A Mágica De Dentro escrita por Escritora Desconhecida


Capítulo 6
CAPÍTULO SEIS-A Novidade.


Notas iniciais do capítulo

Esse tá atrasado, sorry.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/738952/chapter/6

Eu acordo com o meu pai usando a máquina do café, me levanto e vou até ele.

              -Bom dia filha.

              -Bom dia. -Respondo ainda com sono. -Vou sair mais cedo para ir pra escola hoje.

              -Tá bom querida. Vou pedir pro Enrico te dar carona.

              -NÃO! Quer dizer, não precisa. Obrigada.

              -Tchau filha. -Ele fala me olhando de forma estranha.

              -Tchau.

              Eu vou para o banheiro tomar um banho rápido antes de sair. Quando chego no metrô recebo uma mensagem.

              C: Beca vc vai q hrs pro colégio.

              R: Ai Cami... Desculpa, já sai. Tava com pressa hj.

              C: Tudo bem, eu falo com o Fernando.

              R: Desculpa, bjs.

              Quando chego na estação vejo o Gildo indo em direção da escola.

              -Professor. -Eu chamo. -Posso falar com você?

              Ele vira.

              -Claro Rebeca! Tem alguma dúvida?

              -Não é isso, só queria saber se o senhor falou com o Enrico ontem?

              -Ontem não. -Ele fala após pensar um pouco. -Por que?

              -Ah nada, eu acho que eu me confundi. Obrigada.

              -De nada.

              Sabia que ele tava mentindo. Eu entro na minha sala e, pela primeira vez, vejo a aura de Enzo, provavelmente por causa do colar. A aura dele estava azul escura.

              -Enzo. -Ele me olha tristonho. -Que foi?

              -O que você acha? O Leo se mudou.

              -Ele não falou com você? Ele tá aqui ainda.

              -O QUÊ? -Ele grita chamando atenção. -Como assim?

              -Ontem ele teve uma crise de asma. E não viajou.

              Ele me encara sem falar nada, e sai da sala com o celular na mão. Hoje eu tenho aula com um professor novo, de Geografia, odeio Geografia. O Enzo entra atrás de um homem, jovem, com uma aparência de bad boy, dos filmes dos anos 80. Ele vai até a lousa e escreve o seu nome “Willian”, quando ele se vira ele tira seus óculos escuros, revelando seus olhos verdes, que se focam em mim. Na aula inteira todas as meninas, e alguns meninos, ficaram babando olhando para ele, eu entendia o porquê. No final da aula, mas antes do sinal tocar ele olha para a sala e fala.

              -Antes de me despedir de vocês, gostaria que todos vocês se apresentassem. -Ele fala olhando para todos, fixando-os em mim.

              Começamos a nos apresentar pela ordem dos assentos, o que me coloca como a última pessoa, logo após o Enzo.

              -Eu sou o Lorenzo Carvalho, mas geral me chama de Enzo. -Ele fala se levantando e depois senta.

              Eu me levanto enquanto o professor me olha, e uma menina, que se apresentou como Carolina, sussurra:

              -Aberração.

              O professor encara ela bravo, com uma aura vermelha.

              -Sai da sala. -Ele fala calmamente.

              Depois que ela sai ele pede para eu continuar.

              -Eu sou a Rebeca Basile, mas me chamam de Beca.

              Ele sorri.

              -Obrigada pessoal. -Ele fala olhando para mim.

              Ele para na porta da sala.

              -Rebeca posso falar com você? Sobre a Carolina. -Ele fala me olhando sério.

              -Claro. -Falo sem entender.

              Quando eu saio da sala ele me olha.

              -Isso acontece frequentemente?

              -O que? Me chamarem de aberração? Desde o fundamental.

              A aura dele fica azulada.

              -Você não deveria aceitar isso.

              -Eu não aceito, é que eu não ligo.

              Ele me olha levantando a sobrancelha. Ele acena a cabeça e entra na sala da Gabi. Quando eu entro na sala o Enzo me encara e faz um sorrisinho safado.

              -Nossa não, só para. -Eu falo fazendo careta.

              -Ele é gato, tem até uns piercings.

              Eu olho para ele, e solto uma gargalhada.

              -Tá bom Enzo.

              Depois de duas aulas muito chatas eu saio com o Enzo da sala para encontrar a Gabi no intervalo. Ela sai da sala encarando a gente com um sorriso enorme.

              -Vocês tiveram aula com o professor gato?

              -Sim, a Beca ficou caidinha na dele. -Ele fala enquanto o professor passa andando do nosso lado.

              Eu dou um soco no braço dele enquanto a Gabi começa a rir.

              -AI! -Ele grita. -Doeu de verdade.

              -Lógico, você merece pior, seu mala sem alça.

              - Você acha que ele ouviu? -A Gabi pergunta quando consegue parar de rir.

