Green is the color of Love escrita por winchestilinski


Capítulo 6
Capítulo 6 - Agent K.C.


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo bem curtinho, sorry.
Enjoy it!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/738900/chapter/6

Louisa's POV

Palavras erradas, em frases erradas, em momentos errados, causam feridas profundas. Mas já percebeu que a falta de palavras também causam esse tipo de feridas?

Eu nunca tinha notado isso... Até alguns minutos atrás. Quando eu perguntei à Bruce se ele acreditava no que eu dizia e ele simplesmente ficou em silêncio, dizendo depois um: “eu tento não pensar nisso”, me feriu.

Segurei todo o meu espanto e me fiz de forte somente para que, quando chegasse no “meu” quarto, eu pudesse chorar. E, dito e feito. Ao entrar no quarto, apenas encostei a porta atrás de mim e deslizei por ela, sentando-me no chão e começando a chorar logo em seguida.

Durante todo o tempo em que fiquei chorando como uma criança, tentei ser mais inaudível o possível. Não queria que ele ou Stark me ouvissem chorar. Queria somente ficar sozinha até que Barton chegasse e me levasse de volta a base da S.H.I.E.L.D.. Que enorme erro eu cometi quando concordei em vir pra cá!

Como eu queria poder dizer, totalmente convicta, de que a desconfiança dessas pessoas não me afetavam. Mas eu sei que não é verdade e que sim, me afeta! A de Banner, infelizmente, ainda mais...

Quando JARVIS anunciou que o “meu” bolo estava pronto, eu suspirei fundo e pedi para que ele desse um jeito para mim. Não estava afim de descer e esbarrar com Banner ou com Stark. E naquele mesmo instante, perguntei a IA se era possível deixar o quarto escuro. E ele deixou, fazendo com que aquilo me convidasse a ir deitar na cama.

Deitei-me de bruços na cama, fazendo um enorme esforço para tentar parar o choro. E assim que consegui, senti minha cabeça latejar. Levei meus dedos à minha têmpora, apertando-a com força.

Não sabia a quanto tempo eu estava ali. Só sabia que eu queria continuar deitada, com os olhos fechados e, se possível, sem a dor de cabeça insuportável. Eu estava ficando embriagada de sono, começando a me afastar da consciência aos poucos.

Mas em certo momento ouvi batidas na porta e resolvi que seria melhor se eu ignorasse-as. Talvez fosse minha imaginação pregando uma peça comigo para que eu não dormisse. Mas não surtiu efeito algum pois as batidas eram insistentes. Ouvi uma voz chamando meu nome. Eu conheço essa voz...

Abri os olhos aos poucos, engolindo em seco ao ouvir mais uma vez a voz dele dizer: “Por favor, abre... Eu sei que você está me ouvindo!”. Revirei os olhos, e me pus de pé em um movimento lento.

Desnorteada pelo sono, caminhei até a porta e girei a maçaneta, abrindo uma pequena fresta que me rendeu uma claridade insuportável. Fechei os olhos com força, praguejando todos os universos. A cabeça voltou a latejar em segundos.

— Desculpa... — Abri os olhos encontrando Banner com um pequeno prato com um pedaço de bolo em mãos. Não consegui conter meu sorriso, mas ainda assim estava magoada.

— Jogo sujo esse o seu. — Reclamei apontando o prato e cruzando os braços em seguida. Ele sorriu minimamente, dizendo depois:

— Essa era a intenção... — Expôs, me fazendo soltar um riso nasalado.

— Plano perfeito! — Falei, aceitando o prato depois que ele o esticou em minha direção. — Obrigada. — Agradeci e me encaminhei em direção a cama afim de sentar.

— E as desculpas? — A voz de Banner voltou a soar em meus ouvidos. Levei o olhar até ele -que ainda estava parado na porta, agora com os braços cruzados- e franzi o cenho. — Elas também foram aceitas? — Perguntou, entrando no quarto em seguida.

— Não posso dizer que estou bem com a desconfiança... — Verbalizei, pegando um pedaço de bolo e o colocando em minha boca, sentindo o doce amenizar meu pequeno desconforto de estar ao lado de Banner. Me sentei na cama e assim que terminei de mastigar, continuei: — Mas eu não posso obrigá-lo a acreditar em mim! — Dei de ombros, pegando mais um pedaço do bolo. Banner, por sua vez, deixou seus ombros caírem e caminhou em minha direção.

— Eu não sei o que dizer, Louisa. De verdade... — Seu olhar, antes no chão, agora estavam cravados nos meus olhos. Suspirei profundamente, desviando o olhar rapidamente.

— Então não... — Pausei, suspirando em seguida. — Não diga nada. — Pedi, o encarando nos olhos. No mesmo instante, coloquei o prato com o pedaço de bolo no criado mudo, levantei e caminhei em sua direção. Em nenhum momento perdendo o contato de seu olhar. — Eu não tenho motivos para pedir uma justificativa! — Afirmei, com o olhar cravado nos olhos dele. — Eu fui infantil por me portar daquele jeito e... — Suspirei mais uma vez. Cruzei os braços e sorri minimamente. — Desculpas aceita. — Respondi no fim.

