Mudanças escrita por carolze


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Chegamos pessoal! Bem vindos a festa da Dulce!
Eu imagino que a festa, não vai ser o ponto alto do capítulo. Ela foi um meio para chegarmos a um fim!
Aproveitem bem muito a leitura!



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Cecilia poderia dizer, que quando chegou em casa e depois que foi bombardeada pelas informações do dia da filha, e então, conseguiu deitar e pensar em tudo, ficou tonta. Deitada ela já pensava em como seria do dia seguinte em diante na empresa. Não que eles estivessem fazendo qualquer coisa errada, longe disso. Mas gostaria de manter as coisas profissionais lá e assim falaria para o Gustavo.

Dormiu.

Acordou assustada com os gritos de Dulce.

— Filha! Acorda meu amor!
— Mamãe! Mamãe... Eu tive um sonho ruim!
— Tá tudo bem, eu tô aqui. Nada ruim vai acontecer. Você quer contar pra mamãe o que sonhou?
— Eu sonhei que você ia embora, que não me levava... Eu corria atrás de você, gritava muito e você não me ouvia. Parecia que eu nem existia.
Dulce falou isso no colo da mãe. Agarrou-se a camisola dela, e chorava como nunca.
— Isso nunca vai acontecer Dulce, eu não existo sem você na minha vida. Você é a minha vida. Eu te amo!
Cecilia tentou acalmar Dulce, não adiantou, ela não conseguia voltara dormir. Levou ela para o seu quarto e lá deitaram.
Pouco adiantou, já que Dulce passou o resto da noite aos cochilos e sempre que acordava, procurava pela mãe. A noite foi cansativa.

Dulce não queria ir pra escola, estava cansada. Queria ficar em casa e se possível com a mãe perto dela. Por mais que lhe fosse afirmado, que a mãe não iria embora sem ela, ela sabia que não iria suportar se um dia fosse separada da mãe. Esse era o seu maior medo.

— Mamãe por favor, eu não quero ir pra escola! Vamos ficar em casa hoje, por favor!
— Dulce, você vai pra escola, e eu preciso ir pro trabalho! Anda, levanta da cama, que eu vou preparar o nosso café!
Cecilia preparava o café, separou o uniforme da Dulce. Minutos depois a menina deixa o banheiro, e Cecilia a ajuda a se arrumar para a escola.

— Você toma o seu café da manhã, que eu vou acabar de me arrumar, ok?
— Ok mamãe!
Cecilia entrou no quarto para que pudesse trocar de roupa, Dulce ia começar a comer, quando o telefone da mãe tocou.

LIGAÇÃO ON

— Alô?
— Não é a Cecilia...
Gustavo riu
— Não! Aqui é a filha dela, quem é o homem masculino que tá ligando pra minha mãe?
Gustavo realmente adorava a menina!
— Dulce, aqui é o Gustavo! Sua mãe tá por perto?
— Não, ela tá no quarto se arrumando, e você sabe, mulheres femininas demoram a se arrumar. Porque você ligou pra ela?
— Eu queria resolver um assunto de trabalho, mas tudo bem, você avisa que eu liguei por favor?
— Aviso sim Gustavo! E mais uma coisa, você lembra que a minha festa é no sábado?
— Não tenho como esquecer! Estarei ai!
— Tchau Gustavo!

LIGAÇÃO OFF

Tudo que Cecilia ouviu foi o fim da ligação. Quando chegou perto, Dulce lhe avisou que Gustavo tinha ligado, para resolver um assunto de trabalho. Ela retornou a ligação.

LIGAÇÃO ON

— Oi, a Dulce acabou de me avisar... Na verdade cheguei no fim da ligação. Algum problema?
— Na verdade não. Eu queria saber se vocês gostariam de uma carona para a escola.
Cecilia mordia o lábio. Seria estranho pra Dulce, muitas explicações.
— Não. Na verdade já estamos atrasadas, e se te esperarmos, vamos nos atrasar mais ainda! Péssima noite a de ontem aqui em casa.
— Sua voz tá cansada... Tá tudo bem?
— Tá sim, chegando ai eu te explico.
— Tudo bem! Beijo e até daqui a pouco.
— Outro pra você!

LIGAÇÃO OFF

A primeira coisa que Dulce perguntou após fim da ligação, era se Gustavo estava emburrado de novo com Cecilia. Ela lhe explicou que não e que estavam resolvendo problemas do trabalho. Mas Dulce muito observadora como sempre, não deixou passar.

— Ele nunca ligou pra você de manhã.
Cecilia abriu e fechou a boca algumas vezes. Não sabia o que responder.

Cecilia chegou ao trabalho e a primeira coisa que fez, foi tomar um café, não era sua bebida favorita, preferia um chá, mas na atual situação precisava acordar. A noite foi fácil.
Entrou na sala e Gustavo já estava. O mesmo sorrio ao lhe ver mas depois fez uma expressão engraçada.

