Um Bonito Amor escrita por Brêh SF


Capítulo 10
Sensações Estranhas


Notas iniciais do capítulo

Hello baby's!!!
Talvez um não tenha atingido o objetivo desse cap eu não estava muito motivada pra escrevê-lo, mas me digam o que acharam, prometo melhorar no próximo.. Vms ler!!!



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Dois longos meses haviam se passado depois daquele episódio que não me convém relembrar. Eu manti o que havia dito à Raimundo, estamos namorando. Antes que tirem conclusões precipitadas, eu segui com isso por N motivos, um dos era por esquecer Raul De La Pena, outro fiquei super falada na faculdade- não que eu me importe, claro, mas o que mãe Cecília ia pensar aí sim eu me importo- sabia que ia ser manchete no dia seguinte, e um outro foi por pura raiva mesmo, ainda estou furiosa de como Raul me ignora daquele jeito, e no escritório é como se nada acontecesse,e não me diga que ele não sabe que gosto dele, ele não sabe mesmo e se depender de mim jamais irá saber, pois agora, creio que se ele soubesse sorriria de mim, na minha cara.
Sério, vergonhoso!
Até que namorá-lo não é tão um sacrifício assim, Raimundo tem melhorado bastante, - Se eu soubesse que namorar ele seria a solução para devolver-lhe todos os neurônios, eu teria feito isso antes.... Ok, sem brincadeiras. - é bem atencioso, conhece sobre diversos assuntos e trás o brincalhão de si as vezes, o que só ainda me encomoda é o fato dele ser grudento e ciumento, em vezes que saímos ele gruda na minha cintura e só me solta quando chamo sua atenção. Mas, de resto não está sendo ruim.
Estou há um tempinho trabalhando com Raul, e com o salário deu para fazer um montante e enfim chegar numa quantia para o aluguel do apartamento, embora eu quisesse comprar um, mas como quero sair logo daquela mansão, longe dos olhos e ouvidos de Raquel, resolvi alugar até eu conseguir o suficiente para comprá-lo.
O apartamento não é tão grande, acho que o meu quarto da mansão caberia aqui, mas é como eu queria, aqui eu me sinto melhor, consigo respirar sem ter Raquel invadindo meu quarto a me infernizar. É todo decorado na cor lilás e branco, mãe Cecília teimosamente se pôs em posição para efetuar a decoração e eu não discuti muito já que ela iria me vencer pelo cansaço.
Não sei quanto tempo ficarei aqui, pagando com meu próprio salário. As coisas no escritório não estão fluindo muito bem, apesar de eu ter conseguido a vaga efetivamente a ganhar salário justo de uma secretária, não me sinto bem, o clima é carregado e eu estou sentindo esta carga ao fim de cada dia. Mas, não pelo o trabalho excessivo, isso eu faço com prazer, mas pelas pessoas com as quais trabalho, pois Mariza é toda aquela areia movediça, vive me puxando para baixo e me "ordenando" Para que eu fique longe de Raul, o que eu não entendo porque nem próxima dele sou nem mesmo como cunhada, é como se ele me afastasse dele e eu sentisse isso, mas logo penso que devo está louca, e busco manter o conceito de que ele é assim mesmo.
Mas parece que é só comigo, não é? Louca, é assim que ele está me deixando.
Ele me trata friamente, já até desejei que ele me visse como Raquel para que abrisse um sorriso para mim. Penso até que ele se tornou mais ainda uma pedra comigo depois que aceitei namorar Raimundo e fiz aquela cena no restaurante, bem na sua frente, talvez por achar uma falta de respeito agir daquela maneira na frente de um chefe. Ah, por favor!
Então, imagino que o melhor seja sair desse emprego e para isso estou nesse momento olhando uns classificados no jornal, há vários estágios na área de medicina veterinária mas, são de semestres mais avançados do que eu estou no momento. Jogo o jornal em um canto do sofá e jogo minha cabeça para trás, buscando apoiá-la no sofá com sucesso e ali mesmo, cansada de uma manhã de estudos, uma tarde de trabalho e uma noite em busca de encontrar um novo emprego em um classificado frustrado. Eu apago.
Acordo com muita dor no pescoço. Eu dormi no sofá. Que legal, agora irei com torcicolo para faculdade. Faço meu café rapidamente, tomo um banho e me visto confortável, logo após pego meu uniforme para trocar-me no trabalho - Sim, agora tenho uniforme- ponho na mochila, engulo o café da manhã e saio às pressas tentando não me atrasar para aula, porque eu não tenho um carro e mesmo que tivesse eu não sei dirigir. Geralmente, Bruno passa aqui pra me buscar o que fez Raquel ir em seu próprio carro desde então, mas Bruno não iria hoje, o que significa que vou de táxi. E como se não bastasse, os táxis demoraram uma vida para passar e eu obviamente me atrasaria. Me atrasei.