Eu não podia culpá-lo por desconfiar de mim. Nem sei se eu mesma acreditaria caso isso acontecesse comigo...

É algo natural do ser humano. Nunca confiamos logo de cara -pelo menos, é válido para alguns- por medo de acabarmos nos enganando. E, querendo ou não, no fundo eu sabia que Banner já não se sentia parte do mundo e que, qualquer coisa ao seu redor seria uma possível ameaça.

E com uma troca de sorrisos, ficamos bem. Eu o desculpei, e ele me desculpou!

Quando foi mesmo que eu disse que era super legal viajar de quinjet? Ah, é mesmo... Nunca!

E vamos combinar que, ao meu ver, Clint Barton não tem amor na vida! Ele pilota essa coisa como se fosse sua ultima ação em vida. Concordem comigo que algo assim não é nada legal!

E, acarretando isso mais o receio do que está por vir que eu estou sentindo, o vôo é total e claramente insuportável. Confiança? No momento essa palavra não consta no meu dicionário!

— Acha que eles podem me prender? — Tentei desviar minha atenção das nuvens com um papo com Barton, mas obviamente aquilo não iria me distrair.

— Tem escondido algo de nós? — Rebateu o agente com outra pergunta, me fazendo fitá-lo imediatamente. Ele me olhava pelo canto dos olhos, me deixando minimamente intimidada com seu breve olhar acusatório.

— Não! — A confiança voltou, mas desapareceu de novo quando um raio cortou o céu à esquerda do quinjet, me fazendo dar um pequeno pulo em meu assento e soltar um breve gritinho.

— Tem medo de chuva? — O gavião questionou divertindo-se. O olhei, revirei os olhos e lhe ignorei.

— O que você acha de toda essa história, agente Barton? — Voltei a encarar o imensidão azul do céu. Ouvi ele soltar um lento suspiro.

— Eu acho que você não é inimiga. Bom, pelo menos eu espero que não seja. — Virei-me, fitando-o. Ele estava olhando firmemente à sua frente, seu cenho estava franzido e seus lábios curvados num fino bico. — Você não é... É? — Questionou, virando-se para mim, olhando-me cautelosamente.

— Não... — Respondi com um riso nasalado. Ele assobiou, dizendo um “graças a Deus” bem irônico. Não segurei o sorriso nem o riso, perguntando em seguida: — O que quer dizer com isso? Acha que eu não conseguiria acabar com você? — Ele tinha voltado seu olhar aos céus, mas rapidamente me olhou, analisando-me e soltou um riso.

— Você é magra demais, pequena demais e... — Ele parou ao ouvirmos um barulho, quase como um alarme, vindo do painel de controle. — Não, você não acabaria comigo! — Terminou, olhando à nossa frente. — Chegamos. — Apontou o dedo indicador a nave que surgiu em alguns metros de distância de nós.

Meu coração disparou. Segurei firme no apoio de braço do assento e respirei fundo. O que aconteceria comigo a partir de agora?

Ouvi o agente Barton pedir permissão para pousar, e, pouco tempo depois pousamos. Enquanto eu retirava o cinto de segurança, o Gavião desligava a aeronave e fazia o mesmo que eu.

— Vai dar tudo certo, relaxa! — Barton disse ao perceber meu nervosismo, colocando uma mão em meu ombro e apertando-o firme em seguida. O olhei de soslaio, lançando-lhe um breve sorriso e assenti concordando. — Vamos lá? — Me chamou, assim que estava em pé perto da saída do quinjet.

Suspirei mais uma vez, me levantei e caminhei até o agente, assentindo lentamente e repetindo o mantra “vai dar tudo certo, Lou”.

Enquanto saíamos do quinjet, já no hangar, avistei uma cabeleira ruiva vindo em nossa direção. Era Natasha Romanoff. Logo atrás dela, vinha uma garota morena que, acreditem em mim, era a Emma fucking Watson! Eu me lembro vagamente de ter cruzado com ela em algum momento enquanto estive na base aérea, porém só fui reparar nisso agora.

Romanoff cumprimentou-nos com um breve aperto de mãos e disse em meio a risos nasais:

— Não poderemos ter o tempo de qualidade agora, Clint. Temos uma missão com o Capitão agora e ele odeia atrasos. — A morena riu escandalosamente, fazendo Barton revirar os olhos.

— Eu não me lembro de vocês serem amiguinhas do Capitão... Aliás, sinto falta do meu filhote comigo nas missões. — Ele reclamou enquanto apontava com o dedo indicador a morena atrás da espiã. A mesma sorriu abertamente, caminhando em direção ao Gavião e, assim que o alcançou, o abraçou.

— Sabe que eu adoro as missões com você, passarinho. Mas as vezes a gente precisa de novos ares! — Explicou a agente, deixando, em seguida, um breve beijo na bochecha do agente. — Vocês deveriam me apresentar a garota de outro universo, porque já não é a primeira vez que a vejo e não sou apresentada... — Reclamou, enquanto olhava para mim com um sorriso largo nos lábios. — To até pensando que vocês tem vergonha de mim! — Ela fez um bico, rindo enquanto recebia um tapa na cabeça de Romanoff.

