Aposta alta escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 30
Meu herói!


Notas iniciais do capítulo

Reta final ♥



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NA PRACINHA...

Dani corria de um lado para o outro tinha a roupa já rosa pelo sorvete que havia derramado no vestido mais isso era um mero detalhe para ela que queria apenas correr livre e escorregar no escorregador, balançar na balança e sorriu lindamente como era sempre. Vânia que tinha sido avisada por Jairo onde estava desceu ali mesmo de seu carro e foi até eles.

VÂNIA − Olá, meus amores!

AURORA – Vovó... − Aurora saiu correndo para abraçar avó.

Vânia agarrou o corpo de sua neta e a beijou.

VÂNIA − Que linda você está, minha neta. − caminharam e ela foi até Lucas que sorriu para ela e ela o pegou o abraçando e cheirando seu pequeno príncipe. − Aí que saudades que a vovó estava de vocês.

AURORA − Dani, vem ver a vovó! − Aurora gritou para ela que estava no balanço.

Dani olhou e se negou a ir.

DANI − Tô ocupada galota. − e continuou a mexer os pés.

AURORA − Sai daí sua malcriada vem falar com vovó! Desculpa, agora tá ficando sem educação.

Jairo olhava apaixonado para Vânia desde o momento em que ela tinha aparecido ali

JAIRO − Deixa sua irmã, Aurora depois ela vem falar com sua avó!

VÂNIA − Deixe ela brincar, Aurora. − sorriu com o neto nos braços. − Meu Deus eu só fiquei uns dias sem te ver e você cresceu muito. – o bebê fez palminha para ela e puxou o rosto da vó mordendo.

JAIRO − Parece uma eternidade o tempo que você ficou longe! − disse sentindo o coração acelerar.

Ela o olhou e sorriu.

VÂNIA − Você me viu ontem.

JAIRO − Eu não quero só te ver!

VÂNIA − Não precisamos falar disso na frente de nossos netos!

JAIRO – Não, não precisamos, mas se você não está disposta a falar comigo disso em momento algum! Você não quer ser minha mulher isso eu já entendi! − ele estava tão magoado tão sentido tão chateado que tudo pareceu escuro estranho naquele momento.

VÂNIA − Eu que não quero ser sua mulher? É você que não entende o que eu estou sentindo!

JAIRO − E por que você não me quis? Porque você não me diz exatamente o que ainda está sentindo? Seu filho já voltou estamos todos felizes as coisas voltaram alugar o que ainda falta?

VÂNIA − Por favor, vamos conversa depois sem nossa neta aqui. Não seja infantil! − Aurora ficou completamente muda.

AURORA − Vovô quer que eu saia? Eu posso dar uma volta com Lukinhas, aí você conversa com vovó.

VÂNIA − Não! Eu vim aqui pra estar com vocês! − falou seria.

AURORA − Ai, vovó então vamos ali na casinha comigo! − ela apontou a casinha da arvore.

VÂNIA − Sim, filha vamos. − ela olhou Jairo mais uma vez e saiu com ela.

Aurora e Vânia foram junto com Lukinhas para casa da árvore e começaram a brincar lá ela parecia mais criança do que Dani, depois gritou a irmã e fez com que ela fosse até lá brincar com eles e quando ela subiu e viu a avó.

DANI− Você num mim deixa galota, eu em. − olhou a avó. − Veio biga de novo? − Dani não esquecia as coisas fáceis e Vânia sabia bem disso.

VÂNIA − Meu amor, vovó só quer brincar um pouco com vocês, você não gosta mais da vovó? − Dani pareceu pensar.

DANI− Eu goto mais não goto de biga!

AURORA − Dani, não fala assim com vovó! A vovó vai ficar triste se a gente ficar falando desse jeito com ela. − Vânia deu Lucas para Aurora e pegou ela no colo. − Já acabou aquilo.

VÂNIA − Desculpa se a vovó foi brigona mais a vovó estava triste e por isso falou daquele modo mais nunca mais vovó vai fazer tá bom? − Dani agarrou ela beijando seu rosto.

DANI− Se biga eu boto de catigo! − Vânia sorriu e a encheu de beijos amava aquela pequena mais que tudo.

Lukinhas se agitou no colo de Aurora cheio de ciúme, ficou se movimentando enquanto avó abraçava a irmã.

