In my way escrita por anabfernandes8


Capítulo 1
Capítulo único - Ele


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, tudo bem? Essa é a última das ones da série de ones que estou escrevendo, a última dessa bloco. A intenção era fazer ones com os casais mais tradicionais de Naruto, experimentando cada um deles. (Sintam-se a vontade para acessar o meu perfil e ler qualquer uma delas, sem pressão). Com essa fanfic, posso dizer que meu objetivo está concluído. Mas não acaba aqui. No segundo bloco de ones, vou experimentar escrever fanfics no universo do anime. Também planejo yaois, yuris, casais pouco convencionais... vou experimentar de tudo. Bem, essa fanfic é a continuação da fanfic Da cor do pecado, que pode ser acessada no meu perfil. Ela pode ser lida tanto quanto fanfic independente, quanto como fanfic complementar, não é totalmente dependente da outra. Espero que gostem, me baseei na música In my Way - Johnny Glover ( a opção de escutar a música enquanto lê a fanfic é totalmente sua). Obrigada pelo carinho. Também estou com a mesma fanfic no Spirit Fanfics, com o nick anabfernandes8.
Boa leitura, nos vemos nas notas finais.



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Capítulo Único - Ele

Aperto o nó da minha camisa quadriculada mais uma vez. Sei que não há nada de errado e que o nó não irá se soltar, mas estou bastante nervosa. O clima está ameno, um ventinho gostoso batendo nas minhas pernas nuas. A camisa quadriculada de praxe, porque é São João. Sim, sou bem clichê. O chapéu também está em minhas mãos pelo mesmo motivo. Eu o amo e não poderia existir ocasião melhor para utilizá-lo. O short, no entanto, tem um significado mais profundo. Eu provavelmente deveria estar usando uma calça, com medo da friagem, mas hoje quero mostrar minhas pernas. Especialmente hoje. Por um bom motivo. Um ótimo motivo com os olhos perolados mais fenomenais que eu já vira.

— Por favor, eu sigo sem entender porque você é a única que não está maquiada. Eu iria fazer um trabalho fantástico no seu rosto. Por que você recusou e veio com essa cara lavada? - Ino, minha amiga, que anda ao meu lado, diz, com um biquinho. Suspiro, sem paciência. Tudo o que ela queria hoje era pintar meu rosto como se fosse carnaval. E era tudo o que eu menos queria.

— Não quero esse monte de porra na cara, como vocês. É São João, não carnaval. - E também, hoje estava sem paciência nenhuma para ter que chegar em casa e lavar meu rosto dez vezes antes de dormir. Sim, não tenho lenços umedecidos ou qualquer demaquilante facial. Julguem-me.

As meninas riem do que digo. Não sei o que há de tão engraçado na minha cara, ou na minha fala, mas elas seguem rindo por mais alguns segundos, como se fosse a piada do ano. Continuamos andando, já na porta do espaço de eventos onde acontece a festa de hoje. Damos nossos ingressos aos comissários da portaria e entramos.

— Ah, com certeza você quer sim um monte de porra na cara. - Diz Temari, finalmente, explicando do que elas tanto estavam rindo. Uma risada escapa da minha boca, fazendo-me até mesmo jogar minha cabeça para o alto. Entendo do que elas estão rindo e, sim, devo admitir, a frase com duplo sentido foi bastante engraçada. Somos uma otárias rindo de algo tão besta.

Ino e eu caminhamos na frente, ainda rindo. O local é grande. Não tenho ideia de para onde devemos ir, mas não preciso de muito tempo para decidir. A loira de olhos azuis aponta para uma barraca de doces, maçã do amor para ser mais específica, alegando estar com “desejo”. Existe algo melhor do que as comidas de São João? Se sim, desconheço.

— Essa vaca está se vestindo tão bem hoje. Não posso acreditar que ela recusou a porra na cara. - Comenta Sakura, sem o menor pudor, em voz alta. Ela nem ao menos disfarça sua voz. O homem da barraca de maçã do amor nos olha de forma estranha e fico vermelha com o comentário da minha amiga. Dou um cutucão nela, o que só a faz rir ainda mais.

— Tão engraçada você. Estou com um pressentimento bom, só queria me vestir bem. O que há de errado? - Dou de ombros, como se isso não significasse nada. Só queria impressionar alguém, nada demais. Elas não precisavam saber disso. Quero dizer, como se elas também nunca tivessem feito isso.

— Bom pressentimento, hãn? Envolve um moreno dos olhos perolados? Aposto que sim. - Temari pisca pra mim, cúmplice. Pisco os olhos, naturalmente, como se não fosse nada demais. Mas é. E sou tão transparente que não consigo esconder. Um rubor sobe pelo meu rosto, deixando minha bochechas bastante vermelhas. Sou bastante transparente com meus sentimentos, principalmente ao lado de minhas amigas.

