Ele parou por um momento, e desceu lentamente do cavalo.

Ali, no meio das densas folhagens da floresta, duvidava que alguém fosse vê-lo, porém ainda assim parou. Não ousava respirar, e apoiava levemente a mão no focinho do animal ao seu lado, que entendeu o sinal para silêncio.

Não ouvia nada, atrás de si ou na frente ao caminho que teria que percorrer. O único som que ouvia era o uivo do vento naquela manhã gélida.

Cair Alian não estava muito longe, se apressasse seu ritmo, alcançaria a cidade ao pôr-do-sol e, com sorte, conseguiria se disfarçar e se esconder a plena vista.

Com esse pensamento, montou novamente, murmurando palavras em uma língua desconhecida para que apenas o cavalo o compreendesse. O animal se acalmou e resfolegou. E então o viajante ficou estático.

Sim, agora ele conseguia sentir. Atrás de si; ainda estavam atrás dele. Não deveria ter cometido o erro de parar, deveria ter continuado o mais depressa possível. O descanso ficaria para depois.

Com um rápido movimento, instigou o cavalo para frente e partiu sem olhar para trás. Sabia que não veria ninguém, mas podia sentir.

Sim, ele sentia.