DANI− Ó babão é meu... − começou a rir e a abraçar a avó mais.

Aí que ele se agitou ainda mais.

AURORA − Meu avô ficou lá embaixo! − falou toda preocupada com o avô. − Você voltou para ele?

VÂNIA − Eu nunca o deixei meu amor!

AURORA − Meu vovô te ama! Te ama muito, por favor, vai lá em casa.

VÂNIA − Eu também o amo muito! A sua mãe me expulsou acho que não devo ir.

AURORA − Minha mãe não vai fazer isso! A minha mãe ama a gente e ama você também, vó, ela está zangada porque você falou coisas muito feias para ela você ia gostar que alguém falasse que você não sabe criar meu pai? Quando meu pai ficou preso você pensou que você não soube criar ele? A minha mãe só defendeu o que é dela.

VÂNIA − Eu me pergunto o que fiz de errado para que ele chegasse a ir pra cadeia mesmo que por um erro.

AURORA − Vó não vamos falar nisso não, vamos ficar brincando!

VÂNIA – Sim, meu amor, me desculpe! − beijou ela e soltou Dani para que ela continuasse a brincar.

Jairo veio com várias pipocas e entregou a elas.

JAIRO − Desçam da casinha para comer!

DANI − Eu tô bem goda com tudo isso! − Dani falou rindo, mas pegou pra comer depois que pulou no colo dele e ele a colocou no chão.

Vânia desceu e pegou a pipoca sem deixar de olha-lo, ele entregou a de Aurora e o biscoitinho do Lukinhas porque ele não podia comer pipoca ficou olhando para a Vânia esperando para ver o que ela ia dizer ele não se cansava de olhar para ela.

VÂNIA − Eu te amo. − foi o único que disse antes de quebrar o contato com os olhos dele e sair de sua frente e ir sentar com Aurora.

Ele foi a elas e se sentou também estava sempre com os olhos presos nela, era a mulher de sua vida.

JAIRO − Você faz falta perto das crianças e também perto de mim!

VÂNIA − Eu preciso conversar com Cristina antes de mais nada!

JAIRO − Você pode fazer isso quando quiser, ela vai te atender!

VÂNIA − Sim, eu sei... − falou baixinho.

JAIRO − Eu quero que você saiba que eu não sei viver longe de você e não quero ser o tipo de pessoa que vem te visitar de vez em quando, não é isso que eu quero para minha vida! Eu quero você junto comigo todos os dias acordando comigo casada comigo. − os olhos dele envolveram os dela.

VÂNIA − Eu já disse que não quero casar, se me quer vai ter que ser assim nem a aliança que prometeu me deu ainda! – cobrou.

JAIRO − Depois de tudo que você me disse depois de tudo que aconteceu eu guardei ela comigo esperando que você decida ser minha mulher, mas você não vai mesmo casar comigo colocamos aliança, colocamos aliança e ficamos como namorados porque é melhor ser namorado do que não ser nada!

VÂNIA − Vai me ter junto a você para sempre! − sorriu pra ele.

JAIRO − Assim eu gosto, amor! Assim eu gosto. − e eles começaram a rir vendo Lukinhas pedir a pipoca de Dani e avançar nela.

Dani Ficava muito brava quando tinha que dividir comida, Aurora pegou um pedacinho bem pequeno colocou na boca dele.

AURORA − Vô, eu quero suco!

DANI − Eu quelo um danoni e meu papai... − falou triste.

JAIRO − Vamos para casa então, amor, deixa vovô comprar o suco de sua irmã, você quer algo, amor?

VÂNIA − Não, eu espero aqui com elas! − ele sorriu e foi comprar o suco dela e depois de alguns segundos saiu e deu de cara com um rapaz olhando Aurora.

JAIRO − Você conhece minha neta, rapaz? − era Augusto e estava de pé olhando ela.

AUGUSTO − Eu sou o namorado dela. − falou com o peito estufado.

JAIRO − É mesmo? E por que eu o avô dela não conheço você? − ele o olhou.

AUGUSTO − Porque ela não quer me assumir para a família porque o pai está preso! − Jairo sentiu raiva dele na mesma hora.

JAIRO − O pai dela está solto rapaz e é inocente e se ela não te apresentou é porque você não é o namorado dela! – Augusto riu.

