Underwater escrita por JuremaDoMar


Capítulo 24
Aceita?


Notas iniciais do capítulo

Voltei nessa merda desgraça.
Enfim eu queria falar que estou escrevendo um spin-off.
Adivinha de quem? Ceis não conhece mas, é parente de um personagem bem merda
Dicas: É um babakão
Foi o que levou a Clara pra Micaal
Ele tá com a mão quebrada.
Adivinharam?
Isso mesmo o spin-off é sobre uma prima do Marcos.
Mas ela não é uma merda fiquem suavi.
Mas bora pro cap



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ANTENÇÃO NESSA MERDA!

EU NÃO REVISEI O CAP POR ISSO QUALQUER ERRO FAVOR ME AVISAR. VLW

 

 

Yêva, entrou em meu campo de visão tirando-me de  devaneios, a maioria sobre o fato de eu ter descoberto ter uma queda pelo Viljami, senti-me tremer, meu estômago embrulhou dando uma volta de trezentos e sessenta graus, ele era lindo, na verdade, um deus grego, mas sei lá parecia tão errado e impossível. Engraçado eu como uma sereia, símbolo de orgulho e beleza e sentindo insegura por um garoto, chegava a ser cômico.

   -Ta tudo bem?- Ela perguntou deixando de lado as feições de alegria constante para me questionar. Assenti, tentei não olhar muito, ela me lembrava ele toda hora. Ela ficou pensativa por instantes e depois voltou a sorrir, parecia ter tido uma idéia brilhante.- Vem, tem um lugar aqui que eu amo. - Apenas a segui.

  Andamos pelos caminhos que se interligava, eles seguiam juntos para o que parecia ser o centro do jardim, era simplesmente lindo, mais e mais flores se ajuntaram em volta de um grande lago de águas claras e cheio de vitória-regias, sobre elas mais pequenas e delicadas flores nasciam e sob peixes nadavam as escondidas, brilhando entre algas e plantas marinhas.

  A garota/mulher, era meio impossível supor sua idade, sentou-se sobre um tronco e deu duas batidinhas me chamando para lhe fazer companhia, hesitei, a menos de dez centímetros as margens do lago começavam, como uma pequena praia.

   - Não, não obrigado.- Sorri torto.

  Ela arqueou as sobrancelhas e riu.

  -Tem Medo de mim? Eu não mordo juro.- Ela fez uma cruz com a mão e beijou.- Sou um doce.

   Sorri de volta o mais gentil que pude, para ela eu não queria me aproximar, de fato, eu estava hesitante, ela tinha me tirado de perto da minha mãe, me lembrava de certa forma alguém e ainda tinha algo que me dizia que não era pra eu gostar dela, mesmo que eu quisesse isso, algo parecia gritar dentro de mim um forte e estrondoso: “ Odei-a”. Mas eu não queria.

    Neguei com a cabeça denovo e olhei para a água. Ela pareceu perceber e mal tive tempo para pensar, Yêva se inclinou para frente e jogou água em minha direção, gritei e por impulso ergui a mão, não foi rápido o suficiente para evaporar ou congelar os pingos, eles me atingiram,arregalei os olhos e a garota/mulher gargalhou novamente, e mesmo que adorasse sua risada eu estava desesperada, o que não era nem um pouco racional, já que eu estava em um reino flutuante em um tipo de universo paralelo. Mesmo assim eu corri para o lago, nem tive tempo para reparar nas confusas feições de Yêva e muito menos de dar ouvidos ao seu grito de confusão.

   As águas translúcidas não ocultavam a mim e as vitórias-régia não eram grande o suficiente para me encobrir, a água tinha muitas raízes e eu não sabia como nadar nelas exatamente, sem contar que a água era doce, eu não estava acostumada, não tardou para que eu fosse obrigada a imergir, eu estava muito longe da margem, a água cobria minha cintura e eu mexia minha cauda com calma e leveza, os peixes a contornavam mas não pareciam assustados, pareciam na verdade familiarizados. Yêva estava estática, ela levantou-se do banco lentamente e caminhou até mim, não trocamos palavra alguma, enquanto andava até mim ela levou a mão às costas e rasgou seu vestido, logo após isso duas belíssimas asas se desdobram de suas costas, eram azuis e se assemelhavam a de pássaros, ela voou até mim tão rápido, mas tão delicadamente, tudo que ela fazia parecia ser assim. Ela não pousou, muito pelo contrário, permaneceu a voar acima de mim, eu podia sentir a leve brisa que as fortes batidas de suas asas faziam, ela parecia surpresa e de fato estava, talvez sereias não eram muito visíveis por essas bandas, mas seu olhar cravou em outra coisa, perto do começo dos meus seios, levei olhar até lá, meu colar brilhava por conta da luz do sol e eu me senti ameaçada, nadei mais para trás cobrindo-o, Yêva fechou a cara e com um tom de voz sério, demais, disse:

      -Vá até Jefferson.- Eu estava quase submergindo.- Agora…

     Após essas palavras ela desapareceu do meu campo de visão voando até uma janela tão rápido que chegou a ser assustador, abracei meu corpo sem entender exatamente nada, mergulhei nas águas cristalinas nadando até a margem. Nem mesmo a conhecia para saber, mas eu sentia que a desobedecer não era uma decisão muito inteligente.

 

 

  Achar Jefferson não foi difícil, difícil foi andar por aquelas imensidões quase infinitas de corredores, diferente de antes, muitas pessoas transitavam para lá e pra cá, guardas, servas e pessoas que eu não sabia identificar exatamente, mas tinham asas como de Jefferson e Yêva, semelhante a de pássaros, eram cores e mais cores, mas havia algo curioso, nem mesmo uma era negra escura como de Jeferson, me pergunto porque. Enquanto eu caminhava por eles me senti uma novata em uma escola que nunca tinha ido, alguns trombavam comigo e faziam cara feia, andei de cabeça baixa tentando não olhá-los nos olhos.

   O stalker estava sentado em frente ao quarto da minha mãe, lendo um livro de capa dura marrom em uma língua desconhecida para mim, pareceu detectar minha presença e levantar o olhar, ele se levantou fechando o livro e o deixando de lado.

    -Ela finalmente te deixou em paz?- Perguntou ele, não respondi, eu ainda estava meio assustada com a mudança de impressão que agora eu tinha de Yêva, Jefferson não percebeu meu silêncio e se percebeu talvez decidiu ignorar.- Pensei que demoraria mais. Ela geral- Parei no meio do caminho para o quarto onde mamãe estava ao perceber que ele tinha travado no meio da palavra, será que algo tinha acontecido, olhei-o pelos ombros me deparando com um estático sirene.

  Ele olhava para o nada, com olhos opacos e azulados, lábios entreabertos e uma leve trilha de babá escorrendo pela lateral da sua boca, era cômico e assustador, ele parecia um zumbi. Soltou um grunhido e pareceu voltar a terra, sacudiu a cabeça rapidamente e fechando a cara, sorri lembrando-me do Jefferson que eu conhecia um bicho chato de cara fechada.

  -Como eles souberam sobre seu colar?- Ele questionou-me. Olhei para ele confusa.- Estão te convocando para uma reunião, estão furiosos comigo, acham que eu escondi a escolhida.

  Arregalei os olhos… “Escolhida”? Quem?

  Levei as minhas mãos ao colar novamente escondido pelo vestido, a segurança não veio como habitual, até mesmo o colar parecia saber que tinha sido descoberto, se é que eu o estava escondendo.

  A “escolhida” sou eu…

  Jefferson andava de um lado para o outro agoniado, passava a mão no cabelo a todo momento, soltando ar pela boca, o que era pra ser suspiros,  e eu…. Eu estava confusa demais para entender. Em menos de vinte e quatro horas minha vida tinha dado quatrocentas voltas, duzentos problema tinha se juntado aos outros mil da minha coleção e talvez nenhum deles nem estivessem perto de se resolver.

    -Deixe-me vê-la.- Ordenou. E eu neguei viemente. -Deixe-me vê-la.- Ele parou de quase furar o chão e me olhou, com olhos vermelhos em chamas.- Deix- Ergui a mão o jogando contra a parede, eu estava furiosa pelo começo de grito que ele ia dar, o último que gritou comigo foi Fernando e não terminou muito bem.

   Não vou abaixar minha cabeça de novo.

   Eu não era a favor de violência

  Minha opinião estava mudando.

  -Não me dê ordens.- Grunhindo caminhei até ele, eu nunca tinha me sentindo assim, poderosa.- Vamos ver seja-la quem tenha me convocado e vamos terminar com isso, eu quero voltar ao lado da minha mãe. Estou cansada disso tudo.

  Abaixei a mão e comecei a caminhar pelo corredor, deixando um Jefferson furioso no chão, espero que tenha entendido a lição.