Não me dou nem ao trabalho de negar, elas já sabem. Quero impressioná-lo sim, se ele estiver aqui. É claro que ele está. Um São João como esse, desse porte, onde a cidade toda está aqui, seria um pecado se ele não viesse.

— Como é mesmo o nome dele? Beji? Seji? - Temari e Ino seguem me provocando, enquanto Sakura cuida dos nossos pedidos com o homem da barraca. Reviro os olhos, tentando não entrar nesse jogo sujo delas. Já sei onde termina e não estou indo por esse caminho.

Todas recebemos nossas maçãs do amor, mas continuamos ali, ao lado da barraca do doce, apenas para não impedir o fluxo de pessoas e atrapalhar a venda.

— Neji. O nome dele é Neji. - As três riem com meu comentário, principalmente pelo fato de que fico irritada. Elas não cansam desse joguinho comigo, mas eu sim. - Vocês querem o CPF dele também?

— Neji… Cuidado que eu posso pesquisá-lo no Facebook. E se ele se apaixonar por mim? - Reviro os olhos perante à fala da minha amiga Haruno. Elas são umas bestas, disso eu já sabia, não sei porque estou ficando toda irritada. Essa noite devia estar sendo perfeita.

Mordo um pedaço da minha maçã, enquanto resolvo dar uma olhada no local. Fico repetindo ao meu cérebro que não estou procurando nada, mas estou. É claro que estou. Eu seria uma idiota se não estivesse. E encontro. Ele.

Você me mantém perto

Tão perto

Deixe-me

Mostrar a você

Seus olhos perolados já estão em mim, nossos olhares se encontrando com uma explosão. Minha barriga aninha borboletas furiosas, que parecem estar também no meu coração, que bate mais rápido que o normal. Não posso evitar que meus lábios se abram em um sorriso animado. Tanto pela alegria de vê-lo, tanto pela forma como ele está absolutamente delicioso. Usa uma camisa preta de manga, com os primeiros botões abertos expondo seu peito e as mangas dobradas até os cotovelos. Uma calça vinho justa que destaca suas pernas longas e torneadas. Sua pele branca se destaca com aquela roupa, ainda mais com seus cabelos longos presos com um elástico frouxo, alguns fios soltos que o deixam ainda mais sensual. Minha boca fica seca com sua visão. 

— Tudo bem, estou jogando a toalha. Ele só tem olhos para você. - diz a mulher de cabelos róseos, provavelmente revirando os olhos. Não preciso olhá-la para saber que ela está fazendo exatamente isso. Dou um sorriso convencido, murmurando qualquer coisa. Perco a noção das palavras olhando para esse homem. Ele me deixa confusa, mas ao mesmo tempo me dá esperanças.

Não preciso desviar meus olhos dos seus para ver que ele tem um copo na mão. A essa distância, não posso ver o que tem dentro dele, mas não é muito difícil supor o que é. Meu peito se aperta e minha animação murcha um pouco. Não acredito que estamos indo por esse caminho novamente. Essa noite, principalmente, eu estava com uma sensação tão boa e, agora, depois disso, parece que vai ser como todas as outras, em que nos olhamos a festa toda, mas, no final, cada um vai para sua própria casa, para sua própria cama.

— Tudo bem, estou novamente ficando com medo. Você é psicopata ou o quê? O que há com todo esse olha, olha e zero ação? Por que vocês não estão aqui ao nosso lado, ou em qualquer lugar, se pegando loucamente? Há fogo entre vocês, todo mundo da festa já percebeu. Sinceramente, não entendo.

— Não vou discutir com você, Tema. Eu tenho meus próprios motivos para ficar olhando e nenhuma de vocês tem nada a ver com isso, então não vou discutir. É a minha vida e eu só vou fazer o que eu quiser.

— Mesmo assim, minha amiga… - Ela tenta continuar e sei que ela tem argumentos. Todas elas pensam da mesma forma e eu sei que elas estão certas, mas tenho motivos para fazer o que estou fazendo. Não estou só sendo uma maluca idiota que está desperdiçando um cara magnífico como esse por nada.

— Eu continuo olhando porque ele é bastante bonito, então qual é o real problema? Eu não preciso de um motivo para olhar alguém, de qualquer forma. - Elas balançam a cabeça, descrentes. Provavelmente já desistiram de mim. Continuo olhando para ele, que não olha para mim no momento, conversando com seus amigos, enquanto tento explicar a situação às minhas garotas. - Posso imaginar todo o romance na minha cabeça. Eu sou bem platônica, sabiam? Não precisa ser físico todas as vezes.

— É bem idiota se quer saber minha opinião. - Comenta Ino, como quem não quer nada. Volto meu olhar para ela, para todas elas.

— Eu não me importo com o que vocês acham. Vou fazer do meu jeito e pronto.

