—Não se preocupe, o Dr. Caslisle disse que ta tudo indo bem.

Ao chegar perto da casa de Sam e Emily, essa foi a primeira frase que ouvi, tinha saído da boca de Seth que tinha chegado ali poucos minutos antes de mim.

Logo em seguida uma onda de aflição, angustia, medo, felicidade, desespero tomou conta de mim, estava tudo misturado.

—Leah.- Meu irmão se aproximou de mim na intenção de me abraçar.

—Eu...

Meus pés começaram a se mexer inquietos, mostrando o quão nervosa eu estava.

—Eu preciso de ar, seth.- Fugi dos braços dele antes que me abraçasse totalmente.

Quando cheguei no lado de fora tudo piorou, pois eu podia sentir o cheiro do sangue da Emily, e se eu podia Bella e Edward também podiam sentir, eles estavam ali perto brincando com renesmee, e Jacob estava dividido se ficava com renesmee ou ficava mais próximo a casa de Sam.

Meu Deus.

Fechei as mãos empunho, e gritei sem pensar.

—Saiam daqui.

—Calma Leah, sabe que os cullens não fariam nada.- A fala de Jacob entrou por um ouvido e saiu pelo outro.

—Saiam.- ordenei novamente, em meio de um rosnado.

—Vamos indo Jacob.- Edward envolvia renesmee em um abraço.

—Mas eu quero ver o bebe pai.

—Outro dia querida.- Bella enrolava um cacho dos cabelos da filha no dedo.

—Diz tchau Jake.

Nessie ouvindo a fala do pai, correu para os braços de Jake, se despediu com um beijo na bochecha e com uma promessa que se veriam amanha.

Logo o trio tinha sumido da minha visão.

—Vai dar tudo certo.

Sussurrei par mim mesma.

Me escorei na casa, a chuva que mal tinha começa, parou totalmente, eu podia escutar os gemidos de dor de Emily, a voz Carlisle e a voz de Sam lhe dando apoio.

Por um momento eu desejei estar lá, segurando a mão de Emily, limpando cada gota de suor de sua testa, ser a primeira a dizer que seu filho havia nascido bem e Saudável.

 Meu corpo paralisou quando um som baixo de choro atingiu meus ouvidos.

O bebê havia nascido.

—Esme limpe-o.

Passos.

—Você conseguiu Emily.

Eu me encontrava completamente perdida, escutando os primeiros elogios que Sam dava a Emily por ter lhe dado seu primeiro herdeiro.

—Ele esta com fome.

Eu podia imaginar a cena, a vampira entregando o pequeno embrulho para os braços de Emily, enquanto Sam derramava lágrimas de felicidades.

—Leah.

Meu nome chamado por Emily,  um bolo se formou em minha garganta.

—Vou chama-la.

Meu corpo tremeu, eu quis fugir, quis chorar.

Contei 33 passos até Sam estar em minha frente.

—Por favor Leah.

Sam ne precisou pedir novamente, eu já caminhava pelo corredor, perto da porta estar o casal matriarca da família cullen, passei por eles como não os visse.

Ao entrar pela porta, meus olhos focaram na cama de casal, sobre ela se encontrava Emily sentada com um embrulho azul em seus braços, com o rosto com cansado, cabelos bagunçados.

—Leah venha conhecer o Noah. Emily sorria para mim e estendia o embrulho.

Emily o ajeitou melhor em seus braços, para que eu pudesse enfim ver o rostinho do pequeno bebê.

Meus olhos se prenderam nos castanhos dele.

—Noah, Noah Uley.

E então meu mundo mudou.

Ganhei uma razão.

Um motivo para respirar.

Alguém para me fazer sorrir.

Alguém para proteger e cuidar.

Alguém por quem eu daria a vida.

Então eu vi o passado, o nascimento do Seth e alegria de meu pai, meu primeiro beijo com Sam, minhas lagrimas por Sam ter minha traído com minha própria prima, meus desespero ao saber que meu pai morreu, minha primeira transformação e minha solidão.

Então vi o presente, o casamento de Sam e Emily, meus pensamentos suicidas, a gravidez de Emily, o penhasco, minhas novas amizades, minha pequena conversa com Emily pelo telefone,  o encontro com o vampiro e o momento que meus olhos se encontraram com os de Noah.

Então vi o futuro, eu brincava com uma criança e ela ria muito, eu dividia um pode de sorvete com um menino, eu e um menino fugia das ondas quando elas chegavam a areia da praia, eu nadava na cachoeira com um rapaz, o rapaz secava minhas lagrimas com as pontas dos dedos e então eu me vi sentada no penhasco observando o por do sol e ao meu lado um homem.

Senti lagrimas escorrendo por meu rosto.

—Eu to tão feliz Leah.

Emily também chorava.

—Nos estamos felizes.

A presença de Sam não me perturbava mais.

—Quer segura-lo.

Emily ofereceu, já empurrando o embrulho pra meus braços.

O peguei meio sem jeito, Noah sorriu para mim.

—Oi Noah.