Green is the color of Love escrita por winchestilinski


Capítulo 9
Capítulo 9 - The first kiss




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/738900/chapter/9

(...)

— Fale-me sobre o algoritmo de Zola. — Steve perguntou ao ver o agente Sitwell jogado no chão do terraço do prédio no qual Steve, Natasha, Katherine e Sam combinaram. Rogers fora duro o suficiente para mostrar que não estava para brincadeira. No entrando, o agente da HIDRA não ligava muito para isso naquele momento.

— Nunca ouvi falar. — Respondeu o agente, levantando-se, arrumando o óculos que caíra de seu rosto e dando passos ligeiros para trás. 

— O que fazia no Estrala da Lemúria? — Steve aproximava-se do agente Sitwell com Natasha e Katherine em seu encalço. Obviamente o agente estava com medo, o que poderia fazer o Capitão América com ele ali?

— Estava vomitando. Eu enjôo no mar. — Concluiu o homem, assim que chegou no parapeito do prédio. Em seguida, desequilibrou-se e, se não fosse pelo Capitão segurá-lo, teria caído. — Essa encenação toda é pra insinuar que vai me jogar do telhado? — Questionou o agente com um sorriso zombeteiro nos lábios, olhando fixamente nos olhos do Capitão América. — Porque esse não é o seu estilo, Rogers. — Concluiu, dando uma leve risada.

— Tem razão. — Steve concordou, balançando a cabeça. — Não é. — Rogers passava a mão no paletó do agente, arrumando-o. — É o dela.

Num rápido movimento, Steve saiu da frente de Sitwell, somente para que Natasha pudesse chutá-lo com força o suficiente para derrubá-lo do prédio.

— Espere. E a garota da Contabilidade, a Laura...

— Lillian... — Katherine comentou, colocando as mãos no bolso de trás da calça enquanto sentava-se no parapeito do prédio. Steve a reprovou com o olhar e sorriu levemente.

— Piercing no lábio, né? — Questionou Rogers, apontando a boca. Katherine riu, assentindo.

— É, ela é bonitinha. — Romanoff concluiu, dando de ombros. Olhou para Katherine que apenas assentiu novamente, concordando com a ruiva.

— É... — Rogers assentiu, agora sério. — Ainda não estou pronto para isso. — Deu de ombros. Então Sam apareceu, trazendo o agente Sitwell consigo, jogando-o no prédio assim que teve chance.

Wilson pouso logo depois, olhando para as agentes e o Capitão com um breve sorriso nos lábios. Katherine riu do modo como o homem conseguia se achar tanto, descendo do parapeito assim que Steve e Natasha começaram a caminhar em direção do agente caído.

— O algoritmo de Zola é um programa... — Sitwell começou a falar desesperadamente. Mas pausou um pouco para poder respirar. — Para escolher... Os alvos do Insight. — Concluiu ainda ofegante.

— Que alvos? — Questionou a agente Carter, cruzando os braços assim que alcançou Romanoff e Rogers.

— Vocês! — Sitwell apontou para os três. Respirou fundo e continuou. — Uma repórter de TV no Cairo, o subsecretário da Defesa, uma estudante de Iowa, Bruce Banner, Stephen Strange, Louisa Clark... Quem quer que seja uma ameaça para a HIDRA. — Natasha e Katherine trocaram olhares cúmplices. O que estava acontecendo ali? — Agora, ou no futuro.

— No futuro? Como é possível saber? — Rogers questionou. — E por que Louisa está inclusa na lista? Ela não é um perigo! — Rogers aumentou o tom de voz. Sitwell ria.

— Vocês são muito tolos! — Sitwell continuava rindo como se uma piada tivesse sido contada. Sam fechou a cara e começou a aproximar-se assim que o agente da HIDRA se levantou. — O século 21 é um livro digital. Zola ensinou a HIDRA a lê-lo. — O agente olhou para Natasha, depois para Katherine, e novamente para Steve. — Extratos bancários, prontuários, padrão de votação, e-mails, telefonemas, sua nota da faculdade! O algoritmo de Zola avalia o passado das pessoas para prever seu futuro. 

— E depois? — Katherine questionou, um pouco atônita com toda aquela conversa.

