PDV Geral

 — Bom, vamos dar início ao banquete. - Marissa, mãe do Freddie, estala os dedos, o que faz com que uma série de pessoas surja e servia os três. 

Sam, ainda irritada pelo seu desentendimento com a Sra. Benson, tentou ao máximo desfrutar um momento de paz no momento da refeição. 

— Aconteceu alguma coisa? - Freddie, que se encontrava ao lado da namorada, murmurou baixinho para sua amada.

— Não - Sam encarou Sra. Benson por uns segundos, mas logo voltou as atenções para o namorado e não fez esforços para traçar um beijo nos lábios do moreno. - Eu vou precisar ir ao banheiro... 

— Basta virar a primeira esquerda - informou o nerd para a loira.

Calmamente, Sam se levantou da cadeira e passou pela "sogra" com um sorriso perverso no rosto. Ao entrar no banheiro, a primeira coisa que a Puckett fez foi sacar o telefone para comunicar a melhor amiga. 

Carly [via telefone]: E aí? Como está sendo?

Sam: Péssimo! A mãe do Freddie é a própria personificação do "demon" Só liguei mesmo para pedir uma opinião sua...

 Do outro lado da linha, a loira pôde escutar um suspiro da morena.

Carly: Ah, não deve estar sendo tão ruim assim. Mas, conta. Opinião de quê? O que você pretende aprontar, Samantha Puckett!?

Sam: Nada de mais, ué... Eu só... - Revirou os olhos - Ok, vamos ter um jantar agora. Então, estava pensando num meio de colocar uma pimenta na comida dela. - Sam parecia tentar procurar sua carteira dentro do bolso do vestido. Procurou por todo o canto. - Espera, você tirou a minha carteira do vestido? 

Carly: Sim, eu tirei a sua carteira, Sam. E ainda bem que você me contou que guarda pimenta dentro dela... Já estou indo confiscar tudo.

Sam: Olha, você não tinha esse direito. Mas tudo bem, acho melhor colocar três colheres de sal na bebida dela.

Carly: SAM! Não me faça ir até aí... Não te dei aulas de etiqueta para você fazer isso. Tá me ouvindo? Sam! SAM!!

A loira não deu mais ouvidos à Shay. Desligou a ligação e retomou o banquete com os Bensons. Marissa bebia uma taça de água, enquanto esperava Sam para dar início a degustação. 

— Bon appetit - disse Sra. Benson quando a loira se sentou a mesa novamente.

À mesa havia um grandioso pernil - rodeado por diversas frutas, legumes, verduras e mais algumas folhas e cogumelos -; além de coisas que a Puckett nunca nem se quer ouviu falar. 

A loira foi uma das primeiras a por as mãos, literalmente, no pernil. A atitude fez a mãe do Benson ficar de boca aberta e paralisada. Samantha parecia um animal legítimo comendo sua presa. 

— Hmmm. Uma delícia, Sra. Benson - Foi a única coisa que saiu da boca cheia de Sam, que continuou comendo uma coxa gordurosa. Ela ainda acenou para um dos possíveis cozinheiros particulares, dizendo - Poderia trazer queijo ralado!?

Freddie tampou o rosto justo quando o queijo ralado fora parar nas mãos da Puckett, pois praticamente todo o pó do queijo ralado passou a ser despejado na comida da loira.

— Sam! - Freddie murmurou para a namorada, fazendo-a parar de mastigar sua coxa por um breve instante. 

— Eu estou morrendo de fome... - Com a boca toda suja, Sam sorri e lança uma piscada para o namorado. Após finalizar sua coxa, a loira jogou o seu osso para longe. Inevitavelmente, o osso foi justamente parar no prato da Sra. Benson, que surtou de vez.

Talvez o ato tenha sido sem propósito, porém, ninguém iria acreditar profundamente nas palavras da Puckett.

— AHHH - Marissa grita de um jeito histérico, largando o garfo no chão. Seu choque maior foi quando Sam sorriu ao notar a besteira que fez. 

