Coletânea de dores escrita por Lady Aphrodite


Capítulo 1
Será possível transbordar?




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É errado não se importar?

É errado não chorar?

Um grande nada no peito foi o que me deixou.

Dormir com três, se levar pela embriaguez.

Não abdicou de nada, e eu de cara lavada.

Foi como uma novela, sem se importar com os telespectadores.

Aceita uma rosa? Como agradecimento.

Foi alívio imediato por algo que já não existia mais.

" O parque ainda está funcionando?"

Quiseram saber.

Está aberto para novas atrações.

É certo se preservar?

É certo não ligar?

Vamos lá!

Compre uma flor de preferência ainda em botão, deixe que floresça dentro de sí com sua imensidão.

Não enxergas tú?

O vermelho da rosa e a beleza do carvão.

O brilho do teu rosto permanece em confusão.

Permita-se florescer, estenda a mão.

Vê o mesmo que eu?

As abelhas à zunir, voando com paixão.

A mais vermelha das rosas ainda é botão, o seu perfume exala como tentação.

Será possível amar?

A chuva cai, lavando o chão.

Conte até três.

Permita-se o perdão.

Aquele beija-flor, uma perdição.

Sugou tudo de sí?

Felizmente não.

Voou alto, se perdeu nas nuvens; sem encontrar o chão.

A pobre flor, feliz deu fim à maldição.

Voltará?

A neblina está densa, não encontrará solução.

Iluminou-os o sol, alegre em servir.

O canto dos pássaros voltou-se à ouvir.

A vida em sí brilhou outra vez.

Três garrafas de Vodka e também a  embriaguez.

O sol brilhou, eis a solução.

É possível transbordar?

A pequena rosa floresceu então. 

 


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada por lerem, espero que tenham gostado.
Mil beijos.



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