   -É pro outro lado.- Ele disse entredentes.    Brequei, girando os calcanhares comecei a caminhar em direção contrária com rosto corado.

   -E-eu sábia!- Disse cruzando os braços, olhei-o brava.- Você vem?- perguntei ainda corada, ele tinha estragado meu clima.

  

 Nós dois estávamos em silêncio, caminhamos por mais corredores e subimos mais escadas  em constante silêncio, estávamos braços um com o outro exalando dominância e autoridade, parecíamos lutar pra ver quem abaixava a cabeça primeiro. Chegamos a uma porta branca, onde duas mulheres seguravam cada uma um pano delicado e luvas também brancas.

   -São servas do castelo. Elas  cobrirão nossos rostos e mãos.- Ele explicou caminhando até uma delas, tal começou a criar um tipo de capuz com os panos enquanto ele colocava as luvas.- É um costume daqui.

  Assenti caminhando até a mulher, ela tinha pele e olhos brancos, ela com delicadeza encobriu meus cabelos e rosto com o pano e minhas mãos com as luvas, agradeci e ela apenas assentiu em silêncio.

   Olhei para a porta que nos aguardava e depois para Jefferson, ele me estendeu o braço e sem hesitação alguma aceitei, ele estendeu o braço esquerdo, já que o direito estava ocupado, e fez um movimento circular com o braço, a porta, após alguns barulhos se abriu sozinha, não surpreendendo ninguém, talvez nada mais me surpreendesse.

   Não era possível ver meus sentimentos estampados em meu rosto com tinta neon, mas era possível sentir a confusão em mim, soltei um suspiro enquanto adentravamos o local, era um grande círculo cheio de espelhos, sem janela alguma, alguns artefatos de prata como cadeiras, mesas e armários decoravam o local, e sob o teto um candelabro de cristal flutuava, literalmente. Jefferson se ajoelhou e eu o segui no gesto, nem mesmo pude analisar aqueles que estavam à minha frente.

     -Meu rei.- Jefferson se pronunciou, sua voz exalava respeito e sua postura também, eu ao contrário apenas estava curvada e ajoelhada com a cabeça baixa, eu não sabia como me portar e tão pouco o que falar, tinha sido repentino e eu nem sabia exatamente o porquê de estar ali.

     Eles achavam que eu era a escolhida? Seria necessário apenas um olhar pra minha cara de coco com um olho roxo pelo soco de Fernando, com certeza diriam: “Ela com certeza não é a escolhida, que perca de tempo”, e quem ia se ferrar seria o Jefferson e eu continuaria plena.

     - Está é aquela qual procuravamos a muito tempo. A escolhida.- Ele continuou solenemente.

     -Olhe para mim criança.- Uma outra voz ecoou no local, era forte e potente carregada de superioridade e nobreza, Jefferson olhou-me pelo canto dos olhos  eu engoli em seco, agora era hora da rejeição, ergui meus olhos tendo a visão tapada pelo pano que me cobria, ergui totalmente minha cabeça dando uma visão parcial de meu rosto. -Quem é você?- Questionou-me.

      -Sou Clara, Clara Iope Marques e com certeza não sou quem procuram.- Disse apenas, foquei meu olhar ao que me questionara e ambas as duas figuras ao seu lado, todos cobertos por mantos, o do meio o que perguntou sobre mim era um homem, podia-se identificar isto não só pela sua voz grossa e potente, mas também pelo seu porte físico deveras avantajado, sua pele parecia ser clara eu não sabia dizer ao certo se era apenas impressão já que toda sua pele estava coberta por panos, apenas podia ver seus lábios que agora tinham sidos puxados ao lado em um sorriso divertido, sobre sua cabeça uma coroa de puro ouro brilhava, estava tão bem encaixada que parecia nascer dali mesmo.

      -Sabe o que procuramos senhorita?- A outra figura ao lado direito do rei perguntou, neguei com a cabeça, ela sorriu, diferente do o homem ao seu lado ela tinha uma pele mais humana, por assim dizer, era rosada e limpa, sobre seus ombros duas tranças adornadas de flores e pedras preciosas caiam cheias e bem arrumadas, sobre sua cabeça uma coroa também de ouro, porém mais delicada, brilhava em sintonia com a do rei ao seu lado, ela era a rainha.- Como sabe que não é quem procuramos, se nem sabe o que procuramos?