— Acreditem ou não, ela vai fazer do jeito dela. - Começa Sakura e eu sei que daí vem alguma coisa. - Eu vou contar a vocês como foi a primeira vez que isso aconteceu. Bem, deve ter sido alguns meses atrás, não me lembro exatamente. Nossa amiga Tenten seguia sozinha, bastante estressada se me permitem dizer. - Reviro os olhos com o comentário desnecessário. Agora, me digam, quem é a pessoa que convive com humanos e não fica estressada? - Eu continuava insistindo que a gente devia sair pra arrumar uns gatinhos, mas ela se recusava toda vez. Até esse dia.

Até esse dia. Bem, não posso dizer que era mentira. Eu sempre recusava sim, porque estava muito bem sozinha. Estar estressada não era sinônimo de precisar desesperadamente de um macho. As duas coisas basicamente não tinham nada a ver uma com a outra. O homem certo ia aparecer quando fosse a hora. Qual a necessidade da pressa? Eu não queria arrumar um babaca qualquer só pelo medo de ficar sozinha. Eu não era e ainda não sou esse tipo de pessoa.

Mas concordei em sair nesse dia. O trabalho estava bastante puxado, assim como os estudos, então eu achei que merecia alguma folga de todas essas coisas e aceitei o convite da minha amiga Haruno.

— Obviamente que ela fez a melhor escolha em aceitar sair comigo nesse dia. Ela só não se convenceu disso ainda. É o destino, meu amor, não há o que discutir quando o destino coloca uma coisa assim na sua frente.

Não havia o que discutir quando ela estava total e absolutamente certa. Neji volta a olhar para mim, nossos olhos um sob o outro, fazendo-me lembrar da primeira vez que eles se conectaram dessa forma.

Cheguei no bar, junto com Sakura. Ela estava toda animada, olhando todos os homens do recinto, enquanto eu revirava os olhos, seguindo-a de perto. Sentamos em uma mesa qualquer e ficamos conversando enquanto ela já pedia álcool. O mesmo de sempre. Fui em sua onda, enquanto começávamos na dose de vodka. Se era para ficar louca e aproveitar a noite, que fosse da melhor forma.

Já estava lá há algum tempo quando eu o vi. Olhos claros como a lua, pele alva, cabelos marrons e longos sedosos. Meu interior se contorceu em desejo. Que homem era aquele…

Seu fogo brilha

Tão vivo

Deixe-me

Conhecer você

Inicialmente achei que era apenas um desejo. Ele era espetacular na medida certa. A noite não estava sendo tão ruim assim. Sakura ainda estava ao meu lado, tagarelando sobre uma coisa qualquer, que eu obviamente não prestava atenção, já que estava focada apenas no moreno de algumas mesas ao lado.

— Do nada, o cara chegou pra falar com ela. Tipo, eu fiquei lá tentando entender o que estava acontecendo. Foi tudo tão rápido. Eles começaram a conversar, conversa vai, conversa vem e tal. Me afastei um pouco, para dar privacidade né, mas não ia deixar minha amiga ali sozinha óbvio. Eu não queria, você sabe que não né, Ten, mas não tive como não ouvir quando ele disse que queria ficar com ela. Ela não quis. Acreditam nisso? - Sakura era tão dramática. Balancei minha cabeça, enquanto as outras meninas pareciam vidradas na história. Não tinha sido bem assim. Ele tinha chegado, sim, e se apresentado. Embarcamos em um papo legal e tudo, e, sim, ele pediu para ficar comigo mais rápido do que eu planejava, e, sim, eu recusei, mas não havia sido bem assim.

Eu cheguei a achar que era apenas desejo. Neji era um cara muito bonito e sensual, mas quando ele chegou para falar comigo com sua voz melodiosa, eu percebi que não era apenas aquilo. Havia mais. Eu queria mais. Meu coração vibrou quando ele chegou na minha mesa. E então eu vi que ele poderia ser um daqueles caras que a gente espera que seja duradouro. E não o cara de uma noite. Foi por isso que eu o recusei. Porque queria que ele estivesse ao meu lado por mais tempo do que ele provavelmente gostaria.

E outra, ele não estava sóbrio. E eu sabia como os bêbados eram. Eu era uma bêbada também. Eu não estava sóbria também. Quando eu bebia demais, às vezes nem precisava ser demais, eu me esquecia da maioria dos detalhes da noite anterior. E se ele fosse assim também? Eu não queria ser esquecida no dia seguinte. Não queria ser mais uma para esse homem em particular. Por isso, recusei da forma mais delicada que pude, tentando não magoá-lo.

Mesmo depois que ele saiu e que eu havia dito não, não conseguia parar de olhá-lo. Nem ele. Nossos olhos eram como dois ímãs. Atraíam-se para o outro sem que tivéssemos o menor controle. Com essa intensidade toda, eu não poderia correr o risco de perder essa chance. A chance de ser mais.

