Underwater escrita por JuremaDoMar


Capítulo 18
Reunião Desastrosa




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   Revirei e virei, revirei e virei novamente no colchão de ar dentro da cabana, eram três da manhã e ninguém estava com vontade de dormir, eu também estava inclusa, mas eu tinha me enfiado na cabana, que eu dividirei com Val, Tereza e Rebecca, com a desculpa que eu estava com sono só que na verdade eu só estava tentando fugir dos olhares alheios, principalmente o de James, ele parecia me julgar a cada olhar que lançava, quem o tinha chamado?

  Revirei mais uma vez, sem chance, eu não ia dormir. Não mesmo.

  Me levantei sem acender a lanterna eu não queria atrair atenção, abri bem pouquinho o zíper e dei uma olhada para o povo eles estavam de costas para as cabanas, tinham apagado a fogueira e ligado as luzes de natal, eles cantavam uma música enquanto tocavam violão, não me perceberiam, coloquei um pé depois o outro e corri para as árvores para o pier abandonado, olhei para trás e eles não tinham nem percebido que eu tinha saído da cabana.

  Eu estava sentada no pier, com uma vontade enorme de pular no mar, mas sem coragem nenhuma pra fazer isso, permaneci parada vendo as ondas se quebrarem ao longe e as luzes dos barcos, tinham muitas eu amava ver essa paisagem, era acolhedora.

  -Você não ia dormir? -Dei um pulo e corei ao ouvir a voz do Viljami.

  -É…E-eu tô sem sono.- Apertei meus lábios até que eles se tornassem uma linha fina e me neguei a levantar o olhar para encará-lo, mesmo sendo mentira era constrangedor.

  -Hum…- Ele resmungou, por algum motivo eu sabia que ele sabia o porquê de eu ter dito que iria “dormir”.- Temos que conversar.- Ele disse em um tom sério me fazendo encara-lo finalmente, assim como sua voz ele estava sério, vestia uma regata esportiva e uma bermuda larga, sua pele alva brilhava assim como na noite em que nos conhecemos.

  -Claro.- Desviei meu olhar dele e voltei a olhar o horizonte, pelo canto do olho vi-o sentar ao meu lado e entrelaçar as mãos, inflou as bochechas e mordeu-as.

   -Então…- Começamos juntos.- Pode falar primeiro. Não! Você fala. Você!- Nós olhamos e começamos a rir do simples fato de estarmos sincronizados nas palavras.

    Nosso riso foi desacelerando, desacelerando,  desacelerando, até que estivéssemos em silêncio encarando um ao outro com seriedade.

    -Olha.- Ele começou.- Eu sinto muito pelo jeito que você teve que contar sobre…- Ele inflou as bochechas de novo. - Foi meio cruel, não poderíamos imaginar que quem você gostava estava lá  e que era eu, você nunca demonstrou e…

  -Para.- Segurei seus braços com força o interrompendo e o fazendo lançar um olhar para mim.-Você não precisa me dar um fora, não precisa ficar angustiado.- Eu não poderia manter essa mentira com ele, seria o mesmo que usá-lo.- Porque…- Mordi o lábio inferior. Droga, aquilo era pior que se confessar.- Eu não gosto de você. - Disse em apenas um fôlego.- Ele me olhou pasmo, eu diria que mais surpreso de que quando eu disse que gostava dele.

  -C-como… Assim.- Ele gaguejou de confuso.- Porque disse? Porque mentiu?- Ele perguntou claramente sem entender nada.

   Suspirei e engoli em seco, olhei no fundo dos seus olhos e apertei mais seus braços, ele resmungou.

   -Eu posso confiar em você?- Perguntei para ele e olhou-me como se essa fosse a pergunta mais boba do planeta.- Estou falando sério é de um algo pessoal meu.- Eu deslizei minhas mãos até que ficassem em cada lado de seu rosto, ele corou um pouco.