...
P. O. V//Raul
— Não me interessa Mariza, apenas faça o que eu te pedi! Esbravejo.
Me encontro muito irritado, aliás, ultimamente ando muito irritado, e a presença da Tal Gilda parece me irritar e acalmar ao mesmo tempo - Sensação estranha-, mas quando ela chega perto, ou fala comigo de um jeito tímido eu construo uma imensa parede me impedindo de demonstrar qualquer sentimento para ela.
Eu a efetivei no escritório, porque ela executa muito bem seu trabalho, não posso me queixar, é uma jovem que aprende rápido ou simplesmente desejava muito está trabalhando. E confesso que desde que lhe dei a vaga,ela me trás sensações estranhas, coisas que talvez eu sei o que seja mas não quero admitir porque meu orgulho é muito maior. Tão idêntica a Raquel fisicamente, mas tão diferente na personalidade, ela tem uma áurea mais leve, chega até ser confortável está perto dela. Não sei o que está acontecendo comigo, nunca me senti assim em relação a mulher nenhuma e o que está prestes a acontecer com meus sentimentos eu não posso deixar seguir adiante, não posso, e, talvez por isso eu esteja irritado, por está em uma confusão de pensamentos e não está conseguindo dominá-los.
— Raul, mas você disse que...
— Já chega de contestar Mariza! Porque está tão difícil de você entender o seu trabalho?! Vocifero, ela me olha com raiva também e já sei que vem com suas cenas.
— Olha Raul...
— Senhor Raul, estamos em um local de trabalho e eu sou seu chefe. A corrijo.
— Raul. Ela repete me desafiando, doida pra perder o emprego. - eu aguentei todos esses anos sendo sua sombra, estando disponível pra você se satisfazer quando quisesse, eu sempre estive aqui e você disse que se casaria comigo, e o que faz? Se compromete com uma pirralha que ainda nem saiu das fraldas. Ela dizia com muita ênfase, em sua voz havia tristeza e raiva, o que me deixa pensar que se debruçaria em lágrimas a qualquer momento.
Suspiro agoniado, não estou afim de falar sobre esse assunto no momento.
— Você não deveria acreditar em um advogado. Digo sem interesse, me sentando em minha poltrona buscando me concentrar naqueles papéis.
— Eu não devia acreditar em sua pessoa, nas coisas que você me Prometeu, eu...
— Eu sempre deixei bem claro sobre o nosso "caso". Digo, me levantando da poltrona apoiando com força minhas mãos na mesa. - e eu nunca te prometi nada, olha Mariza você não é mais nenhuma garotinha para se passar por fulaninha iludida e magoada. Você sabia muito bem das minhas intençoes e mesmo assim quis se entregar, você que quis assim, então não reclame. Agora saia da minha sala antes que eu me irrite mais ainda. Eu já podia notar algumas lágrimas em seu rosto.
— Mas eu pensei que...
— Pois pensou errado, agora saia! A interrompo novamente, ela está claramente conseguindo me deixar furioso.
— Não vou sair, você vai me ouvir. Ela disse, e eu fecho olhos inspirando e bufando em seguida, indo em direção à porta abrindo-a fazendo sinal para que ela saia de uma vez. Mas ela irritantemente, se aproxima e fecha a porta, me fazendo ferver de raiva com esse ato. - Você pode não sentir o mesmo mas eu amo você, e é por isso que estou aqui para tudo e você não percebe, não valoriza. Você não sabe o quanto machuca quando te vejo com outra aos beijos, e agora está até de noivado com aquela garota irritante! Ela praticamente grita, e eu não posso crer que ela alterou a voz para mim. - e como senão bastasse aparece uma gêmea dela, que com aquela carinha de sonsa dela, ah! Eu sei que ela também quer ser uma das suas..
Ela deixa seu discurso patético morrer, e eu me perco pensando na gêmea de Raquel e no que Mariza acaba de dizer, que ela queria ser uma das minhas. Não, a menina é muito tímida e parece me evitar, e sem falar que ela está de namorinho com aquele playboyzinho do qual ela fez questão de beijá-lo na minha frente, momento desnecessário e que me deixou inquieto, porém, não deixei transparecer.
