Green is the color of Love escrita por winchestilinski


Capítulo 3
Capítulo 3 - New York war


Notas iniciais do capítulo

Estou adiantando os capítulos para poder coincidir com o mesmo número de capítulos do Social Spirit.
Enjoy it!



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BOOM!

O barulho da explosão castigou severamente meus tímpanos. Olhando para cima podia avistar o local onde todos estávamos antes da explosão.

Olhei para os lados, ainda com um zumbido em meus ouvidos. Avistei a Viúva Negra com um dedo no ouvido. Sobre sua perna, havia uma parte de concreto... Aquilo devia estar ruim.

Ela tentava se levantar, mas mal conseguia puxar sua perna. Levantei-me, apressadamente, e me encaminhei em sua direção. Tentei, inutilmente, ajudá-la com o concreto. Mas como eu disse: inutilmente!

— Estamos bem... — Ouvi sua voz nítida. Isso era sinal de que meus ouvidos estavam bem naquele momento. Mas no mesmo instante ouvi um gemido. Olhei para trás e Banner estava se contorcendo... Droga, o Hulk! — Não estamos...? — Natasha olhava na mesma direção que eu.

— Ele vai se transformar... — Comentei, desesperada, olhando para a espiã.

— Não... — Ela sussurrou. — Bruce... — Ela tentou começar com a mesma ladainha do filme, mas eu já sabia que não daria certo, então a cortei.

— Cale a boca, não vai ajudar em nada. Só vamos sair logo daqui! — Vociferei, irritada o suficiente, enquanto tentava, novamente, erguer o concreto para ajudá-la e, enfim, ela conseguiu puxar sua perna.

Olhei para Banner novamente e ele também me olhou, com um olhar suplicante de perdão. E, no fim, transformou-se no monstro gigante.

Segurei Natasha pela cintura e saímos correndo. Aquilo não ia dar certo, nem um pouco. Após nós distanciarmos o suficiente de Banner/Hulk, deixei Romanoff escondida atrás de uma parede.

— Fique aqui! — Falei, enquanto levantava-me.

— Onde pensa que vai? — Ela disse alto. Fiz um “SHHH” e coloquei o dedo indicador em frente aos meus lábios.

— Sua perna deve estar ruim o suficiente para correr por aí! — Sussurrei, enquanto sorria para a russa que, em resposta, balançou a cabeça.

Corri em direção às escadas que havia à direita de onde Natasha estava escondida. Por azar, o Hulk me viu, e começou a correr atrás de mim.

Eu subia os degraus o mais rápido que podia, mas parecia não ser o suficiente. Logo que alcancei a parte superior do local, a escada foi detonada por Hulk.

Droga! Olha só em que merda eu me meti!

Corri por entre os corredores e Hulk estava bem próximo à mim. Logo a frente, havia um longo corredor de vidro e eu passei por ele. Ouvi o barulho dos vidros sendo estraçalhados, fazendo com que meu olhar voltasse para trás, vendo Hulk se aproximar cada vez mais.

Mil vezes droga! Tudo o que eu podia fazer era continuar a correr. Mas fui impedida por um tapa. Um tapa que me fez voar longe demais, batendo as costas em uma parede e em seguida caí no chão.

Respirei fundo, fechando os olhos, tentando tirar a concentração da terrível dor que invadiu-me.

Abri os olhos, vendo Hulk se aproximar mais e mais de mim. No impulso, tentei me arrastar para trás, mas fui impedida pela parede. Ele ergueu a mão e, consegui sustentar seu olhar. Ele parecia pensar se faria alguma coisa comigo ou não. Sussurrei “Bruce” em claro tom de súplica. Ele rosnou e... PUTA QUE PARIU!

Achei que por um momento ele realmente fosse me acertar, mas Thor havia voado para cima dele, atravessando uma das paredes, que vendo dali, pareciam ser feitas de papelão.

Levantei, ainda desnorteada pelo tapa que recebi há alguns momentos. Olhei ao meu redor e ali estava tudo destruído. Percebi que eu não fazia idéia de onde estava, nem fazia idéia de pra onde exatamente ir.