   -Sim.- Ele respondeu com firmeza.- Pode confiar em mim.- Ele pousou suas mãos sobre as minhas e as apertou levemente, corei fortemente ao perceber quão perto estávamos e me afastei rapidamente.

  Constrangedor, muito constrangedor.

   Suspirei e entrelacei minhas mãos.

   -Eu realmente gosto do James…- É assim comecei uma longa história.

   

 

 Finalizei do mesmo jeito que comecei com um suspiro.

  -Então quer dizer que você gosta do James.- Assenti. - E que só falou que gostava de mim, pra não falar na frente dele porque ele está saindo com a Luana?- Assenti novamente.- E que quer minha ajuda pra continuar com essa mentira, porque talvez ninguém pense nem desconfie que você gosta dele?- Assenti.- Você só dificulta as coisas mulher.- Ele se apoiou nos cotovelos e riu, estávamos deitados no pier.

  Revirei os olhos.   

  -O que você queria?- Perguntei brava.- Que eu falasse a verdade, levasse um fora e ficasse chorando no meu quarto?

  -Seria mais sensato.- Ele disse dando de ombros e eu o fuzilei.- Mas eu aceito, eu deixo você fingir que eu sou seu crush e eu finjo que estou te dando mole.- Ele passou as mãos nos fios platinados convencido.- Mas eu quero algo em troca.

  -Claro. O que?

  - Uma melhor amiga.

 

 Acordei com filetes de luz entrando pela minha barraca, sorri ao perceber que estávamos em uma estranha e engraçada posição, onde fazíamos de braços e pernas alheias de travesseiro, olhei para o lado onde a cabeleira loira se encontrava esparramada pelo meu braço, olhei para minha barriga onde uma cacheada se encontrava em sono profundo e ao meu lado uma platinada fitava o teto da barraca.

 -Bom dia.- Murmurei sem graça, não estava acostumada com o fato de ter me declarado para o irmão dela na noite passada.

 -Bom dia.- Ela me olhou sorrindo e eu retribui.

  Logo após isso o silêncio decaiu sobre nós, era meio chato e tal, mas sobre que falaríamos? Tínhamos acabado de nos conhecer e ela parecia ter se dado melhor com Demetra.

 -É verdade? - Ela perguntou em baixo tom para que as meninas não acordassem.

  Assenti. Eu sabia do que ela estava falando, mesmo com o fato da pergunta dela ser incompleta todos queriam saber sobre e com certeza perguntariam.

  -Então você vai ser minha cunhada?- Engasguei com a saliva mediante a pergunta.

   -Que?!-Gritei acordando as meninas.- N-não...não!- Me levantei bruscamente sem querer puxando os cabelos da Rebecca.

   -Ai Porra!- Ela gritou.- Meu cabelo sua endemoniada.- Ela me deu um tapa no braço tirando-o de lá e eu sussurrei um : “desculpe”, ela mostrou o dedo do meio e virou pro outro lado voltando a dormir.

  Revirei os olhos e me sentei junto de Tereza que mesmo sonolenta procurava algo em sua bolsa, Val me olhava segurando o riso, senti as bochechas esquentarem.- Eu nunca sentirei nada pelo Viljami! É uma promessa.- Falei para mim mesma.

  O café fora conturbado para mim, todos os olhares maliciosos lançados eram desconfortantes, e um desgostoso em destaque me deixava triste e com medo, ele nunca olhou assim para mim. Me encolhi abraçando os joelhos joelhos e mordendo um pedaço de pão com presunto e patê de sardinha.

   -Eai quem está apontando a arma pra você? Já descobriu? - Viljami sentou-se ao meu lado.

  -Se você encostar no meu sanduíche, quem vai estar na mira de uma arma vai ser você.- Falei brava batendo na mão dele.