AUGUSTO − Ela já foi até minha mulher, vocês não podem impedir o nosso amor! − o suco caiu da mão dele na mesma hora e sem conseguir se controlar Jairo segurou Augusto pela camisa suspendendo ele.

JAIRO − Que merda é essa que você está falando rapaz? Você fez o que com minha neta?

AUGUSTO − Me solta! − tentou se soltar.

JAIRO − Eu não vou te soltar até você falar o que fez para minha neta! Pode começar a falar.

AUGUSTO − Eu não fiz nada que ela não quis! – gritou.

Aurora percebeu que o avô estava segurando Augusto e se levantou correndo e foi até eles, quando se deu conta do que o avô estava fazendo ela ficou apavorada.

AURORA − Deixa ele vovô, deixa ele para lá!

AUGUSTO − Diz a ele, Aurora que eu sou seu homem, diz para ele! − Jairo ficou vermelho como um tomate e olhou para neta que estava nervosa quase chorando.

JAIRO − Isso é verdade, Aurora?

AURORA − Deixar ele ir embora!

JAIRO − Esse vagabundo fez o que, Aurora? − ela começou a chorar e não sabia como reagir porque não ia mentir para o avô.

AUGUSTO − Diz a ele que eu não fiz nada que você não quisesse, que você é minha namorada a minha mulher! − olhava para ela.

AURORA – Vô, eu não tenho mais nada com ele mais a gente já teve! − quando Jairo ouviu da boca dela aquelas palavras dele nem pensou mais simplesmente deu dois socos no rapaz fazendo de cair no chão.

JAIRO − Você tem coragem de tocar na minha neta? Ela é só uma menina! − Aurora começou a chorar mais alto desesperada e nervosa ela foi até o avô segurando ele.

AURORA − Para vô, por favor, vamos embora para! − Jairo sentiu o coração cada vez ficar mais tenso.

JAIRO − Escuta aqui rapaz eu vou falar com o pai dela e a coisa vai ficar feia para o seu lado e se não acabar com a sua raça eu mesmo acabo com você! − Augusto segurou a boca e olhou bem para Aurora com ódio.

AUGUSTO − O que ta feito não pode ser mudado, ela minha pra sempre!

AURORA − Vamos embora, vô, por favor, vovô vamos embora, por favor, vamos embora! Cala a boca Augusto cala a boca. − ela estava muito nervosa porque sabia que o avô ia ficar cada vez mais estressados.

Vânia apenas segurava Dani que estava agitada e gritando pelo avô, Jairo foi até ele de novo e deu outro soco na cara e dessa vez marcou.

JAIRO − Você é um canalha, vagabundo, você não é um homem! Homem que é homem não sai por aí falando das mulheres, minha neta nem é uma mulher, ela é só uma menina. − Augusto levantou e foi para cima dele não ia apanhar de graça.

Jairo segurou ele pelo pescoço e levantou e ficou vendo ele bater as pernas desesperado.

AUGUSTO − Seu velho...

JAIRO − Eu posso ser velho, mas eu acabo com a sua raça moleque!

AUGUSTO – Nojento, eu como ela e como com gosto! − falou com raiva.

Jairo ficou segurando ele pelo pescoço e Augusto se debatia.

AURORA – Vovô, você vai matar ele! − Aurora segurou no braço do avô desesperada. − Solta ele, vovô, por favor, vamos para casa solta ele!

Jairo Ficou vendo ele se debater quase desfalecendo e quando viu que ele não aguentava mais ele soltou ele deixando cair no chão pegou a neta pelo braço e começou a andar com ódio queria matar aquele um homem. Vânia estava desesperada sem poder ir até lá com as duas crianças chorando e ela tendo que segurar, ele deu a mão a Aurora e foram juntos até Vânia e as crianças.

JAIRO − Vamos para casa agora eu tenho que falar com Dionísio!

AURORA − Por favor, não conta assim para o meu pai!

JAIRO − Aurora Você devia ter conversado com seu pai é um absurdo que eu acabei de ouvir que esse rapaz! − ele foi levando todos eles para o carro. − Você vem com a gente Vânia?

VÂNIA − Você se acalma!

JAIRO − Eu vou conseguir me acalmar saindo daqui eu vou matar aquele homem! Entra no carro agora. − ele disse para Aurora. − ela entrou sem dizer mais nada.

