A liga da justiça lutava contra Ártico, o conquistador de mundos. O nome falava por si mesmo, um ser de três metros que tinha uma forma parecida com a humana, mas com uma pele marrom-escura, olhos de um vermelho brilhante e nenhuma boca ou ouvido. Ártico era dotado da telepatia e telecinese, podia ler pensamentos, falar através deles e controlar o mundo ao seu redor com a mente. Era um adversário formidável.
A formação da liga foi simples, Flash iria distraí-lo, Superman iria desferir um soco em suas costas quando estivesse desavisado, e então a liga iria atacar com tudo o que pudesse. Mas esse plano falhou quando Ártico derrubou Flash e o empurrou contra a calçada impedindo-o de fazer qualquer movimento. Superman tentou atacar mas Ártico o imobilizou no ar e prendeu um poste em volta dele. Ele amarrou Mulher Maravilha em torno de seu próprio aço, jogou Ciborgue para longe. Batman jogou uma bomba de fumaça em volta de Ártico e vários batarangues, que pararam no ar. Num ato desesperado, Batman colocou o gel explosivo em seu punho e correu em direção de Ártico.  Subitamente, a corrida de Batman ficou inútil, e ele já não estava sobre influência da gravidade. Ele estava flutuando diante de Ártico sem poder se mover, então foi jogado ao chão e ficou de joelhos. Ártico começou a olhar diretamente nos olhos por trás da máscara de Batman, e os olhos do próprio foram ficando de um vermelho extremamente forte e ofuscante.

—Liberte seus medos. Não se contenha. Deixa a fúria te preencher.  – Ártico disse a Batman através da telepatia.

No mesmo momento, outra luz vermelha e forte surgiu, e era do raio de calor do Superman, que atingiu o rosto de Ártico e o atordoou, apenas para receber um soco do homem de aço que o deixou inconsciente.

— Você está bem, Batman? – Superman perguntou.

Para Batman, o mundo queimava. Tudo estava envolto em um vermelho do mesmo tom que as alucinações de gás do medo. Haviam vários sussurros em sua mente, palavras incompreensíveis. Batman então sentiu o corpo pesado, sua visão ficou turva e ele desmaiou.

 Bruce Wayne acordou em sua cama tamanho king na Mansão Wayne, apesar das cortinas fechadas, a luz do sol entrava no quarto. Bruce começou a ouvir um barulho que não ouvia já fazia algum tempo, Alfred chegando com o café da manhã.

— Bom dia senhor, como se sente? – Disse o mordomo, com um sotaque um pouco arrastado.

— Me sinto estranho, um pouco de dor de cabeça. O que aconteceu?

— Durante uma de suas lutas ao lado da Liga da Justiça, o senhor acabou se superestimando, se me permite dizer, ao enfrentar o inimigo sozinho.

— Acho que tem razão dessa vez Alfred, por favor, me traga uma aspirina.

Havia tempo que Bruce não tinha esses confortos, pois estava sempre ocupado lutando contra o crime ao lado da liga ou sozinho. Quando tinha começado a luta contra o crime, não dormia por causa dos pesadelos, muitas vezes envolvendo a derrota na luta contra o crime ou a fatídica noite que tirou dele seus pais. Algumas vezes, o gás do medo do espantalho trazia efeitos colaterais durante o sono. Mas agora, os pesadelos tinham cessado. Quando se perguntou o por que não dormia mais que uma hora por dia, percebeu que tinha apenas perdido o hábito. Mas dessa vez, os pesadelos tinham voltado.