— Meu Deus. Pierce vai me matar! — Sitwell disse num tom mais baixo.

— E depois? — Rogers repetiu a pergunta de Carter enquanto se aproximava ameacadoramente de Sitwell.

— Depois, os porta-aviões aéreos do Insight riscam as pessoas da lista. Alguns milhões por vez. — Concluiu Sitwell, deixando todos perplexos.

— E... — Katherine limpou a garganta, descruzando os braços e os colocando para trás. — Por que mesmo Clark está nessa lista? — Fez uma careta e suspirou. — Acha mesmo que não sabemos que foram vocês que a pegaram? — Ela colocou as mãos na cintura e começou a bater o pé.

— Se... Se vocês a pegaram, porque ela continua na lista? — Rogers questionou.

— Pierce... Pierce acredita que mantê-la por perto é melhor. Ele a levará para um local afastado, para poder ter certeza de que... Quando ela morrer, Ivanova não morra junto.

— Quem diabos é Ivanova? — Katherine perguntou estupefata.

(...)

Tudo soava incrivelmente estranho para Rogers. Primeiro, descobrir que a HIDRA estava tentando matar milhares de pessoas que eram uma ameaça à própria organização de uma vez só. Segundo, descobrir que Louisa estava na lista e, terceiro, que ela estava junto de sua cópia.

Mas, chegar no local onde Fury passara os últimos dias e, ver que ele estava vivo afinal deu-lhe um tempo para pensar. Não era só a HIDRA um problema para a humanidade. A S.H.I.E.L.D. também era. E se para salvar milhares de pessoas tivesse que derrubar a HIDRA, eles derrubariam a S.H.I.E.L.D. também!

E já que Fury havia o colocado no comando, ele faria de todo o possível para salvar a humanidade. Para salvar a si próprio e seus amigos! E, em especial, Bucky. Ele precisava ajudar seu melhor amigo a sair daquela lavagem cerebral. 

E ainda precisava encontrar Louisa e levá-la para New York. Hill contou-lhe sobre o problema que Banner tivera nas dunas de Dubai e que o Hulk havia derrubado um helicóptero da imprensa e ferido a tripulação.

O plano já estava feito, e faltava cerca de duas horas para o lançamento. Natasha havia se disfarçado de uma dos integrantes de Conselho. Carter, Hill, Wilson e Rogers iriam invadir o local pela central de controle de visão e audição do prédio.

— Com licença. — O educado Capitão Rogers disse assim que a porta da sala foi aberta. O homem que abrira ergueu as mãos e rapidamente saiu da frente de Steve, dando espaço para ele entrar.

— Atenção agentes da S.H.I.E.L.D., aqui é Steve Rogers. — O Capitão disse assim que Hill deu carta branca. Todos no prédio poderia ouvir o que ele dizia. — Ouviram muito sobre mim nos últimos dias. Alguns de vocês receberam ordens para me matar. Mas acho que chegou a hora de saberem a verdade. — Fez uma breve pausa, suspirando sem deixar sair som algum. — A S.H.I.E.L.D. não é o que pensamos que fosse... A HIDRA assumiu seu controle. Alexander Pierce é seu líder. O pessoal da S.T.R.I.K.E. e Insight também são da HIDRA. Não sei quantos... Mas estão por todo o prédio. Podem estar bem do seu lado. Estão quase conseguindo o que querem… Controle absoluto. Eles atiraram em Nick Fury. E não vai parar por aí. Se lançarem os aeroporta-aviões hoje, a HIDRA poderá matar quem estiver no caminho. A não ser que os detenhamos. Sei que estou pedindo muito. Mas o preço da liberdade é alto. Sempre foi. E estou disposto a pagar por ela. E se eu for o único, então que assim seja. Mas quero apostar que não sou.

— Escreveu isso antes ou foi de improviso? — Questionou Sam, fazendo Carter e Rogers sorrirem.

— Estão iniciando o lançamento. — Avisou Hill. Katherine aproximou-se da colega e olhou a tela. Ergueu seu olhar para o Capitão e balançou a cabeça.

— Katherine... Você precisa descobrir onde está Louisa. Agora! Sam e eu cuidaremos dos chips.