A nave começou a pender para um lado, como se estivesse caindo. Aquilo foi menos assustador do que estar sendo perseguida pelo Hulk, mas me rendeu um tombo feio por cima de uma porta de vidro. A mesma quebrou, e me rendeu mais alguns cortes pelo corpo.

Tive ajuda de um agente da S.H.I.E.L.D. que me levou para um local com diversos outros agentes. Após um tempo, todos os agentes ao meu redor ficaram em silêncio, colocando as mãos no ouvido, se entreolhando o tempo todo.

Coulson...

Eu estava sentada em uma das camas na enfermaria, enquanto uma agente fazia curativos nos meus machucados.

Haviam dezenas de agentes por ali. Alguns cuidando de seus próprios machucados, enquanto outros cuidavam dos colegas. Todos em completo silêncio, como se aquilo marcasse o luto deles.

Olhei para a agente que terminava de limpar o sangue do meu braço esquerdo. Ela tinha os cabelos curtos e louros, e uma aparência super cansada.

Em seguida ela tirou  um pequeno vidro da minha perna direita que havia se alojado ali quando Hulk me acertou. Soltei um gemido de dor, fazendo com que ela me olhasse como se dissesse “Ah, por favor, deixe de ser fraca!” e eu apenas fechei os olhos. Em seguida jogou um antisséptico no corte, me fazendo arfar e puxar levemente a perna.

O caso é que eu jamais tivera me cortado, sequer sem querer com uma faca na cozinha. Mas para quem havia sido perseguida pelo Hulk, eu estava sendo realmente fraca.

— Já terminei aqui... — Ela disse, enquanto colocava uma gaze no corte, seguida por uma atadura e uma fita de colagem fazendo com que ela não caísse.

— Obrigada... — Agradeci enquanto ela se levantava sorrindo de leve.

— O diretor ta querendo falar com ela... — Disse um outro agente entrando na enfermaria de supetão e olhando para mim.

— Pode levá-la. Já cuidei dos ferimentos dela. — Disse a agente loirinha.

— Ótimo! — O agente respondeu. — Me siga. — Me encarou e simplesmente girou os calcanhares e começou a caminhar.

Fiquei um tempo parada olhando para a porta. Eu estava parecendo um brinquedinho que uma criança carrega pra lá e pra cá, o que já estava me deixando irritada. Mas o pior era que eles não falaram diretamente comigo, como se eu não soubesse responder por mim mesma...

Suspirei e sai caminhando à procura do agente. Assim que o alcancei, caminhei em seu encalço até uma sala -que, aparentemente, fora pouco afetada pelo ataque em comparação aos outros locais pelo qual passei a caminho daqui.

Assim que adentrei a sala, que parecia muito com uma sala de reuniões, avistei Rogers e Stark sentados, enquanto Nick Fury estava de pé, de costas para todos, completamente perdido em seus pensamentos.

Eu não me lembrava dessa cena... Fato era que eu me lembrava apenas de cenas principais, tais como: quando Loki apareceu na Terra; a briguinha entre Stark e Rogers no laboratório e em seguida o ataque à nave; quando Romanoff é perseguida pelo Hulk -que, nesse caso, eu fui a sortuda da vez-; quando Coulson é dado como morto; quando acontece a guerra em NY e, acho que só.

— Isso estava no bolso de Phill Coulson. — A voz grave de Nick Fury me tirou de meus devaneios, atraindo meu olhar para ele. Ele jogara algo como cartas em cima da mesa, em frente à Rogers. — Acho que ele não conseguiu se autógrafo! — Ainda de longe pude ver o desconforto do Capitão. Ele pegou as cartas nas mãos, e as observou atentamente. — Estamos presos aqui em cima. Sem a nossa comunicação, localização do cubo, Banner ou Thor. Não tenho nada para ajudar vocês...

— Mas ela tem... — Stark disse num tom baixo, olhando para mim em seguida, o que fez com que Rogers e Fury também me olhassem.

