O amor é uma palavra que define muitos relacionamentos, como o de mãe e filho, os de irmãos, primos, parentes mais próximos, animais de estimação e etc. Mas o que é mais comum é o amor entre um homem e uma mulher, aquele que se constitui uma família e se apoia na alegria e na tristeza, na saúde e na doença como diz o padre na hora do "aceito". Esse amor é belo aos olhos de uns, uma perdição aos olhos de outros, o utilizam de várias formas para satisfazer seus desejos ou simplesmente o viver por toda vida feliz como todos desejam. O amor pode ser perigoso senhoras e senhores, pode nos levar a fazer coisas absurdas ou simplesmente nos fazer se arrepender do nosso passado e nossas ações. O amor nos transforma, de melhor ou pior dependendo de quem escolhermos, e foi exatamente isso que aconteceu comigo: eu me apaixonei.

  Tudo começou quando me mudei de escola, tinha feito bombinhas caseiras no quintal de um colega de classe e nós dois colocamos essas bombinhas nas privadas do banheiro da escola o que causou uma enorme bagunça, água para tudo qualquer lado e tiveram que fechá-la por um bom tempo. Óbvio que teve um dedo duro e nos entregou, e assim fui expulso pela segunda vez. Meus pais ficaram furiosos quando souberam e tiveram que deixar os Estados Unidos para resolver meus problemas aqui no Brasil, o lado bom é que só assim consigo vê-los sem ser por Skype.

Um garoto delinquente resultou em um internato até completar dezoito anos, como a minha única irmã morava em Londres para estudar contabilidade tive de me mudar e ficar sob sua supervisão enquanto morava em um internato. Foi até duro deixar o Brasil porque é um país onde a zueira reinava e eu era o rei, fora as mais belas garotas que se ajoelhavam para ficar comigo, mas ao menos os ingleses conhecerão um pouco da cultura HUEHUE que se vacilar não é perdoado, fica marcado para sempre.

Ao arrumar  as minhas malas na casa onde só vivia eu, dois seguranças e três empregadas me dirigir ao carro junto aos meus pais, eles estavam de cara fechada comigo. Minha mãe, Camila, suspira não gostava de ficar brava com sua joia rosa caçula.

— Quartzo, querido quando é que você vai crescer? Já tem dezoito anos meu amor! — disse minha mãe. Eu fechei a cara, como odiava esse nome.

— Mãe eu ainda vou fazer dezoito anos,e outra só foi uma brincadeirinha!

— Eu juro que vou te desertar se causar algum problema na Inglaterra, principalmente a Safira que esta se dedicando ao máximo na faculdade.

— Não vou nem conseguir respirar naquele lugar sem que alguém mande mamãe! — retruquei, tinha quê deixa-la tranquila.

— Quartzo seja obediente pelo menos uma vez na vida — eu bufei, nossa como odiava esse nome!

— Sim mamãe — em relação ao nome não posso fazer nada por mais que pedisse para não me chamarem de Quartzo. 

E lá estávamos nós indo ao aeroporto e meus pais falando sobre como o internato será ótimo na minha vida para virar um homem de verdade e todo aquele Blá Blá Blá, eu estava é triste por deixar meu reino de travessuras e tantas deusas a minha disposição. No avião peguei no sono, só queria chegar logo a casa de minha irmã e conversar sobre seus babados e aventuras na faculdade. Sim, Safira não era exatamente um anjinho como meus pais pensavam, ela era bem discreta diferente de mim que era bem exposto a tudo. Bom, pelos menos nenhum de nós era burro, tirávamos as melhores notas e é por isso que esse internato me aceitou. Meu histórico era bom por conta dos dez e ruim por causa de algumas suspensões e das duas expulsões.

Na casa da minha irmã na cidade de Londres meus pais estavam dando um ultimato em nós dois, se tivessem algum problema tenho até medo do que poderiam fazer. Apesar das broncas eles se despediram de forma carinhosa e gentil como sempre, eu e Safira só os via nas férias e no natal desde que fundaram uma empresa. Boa parte da minha vida fui pobre e estudei em escola publica, só fazia seis anos desde da grande riqueza então eu e minha irmã fomos para escolas particulares. Ela se formou e decidiu estudar aqui na Inglaterra, sempre foi seu sonho enquanto eu, bom, quis ficar no Brasil mesmo por causa de alguns acasos. Agora depois da minha pequena travessura estou preso em um internato durante cinco dias na semana e preso dentro de casa nos finais de semana. Maravilha né?

— Quartzo por favor não exploda nada dessa vez, não quero ter que me mudar por sua causa! — ela sabia que eu odiava meu nome, e sabia que seu diminutivo também a irritava.

— Não se preocupe SAFIRINHA, já cansei de mudar de escola também — ela odiava quando eu a chamava assim — E não me chama de Quartzo, sabe que detesto esse nome!

— Só falo pra te irritar mesmo cabeção, e você também não me chama de Safirinha é ridículo! — concordei com a cabeça.

Eu e minha irmã tínhamos nomes de joia por causa da cor de nossos olhos, mas ao menos nossos segundos nomes eram normais. Ela se chama Safira Miranda Grey, seus olhos são azul royal muito lindo de dá inveja. E meu nome... Bom... Quartzo Jonathan Grey, meus olhos são bem raros num tom rosa quartzo e por isso o nome que odeio. A cor acho linda mas não para os olhos de garoto, além do nome ser estranho e fácil de zuar. Sofri bullying, queria colocar lentes de contato mas quem disse que minha mãe deixou? Ela me consolava dizendo que eu era uma joia rara e que os outros tinham inveja dos meus belos olhos rosa que toda Barbie quer ter.

A única coisa legal nesses olhos é que conquistei fácil muitas patricinhas da minha antiga escola, com um olhar sedutor. Que garota não quer um homem bonito, boa pinta, charmoso? Fácil fácil. Gosto que as pessoas me chamem de Johnny ou Jonathan mesmo, é um nome legal.

Arrumo minhas coisas para ir ao internato pela manhã, rezando para não encostar pessoas chatas em meu dormitório porque se tiver um alguém assim juro que taco fogo nessa pessoa. Espero que as garotas sejam maravilhosas e legais, e desta vez não serei pego por ninguém pelas minhas pegadinhas catastróficas. Um internato precisa de um pouco de diversão às vezes né? Com certeza!