Nothing Lasts Forever escrita por Tatá


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Já passamos da metade da fic, pessoal...



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Vocês não vão terminar, vão?  — perguntou a Sra. Potts; sua voz saindo pelos fones de ouvido da filha. — Vocês passaram todos aqueles anos naquele lenga lenga antes de se assumirem, para essa relação terminar assim?

— Você realmente deveria parar de ler revistas de fofoca... — Pepper respondeu calma, enquanto fazia uma caminhada pela orla da praia particular próxima à mansão Stark. Happy a seguia em silêncio, alguns passos atrás.

Acredite, eu concordo. Mas acho que, dessa vez, eles não estão exagerando. Qualquer um consegue ver que vocês não estão bem. — Wanda fez uma pausa. — Eu sei que você não é de falar muito desse assunto. Mas se quiser conversar... — ela deixou a oferta no ar. E já tinha dado o assunto como encerrado, quando a filha começou a falar:

— Eu admito que não estamos no nosso melhor momento. Estávamos bem, até que houve aquele problema em Washington e ele voltou a trabalhar isolado na oficina, ou como o Homem de Ferro, o tempo todo. Então veio o Ultron, e todos problemas que vieram com ele; e toda essa bola de neve que não para de crescer...

Mas vocês estão tentando fazer dar certo, não é? Quero dizer, o jantar na sua casa? Aquela foi a primeira vez que eu vi vocês dois juntos em muito tempo. Mas vocês pareciam bem.

— Por que aquilo foi em um momento meu.

Como assim?

— Olha, quando...o Tony está fazendo alguma coisa, ele está fazendo apenas essa coisa.

Eu achava que ele tinha TDAH.

— Sim, mas as pílulas que ele toma ajudam bastante. O que estou tentando dizer é... Quando Tony está fazendo algo, ele se entrega a essa coisa, e nada mais. Quando ele está comigo, ele me dá toda sua atenção. E esses momentos são maravilhosos...até que alguém precise dele lá fora.

E então ele te deixa sozinha, até que consiga uma pausa com o Homem de Ferro.

— E eu jamais vou criticá-lo por isso. Muito pelo contrário. — Pepper bebeu um pouco d'água. — Olha...eu larguei mão de muita coisa, e fiz coisas que definitivamente não estavam nos meus planos, para que ele pudesse ser o Homem de Ferro. Se tem uma pessoa que o apoia totalmente, sou eu. Muitas vezes, acabo sendo a única.

Não tem um meio termo?

— Nós já tentamos isso. Mas coisas ruins acontecem quando o Homem de Ferro e eu ficamos muito próximos... — a expressão de Pepper ficou sombria ao lembrar dos momentos de terror que passou quando atacaram a mansão e Tony foi dado como morto; e então do rosto de Tony ao não conseguir impedi-la de cair em queda livre e ser engolida pelas chamas.

Por causa dos caras maus, eu entendi. Mas diga a verdade: você nunca pensou, nem por um segundo, em terminar com ele?

— Não vou mentir, pensei sim. Várias vezes. Mas não é isso o que quero. Eu o amo demais, e tenho certeza que o sentimento é recíproco. O que está acontecendo é que estamos passando por uma crise...

Até que demorou para vocês terem uma crise.

— ...Uma crise mundial, que sim, acabou afetando nosso relacionamento. Mas quando a poeira finalmente abaixar, nós vamos nos acertar, como sempre. Só precisamos arrumar um jeito de aguentar até lá... — ela suspirou e bebeu um pouco d'água, sabendo que, no outro lado da linha, sua mãe exibia um olhar preocupado.

— Pep... Pep! — Tony tentava acordá-la, sacudindo seu braço.

— O que!? Aconteceu alguma coisa!? — ela perguntou em alerta e tentou se levantar, mas Tony segurou em seus ombros.

— Calma, está tudo bem. — ele tentou tranquilizá-la.