Katherine assentiu, correndo para a sala que provavelmente sua prima estaria. Enquanto isso, Sam e Steve corriam em direção à pista de decolagem do local.

— Ei, Capitão, como diferenciaremos os bonzinhos dos vilões? — Questionou Wilson enquanto eles corriam.

— Se atirarem em você, são vilões!

Dito isso, Wilson assentiu é em seguida colocou suas asas mecânicas para fora e levantou vôo, enquanto Rogers pulava para alcançar as aeronaves.

Enquanto corria novamente, Steve foi atacado por diversos inimigos. Os tiros não cessavam, então o Capitão, que se protegia com seu escudo, procurou se proteger entre as enormes caixas que haviam ali.

Assim que saltou entre elas, Rogers virou-se num reflexo rápido, acertando a arma de um agente da HIDRA com seu escudo e em seguida lhe deu um soco no rosto. Empurrou o homem, deu lhe mais um soco e pegou uma granada que estava presa no ombro do agente antes do mesmo cair desmaiado no chão.

Steve retirou a trava da granada e a jogou perto de mais agentes que quase lhe alcançava, explodindo logo em seguida.

— Capitão! — Steve ouviu a voz de Sam pelo comunicador. O homem olhou para o local onde havia lançado a granada, para ter certeza se mais algum agente estava a espreita. — Encontrei os vilões de que falava. — Concluiu Wilson.

— Tudo bem com você? — Questionou Rogers.

— Ainda não estou morto. — Steve ouvia barulhos de explosão e, com a resposta de Sam, sorriu.

— Falcão, status? — Rogers ouviu Maria Hill pelo comunicador.

O Capitão lutava contra alguns agentes, enquanto observava de longe as explosões perto de um dos aeroporta-aviões.

— Abordando. — Respondeu Wilson. — Certo, Capitão, estou dentro. — Ele disse pouco tempo depois.

Rogers corria em direção à outra aeronave. Socando, retirando armas, batendo com o escudo, chutando quem quer que aparecesse em sua frente.

— Oito minutos, Capitão. — Hill alertou.

— Estou indo. — Respondeu Rogers pegando seu escudo de volta que havia jogado em um dos agentes inimigos.

Steve adentrou em um dos aeroporta-aviões e correu até o local onde estava os chips de controle. Assim que alcançou, retirou um deles e colocou um dos que Fury havia lhe dado.

— Alfa travado. — Rogers avisou, saindo do local imediatamente.

— Falcão, onde você está? — Hill perguntou.

— Tive que fazer um desvio. — Respondeu o homem. — Entrei. — Avisou pouco tempo depois. Ele também trocara um dos chips. — Bravo travado.

— Dois já foram, falta um. — Comentou Maria.

(...)

— Tem certeza disso? — Katherine questionou pela décima vez. Sharon só podia estar brincando. Louisa não poderia estar esse tempo todo no prédio da Triskelion.

As primas Carter corriam em direção à área dos prisioneiros. Se Clark ainda estivesse ali, com certeza estaria em uma cela, trancafiada.

Mas, assim que chegaram na área, as agentes procuraram em todas as celas. Louisa Clark não estava em nenhuma.

— Rogers, está na escuta? — Chamou Katherine pelo comunicador. Ela já estava a caminho de volta para a central de controles de decolagem. Alguns agentes inimigos haviam feito um estrago grande quando Katherine chegou ali. Felizmente ela não havia se ferido, mas vários outros agentes da S.H.I.E.L.D. sim.

— Estou. Encontrou Louisa? — Um ofegante Capitão questionou. Katherine olhou para Sharon, mordeu o lábio inferior e fez sua cara mais desagradável. A agente 13 a olhou com os olhos arregalados.

— Não. Não encontrei. — Katherine disse, sentando-se em uma das cadeiras e respirando fundo. — Sharon e eu demos uma olhada nos vídeos da câmera de segurança do prédio... Ela esteve aqui. Depois de sumir. Mas não fazemos ideia de onde ela esteja.

— Ouviu isso, Natasha? É com você! — Steve disse. Katherine suspirou mais uma vez. Aparentemente, nas ultimas missões a garota só fazia merda... Não sabia nem porque ainda se chamava de agente, nem porque ajudava o Capitão América.

