Unidos pelo acaso escrita por May Prince


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Voltei, amores ♥
Boa leitura!
Não esqueçam de comentar ;)



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Andei pelo estreito corredor da loja de bebês empurrando aquele enorme carrinho derrubando tudo que havia nas prateleiras. Aquele carrinho era exageradamente enorme, não passava na porta e nem no corredor da loja. Como Felicity havia conseguido chegar com aquilo até o apartamento?

Olhei para os objetos que estavam derrubados e cocei a nuca. Ok! Fiz um estrago e tanto!

— Com licença, senhor! Posso ajudar? – uma moça loira apareceu na minha frente me fazendo parar de andar. Ela olhou para trás de mim e arregalou os olhos quando encontrou tudo caído.

— O que você acha?  - apontei para o chão

— É troca, senhor?

— Pelo amor de Deus! Isso nem entra lá em casa – falei empurrando o carrinho para ela.

— Vem, naquele setor ali – apontou para um corredor – Tem os mais variáveis tipos de carrinho. - A segui e me espantei com a quantidade de carrinhos de bebê, desde a última prateleira que ia até o teto, até o chão. Fiquei um tempo encarando e não escolhia um. - São muitos não é? – ela quebrou o silencio sorrindo

— São. E são tão grandes...

— Eles precisam ser grandes, senhor. – falou como se fosse óbvio – São dois bebês, né?

— Sim, mas os bebês são pequenos – conclui – Esses são para bebês mutantes gigantes.

— Devia ver os bebês que vêm aqui. – fez uma cara engraçada – Eles são uns balofos – revirou os olhos

— Mas eu quero algo especial – falei por fim

— Então – sussurrou olhando para os lados – Só entre a gente. – enfiou a mão no bolso e tirou um pequeno cartão roxo – Meu namorado e eu fazemos carrinho sob encomenda, do jeito que você quiser. Podemos te ajudar – falou mais baixo me estendendo o cartão e prontamente peguei

— Deus ouviu minhas preces! – falei sorrindo.

Combinei hora e data para que pudéssemos fabricar o carrinho. Eu queria fazer surpresa, mas da ultima vez que tentei Felicity achou que eu estava a traindo e me rastreou. Vê se eu posso com isso? Eu estava nas minhas melhores intenções construindo nosso lar, e a doida acha que estava levando um belo par de chifres. Mas valeu a pena ver a cara dela de surpresa quando me encontrou pintando o quarto dos nossos bebês. - Melissa e Henry, eles nem nasceram ainda e já me fizeram renascer de uma forma única. Eu não os conhecia ainda, mas eles já eram a minha vida. Eles e a mãe deles, não me imaginava mais sem os três. Ao menos o meu meninão iria me ajudar a tomar conta das duas mulheres de nossas vidas – Enfim, combinei com a vendedora de montarmos os carrinhos na casa nova. Felicity não ia muito lá por estar em reforma, e ela sabia que eu passava boa parte do meu tempo na casa supervisionando tudo. Seria perfeito.

Na loja ainda troquei o carrinho por dois bebês conforto e tratei de instalá-los no meu carro. Sim, eu estava ansioso! E Felicity ainda estava indo para o sexto mês.

Antes de dar a partida olhei para aquele estacionamento, local onde Felicity havia sido atropelada. Local onde eu quase a perdera. Eu não me esqueci da promessa que fiz a mim mesmo de punir a responsável. Eu procurei Ted Grant e ele disse que não via Laurel a um bom tempo, procurei Capitão Lance e ele havia dito que a filha tinha viajado para o Tibet. Uma visita amigável a irmã, Sara, que ela odiava. Laurel odiava Sara pelo que aconteceu entre mim e a irmã, eu não via sentido nessa viajem. Tentei entrar em contato com Sara e não consegui, mas eu não desistiria tão fácil. Laurel não tinha noção do quanto eu esperava ansiosamente por sua chegada.

Sai da loja e fui cumprir meu expediente no consultório, meu pai estava eufórico desde que eu falei que assumiria seu posto no hospital. Outra surpresa para Felicity, porém eu tinha planos e data para virar presidente. Primeiro eu queria curtir os primeiros meses de vida dos meus filhos e conhecer mais a fundo burocrática do hospital. Eu já fazia muitas negociações para o meu pai em eventos, mas ser o cabeça de tudo era outra história, eu precisava me preparar. Então meu pai e eu chegamos a um acordo.

Quando deu meu horário peguei minhas coisas e fui para casa. Entrei em silencio no quarto e me deparei com a cena mais linda que eu já tinha visto. Minha mulher estava apenas de calcinha e sutiã parada em frente ao espelho observando e acariciando sua barriga com um sorriso abobalhado no rosto. Seu olhar cruzou o meu no espelho e seu sorriso aumentou.

— Linda - sorri

— Oi, amor – falou abrindo os braços me chamando, fui até ela e a beijei – Não precisa mentir – falou quando nos separamos

— Mentir sobre o que? – perguntei largando as minhas coisas na cama e abrindo os botões da minha camisa

— Eu engordei 3 kg essa semana – fez beicinho – E foi tudo para o meu bumbum

— Você está linda, amor. Como sempre – coloquei em rosto em minhas mãos e beijei a ponta do seu nariz – Senti sua falta hoje.