              -Com certeza. -Eu falo triste. -Será que vou explicar que era uma brincadeira?

              -Você que sabe. -A Gabi me fala rindo.

              -Vou lá então.

              Eu vou em direção a sala do professor novo e bato na porta.

              -Pode entrar. -Ele fala com a voz abafada pela porta.

              -Licença. -Eu falo entrando e fechando a porta atrás de mim.

              -Rebeca, né? -Eu aceno sim com a cabeça.

              -Eu queria avisar que aquilo que você ouviu no corredor era uma brincadeira, para me provocar. Desculpa.

              Ele ri e levanta de sua cadeira.

              -Eu imaginei, relaxa.

              Ele me olha por um tempo e eu fico vermelha.

              -Era só isso, obrigada professor.

              -De nada.

              Ele fala enquanto eu saio rapidamente da sala, arfando.

              -Beca por que você tá tão vermelha? -O Enzo e a Gabi me perguntam ao mesmo tempo.

              -Eu não faço a mínima ideia, ele me encarou por tipo um segundo e eu corei.

              -Acho que alguém tá apaixonadinha. –A Gabi fala cantando.

              -Sai dessa. -Falo voltando para a sala, enquanto o sinal tocava. –Ah o Leo vem para o almoço.

              Eu entro na sala enquanto o Enzo explica para a Gabi porque o Leo ainda tá aqui no Brasil. Depois de duas aulas entediantes, o professor Willian entrou na sala. Todo mundo começou a encarar ele com uma expressão de dúvida.

              -Não, eu não tô na sala errada. -Ele fala e as meninas da sala, todas menos eu, soltam uma risadinha fina. -O professor Enrico faltou hoje e pediram pra eu assumir as aulas dele, lógico que eu não sei explicar física, então eu estou pedindo, nas salas que eu entrei novamente, para cada aluno escrever sobre o clima nas regiões do Brasil.

              Um aluno da frente levanta a mão.

              -Sim?

              -E se a gente tiver alguma dúvida?

              -Eu vou ficar rondando a sala, não se preocupe. Quem não entregar vai para a sala da Laila.

              Todo mundo reclama um pouco, mas logo começam a escrever. Quando ele começou a chegar perto o Enzo começou a me cutucar com o cotovelo, fazendo o professor rir quando passa por nós.

              -Classe, quase me esqueci, coloquem sua informação no papel, vou mandar uma resposta avaliando o texto, coloquem seu e-mail no canto inferior da página.

              -Não acredito que vale nota, agora vou ter que reescrever tudo. -Enzo fala sussurrando, eu solto uma risada.

              Quando o sinal toca o professor fica na porta, para recolher as folhas. Eu continuo escrevendo acelerando o máximo que eu consigo. O Enzo se desculpa e sai correndo para atender o celular, me deixando sozinha na sala.

              -Desculpa, já tô acabando, eu sei que eu escrevo devagar.

              Ele ri.

              -Não ri, por favor. -Eu falo chateada.

              Eu demoro cinco minutos, mas finalmente acabo.

              -Toma. -Falo entregando para ele. -Desculpa mesmo.

              -Relaxa, tá tudo bem.

Ele pega o papel, encostando na minha mão. Eu coro imediatamente, soltando o papel e saindo da sala rapidamente. Por que ele me deixa assim? Eu saio do colégio e vou encontrar o pessoal no restaurante.

—Cheguei, finalmente. -Falo me acalmando.

—Rebeca por que você tá tão corada? -Leo pergunta animado.

—A Beca tem uma quedinha no professor misterioso.

—“Professor misterioso.” -Eu repito zombando.

—Você sabe alguma coisa sobre ele? -Ela me pergunta.

—Justo. -Falo causando uma risada no grupo.

—Leo, você falou com a sua mãe sobre a escola?

—Falei sim. -Ele fala e toma um gole de suco.

—Fala logo o que ela falou. -Falo dando um tapa de leve em seu braço.

—Ela falou... -Ele tenta fazer uma pausa dramática. -Que por enquanto, eu posso voltar pra escola.

Todo mundo sorri e abraça ele. Eu sinto meu celular vibrar e saio do abraço.

Novo E-mail:

                            Rebeca, eu li o seu texto sobre o clima das regiões do Brasil e percebi que você se esqueceu da região Sul, mesmo você sendo a última a entregar. Aguardo a entrega até o fim do horário de almoço.

                            Agradeço a atenção,

                            Professor Willian.

              -Ele é sombrio até por e-mail. -Falo mostrando o e-mail para eles.

              -Você esqueceu a região Sul? Mas como? -A Gabi e o Enzo me perguntam.

              -Eu não tava conseguindo me concentrar.

              -Sabia que você tava afim dele. -A Gabi fala comemorando.

              -Todas as meninas estão afim dele.