— O quê? — Soltei, um pouco assustada preciso dizer. Como assim eu tenho algo para ajudá-los?

— Você disse que somos um filme em seu mundo... — Stark começou, levantando-se e caminhando em minha direção. — Você já assistiu à esse filme antes... Fica claro que você já sabe o que vai acontecer. E ainda sabe onde está Thor e Banner. Digo, isso aparece no filme, certo? — Seus olhos estavam semicerrados, como se estivesse me desafiando. Okay, vamos lá. Suspirei.

— Eu não sou 100% fã do filme, ta!? — Digo, suspirando novamente. Stark ainda sustentava seu olhar desconfiado em mim. — Que é? Não é como se todos se interessarem na vida de vocês. — Reclamei, rolando os olhos em sinal de desprezo.

— Mas, você sabe como tudo isso vai acabar? — Perguntou Rogers, me fitando apreensivo. Cruzei os braços, mordi a língua, pendi a cabeça para o lado, suspirei...

— Sim. — Respondi no final.

— Então nos conte. — Ordenou Fury, fitando-me intensamente.

— Olha... — Comecei mas rapidamente fui cortada por Tony Stark.

— Se você vir com lenga-lenga, eu chuto seu traseiro e te jogo dessa nave! — Ele reclamou irritadiço.

— Eu não sei se seria legal contar. — Disparei, com certa frieza no olhar.

— Viu só... Eu sabia que ela não ia contar! — Reclamou Stark, levantando os braços e revirou os olhos.

— Talvez ela tenha razão em não nos contar. — Comentou Fury, após longo tempo em silêncio.

— Traiçoero! — Reclamou Stark, numa voz um pouco esganiçada, tirando de mim um riso nasalado.

— Eles estão certos, Stark. — Rogers comentou, deixando seu olhar perdido em uma parede qualquer. — Se não agirmos por nossa vontade... Se agirmos de acordo com algo que ela nos disser...

— Seguiremos para o caminho final que ela já sabe qual é! — Stark terminou. Mas talvez não era assim que Rogers gostaria de terminar. — Vocês são uns bocós, poderíamos ouvir o que ela tem a dizer e fazermos algo de acordo com o que a história dela nos diz...

— Certo... — Disse eu, soltando um demorado suspiro. — E se, sem querer, eu dizer algo que não tenha nada a ver com a história? — Sugeri, cruzando os braços. — E se o universo estiver contra mim e, com qualquer coisa que eu diga à vocês, vocês saiam mal? E se...

— Você tem muitos e se, garota! — Reclamou Stark. Fala sério, ele só sabe reclamar?

— A questão é que não vamos meter uma civil nisso. — Steve disse, no seu tom de soldado certinho.

— E capicolé ataca... — Stark sussurrou -não tão baixo assim.

— Ainda mais ela sendo de um mundo o qual não é o nosso. Precisamos saber como levá-la de volta. — Sugeriu o Capitão América, olhando para Fury.

— É exatamente o que vamos fazer, Capitão Rogers! — O diretor disse, fazendo com que Stark revirasse os olhos. — Agente Weldon, por favor, acompanhe a senhorita Clark até um dos alojamentos. — Ele disse pelo comunicador.

Autora's POV

Enquanto trocava de roupa, sentindo-se aliviada por finalmente tomar um banho e retirar todo os resquícios de sangue, suor e sujeira, Louisa pensava em como sua vida havia se tornado uma história de novelas, ou algo assim... Estava tudo de cabeça para baixo.

Em outro local da nave, Tony Stark estava perdido em pensamentos, observando o nada. Pensava como Phill Coulson fora idiota, pensava como estava com raiva de Fury, pensava como tinha desdém pelo Capitão picolé e o quanto ele o irritara por concordar com a menina de outro universo de não contar à eles como aquilo acabaria. Sentia-se cansado. Sentia-se exausto, para ser mais exato.

— Ele era casado? — A voz de Rogers invadiu sua audição e fez com que ele saísse de seu devaneio, o olhando de soslaio.

— Não. — Respondeu sem ânimo. — Namorava uma violoncelista, eu acho.