— Pierce não me deu nada. Não estou nas melhores condições para dar uma prensa nele agora. Estou no computador... Teremos que encontrar a viajante depois. — Romanoff disse rapidamente.

— Obrigado, agente Romanoff. — Katherine bufou. Aquela era a missão dela. Ela falhou, e a missão foi passada para Natasha. Natasha também falhou, mas por ser Natasha recebia um agradecimento?

— Eu vou atrás de Rumlow. Ele é queridinho do Pierce, deve saber de alguma coisa. — Katherine avisou, pelo comunicador, levantando-se e checando de sua arma estava carregada.

— Não vai não. É perigoso demais, Katherine! — Rogers advertiu, com seu tom de voz preocupado.

— Ah, por favor! — Desdenhou Carter, sorrindo para Sharon. — Da pra acreditar que o meu superior não acredita na minha capacidade de confrontar o Rumlow? — Ela disse para a prima, mas ainda assim com o comunicador ligado.

— Com quem você está? — Steve perguntou estranhando.

— Vocês poderiam deixar a DR pra depois? — Romanoff disse. — Vou desligar, não sou obrigada a ouvir briguinhas... — Disse sussurrando porque ela estava dizendo aquilo para si mesma.

— A) só porque você é meu superior não quer dizer que eu deva dizer tudo. B) você está passando dos limites, cap… Ta pior do que o Nick. Então, faz um favor pra mim: me deixa. Cumprir. A minha. Missão! — Katherine ignorou completamente o que Natasha disse.

Se estivesse com seu animo natural, a agente faria alguma piada com Natasha ou algo assim. Mas estava estressada em estar sempre metendo os pés pelas mãos, precisava dar um “chega pra lá” em Rogers.

— Agente K.C.. Se desobedecer a minha ordem... — Steve começou em seu tom ameaçador, mas foi interrompido por Katherine.

— Ta bom, bebê. Qualquer coisa você pode tirar a estrelinha que me deu na ultima missão. — O tom de deboche era óbvio na voz da moça. Ela suspirou fundo, dando uma risadinha leve. — Ah, é mesmo. Eu não ganhei! Pode checar nas câmeras onde ele está? — Pediu a Sharon.

— Só um minuto. — Sharon suspirou e voltou a mexer em um dos computadores, acessando as câmeras.

— Ele está indo para o conselho. — Avisou Hill pelo comunicador.

— Entendido. — Respondeu Katherine. — Hill já o encontrou. Mesmo assim, obrigada! — Katherine deu dois tapinhas no ombro de Sharon.

Virou-se em direção à porta, caminhado rapidamente até a mesma. Quando alcançou a maçaneta, Sharon a interrompeu.

— Kate! — Chamou a loira. A mais nova virou-se, erguendo uma sobrancelha quando seu olhar se cruzou com o da prima. — Toma cuidado, ta!? — Pediu, com um sorriso forçado nos lábios. Katherine assentiu, com o cenho franzido.

Abriu a porta e saiu em disparada. Caminhou em passos pesados no corredor. Sua mão estava em cima de seu coldre. Porque ela não queria perder tempo, então atiraria em qualquer um que aparecesse em sua frente.

— Kate... — Steve chamou pelo comunicador. Katherine respirou fundo e abriu a porta de acesso a escada. — Isso é perigoso. Eu já lutei com ele... Vai por mim, ele é muito mais forte que você! — Steve alertou, com a voz mais tranquila.

— Capitão, você é centenas de vezes mais forte do que eu. E, eu não sei se você se lembra, mas eu já te derrubei... — Katherine sorriu, enquanto descia as escadas rapidamente. Encontrou com dois agentes da HIDRA em um lance de escadas, atirando neles antes que eles pensassem em atingi-la. — Duas vezes! — Lembrou a garota, voltando a falar com Rogers.

— Por que eu ouvi tiros? — O Capitão perguntou, com a voz falha.

— Cansadinho, Rogers? Ta precisando voltar à aula de Pilates. — Katherine brincou, lembrando-se de Stark na hora. — Mas, respondendo a sua pergunta... — Ela abriu a porta do acesso as escadas e saiu. — Deve ser porque eu disparei.

— Muito. Engraçado. Agente. K.C.. — Rogers respondeu pausadamente enquanto lutava com alguns agentes inimigos.