        -Porque deve ser algo grande e de longe eu sou algo grande.- Tirando minha altura. Completei mentalmente.- Sou apenas uma garota desastrada que caiu no lugar errado na hora errada, agora eu faço parte desse mequetré todo, mas de longe eu queria isso.- Despejei nervosa, vi ela se levantar da cadeira e ambas as figuras ainda sentadas virarem o rosto para ela.

        -Se mostrar-me o que quero ver, direi-lhe o que procuramos.- Sugeriu ela caminhando até  mim.

         - O que quer ver?- Perguntei. Jefferson se contorcia pela minha falta de bons modos e formalidades, não era meu problema, aquele reino não era meu, eu não fazia parte dele.

       -Segredo.- Arqueei as sobrancelhas, será que ela queria ver uma Mãe Diná? Porque infelizmente eu não sou, tá achando que eu tenho bola de cristal essa doida.-  Será como uma prova surpresa.

       Não falei. É dissimulada essa família.

      Ela me estendeu a mão coberta pela luva.

      -Se você me mostrar o que quero ver saberemos ou não se você é a escolhida. Se você for te treinaremos e te ensinaremos tudo que precisa saber.

     -E se eu não for?- Questionei.

     -Ficara aqui até que sua mãe ficar melhor e depois irá embora.

     Assenti.

     -Então.- Ela mexeu a mão.-Aceita ou não?

     Olhei para sua mão hesitante, seria bom não é? Se eu fosse mesmo essa tal escolhida então… Então eu poderia saber como proteger minha mãe, treinando com eles eu seria mais forte. Olhei para a porta, nada mais ocorreria com a minha mãe.

     Agarrei sua mão.

    -Sim. Eu aceito.

    Todos sorriram e pude ouvir alguns suspiros de alívio.

 

 

—---------Narrado pela terceira pessoa----------

 

  E o sol nasceu como sempre nascia nas províncias de Vila nova, como se fosse negro. Escurecido e nublado com um vento frio e arrepiante.

   Partenope bebericava uma taça de whisky sentada sobre seu trono de ossos, antes seus amigos, seus lábios sempre puxados em um sorriso debochado e pintados em vermelho vivo. Via seus criados caminharem de um lado para o outro levando e trazendo coisas, fazendo e desfazendo. Mas estava longe de realmente prestar atenção neles, pensava em como logo, logo Danyelle diria-lhe como conseguir aquele maldito colar.

  Mas como em sua mente tudo estava perfeito, a realidade era contrária.

   A porta do grande salão se abriu e o sorriso de Partenope se tornou afiado como uma faca. Ambas as figuras as quais julgava ser suas favoritas cruzaram o salão e se prostraram diante de si.

      Tremiam como se o frio fosse lhe causar algum efeito.

       -Fernando! Danyelle! Meus espiões favoritos. Como está indo o progresso da missão?- Ela perguntou levantando-se e se pondo a voar com suas amplas asas negras.

       Eles demoraram na resposta, Partenope não gostou daquilo, pousou atrás deles, deixando de sorrir. Agora seu olhar era afiado, foi até a nuca de Danyelle e ali sussurrou alto e suficiente para que eles ouvissem:

      -O que houve?- Sua voz falha entre a calma e loucura. Estava se segurando para não desmembrá-los.

     Não houve resposta por parte da garota de cabelos roxos, ela tentava a todo custo abrir a boca mas as palavras sempre fugiam pelo medo, estava entaladas no fim da garganta e não seria tão cedo que sairiam. Partenope olhou para Fernando e agarrou seus cabelos longos cabelos soltos.

      Puxou-o até que seus ouvidos estivesse a altura de seus lábios.

      -Diga.-Murmurou afiada.- DIGA!- Bradou jogando o homem no chão.

     Danyelle se encolheu amedrontada deixando lágrimas escorrerem, estava com medo.

     -Fomos descobertos.- Disse Fernando entre murmúrios.- Falhamos.

 

 

  


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Notas finais do capítulo

Menina Clarita parese q ta na roda do milhão. Nunca vi uma vida q da tanta volta assim. Mas qual será a coisa q ela terá que fazer?
E essas dicas que as meninas falaram no cap anterior, como será que as coisas estão desenrolando lá na escola?
E a Danyelle se ferrou né, ela e aquele bosta do Fernando.
Gente lançou uma série nova sobre sereias Siren, já ouviram falar? Super recomendo
Obrigado pelos comentarios ♥ vcs me motivam, com muitas ou ppoucas palavras, amos vcs ♥