— Sinto muito. — Rogers estava sendo sincero, mas estava deixando Tony irritadiço. — Ele parecia um bom homem!

— Era um idiota. — Tony rebateu.

— Por quê? Por acreditar? — Steve questionou. Não entendia a expressão do Stark.

— Por enfrentar Loki sozinho.

— Estava fazendo o dever dele... — Rogers comentou.

— Era demais pra ele. Devia ter esperado, devia... — Stark disse frustrado, respirando fundo.

— As vezes não tem saída.

— Sim. Já ouvi isso.

— Primeira vez que perde um soldado? — Questionou o Capitão após um longo tempo em silêncio.

— Não somos soldados! — Stark respondeu, mais aborrecido do que antes. — Não vou lutar pelo Fury!

— Nem eu. — Rogers disse. — Ele tem o mesmo sangue nas mais que o Loki. Mas agora devemos superar isso e terminar o trabalho. Loki precisa de uma fonte de energia. Uma lista...

— Ele tornou isso pessoal. — Stark disse, travando o maxilar.

— Não importa...

— Importa! É o plano de Loki. Ele nos ataca de modo pessoal. Por quê?

— Para nos separar...

— Separar pra quê? Pra conquistar! É isso que ele quer. Quer nos derrotar e ser visto fazendo isso. Quer uma platéia... — Stark dizia remexendo as mãos. Steve estava atento a tudo o que o homem à sua frente dizia, respirando fundo e travando o maxilar.

— Como vimos na Sturttgart...

— Aquilo foi a pré-estreia. Agora é a noite de estreia. — Tony andava de um lado para o outro, tentando completar seu raciocínio. — Loki é como uma diva. Ele quer flores, ele quer desfiles. Quer um monumento gigante com o nome dele gravado, quer... — Ele parou de andar, olhando para Rogers, e completando: — Filho da mãe!

Rogers e Stark já sabiam para onde Loki estava indo. À torre Stark, era óbvio! Se ele queria se aparecer, tentar dominar o mundo de cima do prédio mais alto de Nova Iorque era a coisa mais óbvia.

Ao passar pelo agente que levara a menina do outro universo, perguntou à ele como ela estava. O agente, por sua vez, não soube responder, visto que apenas deixara a menina lá e saíra. Pediu então para que explicasse onde exatamente ficava o alojamento que ela estava hospedada.

E, ao seguir em direção onde o agente havia explicado, acabou encontrando Romanoff em um dos alojamentos. Adentrou o quarto e disse:

— Hora de ir!

— Pra onde? — Questionou a espiã, um tanto quanto curiosa.

— Te falo no caminho. Sabe pilotar? — Ele continuou.

— Eu sei! — A voz grave de um agente soou atrás da espiã. Steve o olhou, era o agente Barton, que estava do outro lado antes.

— Tem um uniforme? — Steve perguntou apenas para ver o agente assentir com a cabeça. — Então vista-se! Me esperem no hangar, encontro vocês em alguns minutos. — Pediu Rogers, virando-se e deixando os agentes sozinhos.

Louisa terminava de comer as panquecas que haviam lhe entregado. Ela ainda estava tensa, pois a dor constante em suas costelas a lembrava de Hulk a seguindo pelos corredores do bunker.

“Afinal, onde será que ele está?” ela se perguntava o tempo todo. Apesar de todo o medo que carregava consigo de Hulk, se preocupava com Banner. Mesmo sabendo que ele estava bem, ela se preocupava. “Como se isso fosse necessário...” pensou.

Leves batidas na porta a tirou de seus próprios pensamentos. Suspirou, e disse um grave “entre”. Logo a porta foi aberta, revelando Steve Rogers, com uma das mãos no cinto e a outra ainda no trinco da porta.

— Senhorita Clark... Eu vim conferir se está tudo bem. — Ele disse, ainda parado na porta, olhando para a menina que sorriu.

— Está sim, Capitão. — Louisa ainda sorria. Era fofo a forma como o Capitão América estava parado ali a olhando.

