Sorvete e Chocolate escrita por Carcata


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

OIE to aki pra postar uma breve história q zoa os rico francês e me dá fome mas eu gostei de escrever :D to com uns planos pro futuro mas vamos ver noq vai dar né
Gente eu não consigo escrever nas férias, por algum motivo q não faz sentido. Agora q tá acabando tô voltando no trilho, vamo q vamo kkkkkkkkk



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 Paulo e Estela caminhavam pelas ruas à luz do luar. Os sapatos vermelhos de Estela ecoavam pelo chão, dando um ar elegante ao casal. Paulo colocou um cigarro entre os lábios.

 — Não faça isso — Estela repreendeu. — Estamos indo num restaurante de ricos, temos que nos comportar como ricos. — Paulo elevou as sobrancelhas.

 — Como os ricos se comportam, então? — Ele disse, já tirando o cigarro de vista. Estela parou para pensar.

 — Ah, não sei — Ela ajeitou seu vestido vermelho. — Ande com o nariz empinado, aja como se você fosse o último cheetos do pacote, use óculos escuros em lugares fechados...

 — Bem, você já faz tudo isso, exceto que você não gosta de cheetos — disse e levou uma cotovelada de Estela. — Ai!

 — Enfim, — Ela suspirou. — Não sei se esse plano vai dar certo...

 — Claro que vai, confia em mim. — Paulo disse e entrelaçou seu braço com o dela quando viu que estavam perto da entrada do restaurante. As luzes e o jazz já eram notáveis do outro lado da rua.

 — Você trouxe o anel, né? — Ela perguntou nervosa.

 Paulo sorriu.

 

 

 Ao sentarem-se à mesa, Estela ficou indignada ao ver que até o cardápio era maravilhosamente lindo. Vermelho com escrita dourada, a moça notou que também sentia um perfume de flores ao abri-lo.

 — Olha isso, o cardápio é perfumado. — Estela fez cara feia e Paulo fez o mesmo ao notar o perfume.

 — É mesmo. — disse ele — Ricos são estranhos.

 Antes que pudessem caçoar mais da classe alta, um garçom com um terno provavelmente mais caro do que o carro Uno 2009 de Paulo veio até o casal para servir os aperitivos.

 — Os aperitivos de hoje são Foie Gras e pain avec de la confiture, aproveitem. — E em seguida saiu graciosamente com seu terno impecável e seu sotaque horrível.

 Paulo e Estela viram os pratos e se entreolharam. Aquilo era praticamente pão com geleia e um prato com um pedacinho de carne.

 — Até agora não estou impressionado. — Paulo disse enquanto Estela cutucava a carne com seu garfo.

 — Damas primeiro.  —Ela caçoou e arrastou o prato na direção de Paulo, que deu a primeira garfada.

 — Ainda não estou impressionado — Ele disse depois de experimentar e Estela rolou os olhos. — Além do mais, não tem sal.

 Eles acabaram pedindo os dois pratos mais caros do restaurante, mesmo não tendo a mínima ideia do que estava escrito no cardápio, que estava tudo em francês. Foi a mesma coisa com o vinho.

 Todos fingiam que falavam francês fluentemente e arrastavam a língua de um jeito que Estela batia os dedos na mesa de tão desconfortável que ficava quando ouvia alguém dizer bon appétit ou bonne nuit. Paulo achava tudo aquilo extremamente hilário e cutucava seu pé debaixo da mesa só para irritá-la.

 O humor de Paulo caiu subitamente quando avistou o jantar se aproximando da mesa deles.

 — Só pode estar de brincadeira. — Paulo murmurou e Estela sorriu de lado. Já estava esperando que aquilo acontecesse.

 O garçom serviu dois pratos cujas refeições eram estupidamente pequenas. Ele serviu uma garrafa de vinho que tinha um cheiro bem doce e acenou com a cabeça para o casal.

 — Bon appétit — Ele disse antes de se retirar e Estela rangeu os dentes. Paulo ainda encarava furiosamente para seu prato.