              -Sim, mas você sempre odeia os professores gatos. -O Leo fala.

              -Isso é uma falácia! -Eu falo fingindo estar ofendida.

              -Igor, Enrico...

              -Já entendi. -Falo interrompendo ela.

              -Vou digitar aqui.

              Pego meu celular e começo a digitar o mais rápido que eu consigo sobre o clima na região Sul, mas acabo enviando um minuto após o prazo, fico com medo. E depois de um tempo recebo um e-mail.

              Novo E-mail:

                            Rebeca, infelizmente, você enviou o e-mail após o prazo. E como o seu trabalho estava incompleto eu preciso te dar um zero. Se você quiser que essa nota não vá parar no boletim, você precisa fazer uma prova, de apenas uma página, hoje mesmo no próximo período de aula, na sala de provas especiais no último andar.

                            Professor Willian.

              -Porra. Tenho que ir gente. -Falo voltando para o colégio correndo, esbarrando nas pessoas.

              Entro no colégio correndo e tropeço nas escadas, indo à sala de provas especiais, caindo e deixando um hematoma não muito grande na minha perna, que não dava pra esconder. Quando chego na sala o hematoma já está roxo.

              -O que aconteceu?! -Ele pergunta preocupado.

              -Eu caí, não foi nada.

              Ele respira fundo e pega a prova.

              -A prova é simples, são apenas três perguntas e você tem cinquenta minutos pra entregar.

              -Okay, obrigada. -Falo pegando a prova.

              Leio a prova e fico feliz, eu odeio Geografia, mas pelo menos eu sei as respostas. Começo a escrever e em vinte minutos eu acabo, eu releio, procurando algum erro, mas nada me parece muito errado, então olho em direção do professor, que estava me observando, enquanto sua aura estava meio azulada, como se ele estivesse triste ou preocupado, e sorri quando eu olho para ele.

              -Acabou? -Ele diz surpreso.

              -Eram só três perguntas. -Eu falo rindo.

              -Sim, mas da última vez você demorou tanto.

              Eu olho pra ele sorrindo e entrego a prova. Quando vou sair da sala ele me chama.

              -Rebeca, se você quiser você pode esperar eu corrigir, não vai demorar nada.

              Eu concordo, sento na cadeira que eu estava antes e me pego observando ele por um tempo, até que ele acaba de corrigir.

              -E aí? -Pergunto ansiosa.

              Ele tenta me deixar mais ansiosa com a cara séria, mas sua aura amarela o entrega.

              -Eu passei, né?! -Falo pulando.

              -Sim. -Ele fala rindo.

              -Obrigada. -Eu falo abraçando ele. -Ai meu deus... Desculpa, sério?! Eu não sei o que eu tava pensando, eu não sou de abraçar.

              -Calma. -Ele fala pondo a mão no meu ombro. -Eu não ligo. -Ele ri.

              Eu fico nervosa, corada. Olho para ele.

              -Posso levar?

              -Oi?

              -A prova.

              -Ah, não. Preciso arquivar ela.

              -Okay, tchau. -Falo saindo da sala sem ouvir sua resposta.

              Vou correndo para casa, sem lembrar que a minha nonna está em casa eu entro no meu quarto, e vejo vários objetos estranhos espalhados pelo quarto, quando me viro para sair do quarto ela está na porta.

              -Rebeca você demorou. E o que é isso na sua perna? -Ela pergunta preocupada.

              -Tive que fazer uma prova, e isso não é nada, só um hematoma. -Eu falo indiferente.

              -Senta na sua cama. -Ela pede e eu obedeço.

              -O que foi nonna?

              Ela começa a procurar alguma coisa pelo quarto, murmurando alguma coisa em italiano.

              -Encontrei! -Ela fala animada.

              Ela levanta uma pedra verde e coloca no meu hematoma, fecha os olhos e respira fundo. Depois de um tempo ela tira a pedra da minha perna e o hematoma não está mais lá.

              -Que porra é essa? -Eu falo espantada.- Desculpa nonna.

              Ela ri e deixa eu sair do quarto. Eu vou para o banheiro tomo um banho muito longo e ponho meu pijama de macacos. E pego meu celular.

              L: Beca tá tudo bem? Vc saiu correndo no almoço.

              G: Ficamos preocupados.

              R: O professor sombrio me chamou pra fazer uma prova. E eu fui correndo e esqueci de avisar, sorry.

              E: E vc passou??

              R: SIM!

              G: Ainda bem. Hahahaah.

              Eu desligo, o telefone e me jogo no sofá, caindo no sono rapidamente. Hoje meu sonho foi diferente. Eu sonhei com o Willian, ou como a Gabi chama ele, o professor sombrio. Foi um sonho alegre, sem os momentos estranhos que sempre tem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Mágica De Dentro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.