Aposta alta escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 27
Tudo fora do lugar!




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NO OUTRO DIA... 

Cristina levantou as sete da manhã com a casa um verdadeiro caos Dani gritava pelo seu leite e Lucas chorava pelo seu ela estava sozinha aquela manhã e Aurora estava lenta porque tinha acordado a pulso para ajudar a mãe com o café das crianças naquele dia não tinha aula e a babá só chegaria as oito e ela tinha uma reunião as nove

CRISTINA  Pelo amor de Deus, Daniela, senta no seu lugar.

DANI − Eu quelo o meu l-e-i-t-e!

AURORA − Eu vou fazer, mãe! − Aurora bocejou.

Cristina bufou com o jeito dela e olhou o filho grudado no peito.

AURORA − Você quer o quê de morango ou de chocolate?

DANI − Leite, Aulola, leite você num mim tende calamba. − Aurora pegou o leite dela colocou em um copinho de princesa e deu a ela depois de colocar um pouquinho de açúcar.

AURORA − Pronto, Dani está quentinho! − deu um beijinho nela e colocou uma torrada no pratinho para ela.

DANI − Agola sim! − Sorriu sentando e começou a comer em silêncio.

Aurora colocou a cafeteira para funcionar e fez o café em alguns minutos e colocou uma xícara para mãe depois se sentou tomando suco de laranja.

CRISTINA − A empregada tinha que se atrasar justo hoje? − falou inconformada.

AURORA − Calma, mãe! − ela bocejou. − Vai dar tudo certo, tudo certo!

CRISTINA − Eu preciso ir para a empresa espero que a babá também não se atrase porque você não dá conta dos dois sozinha e eu não posso me atrasar!

AURORA − Eu dou conta até ela chegar, mamãe. − ela olhou a irmã e arrumou o cabelo dela que estava caindo na comida. − Você pode ir na hora que tem que ir.

CRISTINA − Obrigada, minha filha e desculpa mamãe te acordar!

AURORA − Tá tudo bem, mãe, eu sei que você não teve opção! Tá tudo perfeito tá bom não fica preocupada. − ela bocejou porque estava morrendo de sono. − Como uma torrada mãe.

O telefone de Cristina tocou e era Alonso.

CRISTINA − Oi, Alonso?

DANI − Iiii já tá aí esse feioso. − Dani falou de boca cheia.

ALONSO − O senhor Rivero pediu para te avisar que vai chegar mais tarde! Você pode decidir o que quer fazer.

CRISTINA − Mais tarde que horas? − falou dando graças a Deus.

ALONSO − Ele quer encontrar com você as onze horas, pediu para que fosse aqui na empresa mesmo. Ele quer fazer umas anotações nas considerações antes de vir até a reunião.

CRISTINA − Ótimo, melhor ainda para mim agora de manhã não posso ir você assume tudo?

ALONSO − Assumo sim, sem problema algum. − ele ficou preocupado com ela. − Você precisa de algo? Está com problemas em casa?

CRISTINA − Não, só estou sem empregada mais a babá já chega.

DANI – Mãeeeeeeee... − Dani gritou e ficou em cima da mesa.

Ele começou a rir ouvindo os gritos no telefone

ALONSO − Tem que se acalmar!

AURORA − Desce da mesa, Dani, que coisa feia! − Aurora falou brigando com ela.

DANI − Eu quelo mais leiteeeeee!

AURORA − Não sabe falar direito!

DANI − Eu vou fica pelada ati... − começou a levantar o pijama. − Cala a boca Aulola fedida.

Aurora fez uma cara feia.

CRISTINA − Alonso, preciso desligar depois nos falamos!

ALONSO − Tá ok, Cristina te esperamos às onze horas!

CRISTINA − Obrigada. − ela desligou e deu o filho para Aurora. − Vem aqui, Daniela! − pegou a filha e tirou de cima da mesa. − Que coisa mais feia vai ficar de castigo sem ver desenho e sem molhar suas flores. − falou perdendo a paciência.