 — Eles devem estar caçoando da gente, né? — Ele pegou um garfo e hesitou ao usá-lo. Estela não o culpava, a comida era, de fato, um pouco suspeita. Parecia uma massa amarela com um molho escuro por cima. Não tinha cheiro de nada. — Bom, acho que já está na hora.

 E com isso Paulo se levantou e começou a bater seu garfo no seu copo de vinho, chamando a atenção de todos no restaurante.

 — Senhoras e senhores, francesas e franceses — Ele anunciou. Estela percebeu o que estava acontecendo e ficou vermelha. — Primeiramente gostaria de homenagear minha doce e bela namorada Estela e agradecê-la por ficar comigo todos esses anos.

 Paulo olhou para Estela com brilho nos olhos e levantou seu copo. Ela engoliu em seco.

 — Querida, você sempre foi minha luz no fim do túnel, não importa o quão clichê isso soa, é a verdade. Você é a batata palha do meu estrogonofe e a azeitona da minha empadinha.

 Estela também levantou sua taça de vinho para brindar o grande discurso. Paulo então colocou o vinho da mesa e pegou uma caixinha vermelha do bolso. Houve uma breve comoção das pessoas em volta, dando suspiros e filmando em seus celulares.

 Paulo abriu a caixinha, revelando um anel cinza e feio que ambos compraram numa loja da esquina ao lado alguns dias atrás. Era pequeno e feito de plástico.

— Quer se casar comigo? — Paulo perguntou antes de ajoelhar-se perto dela. Alguns barulhos e flash de câmeras e celulares soaram pelo restaurante enquanto todos esperavam a grande resposta. Estela tomou um gole do vinho e respondeu:

 — Sim.

 Sua voz soou roca e baixa, mas todos ouviram e bateram palmas. Paulo a abraçou e Estela pisou em seu pé.

 Depois de colocar seu anel de plástico e receber parabéns até dos cozinheiros, Estela arregalou os olhos ao ver o garçom a sua frente carregando um carrinho cheio de guloseimas e doces divinos decorados até a ponta com glacê e chocolate. Ela agradeceu todos seus bem feitores e divindades existentes antes de pegar um prato de petit gateau.

 — Muito obrigada, Jesus. — murmurou ela. O garçom deu um sorriso amarelo e parabenizou o casal. Paulo já estava na metade de seu pedaço de bolo quando isso aconteceu. — Adoro sorvete com chocolate. É a combinação perfeita, frio e quente.

 — Acha que somos como sorvete com chocolate, querida? — Paulo brincou com a boca cheia de bolo e deu uma piscadela. Estela o cutucou forte no peito e ele engasgou.

 — O plano funcionou, pelo menos. — Ela disse depois do seu terceiro prato. Paulo já tinha sujado todo seu terno com sorvete de limão.  — É uma pena que não caiba mais nada no meu estômago.

 — O anel ficou muito bom em você — Paulo comentou enquanto lambia uma colher.

 — Ew — Ela disse e lhe entregou um guardanapo — Tenha modos, Paulo. E obrigada pelo elogio, mas foi você que escolheu o anel. Afinal, qual restaurante será o próximo?

 Ele pegou um papel e caneta do bolso e começou a riscar nomes da lista.

 — Bom, já fomos em 4 até agora, contando com esse. Segundo minhas pesquisas, tem uma lanchonete bem perto daqui que também dão comida de graça para recém casados — Seus olhos dançavam ao encarar os dela — Que tal irmos lá na semana que vem?

 Estela enfiou uma caixa de chocolates na bolsa e ajustou seu penteado.

 — Claro. Mas vai ter que melhorar aquele discurso. “Batata palha e estrogonofe”? Sério mesmo, Paulo? — disse ela indignada.

 Paulo abriu um sorriso e seus dentes estavam todos sujos de chocolate.


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Notas finais do capítulo

gente eu me apaixonei pelo Paulo (??) ele eh muito eu na vida.
amei fazer essa fic :D agora quero sorvete :((
se alguém tiver lendo essa fic (oq eu duvido :/), me diga oq achou pls ;))