— Ela recusou? Sério, Ten? Amiga, olha esse homem. Você recusou, quando ele chegou? Eu não posso crer. - Ino falou com a mesma voz dramática de Sakura e dei um risada espontânea. O que eu podia fazer? Se eu não queria, então eu não queria. E não tinha nada de errado nisso.

— O que nos leva ao segundo fora. Que eu me lembro muito bem. Esse foi épico. - A outra loira ri, como se estivesse se lembrando de algo engraçado. É claro que foi engraçado para elas. Quando não acontece com a gente, é sempre engraçado assim.

— Você tava lá no segundo fora, Tema? Argh, por que eu perco todos os rolês interessantes?

— Foi você quem se recusou a ir, Ino, dizendo que tinha que estudar e não sei o quê.

— Todas as vezes que eu falo isso é porque eu realmente preciso estudar, Sakura. Não fico dizendo essa frase à toa. E, principalmente, não fico recusando rolê a toa, tá?!

— Enfim. Eu vou ter o prazer de contar desta vez. - A Sabaku continuou com sua lenta tortura. Eu tinha amigas péssimas, não tinha? Não sei porquê continuo andando com essas otárias. A segunda vez. Ok, vamos lá. - Foi numa boate. Aquela, sabe, que inaugurou ali perto de casa. Eu tava doida pra ir, inclusive levei algumas amigas do trabalho comigo. A gente foi, chegou lá a gente começou a beber, todo mundo, inclusive a Tenten.

— Ei, ei, eu preciso me defender. Não comecei a beber assim como você tá dizendo. Parece até que sou cachaceira. - Ela me olhou com os olhos afiados, como se dissesse “E não é?”. - Comecei tomando uma cerveja só, enquanto vocês foram direto pra cachaça.

— E cerveja é o que, água? É álcool também, meu bem. - A Sabaku replicou meu comentário, com os braços cruzados. Olhei para ela, cruzando meus braços também.

— Claro que não, mas mesmo assim. Eu, ao contrário das otárias, sei começar uma noite e não estragá-la em cinco minutos.

— Opa, opa, minha querida. Defina estragar a noite, porque pra mim ela fica melhor quando se bebe. Opiniões e opiniões. - A Yamanaka entrou na discussão.

— Gente, foca no história. Sem briga besta, sem sentido. - Sakura falou mais alto que todas nós e nossa discussão foi esquecida.

— Bem, enfim, a gente começou a beber. Ele já tava lá com uns amigos, bebendo tequila como se fosse água. Não preciso dizer que eles ficaram bem ruins, muito rápido. Do nada, ele e os amigos estavam cambaleando, e sim, nós ficamos olhando porque eles estavam muito escandalosos e barulhentos. Não tinha como não olhar. Pagaram mico naquela noite. Enfim, Tenten ficava ali do lado, igual tá hoje, olhando e olhando enquanto não tomava atitude nenhuma.

Não posso nem me defender, porque realmente não tomei nenhuma atitude aquela noite. Não naquele momento. Eu queria ir falar com ele, no começo, mas quando percebi o nível de bêbado que ele estava, desisti. Se eu chegasse nesse nível de estar bêbada, não me lembraria nem o meu nome no dia seguinte, então não havia porquê desperdiçar minha saliva.

Mesmo com esse pensamento forte na mente, uma parte de mim ainda considerava falar com ele, mas estava enrolando por medo. Mas tudo bem enrolar. Eu não estava me sentindo errada, nem nada, na verdade estava perfeitamente normal onde estava, sem estar sentindo nenhuma culpa pela falta de ação. Estava me sentindo bem, com minha cerveja, enquanto olhava para ele e ele para mim. Não havia o que temer, mas você sabe a vergonha, certo?

Nunca me senti tão leve

Vai levar a noite toda

Para dizer a você

E isso parece tão certo

— Eu sei lá o que aconteceu, as coisas com esses dois são tão rápidas que de repente ele tava chegando nela e aí os dois foram dançar. Ela aceitou dançar com ele, essa danada. E eu te juro que ela fez de tudo pra provocar ele. Essa menina rebolou a bunda como ela nunca havia rebolado antes, eu te juro. Agora, me diz, isso faz sentido pra você?

— Eu estava animada, tá? Sou fraca com cerveja, você sabe. - E, principalmente, havia esquecido meu objetivo. Quando ele veio falar comigo, eu já estava na quarta garrafinha. Ou seja, muita cerveja. Eu era realmente fraca com cerveja, ficava bêbada mais rápida que gostaria.

Saímos para dançar. Eu realmente dancei bastante, rebolando minha bunda de formas que eu nem ao menos sabia fazer. Devo ter aprendido na hora. Nós estávamos dançando, uma energia entre nós, nossos olhos o tempo todo colados um ao outro. Até o momento em que ele tentou me beijar. A energia estava bem pesada entre nós, uma expectativa. Ia rolar. Eu queria que rolasse. Ele também. Colou seu corpo ao meu, de uma forma absurdamente enlouquecedora, e se aproximou para me beijar.