— Desde quando está em casa?

— Desde...sei lá, umas três horas atrás?

— E por que me acordou às... — ela conferiu o relógio na mesa de cabeceira. — 2 da manhã?

— Funcionou. O BAFO funcionou!

— Qual era a necessidade de me acordar no meio da madrugada, quando poderia me falar isso pela manhã?

— Então não vai querer ver? — ele perguntou com as sobrancelhas arqueadas. E a mulher o encarou por alguns segundos, antes de se livrar dos lençóis às pressas.

...

— Ok! Não temos a local da cena em escala normal, pois, aparentemente, mesmo sendo dono de tudo, eu preciso falar com um tal de Carl para usar a impressora 3D das Indústrias Stark. Então fiz em escala menor, com a impressora daqui de casa, para você mandar para esse tal Carl...  — Tony então apresentou à Pepper uma maquete do que era a sala do piano da mansão dos pais dele. — E eu realizo a primeira apresentação só com os projetores. Vai parecer um holograma comum, mas não é nada mal para a primeira vez. Não preciso explicar novamente como funciona, preciso?

— Não... — ela murmurou, com a boca em um copo d'água bem gelado. Então Tony pegou seus óculos em uma mesa e os encarou por um tempo, antes de pôr-los.

As laterais dos óculos se acenderam. Em seguida quatro projetores com pé, criados especialmente para esse experimento e posicionados no que seriam as pontas de um retângulo imaginário, foram acionados.

Então Maria Stark cantando "Try to Remember", enquanto tocava piano, apareceu diante de Pepper, que quase deixou o copo em sua mão cair no chão, não acreditando no que via.

A projeção estava em tamanho e cores originais. Seria como se estivessem na verdadeira sala da mansão dos Stark, se não fosse possível ver os carros, motos, paredes, computadores modernos, luzes e janelas da oficina. E Tony, que observava tudo em silêncio, atrás de uma parede holográfica.

Quando os objetos da sala fossem moldados pela impressora 3D das Indústrias Stark, não seria mais possível ver algo fora do local onde a lembrança era reproduzida, e tudo se tornaria mais real e interativo. As pessoas poderiam assistir a cena sentadas no piano, por exemplo.

Pepper observou toda a extensão do holograma e percebeu que sua sogra não estava sozinha. Alguém estava esparramado no sofá, com um cobertor o cobrindo da cabeça aos pés.

Era Tony. Ela sabia que era Tony. E enquanto admirava a versão mais jovem do namorado e a bela canção que sua sogra tocava, Howard Stark entrou na sala projetada e tirou o cobertor do rosto do filho...

...

— Uau... — foi tudo o que Pepper conseguiu dizer, quando a memória alterada terminou de ser reproduzida.

— É. — o homem disse, antes de beber um gole de uísque. — Eu escolhi essa lembrança porque essa música que minha mãe cantou fala de setembro, o que pode servir como referência à Fundação Setembro. E, também, porque essa foi a última vez que vi os meus pais. Vivos. — ele tirou os óculos e a projeção foi se desfazendo de baixo para cima, gradativamente. — Ou como eu queria que tivesse sido a última vez que os vi.

 

Pepper saiu de cima do capô do carro em que estava sentada e atravessou a garagem, passando o topo dos cabelos bagunçados pelo o que restava de uma janela holográfica, até chegar em Tony. Então o abraçou com todo carinho, sendo retribuída da mesma forma. Então ela o olhou nos olhos e começou a acariciar seu rosto:

— Como se sente?

— Com a consciência menos pesada. Mas isso não vai mudar o fato de que não me despedi naquela noite, ou que a porra do acidente aconteceu. — ele tirou uma mão da cintura da mulher para beber o gole final de sua bebida, mas logo em seguida voltou à posição anterior.

— Não podemos mudar o passado, mas podemos aprender com os erros e fazer diferente no futuro. Seu pai estaria orgulhoso da pessoa que você se tornou, assim como sua mãe.