— Volta para o seu trabalho. Preciso encontrar a viajante. — Carter disse, desligando o comunicador e deixando um Steve Rogers bem nervoso.

Um tempo depois ouviu alguns vidros quebrando e homens rugindo. Ela caminhou em direção ao som, encontrando Sam lutando contra Rumlow. O homem realmente era bem forte. Estou ferrada, foi a primeira coisa que passou em sua mente. Como é que o Sam está aguentando foi a segunda coisa.

Rumlow estava em cima de Sam, dando socos e mais socos em seu rosto, quando Katherine pulou no pescoço do homem e deu-lhe um mata leão.

O agente da HIDRA levantou-se rapidamente. Pelo visto os esforços de Katherine não estava funcionando. Ela agarrou suas pernas na cintura do homem e continuou enforcando-o. Mas era óbvio que ainda não estava funcionando.

Rumlow deu passos rápidos para trás, fazendo com que a agente batesse as costas com força na parede. Com essa ação, a garota soltou o homem.

Ele virou-se para ela, mas novamente voltou a ser enforcado. Dessa vez por Sam. Mesmo sem se recuperar, Katherine deu-lhe um gancho de direito e um chute em suas partes íntimas, fazendo o homem cair de joelhos com Sam ainda o segurando.

Mas o que eles não contavam era que Louisa apareceria e usasse o mesmo golpe que eles usaram em Rumlow em Sam. O falcão teve de soltar o agente, que ainda estava caído no chão.

— Mas que porra é essa? — Katherine questionou com os olhos arregalados e sem entender absolutamente nada. — Que merda você está fazendo garota? — Questionou a moça que a olhava com um sorriso cínico nos lábios. Aproveitando o momento, deu um chute no rosto de Rumlow. — Achamos a Clark, mas... — Ela olhou novamente para a garota e suspirou. — Ela não parece estar nas melhores condições. — Avisou pelo comunicador.

— Por que ela está atacando o Falcão? — Questionou Hill que via tudo pela câmera.

— Não faço ideia. — Respondeu a agente e começou a aproximar-se de Louisa com as mãos erguidas, tentando fazê-la soltar Sam. — Ele. Não. É. Inimigo. — Disse pausadamente.

— Louisa deve ser retardada, ou algo assim. — Comentou a garota, apertando ainda mais o braço no pescoço de Wilson.

— Ahn? — Kate franziu o cenho.

— Bem... Pra você falar assim... Ou ela é retardada, ou você que é. — A garota sorria com maldade.

— Ah, tá... — Katherine sorriu. — Ivanova, não é? — Questionou a agente.

— Como sabe quem eu sou? — A moça questionou, dando alguns passo para trás com Sam.

— Tenho meus contatos. — Katherine deu de ombros.

Aproveitando do momento, Sam desvencilhou-se da garota e lhe deu um soco no rosto. A mesma afastou-se arfante, colocando a mão na boca que sangrava.

— Uau. Essa Louisa é tão bonita quanto essa aí? — Questionou Wilson enquanto aproximava-se de Kate, soltando um assobio logo em seguida.

— É uma cópia, gênio. O que você acha? — Carter deu-lhe um leve tapa na cabeça, dando uma risadinha com o olhar de desaprovação que recebeu do Falcão.

Ivanova levantou a cabeça, olhando com um sorriso diabólico para os dois. Sam olhou para trás e viu que Rumlow também levantava. Katherine suspirou, balançando a cabeça negativamente. Sam fez um barulho esquisito, fazendo Katherine olhar rapidamente para trás e assobiar.

— Eu pego a garota. Acho que você pode dar conta dele sozinho, né? — Questionou ela divertida. O homem a olhou com desespero no olhar, fazendo uma careta. — Qual é, Sam. Eu acredito que você vai conseguir! — Katherine deu-lhe um tapinha no ombro.

Essa foi a deixa para Ivanova atacar. A garota correu na direção de Katherine, que foi mais rápida e segurou o punho da jovem no ar.

— Seu sotaque é engraçado. De onde é que você é? — A agente questionou, fazendo a fúria de Ivanova aumentar.

