A Surpresa escrita por Mandy-ama-anime


Capítulo 3
Capítulo 3 - Distraindo o nii-san


Notas iniciais do capítulo

Apesar desse capítulo ser narrado todo por Edward, gostei de deixar o título em homenagem ao Al, afinal ele é que está distraindo o Ed, não é? xD Espero que gostem.
MIL PERDÕES POR TER DEMORADO TANTO PRA POSTAR, MAS É QUE FIQUEI ESCREVENDO OUTRAS FICS! GOMENASAI T_T



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Maldito Al... Já passaram mais de meia hora desde que ele sumiu. Estava morrendo de fome e completamente sem paciência, quando vi ele entrando repentinamente na biblioteca e correndo em minha direção.

 

— Al, onde você estava, garoto?! Procurando aquele gato de novo?! — Eu disse, exaltado.

 

— Ah... Claro! O gato. Poxa, eu não encontrei ele, nii-san — Al falou com uma voz tão triste que fiquei com pena e relevei o atraso enorme.

 

— Deixa ele pra lá, Al. Com certeza alguém já o deve ter achado e está cuidando muito bem dele. Não se preocupe mais com isso, sim?

 

Ele concordou com a cabeça. Mesmo que aquela armadura não mostrasse expressão facial, eu tinha quase certeza que ele estava triste por causa daquele gatinho. Meu estômago começou a roncar alto o bastante para Al escutar. Estava morrendo de fome... parecia até que meu estômago estava colando com as costas.

 

— Quer comer alguma coisa, nii-san? Vem, vamos em um restaurante — Al, meu irmãozinho abençoado, você disse as palavras mágicas!

 

Não hesitei nem por um segundo em dizer que sim e ir logo na frente, demonstrando extrema pressa de minha parte, mas quem não ficaria se estivesse com o estômago atrofiado de tanta fome? Ele foi comigo, e nós fomos até um restaurante a quilo, onde eu comi tudo o que tinha direito. Bife, macarrão com molho vermelho, frango ensopado, um pouquinho de salada no canto do prato e coloquei também alguns ovos cozidos. Peguei um guaraná e me dirigi até a balança. Depois o atendente me deu a notinha com o valor que eu tinha que pagar. Eu comi como um condenado, descendo tudo goela abaixo, quase não sentindo o sabor.

 

— Calma, nii-san, a comida não vai fugir — Disse Al, ao me ver devorando a comida quase sem mastigar. É, concordo que estava exagerando um pouco... ou muito.

 

— Desculpe, é a fome. Vou comer mais devagar — Eu disse, desacelerando o ritmo e mastigando mais.

 

Depois de terminar, eu estava satisfeito. A comida estava ótima, e eu estava de barriga cheia, que era o que importava. Eu fui até o caixa e paguei minha conta, e então saí com Al para fazer uma caminhada básica para ajudar na digestão.

 

— Aonde vamos, Al? Quero fazer uma caminhada para ajudar na digestão — Eu disse, esperando uma resposta boa de Al, que estava sempre cheio de boas ideias.

 

— O que acha de irmos no parque?

 

— Ótima ideia! Vamos — Eu disse, entusiasmado.

 

Eu adoro ir ao parque por três razões: adoro sentir o cheiro de grama molhada, que me lembrava de minha cidade natal, Resembool, adoro tirar um cochilo debaixo da sombra de uma árvore e adoro ver as crianças brincando com os seus cachorros, porque me lembra... bem, Winry. Que motivo idiota, não? *ri sem graça*

 

Assim que chegamos ao parque, eu procurei uma árvore bem grande para sentar debaixo, porque quanto maior a árvore, maior a sombra. Alphonse ficou brincando com os passarinhos e com algumas crianças e os cachorros delas, e parecia estar se divertindo. Fiquei assistindo e ria toda vez que ele era derrubado por um monte de crianças rindo, ou quando elas se penduravam nele e começavam a se balançar, como se ele fosse uma árvore, e ele olhava pra mim como que pedindo socorro, e eu apenas dizia coisas como “se vire aí, ninguém mandou querer começar a brincar” ou “peguem ele, crianças! Derruuuba!” e ria muito depois. Esse meu irmão...

 

Eu, enquanto estava sentado, olhava o céu. Estava azul celeste e sem quase nenhuma nuvem, uma coisa linda, quando de repente eu vi que Alphonse e as crianças pararam de brincar. Olhei para eles curioso, e Al os chamou para fazer um montinho. Pareciam estar cochichando alguma coisa, o que me deixou curioso. “O que será que eles estão cochichando?” Perguntei a mim mesmo, enquanto ouvia eles soltando risinhos, inclusive o próprio Al. Aí, do nada, Alphonse gritou:

 

— ATACAR!

 

Nesse momento, todas as crianças vieram para cima de mim. Deveriam ser umas cinco crianças com idades entre 5 e 8 anos, que começaram a me fazer cócegas. Aquelas mãozinhas delicadas sabiam mesmo fazer cócegas terríveis, e me ouvi gritando:

 

— O QUÊ? Nãããão! Há há há! Parem! Há há há! Al, você me paga — eu dizia enquanto ria, tentando afastar aquelas mãozinhas da minha barriga, costelas e axilas, mas assim que eu tirava uma criança, outras duas começavam a fazer cócegas.

 

Foi horrível. Maldito Al, ele SABIA que eu era muito coceguento, e também SABIA que eu odiava que me fizessem cócegas, por que SEMPRE eu demonstrava extrema fraqueza e não conseguia ignorá-las. Eu ri muito, e Al veio me segurar, enquanto as criancinhas vinham e tiravam as minhas botas, fazendo cócegas em meu pé.