Dani olhou para a mãe e começou a chorar o pior castigo era não poder ficar com suas flores e ela chorou alto fazendo Lucas pular no colo de Aurora já que estava adormecido novamente. Aurora bocejou e olhou as duas.

AURORA − Posso deitar com Lukinhas? − ela disse sorrindo queria dormir mais.

CRISTINA − Vai, minha filha, pode ir! − ela foi sorrindo com o irmão depois de beijar os cabelinhos dele.

Dani chorou mais e caiu da cadeira fazendo birra e aí o choro foi sem controle.

CRISTINA − Eu vou contar meu papai, eu vou! − Cristina contou até cinco pra não dar umas chineladas nela e a pegou do chão. − Para com isso minha filha, por favor. − falou com calma.

DANI − Eu vou conta meu papai que me bateu e me moldeu! − falou soluçando com o rosto molhado de suas lágrimas.

Cristina pegou um guardanapo e com toda paciência do mundo sentou secando o rosto dela e a deitou em seu colo e pegou a mamadeira cheia que ela não quis, pois preferiu tomar no copo e deu a ela que começou a mamar enrolando os cabelos da mãe.

CRISTINA − Tem que parar de ser birrenta, minha filha. − Dani só suspirou soluçando e cheia de sono.

Cristina ficou ali com a filha até que ela dormiu, depois a levou para o quarto e deu graças a Deus quando a babá chegou e ela pode sair de casa as nove e seguiu para a empresa. Alonso estava na porta da sala de Cristina quando ela chegou com vários papéis na mão andando de um lado a outro extremamente nervoso.

O rosto dele não aparentava coisa boa quando ela entrou pela empresa, era uma sensação muito complicada e queria não estar sentindo aquilo, olhou para ela com todo sentimento do mundo além de gostar de trabalhar com ela ele também estava gostando da companhia dela. Ela o olhou e sorriu.

CRISTINA − Bom dia. − tirou os óculos deixando suas coisas na mesa. − Tudo certo por aqui?

ALONSO − Temos algumas questões que eu quero discutir com você, se você puder eu gostaria que fosse agora. − as pastas que estavam na mão dele pareciam cheias de papéis.

CRISTINA − Senta e vamos conversar! − ela sentou em sua cadeira e esperou ele dizer.

ALONSO − Acabamos de encontrar seis balancetes que dizem que o faturamento da região do senhor Rivero é mais alta, dez vezes maior do que todas as outras. − ele colocou os papéis sobre a mesa dela com os olhos completamente assustados. − Mas o contrato aí mostra cerca de vinte cinco milhões, mas apenas sete milhões foram colocados no caixa da empresa onde estão os outros dezoito milhões? − Cristina mordeu os lábios.

CRISTINA − É por esse dinheiro que estão incriminando o meu marido? Desgraçado!

ALONSO − Ele deve ter desfalcado todo esse dinheiro, mas não temos como saber e nem como provar nesse momento precisamos ter certeza de que ele retirou esse dinheiro do caixa ou se ele não colocou esse dinheiro! Eu acho que essa opção é mais válida para ele, é muito dinheiro Cristina é dinheiro para não acabar mais. − ele estava revoltado com aquilo.

CRISTINA − Vamos ligar para a polícia? Ou vamos esperar a reunião com ele?

ALONSO − Acho que você deveria esperar a reunião com ele, assim você resolve o que vai fazer deixe que ele te apresente os balancetes que te mostre como são os faturamentos da área dele, é importante você saber que ele está com os cassinos da área azul eu fiz esse mapa para você. − ele colocou sobre a mesa um mapa de vários países e vários lugares do país onde tinha uns cassinos que administravam e foi apontando para ela exatamente quais eram os de responsabilidade do Senhor Rivero.

CRISTINA − Você pensa melhor que eu. − começou a rir.

Ele riu.

ALONSO − Como assim?

CRISTINA − Eu ia chamar a polícia e estragar tudo mais você pensando aí... Bem que dizem que duas cabeças pensam melhor que uma!

ALONSO − Temos que pegá-lo. Ele é um homem à beira de deixar escapar algo. − ela levantou e foi até ele ficando atrás de seu corpo e o tocou nos ombros.