VÂNIA − Me dá a chave que eu dirijo depois pego meu carro aqui! Anda Jairo me dá essa chave.

Ele respirou profundamente e entregou a chave para ela, depois ajudou Daniela a entrar no carro e prendeu cinto nela.

JAIRO – Desculpa, por favor, meu amor para de chorar! − e depois colocou o Lucas na cadeirinha e prendeu ele também e olhou dentro dos olhos de Aurora, depois entrou no carro e deixou que Vânia o levasse para casa.

Vânia dirigiu com calma até em casa e minutos depois parou na porta de casa, desceu e pegou Dani em seus braços e Aurora desceu pegando o irmão. Cristina que foi avisada da chegada deles saiu para ajudar e viu os três filhos com lágrimas nos olhos.

CRISTINA − O que aconteceu? − olhou para eles.

AURORA − Mãe... − Aurora começou a chorar. − Vovô bateu em Augusto, ele bateu nele!

CRISTINA − Meu Deus... − ela foi até a filha mais antes olhou para ver se Dionísio estava vindo atrás para não ouvir.

DANI − Ele fez assim mamãe... − Dani apertou seu pescoço mostrando cheia de medo.

Jairo veio como uma furação.

JAIRO − Minha filha que história é essa desse rapaz ser namorado da nossa menina? Que história é essa de Aurora ser mulher dele? − ele falou e depois parou de falar bufando e entrando em casa. Não ia falar aquelas coisas na frente das crianças.

Cristina pegou o filho e viu Aurora entrar correndo atrás do avô, ela olhou Vânia e depois Dani.

CRISTINA − Entra Vânia que as coisas vão se complicar. − ela falou e virou entrando e Vânia foi atras dela com Dani em seu colo sentida.

JAIRO − Eu quero falar com seu pai Aurora e eu acho melhor tirar as crianças da sala! Onde está a babá? − Aurora se sentou no sofá chorando desesperada.

AURORA − Por favor, não fala nada para o meu pai!

CRISTINA − Papai, deixa que eu e ela falamos com Dionísio!

JAIRO − Olha, minha filha, eu não vou ficar aqui porque senão eu vou infartar! Vem com vovô filho. − ele pegou o Lukinhas no colo e chamou o Vânia que veio com Dani. − Vamos lá para cima com eles.

Cristina ficou com Aurora na sala que chorava sem parar, ela foi ate a filha e a abraçou.

CRISTINA − Calma, que seu pai vai ser pior!

AURORA − Mãe ele quase matou, ele quase matou Augusto... ele segurou ele pelo pescoço mãe e as crianças ficaram gritando, eu nunca vi meu vô daquele jeito eu não sei o quê Augusto falou com ele, mas meu vô nunca machucar ninguém! Se ele fez aquilo porque alguma coisa Augusto falou. − ela soluçava nos braços da mãe quando Dionísio entrou pela porta.

CRISTINA − Para de chorar, meu amor!

DIONÍSIO − O que houve, minha filha? − ele parou diante das duas na sala.

Aurora sentiu o corpo todo com medo.

CRISTINA − Amor, precisamos conversar! − Cristina falou.

Ele foi até a filha e abraçou com todo o amor do mundo como ele sempre fazia, depois colocou a filha sentada no seu colo soluçando. Ela não conseguia falar uma palavra.

DIONÍSIO − Pode falar, amor... Já que nossa filha está chorando não consegue dizer pode falar você Cristina!

CRISTINA − Aurora, não é mais virgem! − ela falou logo de uma vez. − Papai descobriu e bateu no garoto. − Dionísio olhou dentro do rosto da filha. − Amor, por favor... − ele sorriu e beijou ela nos lábios.

DIONÍSIO − Cristina... O que disse?

CRISTINA − Que nossa filhar não é mais Virgem! − ele ficou branco, o rosto perdeu mais que a cor perdeu a vida.

DIONÍSIO − Minha filha dormiu com alguém? − ele falou balbuciando.

Aurora se apertou nele com medo de a apanhar.

CRISTINA − Amor, calma respira...

DIONÍSIO − É impossível respirar! É impossível respirar com essa informação Cristina.

AURORA − Pai sinto muito!

DIONÍSIO − Ele atacou você, minha filha? Ele te obrigou?

CRISTINA − Dionísio, por favor, eu disse que ela perdeu, deu como achar melhor, se acha que se ela fosse obrigada você já não saberia?