— Calada! — Ivanova acertou um soco esquerdo na costela de Carter. A garota perdeu o ar, mas mal teve tempo para pensar porque a cópia do mal voltou a atacar.

Dessa vez, porém, Katherine defendeu sua costela direita e acertou um gancho de esquerda no rosto da inimiga, deixando-a levemente tonta.

Katherine deu-lhe uma rasteira, derrubando a duplicata de Louisa. Foi em direção a garota e subiu em cima dela, enforcando-a com seu antebraço.

— Onde ela está? — A agente questionou entredentes, apertando ainda mais seu antebraço contra o pescoço da garota. — Eu perguntei onde ela está? — Carter repetiu, nitidamente irritada.

O que Katherine não contava era com um Sam a empurrando e gritando para ela correr. Kate olhou para trás, vendo um dos aeroporta-aviões literalmente entrando no prédio, fazendo um estrago dos grandes.

— Fala que o helicóptero está no ar! — Sam gritava pelo comunicador, enquanto corria com Katherine ao seu lado. Tudo desabava atrás deles, parecendo uma cena de filme.

— Onde você estão? — Romanoff questionou.

— No 41º andar! Lado noroeste! — Sam respondeu. Eles continuavam correndo e tentando se desvencilhar de todos os obstáculos.

— Estamos chegando! Não saiam daí! — Natasha avisou. Katherine deu uma risada irônica. Não era possível que a ruiva tivesse dito aquilo!

— Não é uma opção! — Carter disse, dando um passo para trás para não ser atingida por um bloco que caia do teto. Ela pulou o bloco e novamente se aproximou de Wilson.

Estava quase tudo acabado, quando eles avistaram a janela de vidro. Sam segurou na mão de Kate e, assim que alcançaram, pularam pela janela.

Por sorte, o helicóptero estava um pouco abaixo dos dois. Ambos conseguiram cair dentro da aeronave, mas quase passaram direto, se não fosse por Romanoff puxar Carter que, consequentemente, puxou Wilson para dentro. Fury endireitou o helicóptero e continuou a voar.

— No 41º andar! — Gritou Wilson completamente assustado. Katherine respirava com tanta dificuldade quanto o Falcão, e tentava acalmar a si própria.

— Não colocam o número do andar na fachada do prédio. — Fury disse.

— Cadê o Steve? — Katherine perguntou, passando para o assento da frente ao lado de Fury e colocando um dos fones.

— Hill? — Romanoff chamou a agente pelo comunicador. — Sabe onde o Rogers está? 

— Ele ainda está em um dos aeroporta-aviões. — Respondeu Maria. Katherine arregalou os olhos.

— Como assim? Todos os aeroporta-aviões estão caindo. Todos eles! Eles foram abatidos! — Katherine gritava.

— Eu sei. Eu sei, ta legal? — Hill respondeu. — Eu avisei para ele sair, mas ele disse que não conseguiria!

— Ah meu Deus! — Katherine soltou, levando ambas as mãos à boca. — Precisamos salvar ele. Vamos, Nick. Me leve para um dos aeroporta-aviões! — Ela gritava, olhando seriamente para Fury.

— Está ficando maluca? — Fury questionou, olhando rapidamente para a agente. — Está querendo morrer? Nós nem sabemos em qual ele está!

— EU NÃO QUERO SABER! ME LEVE, AGORA! — Katherine gritava em plenos pulmões. Seus olhos estavam marejados, seu coração acelerado. — OH, MEU DEUS! A MINHA MISSÃO. EU NÃO COMPLETEI A MINHA MISSÃO! ROGERS? ROGERS? — Katherine gritava pelo comunicador. — ME RESPONDE, INFERNO! A MINHA MISSÃO. EU NÃO...

— Acalma o coração, menina. — Sam disse, afagando o braço da agente.

(…)

Por fim, tudo tinha dado certo. Steve Rogers havia sido encontrado, e no momento, estava se recuperando em um hospital. Ficou desacordado por pouco tempo.

As organizações tinham sido completamente destruídas. Os atos de bravura dos quatro seriam lembrados por todos os, agora, ex agentes da S.H.I.E.L.D..