— Ótimo... — Ele disse, olhando em todas as direções do quarto. — Estamos indo atrás de Loki. No fim disso tudo, eu ajudarei a S.H.I.E.L.D. a descobrir como lhe mandar de volta ao seu mundo. — Dito isso, ele sorriu um pouco desconfortável.

— Tudo bem, Rogers. Não se preocupe comigo. — Ela pediu. — Ah, por favor... Tranquilize Banner assim que o encontrar. — Ela pediu, colocando o prato ao seu lado em cima da cama, sem perder o contato do olhar com o Capitão.

— Vamos encontrá-lo novamente? — Ele perguntou, lembrando-se de que ela já sabia de tudo o que aconteceria.

— Bom... — Ela mordeu os lábios e suspirou. — Na verdade, ele que vai encontrar vocês. — Ela deu de ombros, sorrindo.

— Certo... Pode deixar comigo. — Ele disse, puxando a porta e saindo dali.

“Espero não mude nada e que todos fiquem bem...” foi o que ela pensou, antes de colocar o prato no criado que havia ao lado da cama. Suspirou e deitou, tentando tranquilizar-se, pois sabia que todos ficariam bem e que, se o universo (ou os universos) não estivasse tão zangado com ela, ela também ficaria bem.

Enquanto voava pelos céus de Nova Iorque, Stark pensava de qual forma abordaria Loki. Pediu a JARVIS que descobrisse em qual andar o asgardiano estava e, assim que obteve resposta de “no último andar, senhor”, pousou no mesmo local onde pousara quando ligava a energia sustentável da Torre Stark.

— Por favor, diga que vai apelar para o meu lado humano. — O deus da trapaça pediu assim que Tony entrou já sem sua armadura.

— É... Na verdade pretendo te ameaçar! — Disse Stark com seu grande humor e ironia.

— Então não devia ter tirado a armadura... — Sugeriu Loki com sarcasmo na voz.

— É. Mas ela já viu dias melhores e você está com o bastão do destino. — Stark disse dando de ombros enquanto caminhava em direção ao bar. Pegou as pulseiras, que fariam com que a sua nova armadura detectasse o chamado de Stark de qualquer lugar quando ele pedisse para que acionasse, e as colocou nos braços. Pegou uma garrafa de uísque e começou a derrubar a bebida num copo. — Quer uma bebida? — Apontou a garrafa para o asgardiano que logo respondeu.

— Não vai adiantar me atrasar...

— Não, não. Ameaçar. — Corrigiu Stark, cortando o deus. — Não vai beber, tem certeza? — Ofereceu de novo e ao perceber que ele não movera um músculo, deu de ombros e bebeu o líquido quente.

— Os Chitauris já estão vindo... Não há nada que possa fazer. — Loki disse desdenhoso, enquanto caminhava em direção ao bar que Stark ainda estava. — O que eu tenho a temer? — Questionou, irônico.

— Os vingadores! — Stark respondeu prontamente, revirando os olhos logo em seguida. — É como nos chamam... É tipo uma equipe. Os heróis mais poderosos da Terra e coisa e tal...

— Sim. Já os conheci. — Loki disse apenas.

— É. Levou um tempo para nos entrosarmos, é verdade. Mas... — Stark fez uma breve pausa, dando mais uma golada no seu uísque. — Vamos fazer uma contagem. — Tirou a mão desocupada do bolso, mostrando os dedos enquanto contava. — Seu irmão, um semi-deus. Um super-soldado, uma lenda viva que está a altura da lenda. Um homem com graves problemas para controlar a raiva. Dois assassinos profissionais e você; grandalhão! Você conseguiu irritar cada um deles.

— Era esse o plano. — Loki sorriu maléfico, aproximando-se ainda mais de Stark.

— Mas não foi bom. — Stark saiu de trás do balcão do bar e começou a caminhar em direção à Loki. — Quando eles chegarem, e vão chegar, vão te pegar!

— Eu tenho um exército. — Loki se vangloriou.

— Nós temos o Hulk! — Stark rebateu.