— Você é linda, de qualquer maneira mas hoje você tá linda e com cara de sono. O que houve?
— Dulce Maria teve um pesadelo, não conseguiu dormir direito e automaticamente eu também não. Ela passou a noite me acordando. Mas tá tudo bem.
Gustavo se aproximou dela, beijou sua bochecha.
— Bom dia!
— Bom dia pra você também. Eu vou buscar a agenda pra que possamos repassar.
— Tudo bem.
— Você vai ficar bem?
Cecilia sorrio, adorou a preocupação dele.
— Isso é sono Gustavo. Eu estou bem!
Ela foi buscar a agenda. O dia seria corrido, reuniões na empresa e um almoço fora, almoço esse que ela já sabia que não iria. Gustavo trataria diretamente com a cliente.

O dia foi longo. O sono incessante. Ela tinha certeza que chegou a cochilar na mesa, mas nada poderia fazer. Sorte que ninguém viu. Ansiava por estar em casa.
Finalmente o dia acabou. Gustavo tinha lhe dito que lhe levaria pra casa. Ela aceitou.

— Você tá pronta?
Ele perguntou quando a viu.
— Sim pi ri rim!
— Ótimo uso! Tudo bem, vamos embora!
— Será que antes você poderia me levar em um restaurante? Eu vou comprar algo para comermos, porque não tenho condições de cozinhar.
— Claro que sim!
Eles foram embora, Gustavo com a mão nas costas da Cecilia, os funcionários não olharam duas vezes.

Chegaram ao restaure, e Cecilia cochilava dentro do carro. Gustavo não queria acorda-la, mas seria preciso.

— Cecilia, você quer que eu vá comprar a comida?
— Sim, eu fico aqui cochilando... Esperando você.
— Claro. O que eu trago?
— Sopa!
Cecilia queria fechar os olhos novamente. Ouviu quando a porta do carro bateu e alguns minutos depois sentiu o carro saindo. Se virou e o viu. Pouco depois, estavam na porta da sua casa.

— Ok Bela Adormecida chegamos. Você quer que eu te carregue até lá dentro?
A frase foi o que a acordou.
— Não obrigada. Minhas pernas funcionam maravilhosamente bem. Obrigada pela comida! Quanto eu te devo?
— Nada!
— Adiantaria eu entrar em uma pequena discussão com você agora?
— Nem um pouco.
Gustavo falou tudo isso, se aproximando do rosto dela, ela estava deslumbrante com aquela cara de sono.
Foi chegando mais perto, mas assim que olhou no retrovisor, viu uma menininha na casa ao lado da Cecilia, olhando para rua. Era Dulce, e parecia estar preocupada esperando pela mãe.

— Eu quero muito te beijar, minha nossa como eu quero. Mas tem uma pessoinha ali na varanda ao lado, aparentemente apreensiva esperando a mãe. É melhor você ir.
— Tudo bem.
Gustavo foi surpreendido por um selinho. Não foi um beijo. Foi um roçar de lábios mas que o deixara querendo mais. Cecilia saiu do carro, deu um tchau. Ele ficou olhando quando ela foi encontrar a filha, a menina correu até ela. Falou algo que a fez sorrir e a abraçou.

Ele seguiu o caminho de casa. Estava feliz, mais leve. Estar com a Cecilia, parecia que um peso tinha saído de cima de seu peito. Tudo o que queria era faze-la feliz. Faze-las felizes na verdade.

A semana passou em um piscar de olhos. Quando se viu, era o sábado tão esprado.

Sábado de manhã. Cecilia acordou cedo, deixou que Dulce dormisse mais, precisava dela descansada.

Cecilia concordou que Gustavo viesse para ajudar, ela esperava que ele realmente a ajudasse.
Ela se arrumou, ou seja, roupa confortável de faxina. Já que tinha que organizar a casa...

Gustavo não demorou a chegar, e assim que ela abriu a porta, lá estava ele em azul, parecia ser sua cor favorita e sempre lhe caia bem. Gustava a cumprimentou com um beijo na bochecha.
Dulce chegava nesse instante.

— A aniversariante acordou mamãe!
Cecilia sorrio e deixou que Gustavo entrasse, enquanto ia falar com a filha.
— Já não era sem tempo! Meu amor feliz aniversário, que você seja feliz, que Deus te guarde sempre. Você é muito especial. Eu te amo!
— Mamãe, você é o meu melhor presente. Eu te amo!

Gustavo não queria atrapalhar um momento tão íntimo. Ficou mais distante!

— Gustavo, você chegou pra festa?! Ela só começa mais tarde!
— Eu sei, eu vim ajudar a sua mãe!
— Então você vai arrastar os móveis?
— Principalmente!

E assim, foi o dia! Móveis afastados, pediram comida pro almoço, porque não deu tempo de fazer nada.
Dulce não parava um segundo. Cecilia achou em um determinado momento, que a menina a deixaria tonta de tanta excitação para a festa. Gustavo ajudou bastante, arrastou móveis, foi buscar o bolo que a confeiteira de ultima hora disse que não poderia levar, buscou doces... No final do dia, quando estava se despedindo pra ir em casa trocar de roupas, elas lhe deram tchau o chamando de menino dos recados.