  Ele me ignorou e se concentrou em tentar pegar meu pão, ergui braço e tentei deixar o pão fora do seu alcance, mas falhei afinal ele tinha um braço mais longo que pescoço de girafa, ele agarrou meu pulso e eu na esperança de salvar meu sanduíche me joguei para trás, ele a veio junto, para meu desgosto eu estava deitada no chão com um deus grego sobre mim, senti minhas bochechas esquentarem.

 Abri a boca para falar algo quando senti algo ou alguém pisar na minha mão onde estava o sanduíche, olhei para cima e vi James praticamente pisotear meu alimento.

 Senti as lágrimas vindo com força.

  -Ei seu babaca!- Viljami gritou alterado levantando de cima de mim.- Você não olha por onde anda? É cego?

  - Cego vai se você se não moderar o tom de voz.- James rosnou bravo.

  E uma briga verbal se iniciou, meu mais novo melhor amigo, que todos acham que é meu crush, contra meu crush que todos pensam ser só um amigo para mim. Eu nem me levantei, deixei os hormônios tomarem conta de mim e chorei  pelo meu sanduíche.

   Qual é! Ele pisoteou meu alimento!

    -Seu bosta!- Rebecca gritou para James que olhou-a confuso.- Tu fez ela chorar.- Vem meu anjo, vamos pegar outro sanduíche.- Concordei levantei.

    Ela agarrou minha mão c serenidade e me levou em direção a bolsa de comidas.

    -Eu sinto muito pelo jeito em que ele está te tratando.- Rebecca murmurou passando maionese no pão, neguei com a cabeça, tá doendo mas já nem faz muita diferença.

     -Eu acho que vou virar piranha.- Mordi o pão, que a propósito estava delicioso.

     Rebecca riu e limpou minhas lágrimas, que agora percebo que foram bestas, suspirei e Mordi mais um pedaço de pão.

       -O que eu faço Becky?- Perguntei chorosa. Eu tô chorando demais, o que diabos está acontecendo?

      -Becky? Muda o apelido! Esse pega mal.- Ela pediu séria e eu ri negando.

      -Tu parece uma drogada, combina contigo.- Eu disse rindo e ela fez bico.

      - Idiota.- Murmurou prendendo o cabelo.- Respondendo sua pergunta, acho que um tempo com amigos não faz mal, somos jovens amores vem e vão, acontece o tempo todo. Estar com os amigos ajuda, sabe?

   Sorri para ela, estava certa, nada melhor que um tempo com os amigos para curar um coração ferido.

     -E você ainda tem amigos marinhos.- Ela sussurrou e juntas olhamos para o mar sorridentes.

   

 Tínhamos todos guardado  e arrumado tudo, na medida do possível, Tereza e eu  caminhávamos pela praia em completo silêncio, mesmo depois de muito insistir que eu contasse o que estava acontecendo e porque eu dissera que gostava de Viljami, e eu muito me negar a responder, ela decidiu que não queria falar o que me preocupou,  mas não toquei em assunto algum a última coisa que eu queria era ter de voltar no assunto Viljami. Mas era quase impossível ficar quieta quando Tereza estava perto, do nada começamos a falar em quão lindo Shawn Mendes era e então a conversa fluiu e do nada parecia que éramos apenas duas amigas, sem problemas, sem preocupações, apenas normais.

  Em casa pela primeira vez em tempos a paz esteve comigo, sem Danyputa e eu agradeci, a última vez que a vira em minha casa a peguei vasculhando as coisas do meu quarto, mais um motivo para a  lista de porque a odiar, Fernando também não deu sinal de vida, não sei se isso é bom ou ruim, mas que me deu descanso deu.

  Mesmo com Tereza  em casa mamãe continuava com sua mania de guardar um lugar para Fernando na esperança que ele aparecesse, por mim se ele não voltasse tudo seria melhor. O jantar não foi silêncio, foi divertido e barulhento com altas risadas e direito a comida voando da boca, o problema foi, eu não pude beber suco, nesse meio tempo com ajuda da Becky descobri que ao beber coisas em copos e garrafas era quase impossível não molhar a pele, desde então decidi não beber em público, era simplesmente um saco, mas era para minha segurança.

