinha todo o direito de ficar assim.” ela diz me puxando para um abraço e não tenho mais forças para resistir e me agarro a ela sentindo seu delicioso perfume. Ficamos assim por longos minutos, somente com a minha constante respiração e os batimentos dela.

“Sabe o que é pior... É saber que ele tinha consciência de que iria morrer e não poderia falar que era uma despedida para mim e para Thea. Eu estava de ressaca quando ele veio no meu quarto dizer que já estava indo. Eu mal o escutei, ele tentou me dar um abraço mas eu recusei, Felicity. Eu fui terrível com ele por toda a minha vida e quando eu o vi pelo ultima  vez, eu não falei nada porque eu era um moleque inconsequente que não ligava para ninguém... como meu pai pode ter orgulho de uma pessoa assim? Do que eu me tornei?” pergunto olhando para ela.

“Oliver por que ele não se orgulharia de você? Você pode ter sido o pior filho naquela fase para ele, mas você se arrependeu e tentou ser melhor. Você dedicou 5 anos da sua vida atrás de respostas sobre a morte dele, tentando vingá-lo. Você amadureceu sozinho de um menino à um homem em pouco tempo, assumiu a empresa da sua família e tenta todos os dias melhorar o dia de todas as pessoas a sua volta. Onde quer que ele esteja, ele só não está orgulhoso, como também, feliz de ver o homem honrado que você se tornou. Então me diga aqui e agora, você acha que ele não está orgulhoso de você?” ela diz e minha garganta fica seca embargada pela emoção e toco sua bochecha suavemente olhando para seus lindos olhos azuis em lágrimas.

“Você torna tudo mais fácil... É tão simples as coisas com você...” digo fazendo um carinho na bochecha e ela cora feito tomate. Parece que ela faz parte da paisagem.

“Por que você confia em mim assim? Você é boa demais para mim Felicity...” falo e ela dá um risinho negando lentamente.

“Você entrou na minha vida da forma mais icônica possível, abriu meu coração de um jeito que eu nunca achei possível, me faz sentir sentimentos que eu nunca achei que poderia sentir, me olha como se eu fizesse parte dessa paisagem... então eu digo, Oliver, eu confio em você como nunca pensei que pudesse confiar. E é por isso que eu...” ela diz olhando para mim com um olhar que eu nunca tinha visto antes.

“É por isso que eu te amo.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aeeeee teve declaração finalmente!!! Eu ia botar a continuação ainda nesse capitulo, mas achei que iria ficar muito grande, então no próximo já sabem né (caretinha safada).

Não sei se ficou claro, mas o lugar que o Oliver estava é o mesmo em que ele levou a Felicity durante o encontro.

Quem adorou o Oliver falando "Minha pequena"? Eu com certeza!

Muitas revelações nesse capítulo hein! Quero muuuuitos comentários porque voltamos com tudo!

Muitos beijos e até a próxima sexta :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eu Amo Te Odiar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.