Expansão da Realidade – Terror Humano escrita por Death Angel


Capítulo 5
Capítulo 5 - Silence


Notas iniciais do capítulo

Passando pela difícil viagem, enfim chegamos ao nosso destino, mas...



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30%. 16h53.

Após o súbito aumento de adrenalina, pelas situações presenciadas, seguimos viagem. Passando por dentro da cidade ainda era possível testemunhar algumas transformações. Como a cidade era um pouco mais desenvolvida, havia bastante prédios por ali. Como já havia pensado, que a contaminação aconteceu de dentro para fora, vimos também seres engradeados pelos seus condomínios. Pela primeira vez tivemos problemas de trânsito. Motocicletas eram comuns para alguns sobreviventes. Como típico do ser humano, não vira quase nenhum sinal de solidariedade, apenas famílias sendo destruídas de forma abrupta. Talvez meu linguajar esteja um pouco requintado demais, se preferir as gírias me avise! Tá ligado?

Ainda passaríamos por uma hora de viagem, dessa vez passando por dentro de cidades pequenas, já esperava alguns problemas. Na primeira cidade que chegamos, muitos estavam nas ruas, e algumas delas bloqueadas por veículos destruídos. Mas dessa vez conseguimos atravessar a cidade com alguns atropelamentos escandalosos. Nossa cabeça estava um pouco mais acostumada com aquela situação. Já pensou se eu já tentei socorrer alguém para que esta pessoa sobrevivesse? Aconteceu ali. Uma mulher jovem, ruiva, bem ali em frente ao único posto da cidade. Dentro da conveniência esse posto, totalmente de vidro, a moça trancara a porta de vidro enquanto vários tentavam destruir-la. Parei imediatamente o carro, corri com uma das espadas na mão, mas... era tarde. Quebraram toda a porta. Entraram. Acabaram com o corpo, agora sem vida, da moça em instantes. Algo que me preenchia a alma desde os primeiros acontecimentos estava dando sinais de vida. Arranquei a cabeça de um dos errantes com a bainha, enquanto perfurara outro com a espada. Katana. O que fosse. Acabei com minha mão no crânio de uma criança amaldiçoada. Fui pego e jogado para fora da lojinha, vi só resquícios de avanço dos seres enquanto estava atordoado da queda. Meu amigo chegou no exato momento em que eu iria ser devorado. Trocou golpes desesperados me levantou e fomos direto ao carro. Não estava conseguindo pensar, enxergar ou entender por que tudo aquilo estava acontecendo. Mandei ele dirigir, mas infelizmente ele não sabia ainda. Fiquei tomado de raiva por esses instantes, instantes em que meus olhos enxergavam vermelho e minhas pupilas descontroladas. Me acalmei rapidamente. Mandei ele passar para o banco de trás rápido, pois estavam vindo atrás da gente. Acelerei o carro rapidamente e fomos embora, mas as cenas não paravam de se repetir na minha mente e sangue... escorria direto para os meus olhos.

            23%. 17h20.

Perdemos bastante tempo nesse meu ato falho de ser herói. Cerca de 40min nos distanciavam ainda, minha preocupação só aumentava enquanto o sol ia embora. Sem carregador para o celular, a iluminação já decaia. As outras cidades foram mais tranquilas de transpassar. Mas a crueldade ainda era presenciada. Agora eu não me importava mais. Meu pensamento estava somente direcionado a uma pessoa. Comecei a mandar mensagem dirigindo mesmo, esperando não levar multas. Sim, mandei mensagens anteriormente para ela. Mas logo desligava o 3G para n tomar muita bateria. Vez ou outra mandava mais uma mensagem. Essa vez ou outra era a cada 5 minutos mas tudo bem. 17h39.

Agora chegando, não recebi mensagem a 23 minutos. Estava saindo de uma cidadezinha que a 10 minutos eu chegava onde ela está. Acelerei bastante. Comecei a explicar a ele como era lá, já que o sol já estava quase no fim. É uma universidade enorme, mata atlântica, cheio de árvores grandes também. A primeira entrada é um portão de correr controlado pela guarita e os seguranças, e a segunda entrada é semelhante mas com um portão menor. Não sei por onde ir, o primeiro portão fica de mais fácil acesso e o segundo passa pelos quartos masculinos, pode atrair algum. Decidi ir pelo primeiro mesmo.

Chegamos ao portão, fechado. Não dava para ir de carro. 17h49. 14%. Ligamos as únicas lanternas que tínhamos, as do celular. Era um portão e uma rua aberta, com uma escada de concreto que dava acesso mais rápido para os quartos femininos e a rua seguia para uma ladeira que também dava acesso para esses quartos. Esperava mensagens, mas nada chegava pra mim. Quase corri para atravessar o portão, quando meu amigo me puxou e mandou eu me acalmar. Dava para ver um corpo de aura negra dentro da guarita. Decidimos trancar-lo lá dentro e pegarmos o caminho mais rápido, pois ele possivelmente iria atrair outros. E fizemos. Corremos subindo as escadas, enquanto olhávamos pelos lados para nos defender. Acabamos dando de cara com uma moça que estava de joelhos no chão, mas sem reações. Ela não foi pega, mas também não estava mais viva. Era como se ela tivesse tido um choque de desespero. Passamos e fomos em direção aos quartos. O corredor desse alojamento era grande, que dava acesso aos inúmeros quartos, porém o dela era o primeiro. Pedi para ele me dar cobertura enquanto entrava no quarto, cuja porta estava aberta... marcas pelo chão... móveis derrubados e o silêncio era soberano.


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