Cecilia arrumou Dulce, se arrumou com primor, seria o primeiro aniversário da filha, queria que tudo desse certo.

Dulce estava na sala, pronta para receber as amigas da escola. Elas chegaram e junto alguns adultos, todos se acomodaram, as crianças começaram a brincar, correr e a gritar. Era uma festa, música tocando algumas dançando. Cecilia organizou tudo o que pôde, inclusive contratando alguém que cuidasse do serviço de servir os convidados. Circulou na festa.

Dulce mais uma vez abriu a porta, o que a mesma fazia questão e deu de cara com Gustavo. Que lhe entregou um embrulho. Ela agradeceu.

As brincadeiras continuaram. Os poucos adultos que ali estavam, se reuniram mais afastados das crianças, Gustavo conheceu Ana e a professora de Dulce, Fabiana, que não ficou muito tempo ali, e foi brincar com as meninas. Cristovão já estava lá e ficou feliz em ver que Gustavo e Cecilia apesar de discretos, com toda a certeza tinham se acertado.

Cecilia chamou Dulce, depois de horas para que todos pudessem cantar parabéns! A expressão da filha, era de extrema felicidade. Ela cantava junto, curtia tudo!
Na hora de cortar o bolo, Dulce pediu para falar uma coisa.
Dulce olhou pra mãe que a abraçava.

— Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida todinha. Eu ganhei o melhor presente que eu podia pedir a Deus, ele me deu você de mamãe. E eu sou mais feliz todos os dias porque agora, você faz parte da minha vida. Eu te amo mamãe!
Cecilia estava em lágrimas. Abraçou mais ainda a filha.
— Você é o que mais amo nessa vida. Nada nunca vai mudar isso! Eu te amo minha menina!

Mais aplausos dos presentes. O primeiro pedaço do bolo foi para Cecilia. O bolo foi cortado. As crianças voltaram a brincar.
E no final de tudo, quando se despediram da ultima coleguinha de Dulce, Cecilia mal se aguentava em pé. Fez uma anotação mental de que no ano que vem, o aniversário não seria em casa.

Dulce sequer banho quis tomar. Caiu na cama e dormiu automaticamente. Cecilia deixou, uma única vez não faria mal algum. Pensou em tudo que ainda teria que organizar. A casa no caso.

Quando saiu do quarto de Dulce, os móveis que foram afastados, se encontravam no lugar, o lixo estava em sacos, e parecia que sendo colocado para fora. A comida na bancada da cozinha. Um anjo chamado Gustavo Lários estava organizando a casa para ela.

Ela parou e sorrio quando ele entrou depois de depositar o ultimo saco de lixo na rua.

— Sabe, você pode vir aqui mais vezes e me ajudar com o serviço domestico. Eu não ligo!
Falei colocando a língua pra fora e sorrindo.
— Pois fique sabendo, que eu sou muito funcional em uma casa. Na minha não ajudo, porque tenho quem me ajude. Mas sei me virar bem. Eu já acabei por aqui, você só tem que guardar a comida. Você demorou no quarto da Dulce.
— Eu fiquei a olhando dormir. Garantindo a mim mesma que ela está bem e protegida. É uma angustia constante, sempre garantir que ela esteja bem e feliz. Acho que isso é ser mãe. Uma preocupação constante.

Gustavo se aproximou de Cecilia, beijou sua bochecha. Sabia que assim como ele, ela também estava cansada.
Passou os braços por sua cintura, beijou seu pescoço, ela lhe deu acesso. Cecilia virou-se, para que pudesse ficar de frente para Gustavo, segurou seu rosto e o trouxe para perto dela. O beijou, beijou da forma que sonhava. Um beijo profundo e cheio de suspiros.
Gustavo a trouxe para mais perto dele, tão perto quanto fosse possível. Depois do que pareceram ser segundo, Cecilia se afastou. O rosto corado, a boca vermelha e ainda mais convidativa.
Deu um passo para trás. Havia limitações, Cecilia não especificou mas estava certo disso. Pediu que ela lhe levasse até a porta.

— Poderíamos almoçar juntos amanhã. O que você acha? Acha que a Dulce vai gostar?
— Eu acho que sim. Vou sugerir a ela e te ligo confirmando. Tudo bem?!
Tudo certo.
Beijaram-se mais uma vez e Gustavo foi pra casa. Ambos estavam felizes.


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Notas finais do capítulo

Pelo menos aqui, já tivemos beijo #Gucilia, porque na novela que é bom... Tão tombando a gente toda santa semana... Mas se fomos pacientes para a queda do hábito, imagine pro beijo? Ah eu espero!

Foi um desabafo!

Bom gente, a festa da Dulce foi curtinha... A partir daqui, teremos #Gucilia... E #Decilia... E finalmente o drama vai começar.

OBS: Gente eu realmente AMO os comentários de vocês! Cês nem fazem ideia! ... Continuem a me dizer o que acham! Isso é de extrema importância!
Bjos :)



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