Foi quando eu senti. O cheiro muito forte de tequila vindo de sua boca. E então eu me lembrei, de que não queria ser aquela garota. Não com ele. Não a garota de uma noite, até mesmo porque não tinha nada de errado com isso, mas a garota que não era lembrada. Eu não queria ser ela. Não com alguém que eu queria manter na minha vida. Eu não podia correr o risco de ser esquecida, quando o que eu mais queria era ser lembrada. Eu queria mais. Mais do que ele podia oferecer no momento. E então eu me afastei dele, sem nenhuma explicação. Me afastei porque o sentimento era forte e estava crescendo. Porque eu não parava de pensar nesse homem um só segundo da minha vida. Porque ele chegou e transformou minha vida num caos.

É como um furacão

Fazendo você voar

— Ele tentou beijá-la e ela se afastou. Você pode lidar com isso? Porque eu não posso.

— Lide com a sua própria vida, Temari. - Retruquei, ríspida. Nenhuma delas se importou com meu tom de voz. Continuaram discutindo como eu era estúpida por perder não uma oportunidade, mas duas.

— Desde então, eles têm ficado nesse chove não molha. Olhares e olhares, zero ação.

Não acabava aí. A terceira vez foi a mais lamentável. Mas nenhuma delas sabia disso. Eu não havia feito questão de contar, é claro. Era uma coisa pessoal, que eu queria manter para mim. Não havia necessidade de sair divulgando, dando a elas motivos para fazerem o que estão fazendo agora. Fiz uma escolha e não me arrependo até hoje. Lidem com isso, otárias.

Foi na terceira vez que eu percebi que aquilo não era um mero acaso. Que ele não ia desaparecer da minha vida não importa quantas vezes eu andasse para longe dele ou o mandasse embora. Que alguém finalmente tinha vindo. Dessa vez, para ficar.

Porque toda vez

Que eu tento virar

Eu encontro você no meio do caminho novamente

Estava num bar com os amigos do trabalho. Nenhuma das meninas estava. Era como um happy hour. Em um bar. Nada de anormal até aí, certo? Eu não esperava que ele aparecesse. Havíamos nos visto duas vezes, ambas ao acaso. Não havíamos trocado telefone nem combinado nada. Mas ele continuava aparecendo nos lugares em que eu estava. Eu não estava esperando, ainda, é claro.

Por isso, foi uma grande surpresa quando o vi aparecendo com seus amigos, sentando-se em uma das mesas da frente. Eu estava em uma das mesas do fundo e assim que eles se acomodaram, não pude ter mais visão nenhuma dela. Comecei a ficar nervosa. Não estava o esperando aqui.

Tentei continuar a conversar normal, tranquilamente. Continuar a beber minha cerveja como se nada tivesse acontecido, comer os petiscos e conversar com o pessoal. Por sorte, ninguém percebeu nada. Ninguém percebeu que eu trocava olhares com alguém. Sim, na primeira vez que Neji se levantou para ir ao banheiro, ele percebeu minha presença. Desde então, ele tem ido ao banheiro constantemente. Tanto ele como seus amigos. Com toda a certeza eles estavam tomando cerveja. E rápido demais por sinal.

Eu também estava, mas não tinha pressa ao saborear minha gelada. Ainda estava no segundo copo, tentando enrolar meus amigos. Como sabem, cerveja era um dos meus pontos fracos. Me pegava rápido demais. E isso era tudo o que eu não queria nesta noite. Principalmente porque no outro dia tinha faculdade pela manhã.

Em determinado momento, é claro, precisei ir ao banheiro. Segurei quanto tempo consegui, sabendo que depois da primeira vez, começaria ir com uma frequência maior. Quando não consegui mais segurar, me levantei e me encaminhei ao banheiro. Não tinha ninguém, nem no masculino nem no feminino, que eram de frente um para o outro. Entrei, fechando a porta e desabotoando minhas calças apertadas.

Alivio minha bexiga totalmente, na ilusão de que dessa forma não preciso voltar ali tão cedo. É apenas uma ilusão, porque todos sabemos como esse sistema funciona. Termino meu serviço e abro a porta, indo direto para a pia. Estou lavando minhas mãos, quando a porta do banheiro masculino se abre. Levanto os olhos para ver quem é e meu coração falhar uma batida. É ele.

Abro um sorriso, porque, apesar de super nervosa, não vou ser mal educada com o cara que eu gosto. Sim, gosto dele. Isso está por todo o meu corpo, então qual o sentido negar? É só a terceira vez que o vejo, mas o sentimento está forte que não posso mais controlá-lo.

Ele me dá um aceno com a cabeça, uma expressão séria. Termino de lavar minhas mãos, enxugo-as e viro-me, com intenção de voltar à minha mesa com meus companheiros de trabalho. Começo a andar mais rápido do que o normal, por causa do nervosismo, quando repentinamente ele diz meu nome. Paro, virando-me confusa. Não sei o que ele quer.