CRISTINA − Nós vamos conseguir!

ALONSO − Sim, Cristina nós vamos! − ele sorriu. − Quero que olhe essa planta com cuidado.

CRISTINA − Vou olhar sim, tudo! Mais alguma coisa que preciso saber?

ALONSO − Você precisa gravar toda a reunião, eu vou estar aqui junto com você, mas vou tentar não fazer nenhuma intervenção se ele pedir para que eu saia você pode permitir, mas não se esqueça de olhar o mapa vai ficar em cima da sua mesa, olha o mapa quantas vezes precisar e pergunte a ele sobre tudo o que você tiver dúvida vai estar gravando. − ele se aproximou dela com carinho ainda mais. − Não se preocupe que vai dar tudo certo!

CRISTINA − Obrigada por estar aqui! − ela o abraçou.

Ele também agradeceu a disponibilidade dela e a soltou, foram mais umas horas ali conversando com Alonso sobre tudo que precisaria ser dito na reunião com o senhor Rivero. Quando a hora chegou Cristina dispensou Alonso e Fredrico adentrou a sala e se sentou falando exatamente o que tinha que falar mostrando alguns números de seus cassinos e dizendo coisas preconceituosas.

Ele preferia estar tratando dessas questões com Dionísio, mas na quarta vez que disse isso depois de apresentar todos os seus balancetes Cristina olhou para ele com uma cara bem feia.

FREDERICO − Mulher, não entende de negócios senhora Ferrer! Mulher tem que ficar em casa cuidando do marido ou ela acha um jeito de pôr chifre!

CRISTINA − E homem serve para honrar as calças que veste e não ser um preconceituoso que não entende metade do que fala! − o encarou com cara feia.

FREDERICO − Eu não estou ofendendo a senhora, mas eu prefiro muito mais conversar com Dionísio! Não tem notícias de Ferrer? Eu gostaria realmente de poder resolver essas questões somente com ele porque por mais que a senhora tenha a boa vontade de saber e mesmo que seja muito gostosa, mesmo sendo assim a senhora não vai dominar aqui os nossos negócios.

CRISTINA − Pois é comigo que vai ter que negociar e não pense que vai me roubar na cara dura como está fazendo! − ele se levantou completamente aborrecido. − Eu quero saber dos balanços e do meu dinheiro da zona azul, pode ficar aqui se sair eu aciono a polícia porque de golpe só os do meu marido. − tentou entrar no jogo dele.

FREDERICO − Seu marido é um tolo imbecil! A única coisa que seu marido sabe fazer e comer a mulher dos outros, isso é o que seu marido sabe fazer você é uma corna fica aí defendendo esse homem vagabundo! − Cristina foi até ele e sentou a mão na cara dele.

CRISTINA − Me respeita que corno aqui é você com a vadia de mulher que tem! Diz pra mim a verdade, armou esse circo todo porque tá com dor de corno.

FREDERICO −  Acho que que eu vou falar alguma coisa com uma mulherzinha como você? − ele segurou no braço dela e sacudindo. − Vagabundas como você eu como toda a semana no bordel! − segurou Cristina com força puxando para ele. − Se bem que você é bem gostosa! − ela riu da cara dele.

CRISTINA − Eu não sou vagabunda, sou digna de um homem só e tenho reciprocidade no meu casamento o que o senhor não tem e precisa ser assim com as mulheres um bruto que precisa mostrar que é macho pra ter algo com alguém não me admira que sua mulher queira buscar fora de casa mais com meu marido ela não encontrou e eu sei que você é o safado que fez isso com meu marido!

Ele levantou a mão para bater na cara dela, mas Alonso entrou na mesma hora e de um soco dentro da cara dele e Frederico caiu sobre a mesa derrubando as coisas todas e Cristina se afastou assustada.

ALONSO − Não se atreva colocar a mão em cima dela vagabundo! − ele tinha acabado de abrir a porta e estava acompanhado da polícia.