 

— Nãããão, no pé não! — Eu dizia enquanto ria e gritava.

 

Se tinha o pior lugar possível para que me fizessem cócegas, no meu caso esse era o pé. Maldito ponto fraco que Al conhecia, por que nós dois também tínhamos guerras de cócegas quando éramos mais novos, mas não esperava que ele se lembrasse. Mesmo sendo um pé só, ainda era muito sensível ao toque, se é que me entende. Eu estava ficando vermelho, quando Al  disse às crianças para pararem, pois já tinha sido o suficiente. Então ele olhou pra mim e riu.

 

— E aí? Continua com aquele mau humor que estava hoje de manhã? — Ele disse, provocando.

 

— Não... é... justo — Eu falava, enquanto ria e pegava fôlego. — Maldito... seja... Al.

 

Ele e as crianças já haviam me soltado e agora riam da minha cara. Eu estava todo suado e com o rosto vermelho de tanto rir, e depois que já havia tomado fôlego, eu olhei para eles.

 

— Ah, vocês estão rindo, é? Vou mostrar pra vocês o que é bom! — Eu disse, enquanto batia minhas mãos e transmutava o meu auto-mail em um tipo de pegador de macarrão, com a cara da minha marca registrada: o bonequinho zangado com a trança e a antena. Ele era inofensivo, era só para botar medo na criançada.

 

Então eu comecei a correr atrás deles abrindo e fechando o meu “pegador de macarrão”, e eles correram para todos os lados rindo e fingindo pânico. Eu toda hora mudava o alvo: quando estava correndo atrás de uma criança e outra passava perto de mim, eu voltava e corria atrás dela, e assim por diante. Al riu e começou a correr também, rindo e fingindo pânico, mas é claro que ele não estava com medo de verdade e que só estava fazendo drama. Eu corria enquanto dizia coisas como “vou pegar você, viu?” ou “Vem cá, pestinha!” até que finalmente consegui alcançar uma garotinha que deveria ter no mínimo uns 6 anos pra cima.

 

— Ahá! Te peguei! — Eu disse vitorioso, enquanto segurava ela pela cintura, e ela ria alto, tentando fugir das minhas garras.

 

Eu carreguei ela nos braços, como se a estivesse sequestrando. Ela ria muito enquanto se sacudia e pedia por socorro. Depois disso, todas as outras crianças vieram em cima de mim, ao socorro da garotinha que eu tinha pego. Eu comecei a correr com a garotinha nos braços, enquanto ela se debatia e Al liderava a equipe de resgate, quando ouvi uma voz feminina dizer, exaltada:

 

— O que você está fazendo com a minha filha?! — Era, com certeza, a mãe da garotinha que eu “sequestrei”. Eu gelei.

 

Eu imediatamente coloquei-a no chão, vendo que minha brincadeira não tinha agradado a mãe dela. Eu estava sem saber o que dizer. O que você diria para uma mãe indignada se ela te visse carregando a filha dela nos braços e correndo sem ela nem conhecer você?

 

— Bom, é que... — Eu disse, pausando por um minuto, pensando no que dizer.

 

— A gente só estava brincando, mamãe! — Ouvi a garotinha dizendo, enquanto se colocava na minha frente.

 

Ela estava me defendendo, que legal... porque eu realmente não sabia o que fazer nem o que dizer naquela situação. A mãe dela começou a olhar feio pra mim, e depois olhou pra filha e disse docemente:

 

— Mas ele não estava te carregando? Porquê?

 

A garotinha olhou pra mim e sorriu. Ela era uma gracinha.

 

— É que ele queria vingança porque a gente fez cosquinha nele, mamãe. Ele não estava me machucando — Eu senti aquelas mãozinhas macias e quentes que a pouco tempo estavam me fazendo cócegas segurarem o meu braço.

 

Eu ri, sem graça. Nossa, que situação embaraçosa... querendo vingança por causa de cócegas... mas era bom ver que ela estava do meu lado, porque se ela dissesse qualquer coisa que fosse contra mim, com certeza eu me daria mal... a mãe dela olhou pra mim, e sorriu dizendo:

 

— Desculpe por ter pensado mal de você, mas é que vi você correndo com a minha filha nos braços e não é todo mundo que faz isso “só pra brincar”, entende?

 

— Claro que entendo, e apoio. Existem muitas pessoas ruins nesse mundo — Eu disse, concordado com ela.

 

Eu também não deixaria minha filha brincar assim com um estranho, se fosse a situação contrária. Eu sei lá se ele é um sequestrador e ele acaba levando minha filha pra não sei aonde... ai ai.

 

— Qual é o seu nome? — A mãe da garotinha me perguntou e eu sorri ao ver que já estava conseguindo conquistar a confiança da mãe, uma vez que já tinha conquistado a filhinha.

 

— Edward, mas pode me chamar só de Ed — Eu disse, sorrindo.

 

— Prazer, Lílian — Ela disse, estendendo a mão, a qual e apertei, cumprimentando-a. A garotinha puxou a minha jaqueta preta, e eu olhei pra ela.

 

— Ed onii-chan, o meu nome é Marina, mas pode me chamar de Mari ou de pimentinha, como a mamãe me chama — Eu não pude deixar de rir do apelido pimentinha, e Lílian riu também.

 

— Bom, estou feliz que tudo já está esclarecido. — Eu disse, por fim. Ela concordou com a cabeça.


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Notas finais do capítulo

xD Espero que tenham gostado da distração que Al e as criancinhas fizeram com Edward rsrs
Reviews?