AURORA − Pai eu queria... − ele sentiu o rosto pegar fogo.

DIONÍSIO − Você só tem 17 anos, Aurora, você não tem que querer sexo! Eu quero saber quem foi. − ela se apertou mais com medo e chorando. − Não adianta você chorar eu quero saber quem foi!

CRISTINA − Foi com quem ela gostava amor, mas infelizmente não tinha reciprocidade da parte dele e aconteceu, amor, ela é nova e fez uma burrada mais já esta arrependida.

Ele respirava tão pesado que dava para cortar o ar estava com coração completamente tomado era muito estranho, ele simplesmente estava tentando processar aquela informação, mas era mais do que só pensar que a filha tinha sido mulher de alguém. Ele saber que além de tudo não tinha dado certo o que todos sabiam menos ele.

DIONÍSIO − Quem é?

CRISTINA − Filha...

AURORA −Pai, eu não quero que você faça nada!

DIONÍSIO − Se você não contar a sua mãe vai... Quem é Cristiana?

Cristina olhou a filha era melhor que ela contasse.

AURORA − O nome dele é Augusto, papai, eu gostava dele ele era meu namorado... − Cristina suspirou um tanto apreensiva. − Eu não quero que faça mal a ele, pai.

DIONÍSIO − Eu quero que você me conte exatamente tudo o que aconteceu, pode começar a falar!

AURORA − Eu estava apaixonada por ele e ele dizia que estava apaixonado por mim, namoramos escondido durante muito tempo e fomos ficando cada vez mais íntimos... − ela começou a chorar enquanto falava. − Aí um dia aconteceu e ele nunca mais me procurou... Dionísio tirou a filha do seu colo depois de dar um beijo nela e um abraço.

DIONÍSIO − Filha, você pode, por favor, me deixar sozinho com a sua mãe? − ele disse que uma voz entrecortada.

Cristina olhou para os dois.

CRISTINA − Minha filha, para de chorar, vai ficar com o rosto inchado!

AURORA − Pai, desculpa!

DIONÍSIO − Filha, depois nós vamos conversar, pode subir amor me deixa sozinho com sua mãe! − Aurora foi até a mãe e abraçou e beijou muito, depois ela foi embora.

DIONÍSIO − Há quanto tempo você sabe? − ele se virou para ela.

CRISTINA − Um pouquinho antes de você sumir! − ele deu um suspiro.

DIONÍSIO − Amor, esse rapaz fez o quê? − ele não conseguia nem respirar direito senti uma dor no peito parecia que ia morrer. − Eu quero que você não esconda nada e me diga exatamente o que foi que aconteceu.

CRISTINA − Amor, lembra aquele dia que ela me ligou para que eu a buscasse na escola? O mesmo dia em que Dani deu aquele susto danado na gente? − ela falava com calma porque certamente ele lembraria da calça suja de sangue e ficaria ainda mais doido de raiva. − Foi nesse dia que tudo aconteceu...

DIONÍSIO − Machucou, minha filha? − ele disse como um urro de ódio. − Esse animal machucou minha filha, ela estava sangrando... − ele estava com a expressão de uma animal furioso.

CRISTINA − Amor, ele somente foi bruto de mais e a primeira vez sangra mesmo.

DIONÍSIO − Eu vou acabar com ele, Cristina! − ele bufou. − Esse animal machucou minha filha e a abandonou! Ela está bem? Você a levou ao medico?

CRISTINA − Eu fiz tudo que precisava ser feito, ela esta bem apenas muito magoada com ele e diz que não quer mais ter relação com ninguém, ele acabou com o sonho da primeira vez dela! − Dionísio não quis mais nem pensar chegou bem perto da esposa e disse olhando nos olhos dela.

DIONÍSIO − Esse vagabundo vai pagar! − foi até a mesa pegou a chave do carro e saiu andando.

CRISTINA − Amor... − ela correu ate ele e o segurou. − Pelo amor de Deus fica aqui, você acabou de sair da cadeia ele é menor papai já vai se encrencar por causa disso... − falou nervosa sem se lembrar que ele era mais velho que ela.

DIONÍSIO − Eu quero olhar nos olhos dele ver por que fez mal a minha filha, seja um vagabundo eu quero que me mostre mim! Eu preciso meu amor eu preciso ir, eu prometo para você que não vou acabar com a raça dele!