— Deixa de loucura e volte ao trabalho e me deixa em paz! Falo entredentes.
— Você gosta dela não é? Ela pergunta com a voz embargada.
— O quê? Mariza, isso é falta de trabalho? Porque se for, vá agora mesmo..
— Responde! Grita, e eu numa velocidade a imprenso contra a parede,tampando-lhe a boca.
— Não grita comigo entendeu? Você não grita, quer perder seu maldito emprego? Ela somente meneia a cabeça negativo. - Então, comporte-se. Quê? Ficou louca? De onde tirou essas idiotices? A pergunto com muita raiva. Tiro minha mão da boca dela, mas a mantenho presa contra a parede.
— Eu percebo como você fica impaciente quando essa tal Gilda diz que está esperando o namorado vim buscá-la, aliás, você só vive irritado depois disso, mas quando ela chega fica tranquilo, nem mesmo com Raquel você fica assim. Ela relata mais calma dessa vez, mas percebo que sua respiração está desordenada.
Mas o que é isso? Mariza passa o tempo me observando , tirando conclusões desconexas? Ela já está chegando no meu limite.
— Saia agora mesmo daqui, imediatamente! Digo, ficando-me de costas para ela, não entendo porque suas palavras estão me atingindo. Não é possível que eu tenha me tornado um sentimental. - Saia antes que eu a demita.
— Não precisa responder, você gosta... Gosta da Gilda Barreto..
Não lhe dou tempo em continuar, avanço para cima dela, a colocando na mesma posição de antes na parede, estou tão furioso por ela falar assim que se eu não me controlar eu machuco essa mulher.
— Cala essa boca sua...
— Per-perdao.. Eu não... É que..
Eis que a tal Gilda Barreto entra em minha sala totalmente assombrada e confusa. Sinto meu corpo relaxar...
P. O. V Raul Off
....
— Per-perdao.. Eu não... É que.. Gaguejo pela situação que vejo. Raul está pressionando Mariza contra a parede de uma forma violenta, o que me deixa assustada.
Eu teria de lhe entregar uns documentos e por assim ser me dirigi a sua sala. Eu ouvia vozes alterada lá de dentro, o que atiçou minha curiosidade, e ao ver a porta entreaberta aumentou bem mais, mas não era minha intenção ouvir a conversa de ninguém, mas cheguei a tempo de ouvir algo que me deixou, estranha, confusa, nervosa e.. Surpresa. Mariza dizia em tom mais baixo e Incorformado "- Não precisa responder, você gosta... Gosta da Gilda Barreto.. ". Estremeço no mesmo instante, não sei qual o misto de sensações que senti por isso atrapalhadamente, invado a sala, e eles param bruscamente. Mariza rapidamente enxuga as lágrimas, enquanto Raul se apressa em se virar de costas para mim.
— Diga logo o que você quer. Ele fala ainda de costas, enquanto vejo Mariza enxugar suas lágrimas, o que está acontecendo?
— Eu.. eu.. Só vim deixar esses documentos que me solicitastes ontem. Digo, deixando rapidamente os papéis em sua mesa e sem encará-lo me afasto novamente.
— E as anotações? Ele me pergunta, agora parece que nada aconteceu, ele está normal ou pelo menos tenta transparecer, pois minutos antes eu via um homem em fúria praticamente querendo matar sua secretaria pessoal.
— É.. A-aqui... Me direciono para perto da mesa dele trêmula - Essa tensão nunca vai passar? - , jogo meu olhar para Mariza e agora ela limpa seu rosto com um lenço. -aqui estão senhor..
— Ok, Mariza saia, depois teremos uma conversa séria. Ele a fuzila e ela me olha com uma mirada que queima minha pele, rapidamente desvio meu olhar dela que sai batendo a porta com força, fazendo Raul fechar os olhos devagar e abrir, como se quisesse manter a calma.