As palavras saem em uma torrente confusa. Ele começa a dizer coisas sem nexo, questionando-me porquê não quero ficar com ele e pedindo desculpas por uma noite que ele provavelmente nem se lembra. Quando ele termina, não sei o que dizer. Realmente não sei. Não tenho palavras para respondê-lo. Não posso impedí-lo de beber, por isso não posso usar isso como desculpa em um argumento formal. Ele faz o que quiser com a própria vida e eu não tenho nada a ver com isso.

De qualquer forma, também estou um pouco alterada, morrendo de medo de fazer um show aqui por nada. Algumas pessoas já estão ali, usando o banheiro, então me contenho a apenas sorrir para ele, apesar de não achar a situação nada divertida. Nem sei porquê sorrio. Em seguida, dou de ombros e saio com a maior classe que tenho. Saio, porque se continuar ali, tenho certeza que vou fazer coisas que me impedi de fazer até agora. E se ia fazer agora, qual teria sido a necessidade de recusar das outras vezes?

Porque toda vez

Que eu tento dizer adeus

Eu encontro você no meio do caminho novamente

— Você pode entender isso? Porque eu não. - Volto a prestar atenção total no que está acontecendo à minha volta. Elas ainda estão falando de mim. Não posso acreditar que estou sendo o assunto da noite.

— Tudo bem, já chega tá? Chega de falar de mim. Vocês não precisam entender o que estou fazendo porque não é problema de vocês. Amigas, amigas, vidas à parte, se lembram? Cuidem das próprias vidas, por favor. Eu pago minhas próprias contas justamente pra não ter que ficar me justificando com ninguém, inclusive com o Estado.

— Já chega? Tão inocente. - Elas não ligam nenhum pouco para o que acabei de dizer. Temari diz, meneando com a cabeça para algo à nossa frente. Estava tão concentrada em brigar com elas, que me esqueço de tudo ao redor. Inclusive dele. Que anda na nossa direção com uma expressão determinada.

Meu coração começa a bater de uma forma estranha. Olho para ele, que está vindo diretamente em minha direção. Ele me olha de volta e é dessa forma que sei que ele não está indo para qualquer outro lugar a não ser para mim. Minha mente está um nó, enquanto tento adivinhar porquê ele está vindo. Porque logo agora. Porque hoje, depois de todas as outras vezes e depois de todos os foras.

Isso era o desfecho da sensação boa que estava me preenchendo durante o dia todo? Aquele sensação de que algo de bom iria acontecer, de que hoje tudo ia dar certo. Aquele frio na barriga bom, mas ao mesmo tempo diferente dos outros. O pressentimento bom que eu tinha. Era isso? Ele estava vindo para mim hoje da forma que eu queria?

Eu sei que desta vez

Você vai vir

De volta para mim

Eu tenho certeza

Quando ele chega, meu grupo se silencia. É como se as meninas nem ao menos respirassem. Medonhas e otárias. Elas o examinavam como se ele fosse o último homem na face da terra. Quero revirar os olhos, mas me contenho. Ele pode achar que estou fazendo isso para ele.

O copo já não está mais em suas mãos, mas não posso deixar de pensar o que havia dentro. Ele estava mais uma vez tomando álcool? Se sim, qual a necessidade de vir todo o caminho até aqui apenas para ser recusado novamente?

Ele coça a garganta e olha para trás. Ao longe, um de seus amigos parece estar rindo descontroladamente de alguma coisa, enquanto olha para nós. Será que eles sabem? Idiota, eu sou uma idiota. É claro que eles sabem dos foras que ele levou, e provavelmente esse era o motivo da risada. Com certeza pensavam o mesmo que eu. Por que ele viria novamente depois de todas as minhas recusas?

— Tenten. - Ele diz, com sua voz poderosa. Adoro quando ele diz meu nome dessa forma. - Podemos conversar?

Uau. Sério? Ele quer conversar comigo? Quer dizer que ele não desistiu de mim, então? Abro um sorriso grande, não sei porquê. Devo ser uma otária.

— Eu te disse que era hoje. - Sussurro no ouvido de Temari, que está mais próxima a mim nesse momento. Tenho certeza que ela vai contar às outras, por isso não me dou ao trabalho de dizer em voz alta para que todas as minhas meninas escutem.

Pego Neji pela mão, em um gesto ousado. Estou apostando todas as minhas fichas no dia de hoje, apesar do mundo ser cheio de incertezas, ainda mais a essa hora do campeonato. Ando alegre, direto para a barraca de cachorro quente. O movimento por lá é pequeno e é o lugar mais distante das caixas de som, um local onde podemos conversar tranquilamente, sem medo de sermos ouvidos pelos outros, mas também sem a preocupação de não sermos ouvidos um pelo outro.