— E eu, sinto falta da minha bunda antiga – falou vestindo uma blusa minha e indo sentar na cama

— Sabe o que é engraçado? – me agachei em frente a ela – Eu não cheguei a conhecer a sua bunda antiga

— Era parecida com essa, só que mais gostosa

— Imagino – sorri com malicia

— Idiota! – me deu um selinho – Pega aquela caixa azul ali no closet pra mim, por favor. - Me levantei e fui até lá e peguei a única caixa da cor azul no alto da estante no closet. Coloquei a caixa em seu colo e me sentei ao seu lado, ela começou a remexer a caixa e puxou uma foto de la – Olha amor, esse era meu bumbum antigo. Eu estava na praia em Costy City com a Suzzy.

Puta merda! Ela tinha mesmo uma bunda gostosa - não que ela não fosse ainda, era e muito -, grande e empinada. E as coxas? Grossas e torneadas. Eu realmente ganhei na loteria.

— Amor, é uma bunda muito bonita – olhei para a foto e depois pra olha que tinha os olhos marejados – Você quer chorar? - gargalhei

— Eu quero a minha bunda de volta – fungou

— Felicity... – comecei, mas uma foto na caixa me chamou atenção – Quem é? – peguei a foto e lhe mostrei

— Meus pais e eu – falou pegando a foto que mostrava uma criança sorridente de cabelos castanhos e olhos azuis profundos, o homem loiro e a mulher em uma maca de hospital com os cabelos loiros curtos e um olhar cansado – Essa foto foi tirada uma semana antes da morte deles. Eu estava feliz porque a minha mãe estava indo pra casa. A ultima foto com eles – ela ficou um tempo olhando para foto e depois sorriu – O meu pai dizia que ia matar o homem que ousasse encostar em mim, ainda consigo ouvir a gargalhada da minha mãe dizendo “Coitado dos namoradinhos da Lissy”. Eu tinha 5 anos quando eles morreram. Lembro da risada gostosa dela, e das mãos macias.

— Eu nem imagino pelo que você passou. – beijei sua cabeça

— Ela acariciava as minhas costas pra eu dormir, e meu pai sempre cantava uma canção com a voz desafinada dele – sorriu lembrando – Mas eu só conseguia dormir assim, com os dois juntos no quarto. Quando eles morreram, teve noites que eu chorava a noite toda. Vovó custava pra me colocar para dormir. – falou acariciando a barriga – Eu queria os ter sempre comigo, mas...

— Sinto muito por isso tudo.

— Não tem problema – disse guardando as fotos – Foi uma lição da vida sabe, aprendi que nada dura pra sempre – sorriu triste

Ela não podia estar mais enganada.

— Algumas coisas podem e vão durar pra sempre – peguei sua mão e beijei a palma tirei a caixa para guardar e quando voltei ela me puxou para a cama e me abraçou.

— Eu te amo! – beijou meus lábios – Mas agora eu vou dormir.

— Já vai dormir? –beijei sua testa e ela assentiu

— Estou cansada, andei com sua mãe hoje pra escolher sofá – suspirou – Descobri de onde Thea e Melissa tiraram tanta energia – riu

— Vou tomar um banho e me juntar a você. – ela assentiu e fechou os olhos.

Aproveitei que ela fechou os olhos e fiquei a admirando. Perfeita. Não tinha palavra melhor para descrevê-la. Sorri lembrando das suas oscilações de humor. Lembro de Tommy reclamando da facilidade que Helena tinha de num minuto estar chorando, e no outro estar fazendo gracinhas e gargalhando. E eu o respondia dizendo “Que merda, ainda bem que eu nunca passarei por isso”. E cá estou eu aprendendo que quando a gente diz “dessa água nunca bebereis” acabamos nos afogando e gostando.

Eu estava feliz, completo e feliz. Mas ainda tinha algo que me incomodava. Algo que seria resolvido amanhã quando Laurel Lance chegasse em Starling  City. Já havia deixado um recado dizendo que eu queria falar diretamente com ela, que quando chegasse era pra me encontrar direta mente no meu consultório. Eu sabia que Laruel era emocionalmente instável, mas isso não a dava direito de atentar contra a vida de ninguém. Imaginem se o pior tivesse acontecido. Se Felicity tivesse se machucado sério, ou se um dos meus filhos sofresse algum dano. Ou pior, se eles tivessem morrido. Balancei minha cabeça para afastar esse pensamento pra bem longe. Aproximei-me de Felicity e depositei um beijo em seus lábios. Ela era a minha vida e disso eu não tinha dúvidas.

Sai dos meus devaneios com o um celular tocando descontroladamente. Era o dela e o número desconhecido. Tratei de atender antes que ela acordasse.

— Alô.

— Preciso falar urgente com Felicity Smoak.


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Notas finais do capítulo

Teremos esse capítulo, o penúltimo e o último. Não me matem ♥

Quando UPA acabar, irei focar em Sicret Vices. E também estou com uns projetos beeeeem legais.

Se eu tivesse tempo sairia escrevendo toda ideia que vem na minha cabeça, e acreditem... São muitas rsrsrs

Espero que tenham gostado, esse cap foi levinho sem muitas emoções.

Aaaaaaaaaaaaaa! Ta acabando, quero choraaaaaar.

Comentem!! Com 15 comentários eu posto o penúltimo.

Beijos meus amores!

Comenteeeeeeemmmmmm!!!!!


Ps: Já ouviram a música nova do Ed Sheeran? "Perfect" o nome. Escutem, é maravilhosa. Dá pra tirar uma história de lá. kkkkkk
E I'd lie da Taylor Swift, conhecem? Dá pra tirar uma história de lá também rsrsrsrs

Beijos, amores! Comentem ♥
Se atingir os 15, prometo que na segunda teremos o penúltimo cap. ;)