Louisa Clark havia sido encontrada também. Ela estava em uma casa abandonada bem afastada, mas ainda em Washington. Estava sem ferimento algum. Somente estava deitada em uma maca, com uma agulha no braço e um soro carregado de calmante, que mantinha a garota desacordada.

Ela também fora levada ao hospital. Mas passava bem, só precisava descansar. Essa foi a oportunidade que Hill viu em levá-la de volta à New York - já que a agente prometera a Bruce que levaria a garota sã e salva.

Hill pousou o quinjet no terraço da torre Stark, que ainda estava em reforma. Pepper estava na porta de acesso ao terraço, esperando por Maria Hill e Louisa. A ex agente abriu a porta para a saída das duas.

Levantou-se de seu assento e caminhou em direção ao local onde a garota estava dormindo, acordando-a.

— Já chegamos? — Clark questionou, passando a mão no rosto. O rosto estava completamente amassado, o corpo demonstrava fraqueza e ela estava pálida. — Senhor! Eu estou um caco! — Ela sentou-se, passando as mãos pelos cabelos que estavam desorganizados. Mas ela não quis ajeita-lo naquele momento. A parte boa era que ele estava preso.

Hill apoiou Louisa nos ombros e caminhou em direção à saída do quinjet. Louisa balbuciava algo como “você voa melhor do que Barton, eu nem senti nada”.

— Talvez porque você estava dormindo. — Hill disse entre risos.

— Aí meu Deus! — Pepper exclamou, aproximando-se das mulheres.

— Ela só está precisando descansar... Bastante. — Hill disse.

— Pepper! — Louisa comemorou, soltando um fraco riso quando quase caiu e se segurou em Potts.

— Ficamos com tanto medo de te perder, querida! — Pepper disse abraçada em Clark. Beijou-lhe o tipo da cabeça e afagou seu cabelo.

— O Bruce... — Louisa começou a dizer, mas foi interrompida por Pepper.

— Tony foi buscá-lo no aeroporto. — A ruiva disse num tom calmo. — Ele ainda estava na conferência em Dubai. Não poderia deixar o pais após a aparição do Hulk. Mas, quando avisamos a ele que você tinha sido encontrada, ele pegou o primeiro vôo que conseguiu. — Pepper afastou Louisa para olhá-la. Ambas sorriam.

— Ele está bem? — Louisa perguntou, deixando o sorriso acanhado sumir aos poucos.

— Está sim. Vamos descer? Temos alguns andares aqui na Torre com quartos improvisados. Vou te levar para um. — Pepper disse, virando-a e andando junto com Louisa até a porta do acesso ao terraço.

Pelo elevador, Louisa, Pepper e Maria desceram até o 18º andar. Entrando em um dos quartos, fazendo com que Louisa deitasse na cama para descansar e aguardar a chegada de Banner.

E ali ela ficou. Hill e Potts foram até a cozinha que havia no andar de baixo, para deixar Clark descansar melhor.

Mas, ao entrar no elevador, deram de cara com Tony e Bruce. O físico estava com uma aparência horrível. Estava visivelmente cansado, mas assim que avistou Maria Hill abriu um enorme sorriso. Abraçou a agente, dizendo vários “obrigado”. Em seguida, saiu correndo pelo corredor.

— Eu nunca vi ele assim. — Hill comentou, enquanto os três se viravam para observar o perdido Bruce Banner correr pelo corredor.

O físico olhou para trás, coçou a cabeça e sorriu fracamente.

— Em qual desses ela está? — Questionou o homem, colocando as mãos na cintura e com o mesmo sorriso doce nos lábios.

— No último à esquerda. — Pepper respondeu, deixando escapar um riso fraco.

Bruce assentiu, freneticamente. Ele, agora mais calmo, caminhou até a ultima porta à esquerda. Com cuidado ele colocou a mão na maçaneta, e abriu a porta tentando não fazer ruído algum.

E lá estava ela. Deitada na cama, dormindo como um anjo. A respiração estava calma. Um abajur ao seu lado estava com a luz acesa, então Bruce resolveu não acender a luz pelo interruptor. Apenas fechou a porta atrás de si, com a mesma delicadeza que a abriu, e caminhou em direção à cama.

Assim que chegou perto de Louisa, sua bochecha começou a doer. Isso porque ele não conseguia tirar o sorriso do rosto. Seu coração parecia bater ainda mais rápido. Sua respiração era quase nula.