Quando a policial entrou para efetuar a prisão deu de cara com Cristina nos braços de Alonso sendo acalentada. Os policiais entraram logo em seguida e a detetive Arlete parou diante daquela cena.

ARLETE − Pode levar o senhor Frederico temos todas as provas contra ele! Mas precisamos investigar a senhora Riveiro também e o senhor Hernandes, quero todos na delegacia!

FREDERICO − Eu não fiz nada eu não fiz absolutamente nada!

ARLETE − Cada boca, Marginal!

Frederico foi arrastado gritando de dentro da sala que era inocente e os policiais levaram para a viatura, Arlete caminhou em cima de seus saltos e foi até os dois parados.

ARLETE − O que aconteceu aqui? Pode soltar essa mulher! − a voz dela era bem fria.

CRISTINA − Você não queria um culpado? Aí está quem sabe assim deixa meu marido em paz! − falou altiva como sempre era com ela. − O seu culpado está aí e eu espero não te ver nunca mais na minha vida tenho asco de gente como você! − falou sem medo de ser presa.

ARLETE − Acho melhor você abaixar o seu tom e largar o meu marido! − ela falou com a voz bem firme.

ALONSO – Arlete, por favor, não vamos discutir isso aqui! − ele olhou para Cristina e ficou aguardando para que ela reagisse.

CRISTINA − Você é marido dessa mulher? − Cristina falou indignada.

ALONSO – Cristina, por favor, vamos conversar depois nós dois!

ARLETE − Você não vai conversar nada com essa mulher o seu serviço neste lugar acabou! − Arlete falou completamente autoritária com ele com raiva de ver o marido todo derretido para Cristina.

ALONSO − Eu não vou ter essa conversa com você aqui e eu vou permanecer trabalhando até que Dionísio retorne! − Arlete Miro Cristina de cima a baixo como ódio.

ARLETE − Eu deveria prender você por desacato autoridade, mas eu não estou aqui para isso estou aqui para aprender culpados e não inocente mesmo que sejam idiotas!

CRISTINA − Se você já terminou seu trabalho aqui querida vá embora porque sua cara me dá náuseas! − levou a mão a boca. − Espero que você seja muito feliz e investigue melhor da próxima vez pra não deixar três crianças sem pai! Agora se me dá licença eu preciso falar com Alonso. − foi até a porta segurança a maçaneta.

Ela foi até o marido de um beijo na boca dele depois limpou o batom que tinha ficado e olhando nos olhos disse:

ARLETE − Em casa nós conversamos! − Cristina riu dela.

Ele apenas assentiu com a cabeça e Arlete olhou para ela com nojo e saiu da sala sem dizer mais nada.

ALONSO − Cristina, eu... − Alonso estava completamente desconcertado. − Precisamos conversar eu preciso te explicar o que foi que aconteceu!

CRISTINA − Como consegue dormir com uma mulher que parece um homem? Ela manda em você? − falou com raiva. − Você não merece uma mulher dessas não!

Alonso não disse nada foi até Cristina e deu um beijo na boca segurando o corpo dela e aproximando cada vez mais, ele estava completamente tomado pela necessidade que tinha sentido desde a primeira vez que tinha encontrado com ela e intensificou o beijo segurando Cristina pela cintura e sentindo o calor dos lábios dela.

Cristina por um momento se deixou levar por aqueles lábios que a envolvia com tanta doçura que ela se esqueceu que era uma mulher casada e o segurou pela nuca sorvendo de seus lábios era tão distinto estar ali nos braços dele que suspirou e soltou dos lábios dele encontrando sua testa na dele.

CRISTINA − Não podemos, eu amo meu marido!

ALONSO − Desculpa, Cristina me desculpa, por favor! − ele tocou os lábios sem saber o que fazer e se afastou dela, mas ao mesmo tempo que pedi desculpa ele a olhou intensamente e voltou a segurar Cristina e beijar de novo, mas desta vez com ofurô ainda maior do que antes segurando os cabelos dela.

Cristina se afastou depois de segundos ficando de costas para ele com as mãos nos lábios.

CRISTINA − Não volte a fazer isso! − ele suspirou, limpou os lábios querendo mais beijo dela.