CRISTINA − Amor, você nem sabe onde ele mora! Como vai atrás de uma pessoa assim? Por favor, amor. − ele respirou profundamente ficou olhando para sua esposa e bufava como um animal.

DIONÍSIO − Amor, o que você espera que eu faça?

CRISTINA − Você acha que eu não queria matar ele? Ele machucou a minha menina mais você não pode sair assim sem rumo não conhecemos a família dele e se for gente ruim que pode fazer mal pra você? Ou pra ela de novo? Vamos cuidar dela.

DIONÍSIO − Amor... − ele abraçou a esposa, não ia naquele momento, mas depois ele ia acertar tudo, apertou Cristina forte. Ela beijou o rosto dele segurando seu amor em seus braços. − Amor, vamos falar com ela. − ele suspirou com ódio. − Eu quero matar esse desgraçado, eu quero, mas vou esperar vamos falar com ela. Eu quero falar com ela sozinho!

CRISTINA − Amor, por favor, não a machuque com palavras ela já está bastante triste com tudo isso. − Cristina o viu subir e ela ficou na sala roendo a unha. Aurora quando viu o pai entrar ela sentou na cama com o urso branco agarrado a seu corpo.

Ela o olhou com o rosto banhado em lágrimas.

DIONÍSIO − Filha, posso entrar, meu amor? − ele disse vendo a filha sentada.

AURORA − Você vai me bater? − secou o rosto um pouco tinha os olhos inchados.

Ele foi até ela se sentou ao seu lado.

DIONÍSIO − É isso que acha que seu pai vai fazer? − o rosto dele ainda estava vermelho de raiva e sentir o coração pesado estava diante da sua princesa da sua menina, colocou o cabelo dela para trás da orelha observando o rosto lindo que ela tinha era seu maior amor à primeira filha.

Seus três filhos eram a coisa mais importante da vida dele junto com Cristina e naquele tempo que tinha ficado longe de casa ele só conseguia sentir saudade o coração partido o desejo de ver aqueles que ele mais amava. Ela apertou o urso em seu colo e assentiu a pergunta dele.

AURORA − Você já tentou uma vez!

DIONÍSIO − Eu não vou te bater, mas precisamos conversar e com muita atenção. − ele disse a olhando. − Eu te amo, você é, minha princesa.

AURORA − O que quer saber pai? − piscou algumas vezes.

DIONÍSIO − Eu quero que me diga o que está ai no seu coração! − ele a puxou para ele e a colocou em seu colo abraçando. − Eu quero que você converse comigo. − Aurora deitou a cabeça em seu ombro.

AURORA − Eu sinto dor aqui! − tocou o peito dele sinalizando que a dor era em seu coração. − Eu o amo papai, eu me entreguei achando que ele me amava mesmo depois que mamãe me disse pra não fazer, eu sinto uma dor tão grande no meu coração que pensei nunca sentir mais eu sinto e veio da pessoa que eu mais amava! Eu confiei e cai.

Ele chorou, não conseguiu se conter e puxou sua filha para ele apertando e beijando seus cabelos.

DIONÍSIO − Meu amor, meu amor, eu te amo tanto você é tão especial! Eu queria que você nunca tivesse passado por isso, que você nunca tivesse sido machucada.

AURORA − Eu me senti uma puta e depois ele ainda estava com minha melhor amiga.

DIONÍSIO − Meu amor... − ele segurou o rosto dela a olhando nos olhos. − Nunca mais diga isso, você é linda e especial, esse animal, esse idiota não soube valorizar você eu não posso fazer ele gostar de você meu amor, ninguém pode e o amor é uma entrega, ele tem que te querer, mas saiba que ele não te merece você é linda e perfeita.

AURORA − Eu não devo ser tudo isso se ele preferiu ela do que a mim.

DIONÍSIO − Minha filha, você é maravilhosa! Maravilhosa, e muito inteligente e linda e doce e tudo de bom, mas ele é um bundão ele não te merece filha e você vai encontrar alguém especial que te mereça.

AURORA − Eu não quero mais isso não! Eu nunca mais vou ficar com ninguém, eu não sou digna de ninguém! − sua autoestima estava bem baixa.

