Cores tão fortes escrita por Atlas


Capítulo 1
Capítulo Único




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CORES TÃO FORTES

que me partiam o coração

 

Começa assim: Sirius conhece James e é a constelação crescendo um novo membro, expandindo, expandindo, expandindo; o céu noturno os faz maiores, o céu noturno os solidifica em algo muito mais brilhante.

 

A mão de James desce no ombro de Sirius e o toque é quente, quebrando alguma coisa dentro de sua cabeça e tornando impossível parar de encarar a pele esticada na junção dos dedos. Interrompe o olhar quando James diz, “Engraçado, ouvi dizer que você era destinado a grandeza e tudo mais. ”

“Ainda sou,” Sirius diz, “mas que tipo de grandeza é essa que só se encontra em apenas um lugar? ”

“A minha, ” é a resposta sincera de James. Sirius prova mais do que escuta a arrogância escapar pelas silabas. “Pensei que talvez possamos dividir. ”

Ele não move a mão, e trata a pergunta como séria quando deixa Sirius debater em silencio por alguns instantes.

Eles têm onze anos. Eles são reis. Deixa o olhar deslizar até o brasão vermelho-e-dourado nas vestes de James. Grifinória tem um gosto de cobre, para falar a verdade, mas que se torce passageiro ao ver o semblante espelho ao seu.

Sirius, que Deus lhe perdoe, sorri como nunca sorriu antes.

“De jeito nenhum que te deixaria com toda a diversão, me faria um péssimo amigo,” Sirius diz, em tom de meia brincadeira e meia alguma coisa que se aproximava perigosamente perto de expectativa.

James aumenta bem diante dos seus olhos e coloca o braço por cima de seus ombros. É bem aí que a conversa cessa completamente, e Dumbledore remarca alto e claro que sim, a Floresta Proibida, sim, é terminantemente proibida.

.

Um dos prazeres que Sirius raramente aquiesce é o de reviver o dia da Seleção. Quando ele conta, ele diz que escapou por pouco das mãos grudentas da doce morte. Quando ele pensa no assunto, realmente acha que escapou por pouco das mãos grudentas da doce morte. Aqui como aconteceu: A voz de Narcisa apaziguou conforme ele se distanciava do restante de uma conversa em que ele estava metade presente, “Não vá muito longe, Sirius” estrilou as silabas do nome dele, “e mantenha-se longe da ralé. ” E então ele andou com o único objetivo de arranjar alguém que Narcisa levasse como uma ofensa pessoal, porque ele já era um pouco panaca aos onze anos.

E então o achou, como um oásis ou semelhante.

James Potter tinha óculos grossos acima de um nariz romano, boca torcida maldosamente e a pele escura demais para ser bronzeado apenas. Tinha cheiro dos doces que levava na mão, soava como sábio além dos anos e os cantos eram afiados para ambos problemas e aristocracia.

Aqui como aconteceu: Sirius soube que tinha achado quem procurava. A quem uma parte inconsciente de si vibrou ao mais pequeno do contato. Foi como se olhar num espelho e ver algo maior, algo mais extraordinário do que a própria existência. Sirius, o de onze anos, não poderia saber que uma conversa foi o bastante para o girar e lhe fazer deslizar do devido rumo.

Sirius, o de onze anos, soube ao ouvir James falar durante horas sobre coisa nenhuma, ao ouvi-lo dizer ‘o vejo do outro lado, Sirius Black’; soube que aquele garoto era pequeno, sim, o mundo era um território novo, sim, inexplorado e tremendo e assustador, sim, mas tudo que James queria era dar um passo adiante.

Aqui como aconteceu: O Chapéu Seletor tocou James e fez Grifinória, então quando o tempo veio, o Chapéu Seletor tocou Sirius e fez o mesmo.

.

Sirius cutuca James com o cotovelo quando o café-da-manhã acende em sua frente e ele não faz nenhuma menção de se servir. Ao invés de acordar do torpor, James engancha o antebraço no seu e descansa a cabeça nos dois. Porém permanece lhe ignorando.

Sirius queria, de verdade, poder comer, mas a tarefa se torna complicada com apenas uma mão restante, então Sirius segue a linha de visão de James. Peter alegremente vive o sonho (o de comida) e está há um passo de roer a porcelana do prato.  Mas James tem o olhar fixo no lugar ao lado de Peter, no lugar não preenchido de Remus.

“Huh, ” Sirius diz. E porque ele é detestável, “não tinha notado. ”

James troca o olhar para ele então.

“Você só percebeu porque é completamente paranoico, ” Sirius acusa.

Continua o encarando.

