Havia um espelho, ele refletia exatamente o que eu queria, uma moça elegante e sorridente, não que esta fosse bonita, não que ela fosse simpática, mas por alguns segundos ela tinha a atenção daqueles que a olhassem, e não era por sentirem seus medos, neste momento, ela se enfeitiçava com os próprios olhos enquanto ajeitava seu vestido, não existia eu, existia apenas a Claire. Ela saiu por aquela porta sem olhar para os arrependimentos, de forma que deixasse para me preocupar depois, mesmo sozinha ela não tinha medos, eu gostaria de ser como naqueles poucos minutos, ela so surge em algumas situações, quando ninguém me reconhece ou após uma grande decepção.
Claire é forte o suficiente, ela colocou um grande sorriso e me assumiu depois do meu desfalecimento, ela estava alegre e brincalhona com todos, mas quando você apareceu o desespero consumiu ate mesmo minha Claire, de repente até mesmo ela se intimidou por sua presença.
Eu te conheci, naquela noite, depois de apenas fluir em minha face a dor que desabava até meu violino, nós conversamos como amigos de infância, quando nem ao menos nos gostávamos.
É apenas a personificação das minhas angústias. "Não me entenda mal, mas eu não quero nada", é literalmente a descrição dessa situação, antes que eu vá, você não dizer nada foi a melhor coisa que me aconteceu, pois a solidão falava tão forte comigo que eu busquei minhas forças em qualquer lugar, ou na verdade, qualquer um.
Eu não sei se você pode me ouvir, mas eu menti, ambos de nos sempre jogamos, sempre isolados, o curso natural da vida era este. Nos. Isolados.