ALONSO − Nós precisamos conversar eu preciso te dizer porque fiquei aqui!

CRISTINA − Porque queria ajudar a sua esposa! − ela o olhou mudando o rosto totalmente.

ALONSO − Eu fiquei aqui porque queria ajudar você a provar a inocência de Dionísio porque eu tinha certeza que ele era inocente, só por isso! Não foi por causa da minha esposa ela tem capacidade para fazer o trabalho dela sem que eu precise interferir, mas eu queria estar aqui ajudar Dionísio mesmo a gente não concordando, discutindo muitas vezes eu sabia que ele era um homem honesto e quando vi você eu tive certeza precisava ficar aqui! − ele foi até ela que segurou em suas mãos ficando as costas dela e depois falou em seu ouvido apertando os braços dela. − Eu não sei o que se passa comigo, mas desde a primeira vez que eu te vejo te desejo eu te quero.

Ela fechou os olhos suspirando e se afastou.

CRISTINA − Não podemos!

ALONSO – Cristina... eu sei que você sempre foi fiel, eu sei o tipo de mulher que você é e sei que você jamais faria alguma coisa contra seu casamento, mas eu não posso negar que te desejo e que eu morreria por uma noite com você! Tudo que eu mais quero nesse momento estar com você.

Ela não podia ficar ali simplesmente ouvindo todas aquelas coisas e num modo de fugir ela pegou sua bolsa e saiu quase que correndo daquela sala e foi para o elevador ouvindo a voz dele lhe chamar. Cristina desceu até seu carro e dali ligou para Dionísio do número que ele havia dado a ela.

DIONÍSIO − Olá, carinho... − ele sorriu.

CRISTINA − Eu preciso te ver, por favor. − a voz saiu quase que desesperada.

DIONÍSIO − Calma, amor!

CRISTINA − Eu não posso ficar calma. − bateu no volante do carro.

Ele se assustou.

DIONÍSIO − O que está acontecendo, carinho? − ele falou com o rosto cheio de medo. − Eu vou mandar te buscar, está em casa?

CRISTINA − Não estou no estacionamento da empresa!

DIONÍSIO − Fica aí e deixe que te tragam! − ele suspirou e desligou o celular e em menos de cinco minutos, os homens chegaram, três deles e levaram ela no carro deles.

Era a comprovação pela rapidez que ele vigiava ela todo tempo, em trinta minutos ele a recebeu na porta da casa.

DIONÍSIO − Olá, carinho, o que foi? − disse terno olhando para ela que se aproximava.

Cristina se jogou nos braços dele o abraçando e chorou.

CRISTINA − Me perdoe... − foi tudo que disse agarrada nele.

Ele a apertou contra ele e suspirou estavam tão próximos naquele momento, ele amava estar assim com ela, estarem juntos. Foi apenas um minuto que ela ficou ali agarrada a ele mais pareceu uma eternidade e ela se soltou e entrou na casa secando o rosto, deixou a bolsa no sofá e o olhou com certo receio.

DIONÍSIO − O que houve com você? − ele disse com os olhos atentos a ela. − O que aconteceu?

CRISTINA − Eu juro para você que eu nunca pensei em fazer isso com você nunca, mas aconteceu e quando eu vi já estava lá fazendo e eu não queria fazer mais eu fiz e se você souber o que eu fiz não vai me querer mais e com razão porque eu fiz sem intenção de fazer. − falou rápido.

Ele ficou paralisado e fechou as mãos.

DIONÍSIO − Alonso tocou em você? − ele perguntou com raiva sentindo o corpo todo retesar.

CRISTINA − Nos beijamos... − falou num fio de voz mais não mentia.

Dionísio foi até a parede e deu um soco forte.

DIONÍSIO − Carajo! − ele gritou com ódio estava fora de si, nem sabia como reagir e nem o que fazer estava em choque. − Ele te beijou ou você o beijou? − ele disse com os olhos frios e cinzas estava destruído, Cristina era tudo para ele, era dele.

Ela ficou parada o olhando e depois de segundos o olhando falou.