— Estamos aqui. O que quer falar comigo? - Começo nosso diálogo, porque estou ansiosa. Tão ansiosa para saber o que ele quer ao mesmo tempo em que bastante ansiosa para saber se ele está bêbado também. Ele não parece, mas tinha um copo na mão então nunca se sabe.

— Você é linda. - Ele solta, repentinamente, depois de respirar fundo. Continuo olhando-o, sem expressão exterior. Por dentro, no entanto, é como se meu sistema tivesse dado pane. Ele me acha linda, e isso já é algum começo, certo? Ele não desistiu de mim então.

Uma sensação de bem estar e aconchego toma conta de mim. As palavras que saem da boca desse homem com essa voz que só pode ter sido feita diretamente pelos deuses…

Então você continua pensando

Tudo o que você diz

É mágico

— Você sabe que estou totalmente na sua. Há muito tempo. - Estamos quites aqui, querido. Também estou na sua, mas pode estar sendo um pouco difícil para você perceber isso devido às minhas atitudes recentes. Bem, alguma coisa eu tinha que estar deixando transparecer, já que ele ainda continuava aqui, lutando por mim.

— E daí? - Respondi. Eu queria saber, estava ansiosa para saber. Tudo bem, estávamos um na do outro há bastante tempo, mas e daí? O que significava? O que ele queria exatamente? O mesmo que eu, será? Ele estava sóbrio? Isso era tudo o que se passava pela minha cabeça.

— Eu quero você. Quero você para mim. Quero você comigo. - Sua declaração, assim, tão sincera e crua mexe comigo, tanto que arregalo bem meus olhos em surpresa. Em seguida, abro o sorriso mais alegre que já abri em toda a minha vida. É exatamente a resposta que eu estava esperando, mas mesmo assim balança meu coração. Pego novamente sua mão, entrelaçando a dele com a minha, e arrasto um Neji confuso para perto das caixas de som. Sei que estou sendo sem noção no momento, arrastando-o para lá e para cá, mas estou bem animada. Quero dançar com ele. Aproveitar este momento mágico.

Paro-nos, junto ao pessoal que está dançando e viro-me para ele, começando a me mexer no ritmo da música. Estou dançando da mesma forma que estava dançando para ele, na boate. A única diferença é que agora estou mais sóbria do que estava aquele dia. Balanço minha bunda de uma forma que pareça bem enlouquecedora, para provocá-lo. Quero que ele se sinta da mesma forma que eu me sinto quando ele para aquele olhos perolados que penetram minha alma de uma forma tão boa e sensual.

A música acaba e me aproximo dele, o mais perto que posso. Colo nossos corpos, percebendo o quanto nos encaixamos bem. Ele não é tão mais alto do que eu, de forma que posso olhar em seus olhos, tão de perto, sem ter que entortar meu pescoço daquela forma estranha. Está na hora da verdade.

Aproximo meu rosto do seu, meu coração como uma bala. Não quero ter que fazer isso, mas sei que preciso. Por mim. Por tudo o que prometi para mim mesma no momento em que percebi que ele era a pessoa certa. Ele fecha seus olhos lentamente, como se eu fosse beijá-lo. Não. Tem algo que preciso fazer primeiro. Seus lábios estão entreabertos daquela forma sexy quando aproximo meu nariz deles. Dou uma fungada, de forma nada elegante, sentindo o cheiro de refrigerante.

Afasto-me da mesma forma que me aproximei, um sorriso em meu rosto que não posso controlar. Estou feliz. O pressentimento bom não era algo sem sentido. Ele abre os olhos, ma não dou a ele muito tempo mais. Não dou a nós dois muito tempo mais. Chego perto, diminuindo toda a distância entre nós, dessa vez pelo motivo certo.

Estamos nos beijando, eu não posso acreditar. Trago ele para o mais perto que posso, com as mãos em sua cintura definida, seus músculos duros. Agora que provei da boca deste homem, tudo o que quero é levá-lo para casa e fazer com ele tudo o que sempre quis nesse últimos meses. Beijo-o com tudo de mim, porque quero fazer isso desde que coloquei meus olhos nos dele.

Ele vem com sua palma grande para emaranhá-la em meu couro cabeludo, aplicando a pressão certa para que eu me renda totalmente a ele. A outra mão vai para a minha cintura, puxando-me para perto da mesma forma que faço com ele. Como se não aguentássemos mais ficarmos longe um do outro.

Nos beijamos tão forte, com tanta vontade, que quando me afasto, tenho certeza que ambas as nossas bocas estão vermelhas. Mas não me importo, apenas trago-o novamente para perto de mim, afundando minha cabeça em seu pescoço, abraçando-o da melhor forma que posso. Nossos corpos são como peças de quebra cabeça que se encaixam perfeitamente, sem nenhum problema.