“A avó de Remus faleceu de novo, e então ele caiu pela gripe. ” Sirius sugere, mas não é o suficiente pois James continua calado. “Ou é ao contrário? Cheque na Ala Hospitalar depois, não sei. ”

Sirius cresce frustrado, e fica muito mais difícil fingir-se burro quando ambos sabem claramente o que James quer dizer com o silêncio. Eles não são desse jeito, um contra ou outro, divergindo de qualquer forma que se seja. Os dois são um e o mesmo, então quando o improvável acontece e uma disputa para ver quem cede primeiro....

James geralmente ganha.

“Sirius, ” James diz.

É fácil assim, o suficiente para destruir sua resolução. Faz um pequeno espetáculo de se desemaranhar de James, que o encara com o olhar de coruja dormente por todo o processo. Mesmo assim, quando levanta puxa-o consigo.

“Vamos lá Petes, hora de descobrir o que nosso bom amigo Remus está aprontando. ”

.

Diante dos olhos de Sirius a pele pálida de Remus arqueia em pelo grosso castanho, suas pupilas esbugalham e ele oferece os dentes, ameaçador. Determina que a boca de Remus é inteiramente de navalhas, até que num piscar de olhos a criatura retraí. Aí é só Remus, o garoto magrelo e doente. Sendo racional, algo que Sirius não se incomoda com frequência, é improvável que ele é a tal besta do folclore, maligna e mordendo toda criança macia à vista.

Mas algo desloca em suas entranhas quando James curva os dedos no ombro de Remus e o garoto se inclina ao gesto, o enrijecer dos ombros diminuindo. James pensa por alguns momentos, e pergunta: “Porque não nos contou antes? ”

“Faria diferença alguma? ” Remus contrapõe, e as coisas que ele não diz gritam mais do que as ditas. Parece ser, Sirius nota, algo praticado o bastante, vez e vez. O que quer dizer que James também nota, e prontamente agarra seus ombros. Apoio moral, ou qualquer coisa.

“Não teria importado. Não pra gente, nunca pra gente ” ele diz, “Se você tivesse nos contado, nós teríamos ajudado. ”

“Licantropia é incurável, ” Sirius fornece, porque ele é detestável.

“Sirius, ” James diz. Dessa vez não funciona.

“Mas ele está certo. ” Remus interfere. A influência calmante de James é abalada por Sirius sendo Sirius. É reposta pelo bom e velho contentamento. “Tem mais veneno do que cura por aí. Não tem nada há se fazer. ”

“Sinto muito” Peter diz, e coloca verdade nas palavras, até que ele decide enlouquecer, “mas não, não sinto. Ainda não tentamos nada, quem vai saber o que é possível? ”

James sorri, e isso faz Remus sorrir, mesmo que desbotado e triste num jeito que o outro nunca foi, “Petes tem razão. Vamos lá, nós ainda não tentamos nada. Nós, e é isso que importa. Você tem a nós agora, Remus, completamente. ”

 E então eles olham pra Sirius, ou pra Remus, ou para quem parece mais limítrofe no momento.

Ele olha ao redor, pelo dormitório que dividiu com um lobisomem por dois anos. O que sua mãe diria? E a mente rebobina as mentiras óbvias contadas, a falta de discrição, o quão Remus sempre gritou por favor me pegue no ato ao passo que borbulhava em vergonha autodepreciativa. Sirius permaneceu ofensivamente desinteressado durante toda a situação, durante todo o ano. 

Mas então James. Ponto final. O restante é opcional, a sentença segue: mas então James, que toma interesse nas coisas mais ordinárias até que elas cessem ser e dobrem à vontade dele em direção a algo mais; mas então James, que lhe empurrou até o confronto com Remus, como se fosse sua escolha; mas então James, que pegou a indiferença de Sirius, negou, e o envolveu na coisa inteira; mas então James, que acha a maior desonra desconfiar dos próprios amigos.

“Sirius, ” James diz, e é simples assim.

"Você devia levar aquela sua capa, por precaução, ” Sirius diz. “Temos que ir agora se quisermos pegar a Biblioteca ainda aberta."


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Notas finais do capítulo

??” essa é a minha visão das coisas e eu não considero isso meu canon per say mas minha visão sobre sirius x remus é minha visão sobre o que a pegadinha fez com eles, sabe. o que o fato do sirius ter feito aquilo com o snape significa no contexto da amizade entre os dois? não pra dizer que os 2 não eram amigos mas meio que solidificou pra mim que as outras amizades do sirius não foram tão intensas/codependentes quanto a dele e o james
??” eu continuo na crença que os 4 eram grandes amigos mas o james foi o que os uniu, que convenceu o sirius a dar uma chance à remus e peter e que convenceu remus que ele tinha achado as pessoas e que o peter valia alguma coisa
??” Realmente Não Acho que a amizade dos marotos era esse sonho todo deles feministas e saudáveis e inteiramente em consenso tipo a conexão era incrível mas ? não era perfeita



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