— Achei que a fera tivesse partido... — Loki disse calmo.

— É, você não entendeu nada. Não tem trono. Não tem uma versão na qual você vai sair por ganhando. — Stark disse, entredentes, em um curto espaço entre os dois. — Talvez seu exército venha e talvez seja demais para nós. Mas queremos você. Porque se não pudermos proteger a Terra, com certeza, iremos vingá-la!

Loki ficou em silêncio por um curto período de tempo. Em passos firmes ele caminhou em direção ao Homem de Ferro e proferiu:

— Como seus amigos terão tempo para mim se estarão ocupados demais lutando contra você? — Dito isso, Loki colocou seu cetro contra o peito de Stark, afim de fazer o mesmo que fez com Barton e Selvig. Mas não surtiu efeito algum. Loki o olhou intrigado, e tentou novamente, o deixando ainda mais desconexo ao ver que sua tentativa não dera em nada. — Isso nunca falhou... — Comentou, em um sussurro.

— É... Probleminha de fábrica. — Stark comentou irônico. — Não é incomum. Um em casa cinco...

Mas Loki o interrompeu, segurando o homem pelo pescoço e erguendo-o ao ar por alguns segundos, jogando-o para perto de uma janela.

— Vocês todos vão cair perante mim...

— JARVIS, quando quiser! — Loki se aproximou de Tony, o pegando novamente pelo pescoço e levantando-o do chão. — Posicionar... Rápido! — Disse entre cortado por conta da falta de ar, e, então, Loki o jogou pela janela, sorrindo logo em seguida.

Mas não durou muito. Peças da armadura de Stark voava de dentro do local onde Loki estava até Tony, e, logo em seguida, ele apareceu voando em frente a janela.

— E teve alguém que você deixou muito zangado. O nome dele era Phill. — Disse Stark, levantou a mão e lançou a energia em direção à Loki, o derrubando.

No mesmo instante, um feixe de luz azul foi projetado da cobertura da torre em direção ao céu, que gerou uma abertura no mesmo. De lá começou a sair centenas de alienígenas.

Enquanto isso, o quinjet que Clint Barton pilotava, cortava os céus de Nova Iorque. Assim que o Gavião Arqueiro avistou os irmãos asgardianos em uma briga, apontou os dois mostrando à Romanoff e Rogers que estavam ali dentro com eles.

Barton aproximou-se de onde estavam os dois irmãos brigando, enquanto Natasha disparava contra Loki. O deus da trapaça desviou, e em seguida mirou seu cetro na asa do quinjet e disparou, derrubando-o.

Após o impacto da nave no chão, Rogers, Romanoff e Barton saíram da mesma, correndo dali e já lutando contra os Chitauris que estavam no chão. Ao mesmo tempo, tentavam retirar os civis que ainda estavam nas ruas.

— Stark? — Romanoff o chamou, batendo levemente em seu comunicador. — Estamos a leste de você, indo para a principal agora...

— Que foi? Pararam pra um lanchinho? — A espiã revirou os olhos e voltou à seu trabalho.

Durante toda a confusão da guerra, mais Chitauris apareciam. Thor lançou raios no portal, matando assim vários deles antes de chegar no chão. Após isso, o semi-deus asgardiano desceu para ajudar os agentes e Rogers.

Ao começar a explicar as estratégias da luta, Steve foi interrompido por um barulho de motor de uma moto. Todos se viraram a tempo de ver Banner descer da moto, deixando-a caída por ali mesmo.

— Então... — O cientista começou. — As coisas não parecem muito boas...

— Já vi piores. — Romanoff comentou, lembrando-se do episódio com Hulk.

— A garota... Ela está bem? — Banner questionou, olhando para todos ali.

— Sim. — Capitão Rogers respondeu prontamente. — Inclusive, pediu para que eu o tranquilizasse sobre isso.

— Ela é uma ótima garota... — O doutor comentou, lembrando-se vagamente da jovem que pouco tempo teve para conversar civilizadamente.

— Stark? — Steve chamou pelo homem no comunicador. — Banner está de volta!