CRISTINA − Ele me beijou primeiro mais eu correspondi... − não ia tirar a sua culpa era honesta de mais para deixar que a culpa caísse sobre ele.

DIONÍSIO − Carinho, você queria ele? − ele desmontou em um suspiro sem saber o que dizer, amava ela mais que tudo, ela era honesta e ele sabia que com toda certeza tinha sido um descuido.

CRISTINA − Eu não quero ele. Eu amo você e aconteceu eu sou humana cheia de falhas e quando eu vi já estava lá... − apontava como se tivesse vendo a cena e chorou de novo. − Eu vou entender se não me quiser mais só não posso mentir para você! − ele agarrou ela apertando em seu corpo apertou com força e buscou os lábios dela com loucura estava louco só de pensar.

DIONÍSIO − Eu vou matar ele por tocar em você, eu vou! − ele disse sussurrando nervoso com ela em seus braços. − Eu te amo você é minha! Minha mulher.

CRISTINA − Dionísio, por favor, não me aperta tanto que vai me machucar! − Ele a soltou e a olhou nos olhos ajeitando o cabelo.

DIONÍSIO − Quando foi, Cristina? Quando foi?

CRISTINA − Hoje... − se afastou com medo.

DIONÍSIO − Agora quando me ligou? Por isso está aqui? − ele falou com raiva.

CRISTINA − Eu estou aqui te contando a verdade poderia mentir pra você pra sempre, mas, eu não sou assim eu nunca fui assim eu não planejei mais aconteceu e não vou tirar a minha culpa, ele me beijou mais eu aceitei. − os olhos transbordavam em lágrimas.

Dionísio sentiu a veia do pescoço saltar o maldito tinha beijado sua esposa e ele não iria deixar barato, não iria, quem aquele verme pensava que era para se atrever a tocar em sua mulher? Ele olhava para Cristina e sentia ainda mais ódio por ele.

DIONÍSIO − Eu preciso sair! − disse com raiva. − Eu preciso e vou te levar para casa, vamos! − se levantou pegando na mão dela com rudeza e a arrastando,

CRISTINA − Amor... Dionísio está me apertando! − virou no salto e foi ao chão com a forma que ele a pegou. – Aaaiiii. − ele ajudou.

DIONÍSIO – Vamos Cristina, por favor, eu tenho pressa!

CRISTINA − Você está me machucando porquê? Vai me castigar agora? − a voz saiu carregada. − Eu sei que eu mereço mais me deixa pelo menos andar. – ele suspirou nervoso tentando se acalmar.

DIONÍSIO − Desculpa, Carinho, foi sem querer, está muito machucada?

CRISTINA − Eu tenho filhos e não posso ficar de cama!

DIONÍSIO − Me desculpe! − ele foi devagar.

CRISTINA − Amor você não pode sair daqui. − falou quando ele a colocou no carro.

DIONÍSIO − Eu posso sim! É porque estou nesse lugar que a minha mulher beija o outro, é porque estou preso nesse lugar que outro homem se sentiu no direito de beijar a minha mulher! − ele ligou o carro e cantou pneu.

Cristina nada mais falou apenas abaixou a cabeça e tocou o pé que ficou dolorido. Ele dirigiu sem mais questões e parou na porta de casa.

DIONÍSIO − Cristina você consegue descer?

CRISTINA − Sim... − ela o olhou com medo. − Amor, por favor, não faz o que eu estou pensando que vai fazer.

DIONÍSIO − Desse amor, por favor, desce! Nós dois vamos conversar quando eu voltar, agora não, agora eu quero sair e resolver uma coisa!

CRISTINA − Toma cuidado, por favor. − ela desceu do carro com cuidado e o viu partir.

Dionísio cantou pneu de novo e sumiu, ele não estava raciocinando e não estava pensando em ir não queria saber ele simplesmente estava reagindo, ele foi até a empresa e entrou diante de olhares estupefatos da presença dele ali e foi até a sala onde ele trabalhava e lá encontrou Alonso e sem dizer nada ele avançou nele ao socos o jogando sobre a mesa.


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