  -Sabe… Você está mais silenciosa que o normal.- Tereza comentou trançando o cabelo, uma tática dela para cachea-lo.

  Tirei minha atenção do colar que eu achei antes de fugir, fazia tempo que eu não o usava e de certa forma aquilo me fazia sentir desconfortável e vazia, levei o colar a meu pescoço deixando o metal frio escorregar por minha pele, que se arrepiou não pelo frio, mas pela onda de magia que invadiu cada pequena fibra do meu corpo, foi como entrar no mar sentir o sal nos meus cabelos e pele, mas mais forte, soltei um suspiro me sentindo melhor.

  -Tá doida mulher.- Tomei um susto ouvindo a voz da Tereza.- Ta tendo um orgasmo?- Ela perguntou sorrindo de lado, revirei os olhos e joguei meu sapato nela.

  -Vai dormir desgraça.- Gritei e ela riu.

  -Ta ta. Mas essa sua cara foi suspeita.- Ela disse apagando a luz e se enfiando nas cobertas.

  Revirei os olhos e me cobri também, mas algo me veio em mente, eu ainda não tinha contado a ela sobre meu segredo, sobre meus poderes e mesmo que tudo nesse nesse mundo eu não escondece dela, não me sentia pronta para contar, virei para o lado e olhei-a, a mesma que já tinha adormecido, mordi os lábios e soltei um suspiro.

  -Me perdoe.- Roguei baixinho.

  

   Era terça feira, dois dias se passaram desde que acampamos e eu tive minha desilusão amorosa, eu tinha me tornado bem íntima do Vilj, apelido que ele pediu para que eu o chamasse, tão ridículo quanto o próprio nome dele, ele e eu passamos a andar juntos no intervalo e ele mudou de lugar na sala para sentar perto de mim, claro que vez ou outra meus amigos me lançavam olhares maliciosos que a todo custo eu ignorava. Eu me sentia mal pelas minhas amigas, Rebecca e Tereza, eu queria contar o plano mas oportunidade era o que me faltava, sempre alguém aparecia, sempre algo interrompia e apenas dois dias tinham se passado.

    Eu e meu mais novo melhor amigo não tínhamos paz, por isso decidimos que nosso lugar secreto seia a biblioteca, que nem sabíamos que existia, lá tinha uns pufes extra grandes que nos ajudava no conforto e para nossa sorte a biblioteca era grande e vazia o suficiente para que pudéssemos fazer o barulho que quiséssemos. Vilj estava sentado em um pufe macio e mesmo eu implorando para ele me deixar sentar nele, ele negou e veio com a “magnífica” idéia de que eu devia sentar entre suas pernas.

  -Nunca!- Eu gritei sentindo as bochechas quentes, tudo bem que algumas garotas fazem isso com os melhores amigos e tem uma puta intimidade, mas cara não! Eu não sou assim.- Nem na terra, nem no mar, nem no oceano.

  -E na cama?- Ele perguntou em tom de brincadeira.

  -Vagner!- Eu gritei jogando um livro infantil de dez páginas nele.

  -Vagner?- Ele perguntou confuso erguendo uma sobrancelha.

  -Vagner.- Eu disse cruzando os braços.- É melhor do que Vilj.- Eu comentei em tom de ironia.- E outra, todos tem chamam assim, sou sua melhor amiga, sou exclusiva, portanto só eu vou te chamar de Vagner.

  - Minha melhor amiga?- Ele perguntou ainda com as sobrancelhas erguidas.

 Assenti.

  -Faz parte do acordo lembra?- O lembrei e foi a vez dele assentir.

  -Ah claro. Eu te uso, você me usa.- Fiz careta.

  Eu não via desse modo, tudo bem eu estava o usando para, talvez provocar ciúmes no James, mas e ele não estava me usando, eu acho.

  -Você não está me usando.- Comentei parte dos meus pensamentos.