Eu penso que entendo o que deve está acontecendo aqui, talvez isso esteve sempre diante de meus olhos e como minha ingenuidade é tanta, não me deixou ver. Mariza gosta de Raul e ele sabe, tanto que mantém um caso, e pelo o pouco que eu entendi ele não demostra nenhum sentimento por ela, e isso me faz lembrar de mim, a única diferença é que Raul sabe que ela gosta dele, o que é pior pois, ele não a quer. Quando ouvi meu nome ser mencionado no meio daquilo tudo, me faz compreender ainda mais a birra de Mariza comigo, é porque a mesma gosta de Raul e quer pôr longe todas que estão perto dele. Mas não entendo eu ser uma ameaça para ela, se bem sei, ele tem um compromisso é com minha irmã, é dela que ela devia ter essa raiva gratuita que ela tem de mim. Eu passei a amar esse homem, o amo, e como é possível se ele não sente o mesmo? Não sei, mas Mariza praticamente confirmou que ele gosta de mim, a briga estava sendo boa parte por ciúmes dela comigo e ele..será mesmo que ele gosta de mim? Vai saber, não quero me iludir mais, já desejei tantas vezes que ele me correspondesse,mas vou deixar esse sentimento somente comigo e o que sei é que eu o amo e nem mesmo namorando pude esquecê-lo, o que me alivia é que ele não sabe, pois vai que me trate com tratou Mariza? Jamais, eu não quero sofrer por amor em dobro, ainda mais de um homem que idealizei todo esse tempo.
— As documentações conferem senhor? Pergunto ao sair de meu transe o vendo folhear a pasta com documentos.
— Sim, e sobre as anotações ,confirme as consultas. Assinto e então ele me estende o bloco de notas sem me encarar, em seguida me retiro de sua sala.
Volto para minha mesa e busco não encarar Mariza que parece me matar com aquele olhar, ela passa a mão por seus cabelos curtos e atende algumas ligações, sei então que deixa de monitorar-me, pois me sinto um animalzinho indefeso pronto para ser atacado pelas feras a qualquer momento, e por essa razão e outras mais quero sair desse emprego.
As horas marcavam as 15: 00pm, e eu ansiosamente queria chegar no meu pequeno apartamento e me jogar naquela cama, queria esquecer o que vi e ouvi no dia de hoje. Meu celular vibra em cima da mesa, olho na tela e vejo Raimundo me ligando, olho para os lados para saber se Mariza não está nas redondezas e atendo.
— Oi amor?!
— Diga Raimundo.
— Nossa que fria, o que você tem?
— Nada, apenas estou no meu local de trabalho e posso levar uma advertência por está falando com você.
— Eu sei, eu sei, me desculpa. Mas, eu te liguei para te lembrar que irei te pegar as 20: 00 em ponto para irmos à festa. Ele diz.
— Festa? Que festa?
Não tava em clima para festa só queria chegar em casa e dormir.
— Como que festa? Gilda, é a festa de aniversário da minha irmã, eu falei pra você. Me explica e parece está decepcionado com meu esquecimento.
— Oh, me desculpa, eu havia esquecido total.. É que são tantas coisas. Digo esfregando os dedos na testa deixando visível minha vergonha, e olho novamente para os lados, nem sinal de Mariza, ainda bem.
— E então, estará pronta às 20: 00?
— É.. Eu gostaria de descansar hoje Raimundo me desculpa. Rezo para que ele não insista.
— Ah Gildinha, esse trabalho está te sugando demais. E lembra que eu disse que te apresentaria para meus pais. Meu coração quase salta boca afora, Raimundo está levando isso muito a sério.
— C-claro... quer dizer não, eu.. eu havia me esquecido disso também. Sinto o nervosismo se apresentar.
— Por favor princesa, você sabe que estou tentando te apresentar a eles desde que começamos a namorar, mas eles vivem em viajem.. Por favor Gilda, você é minha namorada quero que eles te conheçam.
Talvez eu deva também levar esse namoro a sério, e não somente como um pretexto para esquecer Raul.
— Tudo bem Raimundo, estarei de esperando as 20: 00. Falo encerrando a conversa. Fico pensando nas minhas roupas e não me vem nenhuma à mente que seja apropriada para essa festa. Tenho várias roupas mas, já que tenho que me apresentar como a "namorada de Raimundo", devo está apresentável, afinal imagino que os pais dele devem ser pessoas finas e que exigem da moda,assim como ele, não que eu me importe com isso, porque não me importo, mas, já que passei a viver nesse mundo tenho que me portar como tal, já não dar mais para ser aquela menininha da vila, pois minha realidade agora é essa.
Decido então ligar para Vanessa, a namorada de Bruno, ela gosta e entende de moda, então vou Recorrê-la para me ajudar com algo decente.
— Alô Van?
— Sim Gildinha, a que se deve sua ligação?
— Van, preciso que me ajude em algo, sim?
— Claro gata, é só dizer.
— Bem, tenho uma festa de aniversário grafina para ir hoje, você consegue comprar um vestido confortável, porém chique? Por favor diz que sim, eu não tenho nada pra vestir, e não sei o que pede esse tipo de festa, sempre é mãe Cecília que me ajuda a escolher mas não queria importuná-la nesse momento, por favor Van, depois eu acerto com você o gasto..