Continuamos daquela forma pelos minutos que se seguem. Suas mãos estão na minha pele, me tocando de uma forma que me faz pegar fogo. Esse momento entre nós, tão íntimo mas ao mesmo tempo tão trivial, está consumindo tudo de mim. Amo seu toque, adoro este homem.

É

Você continua pensando

Tudo o que você toca

Se transforma em ouro

Só consigo pensar em como o destino é engraçado e como estou imensamente agradecida pela oportunidade de conhecer um homem tão maravilhoso, tão meu.

Coloco uma distância entre nós, para olhar em seus olhos perolados, mas sem quebrar o contato físico entre nós. Nossas mãos ainda estão exatamente onde deveriam estar. Nos olhamos, mais e mais, agora que podemos. Não deixamos de nos tocar, agora que conhecemos o poder do toque um do outro. Não quero deixar de tocá-lo nunca mais. Platônica, você diz?

— Você gosta de mim? - Sorrio, porque depois de tudo o que aconteceu é tudo o que ele tem a dizer? Tudo bem, posso tê-lo deixado um pouco confuso. Mas foi o meu jeito de fazer as coisas. E olha só, deu certo. Minhas meninas podem ficar de queixo no chão porque o que elas diziam não valia de nada. Que garantia eu tinha que ele se lembraria de mim se tivesse ficado com ele naquela primeira noite, bêbado que estava?

Ao invés de responder, puxo-o para mim e dou um beijo rápido em seus lábios. Agora que posso fazer isso, quero aproveitar. Dou outro. E outro. Dou vários. E ele ri, como se eu tivesse lhe fazendo cócegas. Espero que ele tenha entendido meu jeito de responder, porque sim, gosto muito desse homem. Gosto tanto, que não tenho palavras para expressar este fato. Apenas gestos de amor.

— Por que me recusava? Feriu meu orgulho! - Eu sabia que esse momento chegaria em alguma hora. Eu teria que explicar para ele porque recusei-o tantas vezes. Dei de ombros, sem saber como começar a explicar. Ele continuou me olhando, esperando uma resposta qualquer. Suspiro. Não há jeito, não é mesmo?

— Você bebeu. Todas as vezes. Eu não tenho nada contra bebida, eu bebo também, mas fiquei com medo de que se ficasse com você naquela primeira noite, no dia seguinte não se lembraria de mim. Não porque isso acontece com as pessoas, mas porque acontece comigo. Não me lembro muito das outras coisas quando bebo demais. Não queria ser a garota que você ficou aquela noite. Queria ser a garota da sua vida. Ou do seu momento. Até quando isso durar.

— Quer saber um segredo? Pensando bem agora, eu não a culpo. Eu teria esquecido você se tivéssemos ficado. Não porque estava bêbado, mas talvez porque era uma garota entre tantas. Mais uma garota. Se eu não tivesse te visto novamente, daquele jeito, talvez não estivéssemos aqui hoje.

Eu concordava plenamente com ele. Talvez se nossos caminhos tivessem se separado, provavelmente não estaríamos aqui e eu não estaria nutrindo esse sentimento forte que estou nutrindo por ele agora. Quero abraçá-lo de novo. Faço isso, porque agora eu posso. Quero fazer tudo o que posso com este homem que é tão lindo e tão meu.

Não penso no amanhã, porque ele está longe. Penso no hoje, nos braços do homem que eu gosto, que demorou tanto para vir para mim. E a única decisão que posso tomar, no momento, é se vamos acabar deitados na minha cama, ou na dele.

— Que tal você conhecer meu amigo Gaara? - Ele me solta e entrelaça sua mão na minha, um sorriso enigmático e malicioso em seus lábios. Não faço ideia do porquê ele quer que eu conheça este amigo, especificamente, sendo que sei que ele está com vários amigos. Mas tudo bem, vamos lá. 

Aceno, e então ele me puxa em direção ao grupo de amigos, que estão fixamente olhando para mim. Principalmente um ruivo, que parece estar passando mal. Estou nervosa, porque está indo rápido. Já vou conhecer seus amigos. Sua mão na minha transfere a quantidade de calor certa para me confortar enquanto nos aproximamos mais e mais de seu grupo. 

Todos eles me olham de uma forma estranha, como se tentando entender o que eu estava fazendo ali. Começo a ficar vermelha. Neji fala antes que eu tenha a oportunidade de sair correndo dali para me esconder dos cinco olhares à minha frente. 

— E então, Gaara, já conhece a minha namorada, Tenten?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Qualquer tipo de comentário é bem vindo, críticas, sugestões, opiniões, sintam-se à vontade para comentar ou não. Obrigada por todo o apoio sempre e espero que tenham desfrutado disso tanto quanto eu.
Um beijo.
??” P.S: As outras fanfics (NejiTen, SasuSaku, ShikaTema, NaruHina e GaaIno) estarão no meu perfil para quem se interessar a ler.



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