Ainda abismada, Sra. Benson opta por se retirar da mesa às pressas, deixando Sam e Freddie a sós.

Enquanto limpava a sua boca com um guardanapo, Sam trocou olhares com o namorado, legitimamente chateado. Ele balançou a cabeça, negando a atitude da loira. 

— Freddie... - Sam, agora, expôs uma expressão mais séria. 

— Eu vou ver como ela está. - Ele se levanta, deixando-a sozinha.

Mesmo com todo o clima de tensão, a loira continuou comendo e provando as diversas comidas do imenso banquete. 

 (***)

Horas depois, Sam recebe a notícia de que a Sra. Benson ficaria em seu quarto por um longo período, o que significa que ela não iria se despedir da mais nova namorada do filho. 

A caminho de volta para a vizinhança das Pucketts, Freddie permanecia com uma expressão revoltante no rosto, enquanto Sam aparentava tranquila, mas, ainda assim, intrigada e pensativa, olhando para a paisagem na janela do carro. 

Quando finalmente notou que estava prestes a chegar em casa, Sam virou-se para o nerd e lhe perguntou:

— E ai? Quer conversar? - Ela apoiava o seu braço na janela do carro e mordia uma das unhas.

De braços cruzados, Freddie olhou para a namorada:

— Por que fez isso? Foi... Horrível. 

— Olha - Sam se acomodou melhor na cadeira. - Ela que começou. Sua mãezinha me provocou quando você saiu para...

— E por quê não me contou antes? - Freddie lhe interrompe. - Quando eu lhe perguntei "Aconteceu alguma coisa?", você me convenceu que estava tudo bem.

Ela suspira, notando que realmente devia ter contado antes, mas, de qualquer forma, se sentia vingada pelo ocorrido na casa de Marissa. Ela nunca imaginou que sua primeira briga fosse por conta da mãe de seu namorado. Se sentia incomodada pelo fato dele ainda estar chateado.

O carro finalmente chegou ao seu destino final, estacionando exatamente na entrada principal da casa das Pucketts.

— Me perdoa? - Sam buscou olhar bem nos olhos do Benson.

Freddie suspirou e pela cara fechada ele indicava que iria retomar com a discussão, mas surpreendeu a loira com um de seus beijos. Logo se aproximou, envolveu as duas mãos nas bochechas da Puckett e movimentou lentamente os lábios nos dela.

— Bom, vou considerar isso como um perdão - Ela brincou, enquanto se retirava do carro e se despedia do namorado.

Assim que Freddie partiu e Sam entrou em sua casa, recebeu mais alguns sermões de Carly, que cogitou e pensou exatamente o que aconteceu na casa dos Bensons.

— Você é maluca, Sam. Estragou a oportunidade de fazer a mãe do Freddie confiar na relação de vocês. 

A loira revirou os olhos, sentou na poltrona para retirar os saltos e deu de ombros:

— Pouco me importa a aprovação dela ou não. - Sam respondeu com convicção. - Mas... Admito que me senti um pouco mal pela consequência dessas minhas atitudes, pois o Freddie nem se quer ficou do meu lado. - Ela entortou a boca, chateada. - Argh, nunca me senti assim, sabe? Fazer besteira e se arrepender depois.

Carly sorri, pondo as mãos na cintura. 

— Isso é o amor mudando as suas atitudes. - A morena não conseguia esconder o seu derretimento pela demonstração de afeto da loira. - Juro que também pensei que essa sua insensibilidade fosse perdurar pelo resto da sua vida.

— Ah, chega, Carly! - Sam volta a suspirar fundo, embora tenha parado para pensar na possibilidade de estar, de fato, amando o Freddie. 

— Tudo bem! - Carly ergue as mãos para o alto, rendendo-se. - Mudando de assunto: Spencer foi visitar o nosso apartamento agora a tarde. Ele me avisou que já poderemos voltar amanhã pela manhã. 

Justo quando Sam estava se acostumando com a presença da melhor amiga/colega de quarto em sua própria casa.