— Ela era linda, não era? — ele sorriu bobo.

— Sim. E uma ótima cantora também.  — Pepper transferiu o carinho para os ombros dele. — Agora... Sobre aquela sua camiseta do Mister Softee...

— Não vai me dizer que ficou excitada com aquilo? — Tony já fazia planos para comprar outra camiseta daquela, já que a velha estava sabe-se lá onde.

— Não! De jeito nenhum, muito pelo contrário... — ela fez careta e eles riram. Até que...

— Senhor, encontrei o alvo. Nome: Peter Parker. 15 anos, morador do Queens, e o único sem um álibi durante a mais recente aparição da aranha. — Sexta-Feira Interrompeu o momento; então imagens e informações do garoto apareceram no ar, atraindo a atenção dos dois.

— Quem é Peter Parker? — Pepper perguntou séria, voltando a encarar Tony.

— Hmm... Um dos garotos de Nova York que eu estou vigiando. — ele soltou a mulher e caminhou até as informações ao dizer.

— Por que tem vigiado garotos de Nova York?

— Sexta-Feira, mostre à ela. — então vídeos do garoto aranha foram exibidos.

— Não vai convidá-lo a ser um Vingador, vai? — Pepper perguntou ao assisti-los. — Tony, ele é só uma criança!

— Hum... ele tem excelentes notas escolares... O garoto é inteligente... — disse o homem, observando todas as informações de Parker. — Mora com a tia, que é bonita demais para ser tia de alguém... Os pais estão mortos, o tio seguiu o mesmo caminho...

— Você não está me escutando, está? — a mulher perguntou, olhando para as costas dele.

— Sexta-Feira, continue de olho nesse garoto. Precisamos ter certeza de que é ele. — Tony continuava lendo as informações de Parker, totalmente alheio ao mundo ao redor, como Pepper já sabia. Então ela deixou o copo no balcão e subiu as escadas, na intenção de voltar para cama.

...

— Seu compromisso das 10:00 chegou mais cedo. Deseja adiantá-lo? — perguntou Sexta-Feira, exibindo informações no relógio de Pepper, que o olhou enquanto caminhava pelos corredores das Indústrias Stark, após falar com Carl, o responsável pelo setor das impressões 3D da empresa.

— Sim, por favor. E avise ao Tony que já encomendei o pedido dele. — ela respondeu e sorriu para Bambi, que se aproximava com exatamente o que ela precisava após uma noite mal dormida: café. — Muito obrigada...

— De nada, chefe. — ela sorriu de volta, entregando o copo com a bebida. — Já que vai adiantar o Sr. Jones, então em seguida estará livre até 10:40. A não ser que também queira adiantar a reunião das 10:45.

— Mantenha como está. Vou aproveitar o tempo livre para fazer algumas ligações.

— Sim, chefe.

— Onde está a Hill?

— Nova York, assim como o Sr. Stark. Mas não há nada acontecendo, eles só... Estão lá. — Bambi logo tratou de tranquilizar a chefe, que a olhava assustada. — Acha que ele vai comparecer ao almoço com a reitora da Faculdade de Ciências da Califórnia na semana que vem? Por enquanto estou mantendo a opção em aberto, mas posso cancelar a qualquer momento.

— Ele provavelmente não vai. — Pepper respondeu, observando Happy as ultrapassar para revistar o visitante, reitor do Instituto de Tecnologia da Flórida. — Fique de olho nas notícias. Se acontecer algo com Tony ou os Vingadores, me informe imediatamente, mesmo que tenha que interromper alguma coisa.

— Sim, chefe.

— Sr. Jones! Obrigada por ter vindo de tão longe. — ela sorriu para o visitante, afastando Happy carinhosamente. — Me acompanhe até meu escritório, estou ansiosa para conversarmos sobre a Fundação Setembro...


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Notas finais do capítulo

Como fui?



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