— Bem... Essa é Louisa. — Barton me apontou. Sorri gentilmente para a jovem à minha frente e ela assentiu. — Louisa, essa é a agente K.C.. — A garota estendeu a mão e eu a cumprimentei.

— É, finalmente, um prazer conhecê-la oficialmente, senhorita. Eu ouvi falar muito de você durante, quanto tempo? Até fiquei perdida. — Tagarelava a morena quase sem respirar. Ela cruzou os braços e vi Romanoff revirar os olhos. — Eu até tentei trabalhar nisso, mas eu meio que fui obrigada a ficar no meu quarto porque eu não podia colocar minha identidade em risco mas acontece que...

— Chega, Carter! — Exclamou Natasha, após dar um leve empurrão no ombro da ruiva ao seu lado. Mas espera um pouco...

— Carter? — Questionei em voz alta, sem querer. Não era possível. Emily VanCamp era quem interpretava Sharon Carter, e seu codinome não era “Agente K.C.” e sim “Agente 13”. O que estava acontecendo ali afinal?

— É... Bem... — Clint coçou os fios de cabelo de sua nuca, sorrindo sem graça. — Essa é Katherine Carter. Neta de Peggy Carter... Você deve saber disso. — Ele franziu o cenho, virando-se para mim em seguida. — Sabia disso, não sabia? — Abri a boca diversas vezes e somente sibilei um “não”.

— Como não? — Romanoff perguntou, franzindo o cenho e os lábios.

— Ela não aparece nos filmes? — Barton questionou.

— Aliás, acho isso uma maravilha. Imagina só, milhares de pessoas indo ao cinema só pra me ver... Ah, que sonho! — A agente K.C. murmurou e suspirou em seguida.

— Desculpa, mas ela não aparece nos filmes, acho que nem nos quadrinhos... — Sussurrei, tentando fazer meus ânimos se acalmarem. Informações demais pra mim... Quer dizer que Peggy teve filhos?

— Sacanagem! — Reclamou a agente, fazendo um bico e deixando seus ombros caírem. — Quer dizer que, além de nesse universo quase ninguém saber da minha existência, no seu eu realmente não existo? — Ela ainda estava com um bico, mas agora ela estava com um o cenho franzido.

— Não exatamente... — Falei, levantando os ombros minimamente. Ela me olhou esperançosa, sorrindo levemente. — Digo. Katherine Carter? Não, essa não existe! Mas, bem... Existe Emma Watson, que é uma incrível atriz muito conhecida e aclamada que...

— JÁ TA DE BOM TAMANHO! — A agente exclamou alto, fazendo todos soltarmos um riso.

Eles continuaram conversando entre si, sobre assuntos dos quais eu realmente não fazia parte. Assuntos esses que se voltavam sempre a uma única palavra: missão.

Eu, absorta da conversa, vaguei meu olhar pelo hangar. Era a mesma nave de antes, eu podia ter quase certeza.

Meu olhar parou assim que vi aquela coisa azul andando com o escudo nas mãos. Ao seu lado estava Fury, com a cara amarrada de sempre.

Os agentes ao meu redor ainda conversavam, e sequer notaram a vinda do Capitão e do diretor até nós. Dei um passo para trás, querendo deixar claro que eu não estava inclusa no pacote “atrasando as agentes”.

Barton foi o primeiro, após eu, que visualizou Rogers e Fury. O Gavião pigarreou, tentando alertar as agentes à nossa frente. No mesmo instante Nick Fury disparou:

— O intervalo acabou, garotas. Hora do trabalho! — Ele estava com as mãos para trás, e sustentou seu único olho em mim. — Senhorita Clark, me acompanhe. — Pediu, como uma ordem, virando-se em seguida e começou a caminhar de volta ao mesmo local de onde veio.

— Ele só veio pra nos mostrar que está de olho em nós... — Desdenhou Carter enquanto rolava os olhos. — Vamos lá? A S.T.R.I.K.E. nos aguarda! — Dito isso, ela saiu em direção à um outro quinjet.

— Clark! — Capitão me cumprimentou com um aceno de cabeça.

— Rogers! — Fiz o mesmo. — Se me derem licença, a realeza me aguarda... — Murmurei a ultima parte, seguindo Fury que já havia entrado por uma porta de vidro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Katherine Carter? Como assim?
Explicarei!
Katherine Carter é uma personagem minha, de uma história que eu estou escrevendo e que futuramente postarei.
Sacaram em qual parte estamos? Capitão América: O Soldado Invernal. E por falar em Soldado Invernal, estou com ideias para colocá-lo nessa história. São apenas ideias, verei como ficará na hora em que eu estiver escrevendo.
Não vou prometer uma data específica para o próximo capítulo porque eu tenho 99,9% de certeza que não vou cumprir ashauhsua. Mas eu vou tentar não demorar muito!
Até o próximo galerinha, beijos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Green is the color of Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.