— Calma Gildinha, você e Raquel são praticamente minhas manas, sabe que amo minhas cunhadinhas gêmeas e claro que faço isso pra você, a propósito já estou no shopping, também estou a comprar uma roupa para mim e Raquel, também fomos convidadas para a festa de aniversário da irmã de Raimundo, se é a essa festa que você se refere...
— Também amo você sua louca...Sim,sim essa festa mesmo..E Raquel ? Ah, até nisso temos que ser iguais? Bufo desanimada. Escuto Vanessa rir do outro lado da linha.
— Claro, são gêmeas. E rir de novo e eu a acompanho. - Não se preocupe, minhas gêmeas serão as mais lindas dessa festa, beijinhos!! Ela faz os sons de estalos de beijos e eu começo a rir, meu irmão tem a melhor namorada desse mundo, é praticamente uma irmã mesmo, se bem que ela é mais próxima de Raquel, mas sei que ela gosta de mim também. Por fim a agradeço e desligo o celular, ainda sorrindo do jeito de Vanessa e aliviada por pelo menos já ter o que vestir. Me assusto quando levanto minha cabeça e lá estava ela, como uma assombração que aparece do nada.
— Mariza, que susto! Digo, pondo a mão no coração. Ela está super séria.
— Seu expediente ainda não acabou para que fique de conversinha no telefone com suas amiguinhas. Me diz de um jeito severo.
— Sim, mas...
— Mas nada, e volte ao seu trabalho. Diz indo sentar-se em sua cadeira toda superior. - Quer perder seu emprego?
Na verdade, quero mesmo sair daqui, mas tenho que conseguir outro emprego primeiro. Penso.
— Não eu..
— Cala a boca, e volte ao trabalho. Me interrompe novamente bruscamente, ela está mais bruta do que o normal, e eu sei a que se deve, devido a sua discursão com o Raul, mas ela não deve descontar em mim, qual é?.
— Qual o seu problema comigo? Resolvo me manifestar e enfrentá-la, sei que posso ser demitida, mas isso não depende dela, e ela já me cansou com seu mau humor pra cima de mim. Ela me olha fuzilante.
— Qual parte de "volte ao trabalho" Você não entendeu? Me devolve a pergunta, eu devia deixar morrer essa conversa aqui, mas não consigo mais me calar.
— Olha, seu problema com o Senhor Raul resolva com ele, eu não tenho o porquê de aguentar seus ataques. É, agora estou desabafando, e ela arregala seus olhos castanhos e avança para perto de minha mesa, não nego que me dá medo. Ela disfarça quando uns outros funcionários passa por ali e depois continua.
— Você é muito metida pirralha, quer mesmo perder seu emprego? E então eu me levanto para encará-la, estou mesmo querendo enfrentá-la.
— Olha não quero confusão, nunca quis, mas desde que cheguei aqui você não foi cordial, apenas me responde e age com patadas. Ela rir sarcástica.
— Muito bem, então se demita, eu não quero mesmo ter que olhar nessa sua cara e ter que me lembrar de sua gêmea irritante.
Explicado, ela me vê como Raquel por está de compromisso com Raul, o que a deve afetar bastante por gostar tanto dele.
— Não sou Raquel e você não deve me ver como uma ameaça, minha relação com senhor Raul é estritamente de trabalho. De fato não menti, mas, em relação a meus sentimentos não era bem assim.
— Conheço menininhas como você que se jogam na primeira oportunidade para seu chefe, você não me engana.
— Engana-se, não sou assim e não pretendo ser. Paro um momento e a olho a analisando. - Sabe? Se você gosta do Senhor Raul, porque não diz pra ele, quem sabe assim ele.. Bem.. Olha você devia..
— Você devia calar essa sua boca e trabalhar. Ela vira-se para ir a algum lugar. - E não se meta na minha vida, você não sabe de nada. Patética! Ela diz e sai em disparada, sem me dar a chance de respondê-la. Patética, me chamou de patética, sendo que ela é que é por fazer essas cenas. Deixo-me cair na cadeira, e busco não pensar no ocorrido, só quero que esse dia termine, que isso tudo acabe...
Eu só queria voltar à minha vida de antes, na vila, com mãe Assunção e meus irmãos.. Àquela época eu era sim feliz, muito feliz!


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Notas finais do capítulo

Como assim? Será que Raul está sentindo algo por gilda? Wou!!!
Até o próximo



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