Ele agachou na altura da cama. O rosto de Louisa estava virado para ele. Sua mão esquerda estava em cima da direita que se encontrava no travesseiro, em baixo de seu rosto.

Bruce ergueu a mão, levando-a em direção ao rosto de Louisa. Fez um breve carinho com o dedo indicador na maçã do rosto da moça, alargando seu sorriso assim que ela se incomodou com o toque e mexeu-se minimamente na cama.

Ela abriu os olhos e fechou novamente. Mas, como se tivesse acordado de repente, abriu os olhos tão rápido quanto quando fechou-os.

— Bruce? — Ela sussurrou com a voz de sono.

— Oi... — Ele sussurrou, refazendo o carinho que havia feito antes. Ela sorriu ao sentir o toque do físico em si e piscou lentamente.

— Achei que eu estivesse tendo outra alucinação. — Ela comentou, deixando um fraco riso escapar por entre o nariz.

— Eles te doparam mesmo, não é? — Ele questionou, colocando os fios de cabelo atrás da orelha da garota.

— É... — Ela riu. — Eu te vi em Washington pelo menos umas três vezes. — Ela balançava a cabeça minimamente. — Senti sua falta. — Disse, após pouco tempo em silêncio.

— Eu senti a sua também. — Disse Banner, levando sua mão direita a encontro da mão de Louisa. Ela segurou na mão dele, apertando os dedos gélidos dela contra os quentes dele. — Fiquei com medo de te perder... — Eles ainda sussurravam. Louisa sorriu de lábios grudados.

— Só se você encontrar um jeito de eu ir para minha casa. — Ela, de um jeito desengonçado, deu de ombros.

— Bem... Espero que eu realmente não consiga encontrar. — Ele sorria timidamente agora.

— Eu também espero que não. — Louisa disse ainda mais baixo, se é que fosse possível.

O coração de ambos batiam num ritmo frenético. Bruce queria abraçá-la e não soltá-la nunca mais. Fora horrível todos esses dias com a garota desaparecida, e ele sequer podia fazer alguma coisa. Isso porque, o Outro Cara só fazia merda.

— Posso te pedir uma coisa? — Louisa questionou, acariciando onde seus dedos alcançavam o peito da mão de Bruce.

— O que quiser. — Ele disse, num tom doce.

— Se você for me beijar agora, e eu estiver com bafo... Poderia ignorá-lo? — Ela perguntou soltando um riso nasalado.

Banner riu e assentiu. Então aproximou seu rosto do da jovem, enquanto ouvia seu coração extremamente acelerado pulsar. Tocou seus lábios no de Louisa, colocando sua mão esquerda - que antes acariciava o rosto dela - espalmada em sua bochecha, segurando-se ali. Pedindo aos céus para que aquele momento não tivesse fim.

Louisa tentava respirar, mas não adiantava. Ela tentava dizer em seus pensamentos para que seu cérebro fizesse seu coração se acalmar, mas não tinha jeito. Finalmente o primeiro beijo acontecera. Mesmo que fosse apenas um selinho.

Bruce afastou-se de Louisa, olhando-a nos olhos com um leve sorriso brilhante nos lábios. A garota sorria também, parecendo uma criança sapeca que havia aprontado alguma.

— Desculpe-me pelo hálito. — Ela disse envergonhada. — Foi um beijo gostoso, de primeira série. — Brincou, colocando uma de suas mãos no rosto do homem.

— Se você continuar assim, eu vou ser obrigado a lhe dar um beijo de adulto. — Ele disse risonho, fazendo carinho novamente no rosto da jovem.

— Acho que não seria uma má ideia... — Clark comentou, num tom brincalhão. Banner riu, e aproximou-se da moça de novo, selando os lábios novamente.

Mas, dessa vez, pedindo passagem para sua língua. Louisa rapidamente cedeu, deixando que suas línguas se chocassem. Ambos sentiram um leve arrepio e um choque na espinha.

Era o beijo mais doce que ambos já haviam dado em suas vidas. Calmo, apreciado, doce e com um sentimento que ainda não havia nome. Mas, se fosse amor, então que seja.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Green is the color of Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.