DIONÍSIO − Meu amor, não diz uma coisa dessa você vai encontrar alguém maravilhoso, alguém decente que vai cuidar de você. Um garoto bom, legal que vai gostar das mesmas coisas que você e te cuidar como eu cuido da sua mãe, eu quero que você se preocupe em estudar e esquecer ele vai encontrar alguém tão legal que seu pai vai ter ciúmes, meu amor, seu pai vai morrer de ciúmes. − ela tocou o rosto dele acariciando.

AURORA − Eu só vou amar você, o vovô e o Lucas mais ninguém! − ele riu e colou sua testa na dela.

DIONÍSIO − Amor, de papai, eu queria mesmo isso, mas você vai sim vai amar e vai ser amada e vai esquecer tudo que aconteceu, ele te machucou meu amor, de muitas formas, mas vai encontrar alguém que vai te fazer esquecer isso você ainda quer ele? − perguntou sentindo o rosto ferver.

AURORA − Eu ainda o amo, mas não o quero perto de mim.

DIONÍSIO − Vai passar, vai encontrar alguém para amar você agora eu não quero você perto dele e se ele se aproximar você vai me ligar, sim filha e vai me dizer onde está, eu sou seu pai é meu dever te proteger. Você errou desobedecendo sua mãe podia ter acontecido mais coisas ruins. − ela abraçou ele forte.

AURORA − Obrigada por não me bater. − ele suspirou e apertou ela.

DIONÍSIO − Meu amor, eu quero te proteger, você já está mais que machucada seu pai não está aqui para isso eu te amo, você é a minha pequena, vamos na rua com papai? Você me ajuda com seus irmãos?

AURORA − Dani ficou muito assustada, pai.

DIONÍSIO − Porque eu conheço o seu avô, filha, seu avô é um homem de palavra, um homem decente ele nunca vai permitir que ninguém faça mal a você e ele tem coragem de matar uma pessoa eu agradeço que ele queira vocês assim. − ela sorriu.

AURORA − Ele é meu herói assim como você! − beijou o rosto dele.

DIONÍSIO − Nós amamos você, minha filha, amamos muito você e pode ter certeza que não queria mais que você passasse por isso. − falou tudo cheio de amor. − Você vai na rua com papai? Vai me ajudar a cuidar dos seus irmãos?

AURORA − O que vamos fazer na rua? − deitou a cabeça no ombro dele como um bebê. − Estou com a cara horrível!

DIONÍSIO − Você quer fazer o que? Eu queria levar seus irmãos para brincar e te dar um presente o que você quiser, Dani disse que você queria uma boneca! − e começou a rir porque pareceu armação. − Eu acho que ela quer uma boneca e aí disse que é você que quer acho que ela quer a dela e a sua. − Aurora riu.

AURORA − Ela vivia dizendo que o senhor ia voltar e me trazer uma boneca! Vovó está aqui papai e ela e mamãe estão brigadas.

DIONÍSIO − Mas elas vão fazer as pazes, você está preocupada com isso, não fica Aurora adultos brigam não precisa se preocupar temos que ir comprar a boneca dela está assustada.

AURORA − Eu me preocupo porque eu sinto falta da vovó!

DIONÍSIO − Você vai tomar um banhozinho vai se arrumar e nós vamos todos passear sua mãe sua avó seu avô eu você e seus irmãos ao invés de irmos só nós vamos todos! O que você acha? Eu sei que você sente falta da sua avó, ela deve estar morrendo de saudade de vocês também.

AURORA − Eu quero muito ir, papai. − sorriu com a ideia de passear todos juntos.

DIONÍSIO − Então, vai se arrumar que eu vou lá conversar com a sua irmã tá bom? E não esquece de uma coisa que é muito importante a coisa mais importante que você tem que se lembrar em se tratando de mim e de sua mãe. Eu te amo, minha filha, eu te amo muito. muito muito mais que qualquer coisa na vida.

AURORA − Eu também te amo, pai, te amo muito! − abraçou ele e levantou depois de enche-lo de beijos e foi para o banheiro.

Dionísio suspirou e saiu e foi até o quarto onde a filha estava sentada na caminha brincando com algumas bonecas. Ele se abaixou e ficou olhando para Dani.

DIONÍSIO − Oi, filha!

DANI − Papai, ele bigou e eu tô temendo ainda. − mostrou a mão pra ele.