   Ele se virou para mim e ele parou de folhear um dos livros que lia, sorriu de lado e disse em tom rouco:

    - Ainda não.

    Quase engasguei com a saliva, o que esse doido me faria fazer? Um arrepio percorreu minha espinha  e eu tremi.

   -Falando nisso. Eu preciso de você.- Olhei-o séria, preciso que vá a um lugar comigo na sexta a noite.

 

 Assenti sibilando um claro, o sinal do fim o intervalo tocou e tivemos que voltar para a sala.

  

Era sexta feira e já me tinha me arrependido de aceitar o convite do Vagner, eu estava totalmente grata a minha mãe e minhas duas amigas, elas tinham feito um milagre comigo e Rebecca fez uma mágica com meu cabelo sem precisar usar água, infelizmente ela fez de manhã e de tarde teve de viajar, o que ela fazia constantemente eu não sabia o porque.

   Vagner me dissera que era uma reunião de família e também um baile para celebrar o aniversário de sua prima Laura, a filha era muito grande por isso eles alugaram um salão divino em um lugar divino e para meu azar pertíssimo da praia. Eu agradeci as meninas por me vestirem com a roupa mais bonita do meu guarda-roupa, já que todos ali estavam muito bem vestidos e elegantes, claro né? Afinal era um baile.

  Meu acompanhante, Valgner ou Vagner, chame como quiser, estava quase literalmente um deus, estava calça jeans preta e blusa pólo também preta, seus cabelos estavam penteados para trás  e admito estava engraçado, seus olhos mel continuavam os mesmos e ele usa um anel de ouro na mão esquerda. Já eu vestia um vestido azul marinho solto que ia até abaixo do meu joelho e calçava uma sapatilha preta, meu cabelo estava meio preso meio solto, de um jeito em que um topete se erguia na parte da frente do meu cabelo.

  -Quer dançar Escura?- Olhei-o brava.

   -Eu odiei esse apelido.- Falei me levantando e meio que aceitando seu convite.

   -É você acha que eu gostei de Vagner? - Ele perguntou me puxando para onde as pessoas dançavam.

    -É melhor que Vilj.- Provoquei.

     -Ah é? Então é assim Escura? -Fuzilei-o com o olhar.- Ou é Escura ou é Girafa. Tu que escolhe.- Ele provocou de volta.

     -Porque Girafa?- Perguntei para ele antes de ele me rodopiar e agarrar minha cintura novamente.

     -Tu é alta pra caramba!- Ele exclamou.

     Revirei os olhos e ri.

     -Prefiro que me chame de Clara.

     -Nem a pau. Vou te chamar de Escura sim! Se achar ruim ainda acrescento um “da Silva”.

     Eu decidi que aquela discussão seria para depois, concentrei-me em pisar no pé de Vagner, era divertido ver ele vermelho de raiva já que ele sabia que estava fazendo de errado de propósito.

  -Okay chega.- Ele falou nervoso enquanto eu ria, ele que é branquinho como papel estava vermelho como tomate, cheio de raiva.- Senta aqui, vou pegar algo para bebermos.- Ele me sentou em uma cadeira e eu ainda rindo assenti.

   Vi Val e Demetra se aproximarem de mim com sorrisos brincalhões nos lábios.

   -Quando vai ser o casamento? - Val perguntou em tom de brincadeira.

   -Nunca.- Demetra murmurou, mas logo tratou de se corrigir.- Também né se depender dessa louquinha lerda.- Ela disse a frase brincalhona e todas rimos, mas teve um algo que eu percebi, e leve brincadeira do “louquinha”, na verdade não foi brincadeira.

  -Olha!- Val exclamou apontando para para a janela atrás de mim.- Hoje a lua está cheia! Que linda.

   Não me virei para ver a lua, já que minha visão estava focada em Demetra que também focava em mim e juntas compartilhavamos um olhar de ódio, mesmo que disfarçado.

     

         

 

 


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