Oliver Foller,
11 de dezembro de 2014,
Reservatório Havasupai.


—Oliver, Oliver! Acorda. - Uma mulher fala acordando Oliver.

—Ah... Oi, Ruby. - Oliver fala sonolento, se lembrando que estava no helicóptero.

—Você deveria ter dormido, você tá acabado. - Ruby fala rindo.

—Eu tava arrumando as gravações... - Oliver fala tentando acordar.

—Quem é William Walker? Amigo seu? - Ruby vai direto ao ponto.

—Do oitavo ano, lembra? - Oliver fala.

—Ah... William, é mesmo, ele tinha futuro, uma pena o que aconteceu com ele. - Ruby fala após entender.

—Já estamos chegando, aguentem mais uns dois minutos. - O piloto fala com os dois.

—Oliver, pegue a câmera amor, vamos fazer uma introdução. - Ruby fala com pressa.

Oliver pega a câmera e espera Ruby começar a falar.

—Olá, estamos hoje aqui a noite para ir até o lugar onde uma mulher foi encontrada morta, supostamente por assassinat... - Antes de terminar a frase, uma enorme luz é emitida e o helicóptero começa a cair.

—SE SEGUREM! ESTAMOS CAINDO! - O piloto grita tentando recuperar o controle do helicóptero.

A porta do helicóptero abre e Oliver cai por ela gritando, enquanto observa o helicóptero caindo, sua visão começa a ficar mais escura a cada segundo, até ele desmaiar.

Duas horas depois, ele acorda, ainda cambaleando, vai andando em direção a fumaça não tão distante, ele liga a câmera e começa a correr até lá, subindo um morro pequeno ele vê os destroços do helicóptero, e mais longe o corpo esfolado do piloto.

—Eu tenho certeza, que a queda não fez isso. - Oliver fala assustado, mas ao mesmo tempo aliviado por sua esposa não estar ali.

Começa a correr a procura de sua esposa, e passa por uma floresta escura e chega em uma vila, escura e quase sem sinal de vida, mas ele começa a ouvir vozes recitando um canto sombrio e assustador.

Oliver entra em uma casa, e vê sangue em algumas partes, e quadros de um homem magro, o olho esquerdo cego, careca e com um sorriso, ao lado o nome: Padre Martin.

Ele sai pelos fundos da casa e continua andando, a medida em que o canto continua no mesmo volume, até ele chegar em uma pequena clareira, com uma casa pequena.

O canto para, e do nada uma pessoa gigante e encapuzada, arrastando um tipo de cruz estranha e brilhando, começa a ir até ele.

Oliver corre daquele "monstro" e entra na casa, e corre até os fundos que dá a um celeiro, ele começa a subir as escadas para o andar acima do celeiro e sair pela janela, mas aquela mesma figura gigante entra no celeiro e começa a quebrar o chão embaixo dele, ele vai se arrastando até a janela e aquela figura, que agora parecia uma mulher, segura no pé dele, mas ele a chuta e consegue pular a janela.

Ainda aterrorizado com a cena, ele se levanta e começa a andar até um tipo de caverna, quando aquela mulher quebra a parede com a cruz e continua atrás dele, ele corre por entre a caverna com a ajuda da visão noturna da câmera dele, até ele chegar perto de um buraco gigante, não parecia ter fundo, mas ele pula até o outro lado para se safar.

—Cão escorregadio, os deuses me ajudarão a lhe encontrar, e aplicar a sentença. - A mulher fala com uma voz amedrontadora e seca.

—Vai se foder, seu monstro. - Oliver fala aterrorizado.

Ele começa a andar por entre a caverna, e percebe que estava descendo, era uma mina, mesmo assim ele anda por entre aquela mina escura, ele entra por uma porta e ouve barulhos estranhos, como se fossem múltiplas facadas em um corpo.

Oliver sem querer chuta uma pedra, e as facadas cessam, quem quer que esteja esfaqueando agora sabia da presença dele, e iria atrás, segundos depois Oliver avista uma porta, e uma pessoa parecendo um fazendeiro agarra ele pelos braços, e o empurra até um tipo de lago atrás dele, e do nada ele estava em outro ambiente, uma escola.

—Oliver! Eu vou te matar por pegar aquele pedaço enorme do pastel! - Uma criança grita, e Oliver o olha e vê William correndo atrás dele.

Ele começa a correr por um corredor enorme e cheio de portas, até entrar em uma porta, agora ele estava de volta as minas, a porta que ele fechou estava sendo empurrada, ele vira de costas e segue em direção a saída da mina.

10 minutos antes,
Vilarejo principal,
Ruby Foller.

—Ó, rainha enviada pelos deuses, guie-nos para o caminho da salvação! - As pessoas continuam repetindo para ela, enquanto a levam para uma igreja enorme e a trancam numa sala.

—Rainha? Eu realmente queria ser, mas agora eu só quero sair daqui mesmo. - Ruby comentou tentando fazer piada mesmo na presente situação. - Eu quero achar o corpo do Oliver... Ele merece um enterro digno, não ficar nesse lugar cheio de malucos esquisitos.

Ela olha uma janela pouco acima na parede na frente dela, ela pula pela janela e cai em um rio, a loira começa a nadar até a borda do rio, e acha uma porta que tem uma placa escrito "Minas", ela entra lá e vê um homem empurrando outro em um lago e depois pulando lá correndo atrás dele, ela anda por mais alguns minutos, e sai da mina e se vê numa caverna, ela começa a andar e pula por cima daquele enorme buraco, ela vê um celeiro com a parede quebrada e entra nele, e depois sai numa clareira.

—A destruição parece ser recente, as pegadas ainda estão na grama... Oliver? Deve ser o Oliver, ele não morreu, ele está me procurando! - Ruby se alegra.

Ruby passa por uma casa também um pouco destruída e vê um portão a sua esquerda, ela pula por ele e anda até achar uma montanha, a qual escala e consegue ver a imensidão do lugar onde estava, ela teria que procurar muito para achar o seu marido, e sair dali.