— Ótimo! — Respondeu o homem enquanto voava pelo céu. — Manda ele se esverdear. Vou colocar vocês na festa.

Em seguida, Stark surgiu por entre os prédios sendo seguido por uma minhoca gigante, levando para si o olhar de todos ali do chão.

— Não sei onde ele vê festa... — Romanoff comentou.

— Doutor Banner... Agora seria uma boa hora pra ficar com raiva. — Sugeriu Capitão Rogers, enquanto via o cientista se afastando.

— Esse é o meu segredo, Capitão: estou sempre com raiva! — Falou, virando-se à direção em que vinha a minhoca enquanto transformava-se no Hulk.

A centopéia vinha em direção ao Hulk, que, assim que ficaram praticamente cara a cara, o grandão o socou, fazendo com que o monstro se quebrasse. Logo atrás, vinha Stark, que rapidamente atirou no rabo da minhoca, fazendo com que essa explodisse.

Após isso, todos os heróis se reuniram, cada um virado de costas para o outro, formando um círculo estranho, olhando em direção à abertura no céu. De lá, saíam cada vez mais Chitauris e suas minhocas gigantes.

Por fim, um míssil foi mandado para Nova Iorque. Fury até tentou intervir, acertando uma nave a qual ele pensara que levaria o míssil para a cidade, mas ele estava errado ao ver que outra nave já havia decolado.

Stark foi avisado pelo diretor da S.H.I.E.L.D. sobre o míssil, e ele tinha o local ideal para colocar. Voou em direção ao míssil e o segurou, voando com ele nos ombros em direção à Nova Iorque.

Natasha descobrira como fechar o portal. Bastava colocar o cetro de Loki onde estava o Tesseract. Avisou aos outros pelo comunicador que tinha como fechar, mas foi impedida por Stark que os avisou sobre o míssil e que colocaria ele lá.

Loki havia levado uma bela surra de Hulk, e, estava caído no chão, respirando com dificuldade.

Stark subiu com o míssil para dentro do buraco, fazendo com que os vingadores, todos os agentes da S.H.I.E.L.D. e Louisa que os acompanhavam por telas, comemorassem o não-fim de Nova Iorque.

No entanto, lá dentro Stark desmaiou e JARVIS perdeu o controle sobre a armadura. Depois de muito tempo sem obter resposta de Stark, Rogers pediu para que Romanoff fechasse o portal.

E foi o que a espiã fez. Mas antes do portal se fechar completamente, Stark foi visto saindo de lá. E, atrás dele, um clarão de explosão. A explosão lá em cima matou todos os Chitauris que ainda estavam na Terra.

Mas Stark caía rápido demais. Thor começou a movimentar seu martelo, pronto para voar em direção. Mas antes que ele sequer começasse a voar, Hulk pegou Tony ainda no ar, e desceu rasgando vários prédios no caminho.

O grandão colocou Stark ainda desmaiado no chão sem nenhuma delicadeza. Capitão rapidamente retirou a máscara do capacete do Homem de Ferro, conferindo a respiração do homem. Mas não havia nenhum sinal de vida.

Hulk rugiu. Stark acordou assustado, respirando fundo.

— O quê? — Disparou assim que despertou. — O que aconteceu? — Ele intercalava seu olhar entre Rogers, Thor e Romanoff. — Pelo amor de Deus me diz que ninguém me beijou. — Pediu fechando os olhos rapidamente, mas logo vendo o sorriso nos lábios de Rogers.

— Vencemos! — O capitão disse, ainda sorrindo.

— Ah... Que bom! Vamos tirar uma folga pessoal? Só um diazinho, ta... — Pediu Stark. — Shawarma... Vocês já comeram Shawarma? Abriu um lugar aqui que vende Shawarma. Eu não sei o que é, mas eu quero comer! — Disse rápido demais. Feliz demais.

— Ainda não acabamos... — Thor disse, tirando o sorriso do rosto de Stark e chamando a atenção de todos.

— Então já era Shawarma, né? — Stark perguntou, triste.


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