Ela era muito impressionada e ficava muito assustada com determinadas emoções, ele pegou a filha no colo e abraçou me beijou muito e fez cócegas nela.

DIONÍSIO − Mas agora quem vai te assustar e o monstro do papai. − jogou ela na cama e fez cócegas e pegou ela fez subir jogou no alto jogou de novo na cama e fez cócegas de novo. − O monstro do papai vai pegar esse neném.

DANI − Aí papai, que vou faze xixi... − chutava ele rindo. − Mim xota... Mamãe socolooooo. − ele parou de fazer cócegas e se deitou perto dela olhando aquela carinha tão linda sorrindo e depois que ela parou de rir ele alisou ela e tirou o cabelo do rosto e disse com calma.

DIONÍSIO − Eu sei que você ama o vovô, ele só ficou nervoso porque aquele moço queria fazer mal a sua irmã e o vovô é o herói dela. − Dani deitou em cima dele.

DANI − Mais eu tenho medo de gito, eu num goto não Dani fica tiste chola e num consegue domir.

DIONÍSIO − Hoje você vai dormir com papai, tá bom? Vai dormir com papai e com mãe só você e você vai dormir a noite todinha porque papai vai cuidar do bebê dele. − ele ria olhando para ela;

DANI – Pomete? − deu o dedinho pra ele.

DIONÍSIO – Prometo, minha filha, papai promete! − ela sorriu abraçando mais ele.

DANI − Eu já podo domir aqui? − deitou no peito dele.

DIONÍSIO − Você pode dormir ou pode ir com papai na rua comprar uma linda boneca, uma para você e outra para Aurora e como hoje é um dia especial eu vou dar dois brinquedos uma boneca e dois brinquedos que a minha filha quiser. − ficou esperando a reação dela porque sabia que ela amava brinquedo.

Ela sentou na barriga dele e fez cavalinho.

DANI − Vamos cavalinho... vamos compa meu pesente... Iruuuuu. − ele começou a rir, ela era tão linda e tão espontânea. − Papai mais Aulola disse que não quer a bonequinha então pode dá a Dani.

DIONÍSIO − E vamos dar o que a Aurora? − ele falou sorrindo imaginando que tipo de resposta que a filha daria aquela pergunta.

DANI − Ela não pecisa de nada papai. − ela voltou a deitar na barriga dele mais o olhando. − Papai sabia que aquele homi veio aqui come nossa comida e eu peidei? Noize cuidamo da mamãe.

DIONÍSIO − Vocês cuidaram que bom, que homem que veio aqui filha? Fala para o papai como era esse homem?

DANI − Aquele que tabaia com mamãe, ele veio e botamo pa correr. – sorriu.

DIONÍSIO − Você peidou, filha? − ele riu. − Vocês quem botaram ele para correr?

DANI − Um bufão papai... sim papai e mamãe ficou bava.

DIONÍSIO − Mas por que vocês mandaram ele embora? − Cristina não tinha contado a ele que Alonso tinha ido ali, porque será que ela não tinha querido contar?

DANI − Poque ele quelia comer tudo a nossa comidinha papai.

DIONÍSIO − Tá certo minha filha não pode deixar ele comer mesmo não! A nossa comida né só nossa, agora dá um beijo no papai e vamos nos arrumar para sair. − ela encheu ele de beijo muito beijo mesmo e ele retribuiu cada beijinho de sua filha depois saiu e foi falar com sua mãe. Abraçou beijou a mãe que segurava o neto toda orgulhosa.  Oi mãe vamos passear com a gente no shopping? Já conversou com minha esposa? − ela negou com a cabeça.

VÂNIA − Não falei... e não posso ir com vocês!

DIONÍSIO − Por que, mãe? Por que não pode ir? − ele perguntou se aproximando e beijando ela com amor. − Eu quero que vá!

VÂNIA − Preciso resolver algumas coisas com Jairo!

DIONÍSIO − Tudo bem, mãe, eu vou esperar então você conversar com minha esposa, precisa que eu esteja junto? − ele falou todo carinhoso com ela.

VÂNIA − Ela vai me agredir? − o olhou. 

Ele sorriu...

DIONÍSIO − Não, mãe, não mesmo!

VÂNIA − Então, eu vou lá... − Vânia desceu e foi até o encontro de Cristina que estava na sala naquele momento. Parou diante dela e a olhou. − Precisamos conversar! 


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